\ A VOZ PORTALEGRENSE: dezembro 2017

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Desabafos 2017/2018 - VI

Há um Portugal dos Pequeninos, e haverá um Portugal dos Grandes?
O chamado Portugal dos Pequeninos fica em Coimbra, local onde os principais monumentos portugueses estão representados em escala reduzida.
Mas não é deste Portugal dos Pequeninos que se fala. É que parece que há dois tipos de Portugal, o dos grandes e o dos pequenos ou pequeninos.
Grandes seriam, como escreveu Luís Vaz de Camões, « ... aqueles, que por obras valerosas / Se vão da lei da morte libertando;», e ou outros, os pequenos ou pequeninos, mero mortais.
E desses grandes, do Portugal dos Grandes, estão aqueles que lideram ou lideraram organismos ou organizações internacionais, lugares que ocupam ou ocuparam não por valor ou mérito, mas por razões de ordem política e principalmente ideológica. E sendo Portugal um país pequeno em área e importância geopolítica e geoeconómica, muito jeito dá aos “países grandes” ter nestes lugares serviçais oriundos de países pequenos ou pequeninos.
Primeiro foi Afonso Costa, que em Março de 1926 é eleito presidente da sessão extraordinária da Sociedade das Nações
Seguiu-se Freitas do Amaral, eleito presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, na 50.ª Sessão, para os anos de 1995 e 1996.
Depois, Durão Barroso é presidente da Comissão Europeia entre 2004 e 2014.
Em 2016, António Guterres é eleito secretário-geral da ONU.
E neste ano de 2017 é eleito Mário Centeno presidente do Eurogrupo.
Quanto a António Guterres e a Mário Centeno, o tempo dirá se os seus mandatos trarão algo de positivo para Portugal.
Mas sem qual dúvida, pode afirmar-se que as presidências de Durão Barroso, Freitas do Amaral e Afonso Costa nada deram a Portugal, em nada o prestigiaram.
Rádio Portalegre, 18-12-2007

quinta-feira, dezembro 28, 2017

Desabafos 2017/2018 - V

A chamada “Construção Europeia” é a última grande utopia do século XX. E está-se em pleno século XXI.
A outra grande utopia do século XX também aconteceu na Europa, mais concretamente na Rússia, a chamada “Revolução de Outubro”, que não foi mais do que a tomada do poder pelos Bolcheviques, a qual deu origem a duas coisas, à implantação do Comunismo e ao maior genocídio da História da Humanidade, este em nome desse mesmo Comunismo, o qual alastrou a muitos países livres, que se tornaram servos do Marxismo e escravos do Comunismo.
Hoje o Comunismo é residual no Mundo, mas existe enquanto doutrina e com exército, os Partidos Comunistas.
Dos Partidos Comunistas no Mundo Livre, apenas o português tem expressão eleitoral. Entre outos exemplos em Portugal, os Comunistas tiveram nas últimas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017 no concelho de Portalegre quase 20% dos votos expressos, valor que não corresponde à influência que têm no concelho, a qual é muitíssimo superior, mostrando que, se bem que as Liberdades não estejam ameaçadas, o apego à Liberdade no concelho de Portalegre não é forte.
Quanto à “Construção Europeia”, protagonizada pelos denominados ‘eurocratas’, é um caminho que tem mostrado cada vez mais laivos de intolerância e totalitarismo.
Contudo, os tempos de hoje já não são os mesmos dos finais do passado século XX, e a prepotência dos eurocratas tem vindo a perder fulgor, graças a sucessivas eleições, sejam nacionais ou europeias, à Direita e à Esquerda, onde o fervor eurocrático se tem transformado paulatinamente em dever eurocéptico.
Rádio Portalegre, 4 de Dezembro de 2018

quinta-feira, dezembro 07, 2017

Crónica de Nenhures

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ÁGUA ESSE BEM ÚNICO

A água é um bem precioso. E a água potável é cada vez mais rara, o que a torna ainda mais preciosa, a ponto de haver guerras pela sua posse.
Portugal tem mais um período de seca prolongada. Este acontecimento é cíclico, a mãe-natureza é assim mesmo, quer os Humanos o queiram, ou não. E será a própria natureza que fará com que a chuva regresse, e não uma oração inventada por um qualquer patriarca lisboeta.
Principalmente nas décadas de cinquenta e sessenta do Século XX, o concelho de Portalegre teve um fortíssimo surto desenvolvimentista, que gerou o aumento da procura de água.
A edilidade presidida por Manuel da Silva Mendes, um visionário para o seu tempo, de imediato criou as condições para que o concelho não tivesse falta de água. Obras por todo o concelho foram realizadas, e às gentes nunca faltou o precioso líquido.
Já na Terceira República, coube no mandato autárquico de João Transmontano de Oliveira Miguéns a elaboração de novas condições para que o concelho de Portalegre, que entretanto tivera novo surto de desenvolvimento, não tivesse problemas de abastecimento de água, facto que já ocorria no verão.
Procedeu-se à elaboração do projecto, mas o facto de Transmontano não se ter recandidatado, fez com que à sua gestão apenas coubesse a elaboração teórica de todo o processo.
É, assim, que cabe a Amílcar de Jesus Santos por em prática o projecto do abastecimento de água para o concelho de Portalegre.
Como se pode ler no «Boletim Municipal» N.º 2 de Setembro de 1998, página 5, cuja responsabilidade era então do Jornalista Manuel Isaac Correia, hoje Director do semanário «Alto Alentejo», as obras começaram em 26 e Agosto desse ano.
É na página central direita do «Boletim Municipal» N.º 10 de Setembro de 2000, dois anos volvidos, que se anuncia o fim da importante obra.
Desde então, os habitantes do concelho de Portalegre nunca tiveram falta de água, mesmo num ano tão dramático como este de 2017.
João Transmontano e Amílcar Santos dignificaram o cargo que ocuparam. O concelho de Portalegre prosperou com a gestão autárquica destes dois presidentes.
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quarta-feira, dezembro 06, 2017

António de Oliveira Salazar

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