A VOZ PORTALEGRENSE
segunda-feira, dezembro 31, 2012
domingo, dezembro 30, 2012
Mascarados/Desmascarados
Mascarados que são desmascarados. Acreditar em “amanhãs que
cantam”, é caminhar alegremente para a Ditadura!
Que se não duvide que a Distopia dos “amanhãs que cantam” conduz inexoravelmente à
mais vil Servidão Humana.
Enquanto a Vulgata Marxista vigorar em Portugal, o País não
terá nem Rumo e muito menos Futuro!
Mário Casa Nova Martins
sábado, dezembro 29, 2012
Corrupção e Política
Os Portugueses sentem a poluição que os cerca, que os
rodeia. Esta poluição é real, provocada pela hidra da corrupção que assola
Portugal e os Portugueses.
Não basta criar um sol artificial para a que a nuvem da
corrupção seja mais ténue.
A corrupção não vai diminuir em Portugal. Os corruptos
estão, vivem ao nosso lado. Paredes-meias connosco está o corrupto!
Mário Casa Nova Martins
sexta-feira, dezembro 28, 2012
Convento de Santa Clara de Portalegre - V
DOS
MONUMENTOS ÀS PESSOAS - V
O Distrito de Portalegre, N.º 5786, 18 de Junho de 1982
O
Convento de S.ta Clara
Um
pouco da sua história
Iniciamos este apontamento com uma rectificação que
se impõe.
Ao indicarmos os nomes da Comissão Executiva que
iniciou as obras de demolição, no Convento de Santa Clara, encabeçamo-la com o
Dr. Damião do Rio. Simplesmente que este elemento da Comissão, que, nela,
aliás, desempenhava as funções de Presidente, por razões que talvez se possam
adivinhar, apenas, durante um mês, compareceu às reuniões. As actas dão-nos
conta das suas sucessivas escusas e, após esse mês, não mais aparece. Para isto
fomos alertados por uma das actas da «Associação de Protecção e Amparo de Nossa
Senhora das Dores», em que o seu nome figura como entre os benfeitores da
«Obra»: Aqui fica a rectificação que se impunha.
Depois de nos referirmos, de um modo geral, ao
Convento de Santa Clara e de indicarmos as datas da sua fundação e da extinção
das Ordens Religiosas em Portugal, e antes de nos determos um pouco sobre as
duas figuras, para nós, as maiores, ligadas à história deste Convento - a
Abadessa Soror Isabel do Menino Jesus, no séc. XVII, e a Senhora D. Olinda
Heitor Esperança Sardinha, no séc. XX - vamos tentar fazer um bosquejo, a
partir das actas de que dispomos, da história da «Obra» que no Convento se
implantou, no seguimento da morte da última religiosa e ainda em vida das
últimas Senhoras que, ali, se iam acolhendo, transformando o Convento como que
num lar da terceira idade.
Depois de vencida a batalha, em que a Câmara teve
que ceder, as zonas menos degradadas do Convento foram ocupadas pela Associação
a que acima nos referimos. A razão triunfou, com a aplicação do imóvel a um fim
urgente e bem louvável.
Aqui registamos uma das cartas de apoio de destacada
figura da cidade à Senhora D. Olinda Sardinha, na hora decisiva da luta que se
impôs pela cedência do Convento. É do Senhor Capitão Fernando Zangarrilho
Garção. É do seguinte Teor:
«Ex.mª Sr.ª D. Olinda Sardinha
Acabo de vir da casa do Ex.mº Governador Civil onde
fui para o prevenir do que se passava e lhe pedir as enérgicas providências que
o caso requeria.
Alvitrei que - se fora eu – oficiaria ao dg.
comissário da polícia mandando que à força afastasse do convento os
trabalhadores e evitasse o prosseguimento da demolição. Sua Ex.ª prometeu dar
as providências necessárias e eu retirei-me convencido de que realmente assim sucederia, mas se por acaso a
demolição for por diante levarei o meu protesto por forma a pensar ainda, mas
do que fará parte a demissão de membro da Junta Geral do Distrito
É tudo quanto se me oferece dizer a V. Ex.ª.
Disponha V. Ex.ª do meu mais que humilde préstimo, rogando se digne aceitar os
meus respeitos.
De V. Ex.ª - segue-se a assinatura».
Conseguido o Convento para sede, e a colaboração da
Senhora D. Luiza Andaluz - que vivia em Santarém - outra alma grande que
agrupara um escol de Senhoras abertas a este apostolado, lança mãos à obra,
que, através de algumas actas podemos acompanhar desde o berço.
Aqui deixamos a primeira:
«Acta da Sessão de dezoito de Março de 1927»
«Aos dezoito dias do mês de Março de mil novecentos
e vinte e sete, nesta cidade de Portalegre e Casa da Ex.ma Sr.ª D. Olinda
Heitor Esperança Sardinha, compareceram as Ex.mas Sr.ªs D. Olinda Heitor
Esperança Sardinha, D. Palmira Leite de Figueiredo Sampaio. D. Victória da
Conceição Gomes Trindade, D. Maria do Céu Cordeiro Lourinho e eu Antónia Maria
Panasco Pires de Lima eleitas respectivamente, presidente, vice-presidente,
directoras e secretária da Associação de Protecção e Amparo de Nossa Senhora
das Dores, para cujos cargos foram eleitos na Assembleia Geral a treze deste
mês, faltando por motivos justificados, a tesoureira D. Rita Trindade Henriques
e a directora D. Glória Parreira Pereira.
Pela presidente foi declarada instalada a direcção,
tomando cada uma conta dos seus cargos.
Seguidamente pela presidente, foi dada conta de
alguns passos que estão sendo dados para conseguir casa onde se instale o
Colégio destinado à execução da obra desta Associação e pedido à directora D.
Victória da Conceição G. Trindade para obter o auxílio de seu marido Ex.mº
Governador Civil para apoiar a ideia que começava a pôr-se em marcha.
Por proposta da presidente foi designado para as
sessões ordinárias o dia treze de cada mês pelas catorze horas podendo
realizar-se também sessões extraordinárias. Pela mesma presidente foi entregue
a quantia de cem escudos, oferta para os cofres da Associação dada pelo Ex.mº
Sr. Dr. Jerónimo Sampaio e outros cem escudos por seu marido o Ex.mº Sr. Dr.
Laureano Sardinha, dez escudos oferta da Ex.mª Dr.ª D. Conceição G. Trindade e
vinte escudos da Ex.mª. Sr.ª D. Ana Sardinha.
Não havendo mais a tratar, a presidente encerrou a
sessão da qual, para constar, se lavrou a presente Acta que vai devidamente
assinada depois de aprovada. E eu Antónia Maria Panasco Pires de Lima que a
escrevi e assino.
Olinda Heitor Esperança Sardinha, Palmyra Leite de
Figueiredo Sampaio, Victória da Conceição Jónas Trindade, Maria do Céu Cordeiro
Lourinho, Antónia Maria P. Pires de Lima».
No próximo apontamento transcreveremos a acta n.º 2,
aonde consta a oficialização da entrega do Convento de Santa Clara à
«Associação de Protecção e Amparo de Nossa Senhora das Dores» e a designação
das pessoas que contribuíram para que tal se conseguisse, expressando-se-lhes,
ainda profunda gratidão. Mas esta acta, só por si justifica um especial
apontamento.
Padre Anacleto Martins
_______.
Convento de Santa Clara de Portalegre - I I
.
Convento de Santa Clara de Portalegre - III
.
Convento de Santa Clara de Portalegre - IV
.
Convento de Santa Clara de Portalegre - V
.
quinta-feira, dezembro 27, 2012
Pelos Valores
Quem acredita hoje na classe política portuguesa? Dir-se-á
que quem a ela pertence e quem dela recebe mordomias.
O Povo diz não acreditar, mas continua a votar nos Partidos
desta Terceira República.
Desde Abril de 1974 que Portugal rumou ao Socialismo. Acusada
de ser de Direita, a Segunda República é cada vez mais vista como um tempo onde
os Valores tornavam-se Princípios!
Mário Casa Nova Martins
quarta-feira, dezembro 26, 2012
Ao Fernando Correia Pina
Que Poeta serieis, Vós, Senhor, se não tratásseis o Amor?
Aquele que se vê, mas também aquele que se não vê.
Serieis, talvez, um Poeta que só conheceria o que é dor.
Mas não, Senhor, Vós sois Homem de Fé, que no Amor crê!
Aquele que se vê, mas também aquele que se não vê.
Serieis, talvez, um Poeta que só conheceria o que é dor.
Mas não, Senhor, Vós sois Homem de Fé, que no Amor crê!
ex-corde
Mário Casa Nova Martins
terça-feira, dezembro 25, 2012
Desabafos - Natal de 2012
Hoje, 25 de dezembro, os católicos celebram o Natal. Outrora
data marcada por solenidades religiosas, é presentemente uma efeméride que celebra
o consumismo.
Este Natal de 2012 é marcado pelo recente livro do Papa
Bento XVI, intitulado «Jesus de Nazaré – A Infância de Jesus».
O Papa é um intelectual, e nessa perspetiva se insere «A
Infância de Jesus», onde é procurado o rigor acerca do nascimento e infância do
Filho de Maria.
Ao fazê-lo, Bento XVI vai contra certas ornamentações que ao
longo dos séculos têm acompanhado a vivência do Natal cristão.
Há em «A Infância de Jesus» uma busca da verdade dos fatos. Nos
tempos que correm, e que correm contra o Cristianismo, o Papa Bento XVI tem sido
um baluarte contra os ataques que a Igreja de Cristo sofre continuamente, não
só movidos pelas outras duas Religiões do Livro, mas também pelo Ateísmo
oficial da Modernidade.
Mesmo na Europa, é cada vez mais difícil o assumir-se cristão,
também o ser-se católico. Em Portugal, sibilinamente, os poderes fáticos da
sociedade civil combatem o Pensamento da Doutrina da Igreja. Mas a própria
hierarquia da igreja católica em Portugal é cada vez mais cismontana.
A hierarquia católica portuguesa preocupa-se mais em manter
privilégios, do que vir para a rua colocar-se ao lado dos seus crentes. Mantém-se
surda aos ventos de mudança em Portugal, julgando que nada a afetará.
Hoje e cada dia, que se esteja com o Papa Bento XVI. Neste dia
de Natal, que por um momento se lembre que Cristo deu a Sua Vida por nós.
Aquele Menino, que hoje se celebra o Seu Nacimento, é nosso Deus.
Feliz Natal.
Mário
Casa Nova Martins
segunda-feira, dezembro 24, 2012
domingo, dezembro 23, 2012
Do Oriente
O Mundo virou a Oriente.
Foi de lá que partiram, outrora, os Reis
Magos. Hoje, novos orientais invadem o Ocidente. Não com presentes, mas com os
seus produtos.
Uma Europa que não percebe o Valor do Trabalho, o Trabalho que
as Encíclicas dos Papas Sociais ensinam e glorificam, cresce em decadência.
O seu declínio é irreversível. A não ser que se volte para o
Espírito e abandone a Matéria.
Mário Casa Nova Martins
sábado, dezembro 22, 2012
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Convento de Santa Clara de Portalegre IV
DOS
MONUMENTOS ÀS PESSOAS - IV
O Distrito de Portalegre, N.º 5783, 28 de Maio de 1982
O
Convento de Santa Clara
- Um
pouco da sua história
Após a extinção das Ordens Religiosas e, neste caso,
à medida em que as Religiosas Clarissas iam falecendo, começaram a acolher-se
ao Convento, dentro dele e na sua cerca, como já aqui dissemos, algumas
senhoras da nossa cidade e região.
Ali se acolheram para terminar, em paz, e longe do espírito
do mundo, os seus dias.
Como também já aqui referimos, ainda existem nos
nossos dias pessoas que se recordam das últimas senhoras que o habitaram,
durante algum tempo, simultaneamente, com o funcionamento da nova Instituição
de apoio às Raparigas, criada pela Senhora D. Olinda Sardinha.
Dissemos, no último apontamento, que a cedência do
Convento para aquela finalidade trouxe problemas e criou uma situação de rotura
entre o Governador Civil e a Comissão Executiva da Câmara Municipal,
interessada em demolir a parte que estava em ruínas, com o fim de alargar a Rua
de Elvas e, segundo informação oral para ceder parte do terreno libertado a um
elemento da Comissão Executiva para que ali construísse a sua casa.
Ao verificar que a decisão da Câmara esbarrava com a
firme oposição do Governador Civil, esse elemento, em jornal local, tenta
desdenhar o venerando perfil moral da Senhora D. Olinda Sardinha que com a obra
criada, vinha dar vida ao Convento fundado por D. Leonor Teles. Uma maliciosa
aproximação das duas personalidades, tocou no brio do marido da ilustre Senhora
o Dr. Laureano António Picão Sardinha – capitão médico nesta cidade que, com o
jornal numa das mãos e o bengalim na outra, procura o tenente Lacerda Machado e
confirmando este ser o autor do artigo, o prostrava com fortes bengaladas,
desafrontando, assim, a Esposa da repugnante insinuação.
Estavam, então, na Comissão Executiva da Câmara,
desde 26.7.1926, os Srs. Dr. Damião do Rio, capitão António Augusto de Sousa
Oliveira, capitão Augusto Eduardo Marques, capitão Manuel Nunes Fidalgo,
tenente Hildeberto Botelho Medeiros, tenente Joaquim Relvas e João Francisco
Macedo, tendo-lhe associado (auto de posse de 19.4.1927) o tenente Francisco
Lacerda Machado.
É com esta Comissão que mandara executar e já
iniciara a demolição das casas, em estado mais ou menos ruinoso, adossadas ao
Claustro do Convento que surge o conflito, de certo, porque esta demolição iria
complicar, se não impedir, a entrada em actividade da «Obra de Protecção e Amparo de Nossa Senhora das Dores».
Mas nós vamos transcrever a Acta da Câmara que nos
dá conta do incidente:
«Acta da sessão extraordinária da Comissão
Administrativa da Câmara Municipal de Portalegre de 23.4.1927. À margem,
Convocatória – Aprovação da Acta e Ofício do Ex.mº Governador Civil proibido
(sic) a demolição…». Texto:
Ofício do Excelentíssimo Governador Civil do
Distrito proibindo o prosseguimento da demolição do edifício do Convento de
Santa Clara, usando para isso das atribuições que a lei lhe confere. O Senhor
capitão António Augusto de Sousa Oliveira propôs se enviasse ao Ex.mº
Governador o seguinte ofício: Sabendo Vossa Excelência particularmente pelo
vogal desta Comissão Administrativa, Senhor tenente Lacerda Machado, do plano
da mesma Comissão e com o qual Vossa Excelência concordou, sobre a demolição de
uns prédios em ruínas, necessária ao alargamento da Rua de Elvas, ruínas estas
colocadas a uns sete ou oito metros de distância do Claustro – única parte do
Convento considerada monumento nacional (Decreto número oito mil quinhentos e
dezoito, de 22.11.1922) e portanto não havendo nenhuma razão para se invocar o
parecer da Comissão dos Monumentos Nacionais e como o Artigo sessenta e seis da
Constituição Política da República Portuguesa e Artigo trinta e seis da Lei
número 88 de 7.8.1913 dá autonomia às Câmaras Municipais e como a Comissão
considera vexatória a imposição que Vossa Excelência faz na última parte do
Ofício n.º 147, primeira secção de 23.4 – corrente, por unanimidade resolveu
depor imediatamente nas mãos de Vossa Excelência o seu mandato. Sendo posta à
votação foi a proposta aprovada por unanimidade…
Assinam todos os membros da Comissão. Isto passou-se
no dia 23 de Abril. Logo no dia 26, surge o auto de posse da nova Comissão
constituída pelos Senhores: Dr. António Biscaia de Macedo, Dr. Manuel
Hermenegildo Lourinho, João Soares de Sousa Franco, capitão Paulo Monteiro e
Manuel do Carmo Peixeiro.
Afinal, com o andar dos tempos, fez-se a adaptação
pretendida, para a «obra», em questão, funcionar, e pôde também proceder-se ao
alargamento da Rua de Elvas que, aliás, ia desembocar na estrada, através de
duas ruelas, lembrando-se ainda algumas pessoas, mais idosas, das casas
existentes entre as duas estreitas ruas, cuja demolição permitiu o desejado
alargamento.
Padre Anacleto Martins
_____.
Convento de Santa Clara de Portalegre - II
.
Convento de Santa Clara de Portalegre - III
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Convento de Santa Clara de Portalegre - IV
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quinta-feira, dezembro 20, 2012
Contra os Canhões!
A Memória Coletiva do Povo Português é hoje inexistente. Desfeita,
o que hoje existe, subsiste, nem para um Museu da História de Portugal se
aproveita.
Sem perder uma Batalha, Portugal perdeu a Razão de Existir!
Sim, hoje Portugal só existe para aqueles Portugueses que
lutam contra os Traidores que tornaram Portugal exíguo!
Mário Casa Nova Martins
quarta-feira, dezembro 19, 2012
terça-feira, dezembro 18, 2012
Dr. Armando Sampaio
Na última página da «Semana Académica – Revista Informativa»,
Junho de 1979, vem um texto sobre Armando Sampaio. Antigo Estudante da Universidade de
Coimbra, onde se licenciou em Medicina, foi uma figura destacada no panorama
futebolístico português. Na Associação Académica de Coimbra, AAC, desempenhou
cargos e lugares, tal como no Sporting Clube de Portugal e na Federação Portuguesa
de Futebol.
Antes das recentes obras no histórico Campo de Santa Cruz,
em Coimbra, estava na parede principal do balneário uma placa em mármore que
homenageava Armando Sampaio. Hoje já lá não se encontra. Mas também quem é ainda
hoje recorda este Ilustre Desportista e Médico?
Armando Sampaio veio profissionalmente exercer medicina para
Portalegre. Além de desportista e médico, era também político. Politicamente ligado ao Estado Novo, foi desde sempre amigo e apoiante de
Marcello Caetano, muito tempo antes de Caetano vir a ascender à presidência do
conselho.
Que se diga que o desenvolvimento que Portalegre teve desde
a década de cinquenta até meio da de setenta do século passado, também se deve à
influência de Armando Sampaio junto dos governos da época.
Também na orgânica do futebol em Portalegre teve papel de relevo,
fundamentalmente junto do Grupo Desportivo Portalegrense. Afirme-se que
quando deixou pela última vez a presidência do GDP, o clube não tinha uma única
dívida!
Ao longo da sua vida escreveu vários livros memorialistas, que
hoje são fonte importante para as temáticas que tratou.
Contudo, a ingratidão das gentes é imorredoura! O dr. Armando
Sampaio desempenhou cargos políticos no Estado Novo. Porém, nunca foi
formalmente acusado de qualquer crime ou ofensa no desempenho daqueles cargos. Ajudava
sempre que podia quem o procurava, a sua vida pessoal e profissional era
exemplar.
No pós “25 de Abril de 1974” foi molestado por canalha de
Portalegre. Insultado e ofendido publicamente, foi o Homem digno e íntegro de
sempre. Ficou para sempre magoado, triste.
Hoje presto aqui uma Homenagem à Memória do dr. Armando Sampaio,
que conheci mas com quem nunca privei.
Houvesse hoje em Portalegre Gente d’Algo, como era o dr.
Armando!
Mário Casa Nova Martins
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segunda-feira, dezembro 17, 2012
Semana Académica - 1979
Capa
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Contra-capa
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Cartaz
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Revista do Programa da «Semana Académica». Dadas as circunstâncias, o extremismo da Extrema-Esquerda, passe o pleonasmo, não permitiu que se utilizasse o nome «Queima das Fitas», mas em tudo foi idêntico ao que aquela viria a ser no ano seguinte.
Mário Casa Nova Martins
domingo, dezembro 16, 2012
Talvez!
Talvez um dia eu te encontre por aí
Quando não sei, mas sei que sei
Tantos anos sempre a pensar em ti
Lembro tudo, de tudo o que te dei.
.
Eu te encontre por aí! E depois
Ai, o que a gente diria, e faria
Sim, só nós dois, apenas os dois
Tanto aconteceria. Talvez um dia.
.
Tu partiste e não mais voltaste
Tu partiste e não mais voltaste
Recordo bem como então sofri
Que saudade em mim deixaste,
Talvez um dia eu te encontre por aí!
Que saudade em mim deixaste,
Talvez um dia eu te encontre por aí!
Mário Casa Nova Martins
sábado, dezembro 15, 2012
sexta-feira, dezembro 14, 2012
Convento de Santa Clara de Portalegre - III
DOS
MONUMENTOS ÀS PESSOAS - III
O Distrito de Portalegre, N.º 5781, 14 de Maio de 1982
O
CONVENTO DE SANTA CLARA
Fundado em 1376, o Convento de Santa Clara teve a
sua vida normal – pelo menos assim o cremos – até à extinção das ordens
religiosas decretada em 1833. A extinção teve esta nota humana que devemos
registar: o Estado não tomava conta dos conventos femininos senão depois da
morte da última religiosa existente, no Convento, no momento do Decreto de
extinção.
Assim, grande parte dos nossos Conventos de
religiosas sobreviveu até fins do século XIX. Entretanto, no de Santa Clara de
Portalegre, e é possível, e cremos que, certo, noutros Conventos, o espaço
livre ia sendo ocupado por Senhoras – ao jeito dos nossos lares de terceira
idade. Aliás as pessoas mais idosas ainda se lembram dessa fase do Convento e
das senhoras que nele habitavam e nele criaram as tão famosas amêndoas de
Portalegre, além doutra doçaria cujas receitas se perderam.
No caso concreto de Santa Clara, ainda são do nosso
tempo umas pequenas casas construídas para habitação de algumas dessas senhoras
– casas que foram destruídas quando das obras de restauro, ou melhor, modesta
adaptação do Convento para sede da «Obra de Protecção e Amparo de Nossa Senhora
das Dores», que muitos de nós conhecemos ainda em pleno funcionamento. O
Convento de Santa Clara hoje, apesar do seu estado ruinoso, é sede de várias
obras, de assistência, cultura e arte.
Obras de adaptação acabaram por facilitar o
alargamento da Rua de Elvas.
Mas a transição de imóvel em ruínas para sede da «Obra
de Protecção e Amparo de Nossa Senhora das Dores» não se fez sem difíceis
diligências e grandes sobressaltos.
Contaram-nos que, após a cedência, mais ou menos
oficializada, do Convento para essa benemérita instituição, que deu as mãos a
tantas raparigas despistadas, ou apenas em perigo moral, e que se ficou devendo
ao grande coração da magnânima Senhora, (uma das figuras mais distintas de
todos os tempos, da nossa cidade), D. Olinda Heitor Esperança Sardinha, a
Câmara, não concordando, de sua iniciativa, como, aliás estaria no seu âmbito,
se não houvesse má fé e não se tratasse de um monumento nacional, ordenou que
se deitasse abaixo a parte do Convento que limitava com a Rua de Elvas. Como
essas obras viessem pelo menos embaraçar a iniciativa da Senhora D. Olinda
Sardinha, em vias de lançamento, feito um apelo ao Governador Civil, este
mandou parar a demolição.
Assim nos foi dito, mas porque as actas da Câmara se
nem tudo incluem, nos merecem fé de documentos imprescindíveis, para
conhecimento da história dos burgos, lá fomos rebuscar as actas que vieram
confirmar o que ouvíramos.
Realmente a ordem expressa do Governador Civil, ao
tempo, tenente-coronel Gaudêncio José Trindade, para que a Câmara desistisse da
demolição foi motivo do pedido de demissão do Presidente e restantes membros da
Comissão Executiva da Câmara Municipal.
Mas isto fica para o próximo número, pois tem o seu
interesse.
Padre Anacleto Martins
_______.
Convento de Santa Clara de Portalegre - II
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quinta-feira, dezembro 13, 2012
quarta-feira, dezembro 12, 2012
Desabafos
Nove anos depois do último filme da saga «O Senhor dos
Anéis», o universo da Terra Média vai regressar em grande ao cinema com «The
Hobbit», uma vez mais realizado por Peter Jackson.
«The Hobbit: An Unexpected Journey», ou em português «O
Hobbit: Uma Viagem Inesperada», tem a data de estreia marcada para 13 de
dezembro em Portugal, ou seja, na próxima quinta-feira.
Passado sessenta anos antes da ação de «O Senhor dos Anéi»,
«The Hobbit» segue a jornada de Bilbo Baggins, que se lança num aventura épica
para recuperar o Reino dos Anões de Erebor ao pérfido dragão Smaug. Abordado
pelo feiticeiro Gandalf, Bilbo vê-se na companhia de um grupo de anões,
liderado pelo lendário guerreiro Thorin Oakenshield. A aventura vai levá-los
por terras traiçoeiras cheia de duendes e orcs, aranhas gigantes e feiticeiros.
Embora o seu objetivo esteja a leste, primeiro o grupo tem
de fugir dos túneis dos goblins, onde Bilbo encontra a criatura que mudará a
sua vida para sempre, Gollum, e também o precioso e todo-poderoso anel dourado,
cujo destino vai determinar todo o futuro da Terra Média.
Embora «The Hobbit» seja apenas um livro, a obra é
transposta para o cinema em três partes, sendo, portanto, uma trilogia
cinematográfica, como o fora «The Lord of the Rings», se bem que este seja em
termos de obra escrita também uma trilogia.
É fantástico vir a ser possível ter a duas obras capitais de
John Ronald Reuel Tolkien no cinema.
Todavia, que se diga ser indispensável ler quer «O Hobbit»,
quer «O Senhor dos Anéis». Por mais espetaculares que sejam os seis filmes,
nada exclui a leitura da obra.
Por fim, diga-se também que teremos forçosamente que ir a
Castelo Branco ver «The Hobbit», o sítio mais perto de Portalegre onde passa o
filme.
Mário
Casa Nova Martins
_______
Post-scriptum - O filme
«The Hobbit» será dividido em três partes, sendo que o segundo filme, em inglês
«The Hobbit: The Desolation of Smaug», tem estreia marcada para dezembro de 2013,
e a terceira parte, «The Hobbit: There and Back Again», estreia a 18 de julho
de 2014.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Luís Filipe Meira
A
Música como Arte Suprema
*
Cultivo
o prazer da música há dezenas de anos. Ouço música de manhã à noite e apesar de
não conhecer uma nota que seja, a música é para mim uma verdadeira paixão. Sou
um melómano inveterado, que se diverte diariamente em descobrir novos nomes e
em explorar, como ouvinte, as diversas vertentes da música. Com a honrosa
exceção da chamada música clássica – situação que espero resolver no curto
prazo – ouço e disfruto dos mais variados géneros de música. A música é para
mim a arte suprema.
Quero
com esta introdução dizer que na música já muito pouca coisa me surpreende
verdadeiramente. Posso ficar emocionado, entusiasmado, desiludido, frustrado ou
mesmo zangado com a audição de um disco, com a prestação de um artista, com a
organização de um concerto ou de um festival. Mas, surpreendido? Não será
fácil. Mas acontece e ainda bem…
E
aconteceu, no último sábado no CAEP, no concerto dos Danças Ocultas. Uma feliz
e magnífica surpresa. Reconheço a minha culpa em nunca ter dado a devida
relevância à música deste quarteto de acordeões que nasceu há muitos anos atrás.
Curiosamente, dois dos primeiros ídolos que tive, quando comecei a ouvir
música, foram Felipe de Brito e Eugénia Lima, dois acordeonistas de sucesso no início
dos anos sessenta. Mas as guitarras dos Beatles, dos Shadows e dos Stones,
fizeram-me esquecer o acordeão, esse instrumento tão popular que foi concebido
na primeira metade do século 19, tendo vindo a ser aperfeiçoado por
construtores europeus, nunca perdendo o seu próprio espaço na evolução da
música. Acordeão que sempre teve uma forte identificação com a música de raiz
mais popular, apesar de ser instrumento de imensas capacidades.
E
é aqui que entram os Danças Ocultas. Corria o ano de 1989, quando quatro
músicos ligados ao acordeão se juntaram num projeto que, para além do
desenvolvimento das suas próprias capacidades como músicos, tinha como objetivo
primordial a tentativa de afastar o instrumento do folclore tradicional,
respeitando como eles próprios diziam, “ a vontade da concertina”, mas fazendo
para ela uma música nova. O que este quarteto pretendia era mostrar a outra
face do acordeão, dando-lhe outra dignidade e demonstrar as infindáveis
capacidades do instrumento, no fundo dar-lhe dimensão.
Nasciam
assim os Danças Ocultas, com um primeiro disco em 1996 com o mesmo nome. A
evolução continuou de forma muito positiva e interessante, o mercado abriu-se e
a publicação de “AR”, o segundo disco, aconteceu dois anos depois. Neste disco o
grupo mostrava princípios muito próprios, algumas inovações técnicas e um novo
instrumento, uma concertina-baixo concebida e construída para o efeito. Com
este segundo disco o projeto ganhou outro fôlego e começou a rasgar novos
horizontes, a ultrapassar barreiras, abrindo-se a colaborações com outra
vertentes artísticas. O projeto, já de si carregado de originalidade, tornou-se
cada vez mais sólido, mais coeso e as solicitações para espetáculos e outras
colaborações começaram a chegar de todo o lado. Mais dois discos foram
gravados. As atuações em prestigiados festivais e em palcos reputados um pouco
por todo o mundo, sucederam-se. Chegaria também o momento certo para a edição
de uma coletânea, que reunisse temas dos quatro discos anteriores. “Alento” foi o nome escolhido.
E
foi também no âmbito desta compilação que o grupo organizou uma extensa
digressão, que ao longo de dois anos os levou a 14 países e a 60 concertos.
Digressão, cuja última fase começou no dia 29 de Novembro no Porto, passando
por Aveiro, Lisboa, Coimbra e Sines tendo encerrado no último sábado, aqui em
Portalegre no CAEP.
Concerto
que, como referi atrás, me surpreendeu de forma tão intensa, que me levou a
preparar este texto em formato retrospetivo para que os leitores fiquem
motivados para a audição da música tão original e de grande qualidade deste
grupo que, no passado sábado, escreveu um importante capítulo na história
recente, mas já deveras interessante do Centro de Artes e Espetáculos de
Portalegre.
Como vai sendo hábito, não estava muita gente
na sala, mas por vezes neste tipo de concertos de especificidades várias e
complexas, há vantagens em que o público vá preparado para confrontos dificeis, pois assim a comunhão é mais intensa. E aqui não resisto e
para me ajudar a definir o concerto, vou recorrer ao texto de apresentação de “Tarab”,
o quarto álbum dos Danças Ocultas. “Tarab” é um termo árabe para
designar o estado de elevação, celebração e comunhão espiritual – um êxtase –
que é atingido pelo executante e pelo ouvinte durante um ato musical bem
conseguido: “Tarab” é o objetivo da música e dos esforços de quem a pratica.
Posto
isto, não haverá muito mais para dizer, pois foi exatamente o que se passou no
concerto do CAEP. Foi essa empatia entre músicos e a pouco mais de uma centena
de espetadores que funcionou na perfeição, elevando o concerto ao quadro de
honra do CAEP, contribuindo para a forte convicção que a música é a arte
suprema.
Luís Filipe Meira
segunda-feira, dezembro 10, 2012
domingo, dezembro 09, 2012
éléments - 145 (SPÉCIAL 96 PAGES)
sommaire du numéro d'Eléments
L'idéologie du genre contre le sexe
Extrait de l'éditorial de Robert de Herte
Faite d’individus fondamentalement non situés, d’atomes individuels venus de partout et de nulle part, la société devient une structure subchaotique, un caravansérail qui a perdu tout sens du commun.
(…) Toute appartenance ou singularité collective est représentée comme enfermement carcéral, fiction trompeuse ou « construction » illusoire, tout souci de les préserver comme relevant du « fanatisme » ou du « fondamentalisme ».
« Pour donner la liberté du choix, il faut être capable d’arracher l’élève à tous les déterminismes, familial, ethnique, social, intellectuel », déclare Vincent Peillon, nouveau ministre de l’Éducation nationale. (…)
Tocqueville remarquait que « rien ne révolte plus l’esprit humain dans les temps d’égalité que l’idée d’être soumis à des formes ». Les formes sont ressenties comme des limitations, des contraintes. L’art contemporain a déjà aboli les catégories esthétiques. L’ultime « déconstruction » est la déconstruction du sexe, à laquelle procède l’idéologie du genre.
Au sommaire du N°145 d'Eléments
L’entretien: Myret Zaki : La fin du dollar est programmée
En passant par l’Algérie, par Michel Marmin
Romans noirs, par Pierric Guittaut
La chronique cinéma de Ludovic Maubreuil
Une fin du monde sans importance, par Xavier Eman
Humeurs, par Jacques Aboucaya
Richard Millet, la chasse à l’homme, par Michel Marmin
Le goût de la vérité, par Gabriel Matzneff
L’affaire débute chez les Cosaques, par Olivier Maulin
L’écrivain, ce héros, par Christian Combaz
La vérité sur le boson, par Jean-François Gautier
Qu’est ce que le «Backwoods»?, par Pierric Guittaut
Christopher Lasch, par Jean de Lavaur
Costanzo Preve, un portrait, par Yves Branca
Débat avec Costanzo Preve, propos recueillis par Alain de Benoist
Chômage, fléau social, par Pierre Barrucand
Debussy, par Jean-François Gautier
Dossier : L’idéologie du genre contre le sexe
Drôle de genre, par Alain de Benoist
À la recherche du genre perdu, par David L’Épée
Pourquoi des sexes ?, par Alain de Benoist
Vive la différence ! par Alain de Benoist
« Facebook m’a tuer », par Xavier Eman
A bas les hommes !, par Alain de Benoist
La culture gay n’est pas une culture, par Pierre Gripari
Arianna Huffington contre le MLF, propos recueillis par Jean-Claude Valla
Muséophilie, par Laurent Schang
Faite d’individus fondamentalement non situés, d’atomes individuels venus de partout et de nulle part, la société devient une structure subchaotique, un caravansérail qui a perdu tout sens du commun.
(…) Toute appartenance ou singularité collective est représentée comme enfermement carcéral, fiction trompeuse ou « construction » illusoire, tout souci de les préserver comme relevant du « fanatisme » ou du « fondamentalisme ».
« Pour donner la liberté du choix, il faut être capable d’arracher l’élève à tous les déterminismes, familial, ethnique, social, intellectuel », déclare Vincent Peillon, nouveau ministre de l’Éducation nationale. (…)
Tocqueville remarquait que « rien ne révolte plus l’esprit humain dans les temps d’égalité que l’idée d’être soumis à des formes ». Les formes sont ressenties comme des limitations, des contraintes. L’art contemporain a déjà aboli les catégories esthétiques. L’ultime « déconstruction » est la déconstruction du sexe, à laquelle procède l’idéologie du genre.
Au sommaire du N°145 d'Eléments
L’entretien: Myret Zaki : La fin du dollar est programmée
En passant par l’Algérie, par Michel Marmin
Romans noirs, par Pierric Guittaut
La chronique cinéma de Ludovic Maubreuil
Une fin du monde sans importance, par Xavier Eman
Humeurs, par Jacques Aboucaya
Richard Millet, la chasse à l’homme, par Michel Marmin
Le goût de la vérité, par Gabriel Matzneff
L’affaire débute chez les Cosaques, par Olivier Maulin
L’écrivain, ce héros, par Christian Combaz
La vérité sur le boson, par Jean-François Gautier
Qu’est ce que le «Backwoods»?, par Pierric Guittaut
Christopher Lasch, par Jean de Lavaur
Costanzo Preve, un portrait, par Yves Branca
Débat avec Costanzo Preve, propos recueillis par Alain de Benoist
Chômage, fléau social, par Pierre Barrucand
Debussy, par Jean-François Gautier
Dossier : L’idéologie du genre contre le sexe
Drôle de genre, par Alain de Benoist
À la recherche du genre perdu, par David L’Épée
Pourquoi des sexes ?, par Alain de Benoist
Vive la différence ! par Alain de Benoist
« Facebook m’a tuer », par Xavier Eman
A bas les hommes !, par Alain de Benoist
La culture gay n’est pas une culture, par Pierre Gripari
Arianna Huffington contre le MLF, propos recueillis par Jean-Claude Valla
Muséophilie, par Laurent Schang
sábado, dezembro 08, 2012
éléments - 144
sommaire du numéro d'Eléments
La diabolisation continue
On parlait autrefois de « terrorisme intellectuel ». On a parlé ensuite de « pensée unique », et aussi de « police de la pensée ». (…) Pour stigmatiser les impertinents et les rebelles, on dit désormais qu’ils sont « réacs ». (…)
Les « nouveaux réactionnaires » font en permanence l’objet d’un grotesque procès au sein du grand club socialo-libéral-libertaire. On leur reproche de mettre en cause les grandes idoles de notre temps : la croyance au « progrès », l’idéologie du « genre », l’« antiracisme » de convenance, l’impératif de « métissage », la culture de masse ou bien encore l’« art contemporain ».
Notre société célèbre la « transgression », mais passe son temps à traquer les pensées non conformes, faisait observer Elisabeth Lévy, qui ajoutait qu’il est « paradoxal de célébrer la diversité en toute chose, sauf dans le domaine des idées ». Dans les anciens régimes communistes, déjà, les dissidents étaient régulièrement dénoncés comme des « réactionnaires ». (…) Mais que faut-il entendre par ce terme ? (…)
Comme son nom l’indique, le réactionnaire a certes le mérite de réagir. Il vaut mieux réagir que rester passif et subir en silence. Mais la réaction s’oppose aussi à la réflexion.
La droite réactionnaire est réactive, et non pas réflexive. Elle marche à l’indignation à l’enthousiasme, au sentiment. Ce n’est pas toujours une faute, mais cela en devient une dès que l’émotion interdit l’analyse des situations, rendant du même coup aveugle à l’exacte nature du moment historique que l’on vit. De ce point de vue, le mouvement des « indignés » est lui aussi « réactionnaire ». L’indignation n’est pas une politique.
Une droite antilibérale et non réactionnaire serait tout naturellement faite pour s’entendre avec une gauche purgée de l’idéologie de progrès. C’est sans doute cette conjonction que veulent interdire ceux qui s’affairent à rafistoler la digue, à remettre une couche sur la chape de plomb. Mais jusqu’à quand ?
Au sommaire du N°144 d'Eléments
Dossier
• La diabolisation continue ! Néo-réacs: combien de divisions? par Pascal Eysseric
• La doxa libérale du PS passée au crible de la «gauche populaire» par Pierre Le Vigan
• Le combat pour la littérature française par Michel Marmin et Rémi Soulié
• Contre, tout contre Muray par François Bousquet
• Comment résister à l’idéologie du progrès sans devenir «réa», par Luc-Olivier d’Algange
• Renaud Camus : «réac de toujours», propos recueillis par Pascal Eysseric
Entretien
• Maurice Cury : Le concept de « culture nationale »
Et aussi...
• Retour à Jean-Jacques Rousseau, par Michel Marmin
• Le polar vu par Pierric Guittaut
• La chronique cinéma de Ludovic Maubreuil
• Comment reconnaître un con à l’heure d’Internet ? par Armand Grabois
• Une fin du monde sans importance, par Xavier Eman
• Économie, religions, philosophie... par Alain de Benoist
• Sciences, par Bastien O’Danieli
• Alain de Benoist : un demi-siècle d’engagement, par Jean-Marcel Zagamé, Alain Lefebvre, François d'Orçival, Ludovic Maubreuil et Olivier François
• La Corée du nord, derrière les mots de la propagande, par David L’Épée
• La main invisible contre le peuple, éloge d’Edward P. Thompson, par Olivier François
• L’écologisme de marché par Jean de Lavaur
• Pacifisme intégral? Plus que jamais! par Robin Turgis et Flora Montcorbier
• Georges Mathieu et moi, par Michel Marmin
Les « nouveaux réactionnaires » font en permanence l’objet d’un grotesque procès au sein du grand club socialo-libéral-libertaire. On leur reproche de mettre en cause les grandes idoles de notre temps : la croyance au « progrès », l’idéologie du « genre », l’« antiracisme » de convenance, l’impératif de « métissage », la culture de masse ou bien encore l’« art contemporain ».
Notre société célèbre la « transgression », mais passe son temps à traquer les pensées non conformes, faisait observer Elisabeth Lévy, qui ajoutait qu’il est « paradoxal de célébrer la diversité en toute chose, sauf dans le domaine des idées ». Dans les anciens régimes communistes, déjà, les dissidents étaient régulièrement dénoncés comme des « réactionnaires ». (…) Mais que faut-il entendre par ce terme ? (…)
Comme son nom l’indique, le réactionnaire a certes le mérite de réagir. Il vaut mieux réagir que rester passif et subir en silence. Mais la réaction s’oppose aussi à la réflexion.
La droite réactionnaire est réactive, et non pas réflexive. Elle marche à l’indignation à l’enthousiasme, au sentiment. Ce n’est pas toujours une faute, mais cela en devient une dès que l’émotion interdit l’analyse des situations, rendant du même coup aveugle à l’exacte nature du moment historique que l’on vit. De ce point de vue, le mouvement des « indignés » est lui aussi « réactionnaire ». L’indignation n’est pas une politique.
Une droite antilibérale et non réactionnaire serait tout naturellement faite pour s’entendre avec une gauche purgée de l’idéologie de progrès. C’est sans doute cette conjonction que veulent interdire ceux qui s’affairent à rafistoler la digue, à remettre une couche sur la chape de plomb. Mais jusqu’à quand ?
Au sommaire du N°144 d'Eléments
Dossier
• La diabolisation continue ! Néo-réacs: combien de divisions? par Pascal Eysseric
• La doxa libérale du PS passée au crible de la «gauche populaire» par Pierre Le Vigan
• Le combat pour la littérature française par Michel Marmin et Rémi Soulié
• Contre, tout contre Muray par François Bousquet
• Comment résister à l’idéologie du progrès sans devenir «réa», par Luc-Olivier d’Algange
• Renaud Camus : «réac de toujours», propos recueillis par Pascal Eysseric
Entretien
• Maurice Cury : Le concept de « culture nationale »
Et aussi...
• Retour à Jean-Jacques Rousseau, par Michel Marmin
• Le polar vu par Pierric Guittaut
• La chronique cinéma de Ludovic Maubreuil
• Comment reconnaître un con à l’heure d’Internet ? par Armand Grabois
• Une fin du monde sans importance, par Xavier Eman
• Économie, religions, philosophie... par Alain de Benoist
• Sciences, par Bastien O’Danieli
• Alain de Benoist : un demi-siècle d’engagement, par Jean-Marcel Zagamé, Alain Lefebvre, François d'Orçival, Ludovic Maubreuil et Olivier François
• La Corée du nord, derrière les mots de la propagande, par David L’Épée
• La main invisible contre le peuple, éloge d’Edward P. Thompson, par Olivier François
• L’écologisme de marché par Jean de Lavaur
• Pacifisme intégral? Plus que jamais! par Robin Turgis et Flora Montcorbier
• Georges Mathieu et moi, par Michel Marmin
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Convento de Santa Clara de Portalegre - I I
O Distrito de Portalegre, N.º 5780, 7 de Maio de 1982
Clara
e Francisco «loucos»
Prometemos, a propósito do Convento de Santa Clara,
falar desta mulher que, em Assis, se apresenta ao «louco» Francisco e lhe
oferece a tesoura para que ele lhe corte as belas tranças, com que se teria
entretido e ocupado os outros, na intenção de atrair olhares, de chamar
atenções.
Foi um gesto simbólico, como foi real e simbólico o
gesto de Francisco, despindo-se nos aposentos do Bispo, depois de estranho
diálogo com o pai, atirando para os braços do rico mercador as vestes que dele
recebera, tendo o Bispo de lhe cobrir a nudez com a sua capa. Assim nu,
Francisco sente-se livre. De tranças deixadas, nas mãos de Francisco, e certa
do seu apoio, para se lançar nos caminhos da sua «loucura» Clara não hesita –
responde o sim ao apelo para gritar
às raparigas de Assis, como Francisco aos rapazes, que há riquezas maiores do
que o dinheiro e o prazer, que a única força libertadora é o Amor.
E desta Clara de Assis, nasce o 2.º Ramo da «Família
Franciscana» - chamado das «Clarissas», indicando, assim, o nome da fundadora.
O apelo de Clara tem retumbante eco. Santa Maria dos
Anjos para Francisco – São Damião para Clara e suas Irmãs. Mas, de Assis o fogo
avança por toda a Itália, Europa Meridional e reinos cristãos da Península. O
primeiro convento fundado, em Portugal, foi o de Lamego – fundado em 1258,
cinco anos após a morte de Santa Clara. Entretanto, quase de imediato, se
transfere para Santarém. Mas outros conventos surgem entre nós. O apelo à Paz
que no interior destas casas se respirava, tocava o coração de Raparigas e
Senhoras das mais famosas famílias – ficando abertas as suas portas a todas as
mulheres que buscavam a Paz no despojamento de si mesmas; como nos conventos
dos Franciscanos, a procuravam tantos desiludidos das seduções duma sociedade
que, pelo menos, em relação a certas classes, já se poderia chamar
«consumista».
Depois de Lamego, cujo convento se transferiu, como
dissemos, para Santarém, surgem imponentes construções como a do Convento de Santa
Clara de Coimbra, em 1319; o de Vila do Conde, em 1398; o de Portalegre -
sóbrio, mas digno, como se conclui, pelo que resta do seu Claustro, em 1376; o
da Madre de Deus, de Lisboa, em 1508; o de Jesus de Setúbal, de 1490.
Não terá sido estranha à relativa procedência, dada
a Portalegre, na expansão deste 2.º Ramo da «Família Franciscana», a presença
dos Franciscanos desde 1275, entre nós, mas a fundação do Convento deve a sua
concretização, como já dissemos, à Rainha D. Leonor Teles, cuja generosidade,
neste caso, merece registo.
Padre
Anacleto Martins
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