Guerra na Ucrânia - Clara Ferreira Alves
Guerra na Europa
«Bruxelas tinha um único trabalho, deixar a Europa de fora
de uma guerra fratricida e fazer valer a diplomacia. Em vez disso, atirou a
Ucrânia para uma guerra que nunca ganharia, em nome de uma NATO disfuncional e
de promessas de armas e dinheiro sem fim. E querer rearmar a Alemanha para
entrar em guerra com a Rússia. Um plano que agrada aos militares neutralizados,
ao lobby da indústria de armas e aos
pupilos do Pentágono.»
Clara Ferreira Alves
E A Revista do Expresso, Edição 2681, 15/Março/2024, pg.3
*
Lucidez da Articulista, em tempo de uma derrota militar e
sobretudo política e económica anunciada. A submissão aos EUA por parte de uma
parte dos Europeus é consequência da dependência militar da Europa face à até
há pouco potência hegemónica mundial.
A Rússia rapidamente transformou a sua economia numa
economia de guerra, tem crescimento económico e consegue fazer face em homens e
material a esta guerra de longa duração, ao contrário da Europa e dos próprios
EUA.
Esta realidade é ocultada por todos os meios às opiniões
públicas, americana e europeia, começando na não divulgação das notícias
contrárias à ‘verdade estabelecida’, proibindo o acesso a canais televisivos e
rádios ‘do lado errado’, fazendo a pior das censuras, e perseguindo quem não ‘responde’
pelo ‘lado certo’ deste guerra entre os EUA e a Rússia, por razões mais
geopolíticas que económicas, no mártir solo ucraniano.
Vive-se um tempo de tripolaridade mundial. Os EUA já não são
a única potência, a China é cada mais uma potência mundial. E quando a guerra
acabar na Europa, a Rússia sairá mais forte e voltará a ocupar o lugar de
grande potência mundial.
Quanto à Europa, a liderança germânica na União Europeia reforçar-se-á.
O Norte da Europa distanciar-se-á em termos económicos do Sul, gerando-se
fortes assimetrias de toda a ordem. A decadência americana continuará, e a ‘rica’
Europa nunca mais vai ser a mesma.
Esta guerra no centro da Europa foi o pior que podia ter
acontecido aos europeus. Conflitos regionais irão resultar da derrota europeia
e americana na Ucrânia. Novas guerras de fronteiras assolarão o solo europeu,
num retrocesso civilizacional.
E no final será a Europa, não os EUA, o grande perdedor!
Mário Casa Nova Martins
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