\ A VOZ PORTALEGRENSE: novembro 2023

quarta-feira, novembro 29, 2023

Jaime Nogueira Pinto

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África profunda, fase final da Guerra Fria. Soldados sul-africanos patrulham num Alouette o delta do Okavango quando encontram, a coberto do capim, o corpo baleado e sem vida de um branco. Poucos dias depois, um grupo restrito de operacionais da CIA reúne-se discretamente numa safe house em Georgetown, Washington, para dar início à operação ORIX. O objectivo é saber do paradeiro de Scott Hamilton, case officer do governo dos Estados Unidos junto dos rebeldes angolanos em guerra com o governo pró-soviético. Havia duas semanas que saíra ao amanhecer da Base, no Sueste do país, e desde então não dava sinais de vida. Que lhe teria acontecido? Porque não comunicava? Descobrira algum segredo comprometedor? Estaria o líder dos guerrilheiros implicado no seu desaparecimento?

Assim começa um intrincado enredo de acção e espionagem que parte de Washington, passa por Lisboa, Roma, Paris, Macau, Luanda, e acaba nas «Terras do Fim do Mundo»; um romance em que os protagonistas, figuras esquivas aprisionadas nas suas memórias e obsessões, se movimentam nos ambientes sofisticados da sociedade e da política mundial dos Anos 80. Uma poderosa reflexão - melancólica, serena, desprendida - sobre a natureza humana por uma das vozes mais singulares e interessantes do actual panorama editorial português.

(do Editor)

terça-feira, novembro 28, 2023

Desabafos 2023/24 - IV

A esquerda quando não concorda com uma posição ideológica apelida-a de fascista, a ponto de hoje ‘fascismo’ e ‘fascista’ deixar de ter um conteúdo político-ideológico, e passar a ser um insulto.

Por sua vez, a direita também começou a utilizar ‘fascista’ e ‘fascismo’ como arma de arremesso, vulgo insulto, a tudo com o qual não concorda.

Fascismo e fascista, substantivo e adjectivo, como outrora se classificavam as palavras, estão associadas a reaccionarismo e a reaccionário.

E hoje em dia, a estas duas palavras também se associa o prefixo ‘neo’, ‘neo-fascismo, ‘neo-fascista’.

Nos idos de 1974, depois de proibidos os partidos de Direita, ‘fascismo’ e ‘fascistas’ era o CDS e os seus militantes. Hoje é o Chega e os seus militantes. Mudam-se os tempos permanecem as vontades, totalitárias.

Deixou-se de ter um Fascismo histórico e passou-se para um fascismo histérico. E vive-se o neofascismo, dominado pela esquerda, que defende uma civilização pós-cristã, caracterizada pelo descolonialismo, o neofeminismo, o racialismo, a teoria do género, o diferencialismo, o segracionismo, o comunitarismo.

Originária dos campus americanos este neofascismo de esquerda, querendo destruir a civilização judaico-cristã europeia, pretende acabar com os velhos valores continentais em prol de um mundo novo, globalizado e cosmopolita, multicultural e crioulizado.

Leiam Michel Onfray e o seu notável «Autos-de-fé, a arte de destruir livros»!

Mas a maré está a virar!

Mário Casa Nova Martins

27 de Novembro de 2023

Rádio Portalegre

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quinta-feira, novembro 23, 2023

Grupo dos Amigos de Olivença - Distrito de Portalegte

Delegação do Distrito de Portalegre

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Marco António Barreto Lourenço de Oliveira (Nisa)

Mário Casa Nova Martins (Portalegre)

Rui Manuel Bento Nabeiro (Campo Maior)

João Carlos Nabais Pinto (Portalegre)

Nelson Alexandre Rita Domingos (Elvas)

Cecília de Jesus Neves Casado Videira de Oliveira (Castelo de Vide)

Paulo Alexandre Lopes de Almeida (Elvas)

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terça-feira, novembro 21, 2023

Crónicas da Educação - Mário Silva Freire

 
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sábado, novembro 18, 2023

Grupo dos Amigos de Olivença

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sexta-feira, novembro 17, 2023

Grupo dos Amigos de Olivença

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quinta-feira, novembro 16, 2023

Desabafos 2022/23 - III

Portugal vive mais uma crise política com, primeiro, a demissão do primeiro-ministro e consequente queda do executivo que lidera, e, depois, com a anunciada dissolução da presente Assembleia da República pelo presidente da República.

Até aqui nada de extraordinário, as Instituições do Regime funcionaram.

Agora, sem se quere fazer futurologia, o futuro dirá que como sempre nesta Terceira República, o vencedor, com maioria relativa ou absoluta, então se verá, é o PSD ou o PS. As tais duas faces de uma mesma ‘moeda’ que é chamado centrão em Portugal, seja de interesses, seja de outro tipo.

Em perto de meio século sucedem-se os primeiros-ministros do PS e do PSD, os dois grandes partidos deste Regime, para o bem e para o mal. Dir-se-á mais para o mal do que para o bem, dado o estado em que está o País, que tanto precisa de reformas nos principais sectores do Estado e da Sociedade e que nem o PSD nem o PS alguma vez tiveram a coragem política de as fazer.

E assim vai ser no futuro pós 10 de Março de 2024!

E se, como os grupos de interesses querem, o PSD, o CDS e a IL se coligarem, pior não poderá acontecer para Portugal e aos Portugueses.

O PSD dar-lhes-á aquele «abraço de urso» que o CDS tão bem conhece e que levou à sua quase extinção.

Cada Partido por si, e no dia seguinte às eleições, então que haja conversas, sérias, para a formação de um Governo, pressupondo que os partidos à direita do PS tenham condições para o formar. O que não é certo sem o apoio do Chega. Mas isso é outra história!

Mário Casa Nova Martins

13 de Novembro de 2023

Rádio Portalegre

sábado, novembro 04, 2023

Desabafos 2023/24 - II

Apenas um infinitésimo dos portugueses sabe realmente quanto é que paga de impostos a este Estado não social mas socialista, no conjunto dos impostos directos e indirectos. E aquele que sabe, se vier para a praça pública denunciar a barbárie que é esse valor, face a salários ou pensões recebidas por cada um, não colheria o menor interesse da larguíssima maioria desses portugueses, que apenas se interessam por futebol, telenovelas, redes sociais onde cultivam a calúnia e a maledicência, e programas de cariz sexual mais ou menos explícito.

E quem disser o contrário, ou vive num outro mundo, ou é político apoiante do governo.

Mas, diga-se em abono da verdade que se em vez do PS estivesse no governo o PSD, a carga fiscal, directa e indirecta, não seria menor. Ambos, PSD e PS, são as duas faces da mesma moeda, uma moeda que ao longo desta Terceira República tem alternadamente governado este país, e que forma o chamado ‘bloco central de interesses’.

Nunca o dito ‘bloco central de interesses’ foi tão forte. E em paralelo as corporações cada vez mais intervenientes combatem o governo, transformando o país num pântano bem pior do que o tristemente célebre ‘pântano guterrista’.

Mas, e uma vez mais, os portugueses continuam distraídos da realidade, numa anestesia que o governo agradece.

Fala-se na saúde e na educação, que são sectores onde a própria corporação tem força reivindicativa, mas tudo vai de mal a pior.

E quando se discute o valor do IUC, os olhares do que é realmente grave estão desviados, e assim o principal é desviado pelo acessório.

Entretanto, igrejas e hospitais católicos são indiscriminadamente bombardeadas em Gaza. Mas as ‘boas consciências’ ocidentais estão elas próprias mais preocupadas em mantar as boas relações com a Usura do que se preocuparem com Vidas Humanas.

Mário Casa Nova Martins

30 de Outubro de 2023

Rádio Portalegre