\ A VOZ PORTALEGRENSE: novembro 2017

quinta-feira, novembro 30, 2017

Belmiro de Azevedo

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Ódio de classe
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Morreu o Homem, honre-se a sua Memória. Belmiro de Azevedo criou emprego, gerou riqueza, fundou um império, era rico. Tudo qualidades que o tornaram um alvo do Comunismo, o seu oposto.
Só o facto de o PCP ter votado contra uma Moção de Pesar pelo seu Falecimento no Parlamento, para que se lembre Belmiro de Azevedo.
Que se diga que o BE se absteve. Que se diga que um tal grupelho que dá pelo nome de «Verdes» ou PEV, e que é um apêndice do PCP, se absteve. Tudo “boa gente”!
A inveja rima com Comunismo, o ódio rima com Comunismo, e é um marxista ódio de classe que faz com que os radicais esquerdistas nem na Morte respeitem a Memória de um Homem.
O Comunismo destruiu a economia portuguesa entre 11 de Março de 1974 e 25 de Novembro de 1975. No Alentejo ocupou, pilhou, agrediu, intimidou. E mais mal não fez porque não teve tempo.
Belmiro de Azevedo era para o Comunismo um inimigo de classe.
Mas que se diga que o comportamento da Esquerda Radical no Parlamento era espectável, fiel que é aos ensinamentos de Lenine, Trotsky, Estaline, e às teorias de Marx.
Mas em tudo há sempre um ‘mas’. O único diário situado à Esquerda em Portugal é o jornal «Público». Crónico deficitário, apenas subsistia porque o seu proprietário assim o queria. E o seu proprietário era Belmiro de Azevedo.
O «Público» faz a propaganda e nele escreve como colunista gente dessa mesma Esquerda Radical. Seja na política, na cultura, a visão do jornal é de Esquerda, sempre ao lado das denominadas “causas fracturantes”, marginais à maioria dos portugueses.
E que caricato que os mesmo que têm usufruído do jornal de Belmiro de Azevedo, na hora da sua Morte o renegam.
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sábado, novembro 25, 2017

AINDA O 25 DE NOVEMBRO

O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou terça-feira 7 de Novembro de 2017, data do 100.º aniversário da Revolução de Outubro na Rússia, o Dia Nacional das Vítimas do Comunismo.
Se houvesse Memória Histórica em Portugal, os verdadeiros Democratas, fossem eles de Esquerda ou de Direita, há muito que teriam declarado o dia 25 de Novembro, o Dia Nacional das Vítimas do Comunismo em Portugal.
O 25 de Novembro de 1975 foi mais um episódio entre militares pelo controlo da situação político-militar em Portugal. Mais uma quartelada, agora de sinal contrário ao 11 de Março de 1975.
Houve um tempo em que esta data celebrava a vitória da Democracia, da Liberdade contra o Comunismo, dado que entre 28 de Setembro de 1974 e 25 de Novembro de 1975 deram-se factos políticos e militares que pretendiam transformar Portugal numa dita “democracia popular”, que mais não era do que a instauração de um Regime Totalitário de matriz marxista e comunista.
Passados quarenta e dois anos, ainda se vive sob o capacete de chumbo de uma minoria que domina os sectores da Universidade, da Informação e da Cultura, que asfixia o Pensamento que lhe é adverso, que é reaccionária e sobretudo agressiva, com comportamentos antidemocráticos.
Com a conivência de uma ‘direita champagne’ e dos ‘compagnons de route’ da esquerda caviar, esses radicais, através da CGTP controlam a rua e com o PCP e o BE amordaçam no parlamento o actual governo socialista, que deles é refém.

quinta-feira, novembro 23, 2017

Galinhas - Dentes - Portalegre

É impossível construir o futuro alheando-se do passado, esquecendo o passado. O futuro constrói-se sobre o passado. E quem assim não fizer, está condenado ao fracasso.
Contudo, há quem queira, por modismo ou por ignorância, construir o futuro sem conhecer o passado. É como construir uma casa pelo telhado, ou o mesmo que construir uma casa sem alicerces.
Mas a populaça, que nada sabe do passado, que apenas vive o presente, o dia-a-dia, e que nunca preparou o futuro, delira com os fazedores de ilusões que julgam poder construir o futuro sem olhar ao passado.
Os aplausos que colhem, esses ilusionistas do futuro sem passado, serão sempre efémeros, porque a construção que idealizam acaba inexoravelmente numa derrocada. E dela não restará nem passado nem futuro, apenas o monte de escombros que provocou.
Os novos ilusionistas que apregoam futuros, são os mesmos que no passado recente apoiaram publicamente a manutenção do status quo no concelho de Portalegre.
E agora querem aparecer, ser os arautos do futuro, eles que pactuam com o passado, que são veículo, voz do passado. E confundir a maledicência popular com a realidade, é ignorar a própria realidade.
Não há investimento público no concelho de Portalegre. O investimento privado no concelho de Portalegre é reduzido, mas existe, pese embora a autarquia não apoiar a iniciativa privada. Mas isto não é dito, com receio de represálias em termos de apoios camarários. O que também não é dito, daí as críticas às pessoas e não às instituições.
Pois é, não se pode ou não se deveria em ‘conversas de café’ criticar o poder vigente, e depois no emprego apoiar quem se critica particularmente. Mas é assim que acontece.
A classe política dominante do concelho de Portalegre é aquela que os seus eleitores escolheram através do voto. Nada a dizer, e muito menos a opor. E, diga-se, que quem mais a critica é quem a ela outorgou o seu voto. Mas critica-a nos ‘mentideros’, porque em público adula-a.
Quanto às elites, também que se diga que no concelho de Portalegre existe uma larguíssima maioria de Esquerda em termos sociológicos, o que faz com que há décadas que a dita inteligentzia é esquerdóide, o que faz, o que ajuda a que um certo passado seja mesmo passado. O tal passado que não passa.
Talvez que no dia em que as galinhas tenham dentes, seja possível mudar Portalegre.

terça-feira, novembro 21, 2017

Desabafos 2017/2018 - IV

Um triciclo é um veículo de três rodas. E se tiver duas, poderá ser uma bicicleta.
Ora, em Portalegre ainda não se percebeu se a coligação que governa o concelho é tipo triciclo, ou tipo bicicleta.
Uma coisa é certa, está a servir-se e só o tempo dirá se irá servir os Portalegrenses, que votaram, dada a sua constituição, em três rodas, a do CLIP, a do PSD e a do PCP. Como é público, apeados ficaram o PS, o CDS e o BE, que também concorreram e não tiveram o apoio do soberano povo.
Não é a primeira vez que a extrema-esquerda tem pelouros na autarquia, e sempre que por lá passa deixa uma marca de despesismo, folclore e messianismo.
A aliança entre PSD e PCP já é uma tradição no concelho de Portalegre. Contudo, o mais interessante desta situação é que aquilo que foi um acto de caridade cristã, a dádiva ao eleito do PSD de um lugar a tempo inteiro na autarquia, pode vir a ser muito mais do que isso.
É que neste momento há sintonia entre a cúpula do CLIP e do PSD em torno da candidatura do regionalista Rui Rio, e numa eventual vitória do portuense, abrem-se alas para o que foi um movimento independente se tornar no oficial PSD.
E o que era um triciclo passa a ser uma bicicleta. Se é que já não o é.
Rádio Portalegre, 20-11-2017

quarta-feira, novembro 15, 2017

Ditaduras & Marxismo


Cuba e Zimbabué têm em comum o facto de que a situação económica era muito melhor do que aquela que resultou da aplicação das teorias marxista à economia, por parte de ditadores e ditaduras marxistas.
Em Cuba continua a ditadura castrista de inspiração marxista, e no Zimbabué algo mudou para que tudo continue na mesma, e a ditadura marxista irá manter-se.
Mas tal não incomoda as boas consciências, bem pelo contrário, ou não acontecesse o domínio da Esquerda nos principais areópagos internacionais.
Curiosamente, há muito que não se fala da Venezuela, outro país mártir da economia marxista. Também não interessa falar.
Como não interessa falar da África do Sul, a sua violência interna, a quebra de produtividade, os problemas económicos também pela aplicação de princípios marxistas, os problemas sociais. Em suma, há uma cortina de silêncio sobre o que se passa na África do Sul.
Intoxicados pelo anti-Trump, a realidade é esquecida, e assim pequenos ditadores perpetuam a miséria do povo, sem que lhes seja pedidas contas, por exemplo, no Tribunal Penal Internacional, essa farsa criada para julgar “criminosos de guerra” politicamente incorrectos.

quarta-feira, novembro 08, 2017

Um ano com Trump

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Há um ano era eleito Donald Trump presidente dos Estados Unidos da América.
Então, a decadente Europa ululou de raiva, rancor e fúria. Chamou os piores nomes aos votantes de Trump, e criou os piores cenários para os EUA.
Passado um ano, pouco mudou na velha Europa, além do facto de estar um ano mais velha. Contudo, as críticas, ainda em coro, são mais baixas, mas não deixam de ter presunção e acima de tudo serem altaneiras, como se esta velha e decadente Europa fosse, ainda, o centro do mundo ou o umbigo do planeta. Até o Bergoglio amansou a fera das suas críticas.
Mas será que Trump mudou para que a ‘nata’ europeia deixasse de ser assim tão acintosamente crítica?
É caso para dizer, citando a frase popular, «meteram a rabeca no saco».
O apocalipse que pregaram, não aconteceu. Os “males” que iriam assolar os EUA, qual pragas egípcias, afinal não se concretizaram, e os Americanos, à excepção daquela América de Nova Iorque e da imoral Hollywood, apoiam o seu presidente nacionalista e proteccionista, aliás o que esperavam dele e a razão por que nele tinham votado.
Donald Trump nunca será ‘o maior presidente da História dos EUA’. Mas ficará na História dos EUA. Só futuro permitirá dizer qual o seu legado.
Mas, desengane-se esta Europa de eurocratas. Alguma vez mais voltará a ter voz neste tempo global, em que os Estados Unidos da América, a China, a Rússia, ou a Índia, serão os grandes protagonistas.

terça-feira, novembro 07, 2017

Desabafos 2016/2017 - III

«Deus do universo, em quem vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária, para que, ajudados pelos bens da terra, aspiremos com mais confiança aos bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.» (1)
Acabou-se de ler, ou se se quiser, de recitar a novíssima “Oração pela Chuva”, dada aos portugueses, e ao mundo, pelo Patriarcado de Lisboa, proposta pelo Cardeal-Patriarca, D. Manuel Clemente, a qual será empregue pelos sacerdotes cristãos, aquando da celebração da missa.
Em pleno século XXI, muito se saúda esta oportuna iniciativa do insigne prelado.
Esta notável iniciativa só podia vir da actual hierarquia da igreja católica, sempre ao lado de quem mais precisa, sempre longe do poder e dos poderosos, e tudo o resto.
É caso para dizer, como evoluiu a civilização. Longe vai o tempo em que os Índios americanos, na versão de Hollywood e dos livros de cowboys, tinham a sua “Dança da Chuva”!
Agora, graças à evolução civilizacional, e também graças ao actual patriarca da igreja católica Manuel Clemente, tem-se a “Oração pela Chuva”.
Quiçá, a diferença entre a “Dança da Chuva” e a “Oração pela Chuva” será pouca. Se é que haverá diferença.
Todavia, diga-se em abono da verdade, que as autoridades da meteorologia portuguesa tinham nas vésperas da apresentação da bendita “Oração pela Chuva” dito que as previsões do tempo para os próximos dias eram, precisamente, de chuva!
Sempre há desmancha-prazeres, ou quem não acredite em milagres.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 06-10-2017
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(1) Proposta de oração pela chuva:
http://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?id=8213