A VOZ PORTALEGRENSE
sexta-feira, novembro 30, 2012
quinta-feira, novembro 29, 2012
quarta-feira, novembro 28, 2012
Desabafos
Está aprovado na generalidade o Orçamento de Estado para
2013. Agora na especialidade, ser-lhe-ão feitas alterações setoriais.
Desde já se diga, e se dê o justo relevo ao papel que o CDS
teve no contrariar das medidas agravosas e gravosas que o PSD queria introduzir
no Orçamento. E se o CDS não conseguiu reduzir ainda mais o agravamento de
impostos, diretos e indiretos, e outras medidas, foi porque esbarrou na
intransigência do PSD de Vítor Louçã Gaspar e Pedro Passos Coelho.
Mas será no mês de janeiro de 2013 que os portugueses,
quando receberem salários e pensões, saberão de fato, aquilo ou quanto lhes foi
retirado em termos monetários.
E que se diga desde já, que as surpresas serão todas pela
negativa.
Mas como pode haver esperança neste Portugal, sabendo-se que
a «Auto-Europa» é uma empresa estratégica para a economia do país, e que tem neste
momento 10.000 viaturas (1) acabadas, prontas para serem entregues, e que devido à
greve nos portos portugueses não consegue que os veículos sejam exportados para
os seus destinos.
É paradoxal que quando Portugal precisa de aumentar as suas
exportações, uma classe profissional impede que a «Auto-Europa» cumpra a
entrega nos prazos estabelecidos dos ditos veículos.
Se a «Auto-Europa» fechar, e tal situação já esteve para
acontecer por mais de uma vez, postos de trabalho a montante e jusante acabarão.
E que se diga da larga importância estratégica e económica deste grande empresa
germânica em Portugal.
Mas os sindicatos, com a sua política de ‘terra queimada’
pouco se importarão. O importante é o caos, porque dele arrebanharão as massas que
conduzirão aos ‘amanhãs que cantam’ dos Totalitarismos.
Mário
Casa Nova Martins
(1) 10 ECONOMIA Expresso, 17 de outubro de 2013
*
terça-feira, novembro 27, 2012
Autarquias e, pimba!
Endividamento das Autarquias ronda os 12 mil milhões de euros!
É desta forma ‘pimba’ que as Autarquias delapidam os seus
recursos económicos e financeiros.
Mas a populaça gosta... E tem o que merece!
Municípios falidos, os serviços que a Autarquia presta a
custos máximos, corrupção e compadrio. Mas que interessa isso?
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, novembro 26, 2012
Crónica de Nenhures
A derrota israelita
Israel perdeu. Israel está irreconhecível. Israel tinha que
invadir Gaza e destruir todas as infraestruturas do Hamas. Mas Israel recuou em
toda a linha.
Se o candidato Republicano tivesse sido eleito, Israel não
teria atacado agora Gaza. E provavelmente nunca o faria. Com a eleição do
Republicano, era certo o ataque ao Irão por uma coligação onde EUA, UE, Arábia
Saudita e Israel seriam os principais aliados.
Mas o sonho, melhor, o pesadelo, está adiado pelo menos quatro
anos. E nesse tempo Israel terá que conviver com a realidade do Médio Oriente,
onde tem um lugar de direito próprio, mas onde tem que aceitar a existência de
um Estado Palestiniano com as fronteiras reconhecidas e com Jerusalém como
capital de dois Estados, Palestina e Israel.
Mas a guerra entre sionistas, sunitas e xiitas terá tréguas
curtas. Hoje tudo é efémero, tudo é transitório no Mundo, quanto mais no Médio
Oriente, onde as alianças são mais voláteis que o gaz e o petróleo, os únicos e
verdadeiros interesses da região.
Até hoje Israel não tem sabido gerir este vespeiro. Como viu
com a presidência Obama, o apoio dos EUA não é total, mas continua a agir como
se fosse. Também na União Europeia são cada vez mais as vozes que criticam a
política expansionista dos colonatos. Por enquanto a opinião pública alemã
continua presa ao passado, mas esse passado cada vez mais é passado e quando a
Alemanha escrever a História da Guerra Civil Europeia de 1914-1945, na qual foi protagonista, Israel terá que assumir o seu papel naquele conflito.
Israel tem que ter a solução para o problema, e não pode
continuar a ser apenas parte dele. O Egipto não é o aliado dos tempos
anteriores à Primavera Árabe, a Arábia Saudita sai fragilizada da contenda,
a Síria manter-se-á como está, e o Irão é o grande vencedor.
Mário Casa Nova Martins
domingo, novembro 25, 2012
Dançar
Tocar-te, se pudesse!
Beijos, doce de medronho
Ai, se esperança houvesse!
Mário Casa Nova Martins
sábado, novembro 24, 2012
sexta-feira, novembro 23, 2012
Convento de Santa Clara de Portalegre - I
DOS MONUMENTOS ÀS PESSOAS - I
O Distrito de Portalegre, N.º 5779, 30 de Abril de 1982
O
Convento de Santa Clara e algumas achegas
para o conhecimento da sua história
para o conhecimento da sua história
O reconhecimento das minhas minguadas informações
sobre o Convento de Santa Clara levou-me à decisão de tentar a possível
pesquisa e dela dar conta aos leitores de «O Distrito de Portalegre».
É dos livros da especialidade, e já aqui o
registámos, de passagem, que a sua fundação remonta ao ano de 1376, em pleno
reinado de D. Fernando – reinado que teve o seu início em 1367 e terminaria em
1383, seguindo-se-lhe a Regência de D. Leonor Teles. As suas dúbias ou certas
escandalosas relações com o Conde de Ourem, João Fernandes Andeiro e a hipótese
de a coroa de Portugal, por morte de D. Leonor Teles, passar para sua filha D.
Beatriz, casada com D. João I de Castela, traziam o povo descontente. Com a
aclamação de D. João I e a vitória de Aljubarrota, a causa do povo triunfa e D.
Leonor Teles é encarcerada em condições desumanas, num mosteiro, em
Tordesilhas, vindo a morrer, pouco depois, em 1386, noutro de Valhadolide.
Entretanto, foi a esta Rainha, que Portalegre ficou
devendo este convento, edificado como dissemos em pleno reinado de D. Fernando,
- convento que, pelo que dele nos resta, concretamente, metade do claustro, que
se aceita ser da primitiva construção, constituiu obra notável – hoje a
reclamar imperiosa reparação.
Aceita-se, portanto, que cerca de metade do claustro
actual é, ainda, da primitiva construção, de estilo «gótico», já que surgiu
após o «românico», e, segundo opinião generalizada, se deve à influência dos
«godos» - bárbaros invasores – o que levou a que, na história, até bastante
tarde, este estilo fosse considerado com menos apreço, como expressão de arte
«bárbara» ou dos bárbaros.
Falar do Convento de Santa Clara, fundado por D.
Leonor Teles, supõe antes do mais, uma breve informação, sobre cada uma destas
figuras. Foram tão diferentes, mas não é pecado dizer que esta fundação, como
outras, expressa real apreço da Rainha, pelas Clarissas (ou «filhas» de Santa
Clara de Assis) que, nesse tempo, se expandiam, pelo mundo, como «Segunda Ordem
Franciscana», à compita com os chamados «Frades Menores», ou simplesmente
«Franciscanos» que, desde há um século, se tinham já estabelecido em Portalegre
– visto que a Igreja do Convento de S. Francisco data de 1275. E se a
informação sobre D. Leonor Teles não terá grande interesse, para o nosso caso,
já o mesmo se não pode dizer de Santa Clara e das «Clarissas» que, através dos
seus conventos, marcaram a sociedade portuguesa, ao longo de cinco séculos.
Para já, podemos adiantar que foi Abadessa do
Convento de Santa Clara uma das «Clarissas» mais insignes da sua Obra cuja
autobiografia escrita, em obediência aos seus confessores, chegou até nós, com
o título de «Vida da Serva de Deus Soror
Isabel do Menino Jesus» - natural de Marvão, falecida em Portalegre, como
soe dizer-se, em odor de santidade, no ano de 1752, aparecendo o livro da sua
vida impresso, logo em 1755. Mas, por hoje, fiquemo-nos por aqui.
Padre Anacleto Martins
quinta-feira, novembro 22, 2012
Luís Filipe Meira
Rodrigo
Leão no CAEP
Em Clima
de Austeridade
*
Rodrigo
Leão regressou a Portalegre no último sábado, se a memória não me atraiçoa foi
a terceira vez que pisou o palco do CAEP, o que de alguma forma é demonstrativo
que há público em Portalegre para a música deste excelente compositor.
Leão vive neste final de ano um momento
importante na sua carreira. É já no princípio da próxima semana que irá fazer
os dois Coliseus, 2ª feira no Porto e 3ª feira em Lisboa, concertos que terão a
participação especial de Beth Gibbons
dos Portishead, Neil Hannon dos Divine
Comedy e Scott Matthew. Concertos que servirão também de apresentação para
a compilação Songs (2004 – 2012) a
ser editada no próximo dia 3 de Dezembro. Este disco, que poderá ser o primeiro
passo de uma trilogia, reúne, para além de um pequeno instrumental, dez canções
cantadas em inglês, sendo três inéditas e as outras sete extraídas dos álbuns Cinema (2004), Mãe (2009) e A Montanha Mágica (2011).
Ora com
tudo isto, apesar da noite de chuva e dos constrangimentos financeiros
conhecidos, era perfeitamente natural que houvesse algumas expetativas no ar. A
sala apresentou-se bem composta, com a nave principal praticamente cheia e as
laterais meio ocupadas, por um público de meia idade, mais ou menos conhecedor da
obra e que, aparentemente sabia ao que ia, ou talvez não…
Rodrigo
Leão apresentou-se com um ensemble
mais pequeno do que o habitual, 2 violinos, violoncelo, acordeão e ele próprio
ao piano. Esta formação, normalmente utilizada para showcases em salas mais pequenas, apresenta um reportório
praticamente instrumental com apenas duas canções no encore, Alfama e o já clássico Pássion na voz de Celina da Piedade.
É
verdade que os instrumentais de Rodrigo Leão são de uma beleza rara, alguns, de
um ritmo festivo e contagiante, outros, sendo que a interpretação é sempre
irrepreensível. No entanto a grande riqueza da música de Rodrigo Leão assenta
no cruzamento e na conciliação de elementos de origens várias. A música de Leão
é construída a partir de uma base clássica com um toque levemente pop em
ambiente festivo por vezes, mas apresentando também um lado nostálgico em que a
presença da portugalidade é constante. Quero eu dizer, que, na minha opinião, a
música de Rodrigo Leão só atinge a sua real dimensão e a sua plenitude quando
apresenta o equilíbrio das duas vertentes, a nostálgica e a festiva, e para
este equilíbrio ser consistente necessita de canções no alinhamento. E foi o
que o concerto do CAEP não teve. As duas canções finais - muito bem cantadas
por Celina da Piedade, diga-se – não apagaram a sensação de desconforto que ao
longo do concerto se foi instalando, pela falta de uma voz que trouxesse mais
equilíbrio à prestação. Diria que faltou a pitada de sal
ao manjar, a cereja em cima do bolo.
E não será por acaso e como referi atrás, que
Leão vai editar um disco de canções reconhecendo assim o valor que estas têm no
contexto da sua obra.
O
compositor que vê este álbum como uma sistematização de um lado mais pop que a
sua obra inaugurou em “Cinema” e a
que tem voltado regularmente com resultados apaixonantes. E isto porque, como o
próprio Rodrigo Leão sublinha, “a pop
sempre existiu na sua música, essa
vertigem pela canção de recorte mais transparente, capaz de se instalar nas
cabeças e nos corações de todos que a ouçam “.
Não
obstante todas estas considerações não tenho dúvidas em reconhecer a excelência
do concerto.
Mas que houve por ali uma sensação meio
desconfortável, também não tenho dúvidas.
Luís Filipe Meira
quarta-feira, novembro 21, 2012
Israel vs Palestina
Este mapa mostra a expansão Sionista, na demanda do Grande Israel.
Por muito que se não queira, esta é a verdade ‘nua e crua’ do
conflito Israel- Palestiniano.
Defendemos dos Povos, dois Estados. Mas, como se prova, o
Holocausto do Povo Palestiniano não tem fim.
Este problema só acaba quando Israel fizer aos
Palestinianos o mesmo que a Turquia fez aos Arménios.
Mário Casa Nova Martins
terça-feira, novembro 20, 2012
Petraeus vs Israel
Seria de bom-tom lembrar que a hoje famosa Monica Lewinsky,
antes de ser contratada como estagiária pelo gabinete do então presidente dos
EUA Bill Clinton, fez um estágio de outra natureza nos serviços secretos
israelitas.
A estratégia de armadilhar
parece ser recorrente, pois o General Petraeus - como foi noticiado - levantou
dúvidas sobre a oportunidade de uma intervenção militar israelita (e americana?)
contra o Irão.
Teoria da conspiração? O certo é que está mais do que
provado que os famosos «Protocolos dos Sábios de Sião» são falsos. Mas que a
estratégia Sionista os segue, lá isso é verdade!
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, novembro 19, 2012
A 'Nova' América
A 'Nova' América
*
Não há muito tempo que Barack Obama foi reeleito. Porém, parece
que a sua reeleição foi ‘há séculos’! E o resultado da eleição presidencial
americana de terça-feira dia 6 de Novembro de 2012, parece que fez ‘regredir no
tempo’ os EUA.
Se se olhar para o mapa eleitoral, o sul esteve com o candidato
republicano, com as exceções da Virgínia e da Florida, como se a Confederação o
apoiasse. Mas a Confederação de 2012 conquistou Estados à União para a sua Causa,
bem mais dos que perdeu.
O candidato democrata ganhou nos Estados mais populosos, mas
a União em termos de território ficou mais pequena, enquanto a Confederação
aumentou geograficamente.
Uma nova Guerra da Secessão vai começar.
Em termos étnicos, melhor, rácicos, o quadro é explicativo. E
são os asiáticos e os hispânicos que dão a vitória a Obama.
A tradição europeia é de apoio maioritário ao candidato
democrata. Não é impunemente que os americanos consideram os europeus socialistas.
E muitos deles, e cada vez mais, consideram os europeus comunistas.
Mesmo a direita europeia tende a apoiar, salvo honrosas
exceções, o candidato democrata, tal muito pela sua cobardia do politicamente
correto e complexo de inferioridade face a uma esquerda pretensamente culta e
tolerante.
Todavia, nós, desde a primeira candidatura de George W. Bush
que defendemos que aquela gente nada, mesmo nada, tem a ver com os EUA de
Ronald Reagan e com a América Profunda.
Desta forma, foi com agrado que vimos o candidato dito do
Partido Republicano perder as eleições presidenciais!
Mas Obama é um presidente fraco, este seu segundo mandato,
que representa a derrota dos lóbis sionista e armamentista, vai tornara os EUA
mais frágeis, e começam vozes a se ouvir querendo a Secessão.
E achamos muito bem. Afinal, é a autodeterminação dos povos, a
democracia, a liberdade, e tudo aquilo de que os americanos gostam e defendem. Pelo
menos quando era para os outros!
Mário Casa Nova Martins
domingo, novembro 18, 2012
+ 100.000
A VOZ PORTALEGRENSE já teve outro ‘contador de visitas’, o qual também
passara as 100.000 visitas, melhor, as 200.000. Depois, inexplicavelmente desapareceu do modelo.
Depois outros se seguiram, mas com igual fim. Nunca consegui saber porquê.
Agora, o atual ultrapassou novamente esse ‘mítico’ 100.000.
Não saberei contabilizar o total de visitas que A VOZ
PORTALEGRENSE teve ao longo da sua existência. Nem será importante.
Mário Casa Nova Martins
sábado, novembro 17, 2012
Le Magazine Litéraire - 525
Ce que la littérature sait de la mort.
Mensuel n°525 daté novembre 2012 au prix de 6.00€
Un nouveau dossier abordant les "impensables", ces seuils qui tiennent en échec la philosophie, mais au-delà desquels la littérature peut s'aventurer.
La mort n'est-elle pas l'impensable même ?
Cela n'empêche pas les écrivains d'imaginer son expérience ou de diffracter son spectacle.
_______
http://www.magazine-litteraire.com/mensuel/525
La mort n'est-elle pas l'impensable même ?
Cela n'empêche pas les écrivains d'imaginer son expérience ou de diffracter son spectacle.
_______
http://www.magazine-litteraire.com/mensuel/525
sexta-feira, novembro 16, 2012
Inauguração da Biblioteca Municipal de Portalegre
Inauguração da Biblioteca Municipal de Portalegre
*
A celebração do aniversário da República, em 1925 e em
Portalegre, ficou marcado pela abertura da Biblioteca Municipal.
Situava-se nos baixos do edifício da Câmara, na Praça do
Município. Da análise possível, referente ao ano da sua criação, infere-se que
teve uma frequência assinável, com um máximo de leitores em Novembro e um
mínimo em Julho. Não é possível saber-se sexo e idade daqueles leitores, mas se
a apresentação estiver por ordem de número de assuntos, então sempre a consulta
teve a mesma hierarquia, com a literatura em primeiro lugar. O número de
leitores e de livros consultados é sempre idêntico, pelo que cada leitor apenas
tinha acesso a uma obra.
Quando começámos a frequentar a Biblioteca, ela pertencia à
Fundação Calouste Gulbenkian, e situava-se no último andar do Museu Municipal.
Desse tempo, guardamos o Cartão de Leitor.
Hoje a Biblioteca Municipal está no antigo Convento de Santa
Clara.
Mário Casa Nova Martins
*
O Distrito de Portalegre, Domingo 11 de Outubro de 1925, Ano
42.º. N.º 2030, pg.1
Biblioteca Municipal
Inaugurou-se na passada 2.ª feira a Biblioteca Municipal, no
rés-do-chão dos Paços do Concelho.
Devido a um mal-entendido entre pessoas que trabalham no
Distrito de Portalegre não compareceu naquele ato nenhum representante deste
fornal, que aliás recebera convite, o qual aqui agradecemos.
.
A Rabeca, Ano X, N.º 488, Domingo, 4 de Outubro de 1925, pg. 3
Pelas 13 horas de amanhã, terá lugar, nos Paços do Concelho,
a cerimónia da inauguração da sua Biblioteca, para a qual recebemos convite,
que agradecemos, reservando, por isso, as nossas impressões para o próximo
número.
.
A Rabeca, Ano X, N.º 489, Domingo, 11 de Outubro de 1925, pg. 2
Biblioteca Municipal de Portalegre
Aproveitando a celebração do aniversário da implantação da
República, foi, às 13 horas do passado dia 5, solenemente inaugurada a
Biblioteca Municipal deste concelho, a que compareceram indivíduos de todas as
classes sociais.
Em breves palavras, o sr. Presidente da Comissão Executiva,
deu a presidência da mesa ao sr. Governador Civil que, por sua vez, convidou
para o secretariar os srs. Comandante Militar e aquele mesmo senhor.
A propósito do ato da inauguração da Biblioteca e do seu
alto significado, usaram da palavra os srs. Luiz Gomes, Manuel Lourinho,
Armando Neves e José Lemos, tendo sido no final dos seus discursos bastante
aplaudidos.
A «Rabeca» agradecendo o convite que lhe foi dirigido,
fez-se representar pelo sr. Armando Neves.
.
A Rabeca, Ano XI, N.º 520, Domingo, 6 de Junho de 1926, pg. 2
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Maio: Número de leitores,
193; número de volumes consultados, 193. As obras consultadas em maior número
foram: literárias, históricas, científicas e algumas de artes e profissões.
.
A Rabeca, Ano XI, N.º 525, Domingo, 11 de Junho de 1926, pg. 3
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Junho: Número de leitores,
155; número de volumes consultados, 155. As obras consultadas em maior número
foram: literárias, históricas e científicas.
.
A Rabeca, Ano XI, N.º 530, Domingo, 15 de Agosto de 1926, pg.1
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Julho: Número de leitores,
59; número de volumes consultados, 59. As obras consultadas em maior número
foram: literárias, históricas, científicas e algumas de artes e profissões.
.
A Rabeca, Ano XI, N.º 535, Domingo, 26 de Setembro de 1926,
pg.3
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Agosto: Número de
leitores, 105; número de volumes consultados, 105. As obras consultadas em
maior número foram: literárias, históricas, científicas e algumas de artes e
profissões.
.
A Rabeca, Ano XI, N.º 545, Domingo, 5 de Dezembro de 1926, pg.
3
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Novembro: Número de
leitores, 284; número de volumes consultados, 284. As obras consultadas em
maior número foram: literárias, históricas, científicas e algumas de artes e
profissões.
.
A Rabeca, Ano XII, N.º 551, Domingo, 23 de Janeiro de 1927, pg.
5
Biblioteca Municipal de Portalegre
Movimento da Biblioteca no mês de Dezembro. Número de
leitores, 192; número de volumes consultados, 192. As obras consultadas em
maior número foram: literárias, históricas, científicas.
quinta-feira, novembro 15, 2012
quarta-feira, novembro 14, 2012
Desabafos
«E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim…»
Assim nos diz Florbela Espanca nestes versos do seu
belíssimo poema “Ser Poeta”.
Amar, amar em Portugal é algo de que poetas e novelistas têm
tratado nos seus escritos ao longo dos séculos, desde os tempos dos trovadores
até aos dias de hoje.
Por muito que se queira, ou não, o amor é sempre vivido de
forma própria por quem tem, ou teve, alguma vez o maravilhoso privilégio de o
sentir e viver.
Na sua peça de teatro “A Ceia dos Cardeais”, Júlio Dantas
coloca na boca do português cardeal Gonzaga a frase, «Em como é diferente o
amor em Portugal!», e mais adiante noutro diálogo Gonzaga afirma, «Pode-se lá
viver sem ter amado alguém!».
É Luís de Camões quem imortaliza os amores de Pedro e Inês.
Aquele amor que a política, as razões de Estado, fez terminar em sangue e
morte, tal como acontecera aos Amantes de Verona, que é tão forte como o de
Soror Mariana Alcoforado, e que está presente nas cartas que escreveu ao seu
amado.
Estão a celebra-se os 150 anos da publicação de “Amor de
Perdição” de Camilo Castelo Branco.
O amor trágico entre Teresa de Albuquerque e Simão Botelho é
acompanhado pelo amor não correspondido de Mariana por Simão. Todo o drama é
fruto do amor que é, como diz Camões, «fogo que arde sem se ver».
Datado de 1862, “Amor de Perdição” faz parte da chamada
segunda fase do romantismo, em que o amor pode levar até as últimas
consequências, como a própria morte.
Adaptado ao teatro e ao cinema, “Amor de Perdição” continua
atual, daí a justa celebração da efeméride.
Mário
Casa Nova Martins
segunda-feira, novembro 12, 2012
Rui Manuel Aragonez Marques
Retratos de Gente em Procissão
de, Aragonez Marques
Para os católicos, a Páscoa é a festa mais importante do seu
calendário litúrgico. Antecede-a a Semana Santa, e, por sua vez, em Portalegre
antecede esta a Procissão dos Passos do Senhor.
É a manifestação religiosa que mais devotos e devoção concentra
e congrega em Portalegre.
O Rui Aragonês, como sempre o tratámos, assiste à Procissão.
Todavia, está anos fora de Portalegre, e quando regressa é no dia da Procissão.
Então vê gentes que há muito não via, gentes que faziam parte do seu imaginário,
da sua infância e juventude. E essa memória traz-lhe recordações que agora quis
partilhar.
«Retratos de Gente em Procissão» é uma história e simultaneamente
estória. Ao sabor do tempo e do lugar, o Rui, agora Aragonez, discorre de fatos
e lendas de Portalegre, e não só. É uma escrita fluida, simpática, amável.
Há ‘ajustes de contas’, principalmente porque as ‘coisas’
nem sempre lhe foram fáceis no CDSA. Mas não é único a fazer as mesmas queixas!
Aqueles tempos que o Rui retrata não eram fáceis em Portalegre, cidade fechada
de um interior onde as diferenças socias eram marcadas e marcantes.
A Portalegre do Rui Aragonez, nove meses mais novo do que eu
e como tal sempre um ano atrás de mim nas escolas, também era a minha. Se para
ele o centro era a Rua do Pirão, que se estendia ao Largo dos Combatentes e
Café Alentejano, a aminha começava na Rua da Pracinha e ia do Largo de S.
Lourenço ao Café Facha. Em comum, o estarmos ambos na cidade antiga.
E é nesta cidade antiga que o Rui é feliz.
De nomes, locais e histórias, assim como das estórias, fala
o Rui. Também conhecemos muito do que narra. Mas é nas suas próprias história
que a escrita do Rui mais vibra. As suas experiências profissionais, as suas
aventuras como agricultor e aviador, enfim, aquilo que ao longo da vida foi
vivendo e construindo, são ditas usando uma ‘segunda pessoa’, o António
Bernardo Gomes Salvador.
Não é um pseudónimo, será uma vezes a sua consciência a
falar, outras é o seu lado de menino que nunca cresceu. E outras o homem que
amou. Salvador levará sempre «a carta a Garcia». Salvador é justo e
compreensivo. Salvador é o Rui quando se sente em Família e entre os Amigos.
O Rui ao longo do livro passa por diferentes estados de religiosidade,
carateriza sociologicamente aquele Portalegre, e dá um testemunho da sua vida,
sem se importar dos julgamentos que dela venham a fazer.
Será «Retratos de Gente em Procissão» um livro datado, um
livro de uma geração? É sempre. Por mais que se não queira, as Memórias são
sempre datadas, localizadas e focalizadas.
Então, que se leia e se guarde esta obra, e dela se diga ser
de um tempo em que o Autor foi feliz.
O Rui fez-nos voltar atrás no tempo, e também nos fez ser
novamente meninos, meninos felizes.
Mário Casa Nova Martins
domingo, novembro 11, 2012
Corto Maltese, 'memórias'
Michel Pierre é também o autor dos textos do álbum «As
Mulheres de Corto Maltese».
Este álbum em espanhol, é o correspondente ao original francês
«CortoMaltese, mémoires».
Esta obra nunca foi editada em Portugal, e é pena.
A obra de Hugo Pratt continua ‘maltratada’ em Portugal. A ‘ASA’
está a editar o que se julga ser a obra completa de Corto Maltese, mas sem que
se veja qualquer critério editorial, a não ser a edição a cores de álbuns que
diferentes editoras editaram no passado a preto e branco. E mesmo assim ainda
faltam histórias.
Quanto aos outros heróis de Pratt, como por exemplo o
Sargento Kirk, não há edições recentes. Apenas em alfarrabistas e em sites na
internet se encontram, e alguns títulos nunca aparecem.
Mário Casa Nova Martins
sexta-feira, novembro 09, 2012
Para a História do CDP/GDP - I
*
A história do
Clube Desportivo Portalegre começa em Julho de 1925. Desde então até hoje, essa
história confunde-se com a própria história de Portalegre, dado ser ao longo do
tempo um dos baluartes do desporto, futebol e não só, em Portalegre.
Não haverá muita documentação escrita que permita fazer uma exaustiva história desta notável agremiação portalegrense. Se a memória oral em relação aos seus primórdios é hoje quase inexistente, dado o clube ter mais de oitenta e sete anos, só relatos na segunda pessoa, os tempos recentes ainda permitem esse testemunho.
Desta forma, para os primeiros anos somente é possível recorrer fundamentalmente aos jornais da época. E então editavam-se três semanários, «A Plebe», «A Rabeca» e «O Distrito de Portalegre».
No ano de 1925, apenas existe informação desportiva em «A Rabeca», e no que concerne ao Clube Desportivo Portalegrense encontram-se duas notícias.
A primeira notícia anuncia o seu primeiro jogo, com as segundas categorias do Alentejo Foot-Ball Club, e a segunda os nomes da sua direção.
Não é conhecido se o dito jogo se realizou, e, em caso afirmativo, o seu resultado.
É conhecida a primeira ata do Clube Desportivo Portalegrense, na qual figuram os nomes dos seus corpos diretivos. Mas esses mesmos corpos diretivos vão pouco tempo depois dar lugar a novos.
São estes três documentos que se transcrevem
PRESIDENTE - Carlos Fernandes Bentes de Oliveira
SECRETÁRIO - Florindo Eugénio Madeira
TESOUREIRO - Adelino do Carmo Brito Júnior
Portalegre, vinte e seis de Julho de mil novecentos e vinte e cinco
O SECRETÁRIO - Florindo Eugénio Madeira
…
Grupo Desportivo Portalegrense
Também elegeu os seus corpos gerentes que ficaram constituídos pelos srs.:
Direção – Presidente, Elisário de Brito Júnior; vice-presidente, Florindo Madeira; secretário, Francisco da Silva Prezas; tesoureiro, Adelino Brito Júnior.
Assembleia geral – Presidente, Manuel Chaves Costa; vice-presidente, João Casaca; secretários, Luís de Sousa Gomes e Germano Garção.
Não haverá muita documentação escrita que permita fazer uma exaustiva história desta notável agremiação portalegrense. Se a memória oral em relação aos seus primórdios é hoje quase inexistente, dado o clube ter mais de oitenta e sete anos, só relatos na segunda pessoa, os tempos recentes ainda permitem esse testemunho.
Desta forma, para os primeiros anos somente é possível recorrer fundamentalmente aos jornais da época. E então editavam-se três semanários, «A Plebe», «A Rabeca» e «O Distrito de Portalegre».
No ano de 1925, apenas existe informação desportiva em «A Rabeca», e no que concerne ao Clube Desportivo Portalegrense encontram-se duas notícias.
A primeira notícia anuncia o seu primeiro jogo, com as segundas categorias do Alentejo Foot-Ball Club, e a segunda os nomes da sua direção.
Não é conhecido se o dito jogo se realizou, e, em caso afirmativo, o seu resultado.
É conhecida a primeira ata do Clube Desportivo Portalegrense, na qual figuram os nomes dos seus corpos diretivos. Mas esses mesmos corpos diretivos vão pouco tempo depois dar lugar a novos.
São estes três documentos que se transcrevem
*
PRIMEIRA ACTA
No dia vinte e
seis de Julho de mil novecentos e vinte e cinco, foi fundado por iniciativa de
Carlos Fernandes Bentes de Oliveira, Florindo Eugénio Madeira, Adelino Brito
Júnior, Alfredo Baptista, João da Piedade Rosado Casaca, João Sobral Sequeira,
Germano Vidal Garção, Ângelo Sajara, Fernando Maria Martins Caldeira e Rui
Óscar Velez Caroço, um grupo destinado à prática de todos os sports e com sede
em Portalegre, ao qual os indivíduos acima citados resolveram chamar Club
Desportivo Portalegrense. Neste mesmo dia foi eleita a Direção, ficando
constituída da seguinte maneira:PRIMEIRA ACTA
PRESIDENTE - Carlos Fernandes Bentes de Oliveira
SECRETÁRIO - Florindo Eugénio Madeira
TESOUREIRO - Adelino do Carmo Brito Júnior
Portalegre, vinte e seis de Julho de mil novecentos e vinte e cinco
O SECRETÁRIO - Florindo Eugénio Madeira
*
A Rabeca, Ano X, N.º 484, Domingo, 30 de Agosto de 1925, pg.
2
Sport
FOOT-BALL
Realiza-se hoje pelas 17, 30 horas um encontro entre as 2.ªs
categorias do Alentejo Foot-Ball Club, e a 1.ª categoria do Club Desportivo
Portalegrense.…
*
A Rabeca, Ano X, N.º 488, Domingo, 4 de Outubro de 1925, pg.
3
Sport
FOOT-BALL
…Grupo Desportivo Portalegrense
Também elegeu os seus corpos gerentes que ficaram constituídos pelos srs.:
Direção – Presidente, Elisário de Brito Júnior; vice-presidente, Florindo Madeira; secretário, Francisco da Silva Prezas; tesoureiro, Adelino Brito Júnior.
Assembleia geral – Presidente, Manuel Chaves Costa; vice-presidente, João Casaca; secretários, Luís de Sousa Gomes e Germano Garção.
*
Mário Casa Nova Martins
quarta-feira, novembro 07, 2012
Nova Cidadania, n.º 48
A «Nova Cidadania» está muito perto de atingir o seu quinquagésimo
número, algo pouco frequente em revistas deste género.
Este número, agora chegado, é todo constituído pelo que se disse no “20º
Estoril Political Forum 2012”.
Ligada à Universidade Católica, desde há algum tempo, e a
uma corrente do Liberalismo de que João Carlos Espada é expoente máximo, a «Nova Cidadania» terá
por objetivo dar um contributo para a formação de elites que venham a
desempenhar papéis de relevo na sociedade portuguesa.
Dir-se-ia que 'ontem' era a democracia-cristã, enquanto que 'hoje' será o liberal-catolicismo. Novos tempos.
Que seja uma e de uma boa leitura
Mário Casa Nova Martins
terça-feira, novembro 06, 2012
João Marchante
DA ÉTICA BLOGOSFÉRICA
Gosto de bloguistas com nome e rosto. Produzem blogues com corpo e alma.
domingo, novembro 04, 2012
Rui Manuel Aragonez Marques
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PORTALEGRE
|
Sábado dia 10 de Novembro de 2012, será apresentado na Biblioteca Municipal de Portalegre, pelas 16 horas, o novo livro de Aragonez Marques.
Obviamente que o autor, desejaria contar com a presença de todos os seus amigos e amigas (mesmo daqueles que já tem o livro).
Será uma tarde dedicada à memória e humor, de uma época em que a Cidade fez parte do nosso dia a dia colectivo.
Esperamos por si. . Estamos a ultimar o PROGRAMA. Podemos adiantar, que será apresentado por uma surpresa, que haverá leituras das partes humorísticas por amigos comuns, música ao vivo e... bom Vinho e petiscos regionais. A coisa promete. |
Aragonez Marques