\ A VOZ PORTALEGRENSE: novembro 2008

domingo, novembro 30, 2008

António Martinó de Azevedo Coutinho

CROMOS DA BOLA – I
(1944/45)
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Estávamos nos finais da II Guerra Mundial e o Mundo, a Europa, Portugal e esta cidade de Portalegre mergulhavam numa profunda depressão.
Era o tempo das longas e penosas filas dos racionamentos, na luta quotidiana pela sobrevivência com um mínimo de dignidade.
Para aqueles que, como eu, vivíamos os tempos descuidados da infância - terminara a escolaridade primária e espreitavámos novas aventuras no liceu ou na escola técnica - um dos mais fascinantes passatempos colectivos era constituído pela organização das fabulosas colecções de cromos desportivos que embrulhavam lambuzados caramelos. Penso que, hoje, os rigores inquisitoriais da ASAE proibiriam liminarmente tal prática...
Digo colectivos porque só no seio das trocas podíamos aspirar à formação de equipas completas e, supremo desígnio, à compra do “fundo da lata” onde estava a peça única que dava acesso ao prémio máximo: uma bola de cautchu presumivelmente autêntica.
O futebol era, então, uma prática cuja popularidade estava isenta dos extremismos de agora, paixão mais salutar de tempos livres, ocupação quase obrigatória nas presenças ao vivo, na audição dos relatos radiofónicos, na leitura compulsiva da “bíblia” (leia-se: d’A Bola), ou na discussão que prolongava pela semana dentro as incidências do jogo nosso de cada domingo. Tudo era então mais saudável e natural sobretudo porque ainda não tinham sido inventados alguns dos malefícios contemporâneos que conspurcam o actual futebol: as repetições televisivas dos lances mais polémicos, os infalíveis comentadores, os dirigentes corruptos e incompetentes, o dopping, os árbitros parciais ou míopes, as claques arruaceiras e os salários em atraso.
A 10 de Junho de 1944 fora solenemente inaugurado o Estádio Nacional, mas a nossa prestação futebolística internacional, ao tempo, era bastante modesta. No ano seguinte empataríamos aí com a Espanha (2-2), indo depois perder em Madrid por 2-4. Logo a seguir até a Suiça no venceria, em Basileia, por 1-0... De notar que todos os nossos quatro golos foram marcados pelo famoso avançado-centro do Sporting, Fernando Peyroteu, uma espécie de versão branca, avant-la-lettre, do futuro astro Eusébio, e como este também “importado” das Áfricas.
Aqui, no saudoso estádio da Fontedeira e acabado de ascender à II Divisão Nacional, o Desportivo tinha no goleador Cristóvão Canário a sua figura máxima, ele que tinha nascido e brilhado no rival Estrela.
O seu irmão Carlos, jogador de grande qualidade, tinha já sido “exportado” para o Sporting da capital...
Este e os seus companheiros de equipa, e também do Campeonato Nacional da I Divisão na época 1944/45, são os componentes essenciais da colecção de cromos que parcialmente aqui se reproduz.
Caramelos Futebolistas de Portugal - Grande novidade em fotografias coloridas - Fábrica Universal - António E. Brito, Rua da Alegria, 22 - Telf. 25628 - Lisboa - eis a breve apresentação patente na sugestiva capa da caderneta. Da contra-capa constavam as indicações “técnicas” inerentes à colecção que integrava 14 equipas e 154 jogadores em meio-corpo. Estas 14 equipas eram, seguindo a ordem da própria caderneta: Sporting, Benfica, Belenenses, Porto, Atlético, Estoril, Olhanense, Setúbal, Guimarães, Boavista, Académica, Famalicão, Elvas (com o inesquecível Patalino) e Oliveirense.
Escolhi cinco equipas, as dos “quatro grandes” (Sporting, Benfica, Belenenses e Porto) e a da Académica de Coimbra. A quem possa estranhar a inclusão dos “azuis” de Belém, lembrar-se-á que esta equipa era, ao tempo, pelo menos tão poderosa como a da capital do Norte. Quanto aos estudantes, estes incluiam um dos mais portentosos jogadores portalegrenses de todos os tempos: Tótó Bentes, o “rato atómico”. Ainda me lembro de o ver aqui jogar... e deslumbrar!
Este conjunto integra algumas das maiores personalidades futebolísticas desses fascinantes anos 40: Azevedo, um guarda-redes lendário; Jesus Correia e Albano, dois dos famosos “cinco violinos”; Francisco Ferreira, médio de grande qualidade; Julinho, Espírito Santo e, sobretudo, Rogério, três avançados inesquecíveis; Capela, Vasco e Feliciano, as “três torres de Belém”; Barrigana, guarda-redes de mérito; Araújo, Correia Dias e Catolino, dianteiros nortenhos que deixaram marca e rasto; Mário Reis, Faustino ou o Dr. Lemos, nomes com memória entre os capas negras...
Naturalmente, dada a nossa condição de portalegrenses, são as figuras já desaparecidas de Carlos Canário e António Bentes que mais de perto falam ao nosso coração bairrista. Porém, integrados numa peça de colecção onde se fundem este sentimento e a grata lembrança de muitas décadas, eles constituem hoje pretexto e razão para partilhar vivências de tempos já distantes, embora duros e difíceis, em que o futebol valia a pena.
António Martinó de Azevedo Coutinho
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Equipas
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Associação Académica de Coimbra, época 1944/45
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Clube de Futebol «Os Belenenses», época 1944/45
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Sport Lisboa e Benfica, época 1944/45
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Futebol Clube do Porto, época 1944/45
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Sporting Clube de Portugal, época 1944/45

António Martinó de Azevedo Coutinho

Estádio da Fontedeira
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Hoje é um dia importante na “longa” vida de mais de dois anos e meio de A Voz Portalegrense.
A cidade de Portalegre não é “amiga” de quem a ela dedica de alma e coração as suas vidas, sejam a profissional, seja, no caso presente, em prol da Cultura. Muito mais poderia acrescentar, mas apenas digo que o Dr. António Miguel Martinó de Azevedo Coutinho sempre lutou pelo engrandecimento de Portalegre e Região. As armas que tem utilizado são uma carreira académica e profissional exemplares, uma obra no audiovisual e em História regional e local de relevo. Figura polémica, por que pensa por si, contrária a modismos e a situacionismos, aceitou o meu pedido de vir a esta “pequena casa” falar de Colecções de Cromos.
Com uma vasta Biblioteca, nela avulta uma colecção completíssima de Banda Desenhada e, como agora se irá ver, valiosas Cadernetas de Cromos.
Agradeço ao Dr. António Martinó o ter aceite este convite/desafio. E espero que esta seja a primeira de muitas “aventuras” pel’A Voz Portalegrense!
Bem-Haja.
Mário

sexta-feira, novembro 28, 2008

Desabafos

Como em tudo na vida, as situações têm sempre um lado positivo e um lado negativo. Este pressuposto pode aplicar-se à actual crise económico-financeira que assola, sem excepção, os Cinco Continentes.
Não está fácil debelar os efeitos, gerados em cascata, da crise mundial, que começou com a subida dos preços dos principais bens de subsistência e que passou para as fontes primárias de energia. A especulação foi a razão apontada para esta situação, que depois teve o seu refluxo, com a baixa dos preços daqueles produtos para níveis inferiores aos do período anterior às subidas especulativas nos mercados de futuros e que deram origem ao crash bolsista.
Foi justamente o crash bolsista que pôs a nu as fragilidades da economia americana que, “em efeito dominó”, arrastou todas as outras para o caso presente.
A Europa está a conseguir controlar os efeitos da crise, principalmente no sector financeiro. Em Portugal, até à data, apenas dois bancos apresentaram sinais de debilidade, aos quais o Governo deu imediata resposta. Todavia, essa resposta não foi idêntica, mas acredita-se que foram tomadas as medidas mais correctas.
O Banco Português de Negócios, BPN, é nacionalizado, enquanto o Banco Privado Português, o BPP, tem que mostrar por si que consegue superar a crise em que está e de que foi o principal fautor.
Mas, até ao momento, há um facto curioso, que é a presença de políticos do Cavaquismo envolvidos em toda esta situação. Num esforço de memória, dizia-se à época que Aníbal Cavaco Silva estava farto de ser primeiro-ministro, porque os interesses pessoais dos seus ministros colidiam com o Interesse Nacional. O Futuro veio dar-lhe razão.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 28/11/08
Mário Casa Nova Martins

O Sexo dos Anjos

quinta-feira, novembro 27, 2008

Crónica de Nenhures

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Comunicação Social em Portalegre
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Nos links de A Voz Portalegrense encontram-se os meios de comunicação que hoje fazem a informação na cidade e região de Portalegre. Dois blogues, Em Portalegre Cidade e Em Portalegre Cidade do Alto Alentejo, dois semanários, Alto Alentejo e O Distrito de Portalegre, e uma rádio, Rádio Portalegre.
Desconhecemos quem são os responsáveis dos blogues, que escrevem sob anonimato, mas pela actualidade e critério do que editam reconhecesse-se saber e credibilidade. E temos prazer que neles esteja o link de A Voz Portalegrense.
Quanto á rádio, ela é uma referência em todo o Alentejo. Ao longo dos anos tem sabido acompanhar a evolução da sociedade e das vivências da região, sendo hoje um veículo de prestígio para Portalegre. Podermos contribuir, de forma modesta, para que a Rádio Portalegre continue a ser a mais ouvida, como provam todas as sondagens de há muitos anos a esta parte, honra-nos.
Os semanários Alto Alentejo e O Distrito de Portalegre fazem parte de um nosso tempo em Portalegre.
O centenário “Distrito” acompanhou-nos toda a vida. Nele, durante quase uma década consecutiva escrevemos uma rubrica que intitulámos «Conta-Corrente». Com quatro Directores estivemos, os Padres Manuel André Pinheiro, João Mendonça, José Dias Heitor Patrão e João Pires Coelho. De todos recebemos apoio e criámos amizade.
Com todos eles fizemos algo mais do que o semanal artigo de opinião. Com Manuel André Pinheiro e João Ribeirinho Leal fizemos a revista Jubileu. Com João Mendonça estivemos em muitas reuniões sobre a comunicação social em geral e a católica em particular. Com José Dias Heitor Patrão tivemos a função de Director Executivo. Com João Pires Coelho fomos Director Adjunto. Dos quatro Directores guardamos momentos de convívio agradável, saudável e enriquecedor.
A amizade de década e meia com o Director do Alto Alentejo, Manuel Isaac Correia, fez com que nos considerasse “colaborador permanente”, junto com o nosso amigo Luís Filipe Meira. Ao contrário do Luís Filipe, contam-se pelos dedos da mão as colaborações que fizemos ao longo dos mais de dois anos de existência do jornal. Mas tal facto nunca impediu de termos conversas com o Manuel Isaac sobre toda a espécie de assuntos que ao jornal dizem respeito.
A vida, por mais simples que seja, é feita de ciclos. Hoje, o tempo de escrevermos em jornais é passado. Também o tempo do blogue terá o seu fim. Assim é feita a vida de cada um, e nós não fugimos à regra da própria vida.
Mário Casa Nova Martins

Revista Plátano

Deixámos passar os dias, mas hoje voltamos a falar da revista Plátano. Como a comunicação social escrita de Portalegre noticiou, e sobre esta debruçar-nos-emos em posterior postal, a apresentação da Plátano n.º 4 teve lugar na Biblioteca Municipal de Portalegre em 1 de Novembro passado. Do que se passou na sessão, já foi tudo dito.
Mas queremos agora falar de momentos referentes à Plátano que passaram na Blogosfera, sem esquecer a Rádio.
Avelino Bento no Blogue «Exdra/Animação», Duarte Branquinho no Blogue «Pena e Espada», José Dinis Murta no Blogue «Jornal de Nisa», Maria Francisca Botelho de Andrade no Blogue «Claras Manhas» e PTG no Blogue «Em Portalegre Cidade» falaram da revista e do que se passou no seu lançamento.
Antes da apresentação já tínhamos dado conta de outras referências à Plátano em
postal próprio. Humberto Nuno de Oliveira, Joaquim Castanho, Manuel Azinhal, Mário de Oliveira Mendes, Martim de Gouveia e Sousa, Área Nacional e Em Portalegre Cidade do Alto Alentejo quiseram associar-se à apresentação da revista.
E, convém não esquecer que a
Rádio Portalegre em vários momentos falou da revista Plátano.
Tudo “somado”, enche de alegria e de orgulho todos aqueles que ao longo de quatro anos têm feito a revista. Também os leitores da Plátano têm que se sentir acompanhados por todo este apoio, vindo de tão variados sectores e de tantos lugares de Portugal.
A Plátano atravessou fronteiras. As responsabilidades aumentaram.
O futuro estará mais atento àquilo que a revista Plátano fará.
Mário Casa Nova Martins

Serviço Público

Serviço Público no Sexo dos Anjos
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Iremos fazendo a actualização deste Postal, “chamando-o” para datas também elas actualizadas. É importante que fique um registo deste conjunto de entrevistas.
Mário

terça-feira, novembro 25, 2008

Crónica de Nenhures

A grande mentira
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Ao contrário do que afirma publicamente, e em política assim tem que ser, Paulo Sacadura Cabral Portas sabe que o próximo ano de 2009 não vai ser fácil para ele e para o CDS, em termos de subsistência político-partidária. O ciclo eleitoral que se aproxima vai ditar o futuro político de Paulo Portas e do CDS.
Sinal de que o Partido vai ter um mau resultado a nível nacional, é perceber a estratégia de Luís Nobre Guedes. Só quem não conhece os bastidores do CDS é que não compreende o que se passa no Largo do Caldas, que, em hora de exaltação partidária, passou a denominar-se Largo Adelino Amaro da Costa.
Quem conhece as “personagens” e acompanha o “enredo”, percebe o “filme”. Quem é leigo na “matéria”, “acredita” que Nobre Guedes está de facto em oposição a Portas. Mas não é bem assim. O que realmente se passa é que Paulo Portas e Luís Nobre Guedes preparam cuidadosamente “o dia seguinte”!
Presentemente o CDS não é um Partido de Causas, mas sim de interesses. Nobre Guedes é a face visível dos principais interesses, económicos e não só, que dão corpo ao que hoje é a agremiação política do Largo do Caldas. E a gente que dirige o CDS não pode sair da liderança, depois da hecatombe eleitoral que se avizinha.
Desta forma, Nobre Guedes prepara-se para substituir Paulo Portas, um facto político que não tem nada de novo. Antes deveria ter sido Telmo Correia e não José Ribeiro e Castro a substituir Portas, um “acidente de percurso” que a seu tempo foi “resolvido”! A “história” repete-se em 2009.
E tudo volta ao mesmo.
Mário Casa Nova Martins

Humberto Nuno de Oliveira

A Turma


ENTRE LES MURS

A Turma dos Repetentes


LES SOUS-DOUÉS

domingo, novembro 23, 2008

Cadernetas de Cromos



Cadernetas de Cromos
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FIGURAS IMORTAIS
(Editorial Ibis - 1959)
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Ano da 1ª edição: 1959 (Outubro).
Origem - Espanha (Catalunha), editorial Bruguera.
Cromos - 250 cromos, com base em soberbos guaches de E. Vicente Rodriguez.
Nota: Vários cromos representam figuras com interesse puramente nacional, tais como D. Afonso Henriques, João XXI e D. Dinis (página ao lado). Foram, no entanto, executados em Espanha, pelo mesmo ilustrador. Mas esta colecção nunca foi publicada em Espanha! As razões são um mistério. Foi publicada no Brasil com muitos cromos substituídos por outros de execução local, ilustrando grandes brasileiros.
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Depois das Raças Humanas e das Bandeiras do Universo, agora esta Caderneta que nos deu nomes de Gente que no decorrer da vida fomos conhecendo quanto importantes foram para a Humanidade.
Mário

O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos

Joaquim Fernandes
(Historiador, Universidade Fernando Pessoa)
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“O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos”
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( Temas&Debates&Círculo de Leitores, 2009 )
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Prefácio de Carlos Fiolhais:
Cientistas, escritores, matemáticos e inventores que deixaram um importante contributo em áreas como a química, a lógica, a física, a medicina. Resgatando muitas dessas figuras ao esquecimento, o historiador Joaquim Fernandes concretizou uma inédita pesquisa sobre os homens e mulheres que deixaram uma inquestionável marca na História.
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«Deveria ser um manual escolar.»
Tiago Cavaco, Revista Ler
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«É revelador que O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos seja também e em grande medida uma colecção dos mais nobres traidores da Pátria. Traição aqui como a mais sublime devoção possível a um país. Boa parte desses valorosos concidadãos foi em vida apelidada de Judas pela sua própria terra. O mínimo que se espera é postumamente fazer justiça às suas memórias.»
Tiago Cavaco, Revista Ler
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Sabia que na corte de Catarina, a Grande, existia um médico português? Próximo da czarina, Ribeiro Sanches serviu a soberana russa sendo considerado um dos grandes percursores da reforma pombalina.
Em Londres ardeu em praça pública Cavaleiro de Oliveira, escritor e diplomata que não se quis calar editando polémicos escritos.
Encarcerado na Junqueira morreu aquele a que os alemães chamaram de “Newton português” – Bento de Moura, físico e inventor.
Herói da independência do Brasil, Andrade da Silva descobriu o terceiro elemento químico, o lítio.
Talentosos, lutadores e por vezes ignorados em vida, contam-se os atribulados percursos de vida de homens e mulheres que, dentro ou fora do país, deixaram um inquestionável contributo.
Esquecidos, mas de extraordinárias vidas, é na verdade uma aventura a descoberta destes portugueses pelo mundo...

Do Prefácio:
«A identidade nacional faz-se a partir da memória, mas a memória portuguesa é estranhamente selectiva. O historiador Joaquim Fernandes, neste seu livro bem documentado sobre os "portugueses esquecidos", vem lembrar-nos muitos nomes que, apesra de o merecerem, não têm conseguido passar no crivo da nossa memória colectiva. As razões serão as mais variadas. Mas talvez a mais comum seja o facto de grande parte desses notáveis se terem ausentado do seu país natal (ou permanecido ausentes do país natal de seus pais). Muitos deles perseguidos na sua própria terra foram para longe e ficaram longe na nossa memória. Outros ficaram por cá, desafiando condições difíceis, mas foi como se tivessem ido para longe. Também foram injustamente ignorados.»
Da Introdução: (...)
“Invocamos neste inventário – que não poderia ser definitivo, antes ilustrativo – o tríptico em que assenta o afrontamento e a incompreensão da sociedade portuguesa perante muitos criadores e pensadores da diversidade científica e cultural, das heterodoxias ideológicas e religiosas: errância, ignorância, intolerância, definem, a nosso ver, os nódulos conflituais que resulta(ra)m do cruzamento entre as minorias mais inconformistas e o corpo maioritário da nação. Pretende-se com esta divulgação histórica recuperar a memória de um longo cortejo de portugueses cuja obra, vilipendiada ou cerceada por obstáculos ideológicos vários, se diluiu nas ruínas de uma injusta amnésia colectiva. De uma forma didáctica, este espaço visa ajudar à formação de uma opinião leitora mais crítica que propicie novos espaços para a tolerância, incentive o reforço da nossa auto-estima comum e incorpore um conhecimento mais justo dos préstimos da cultura científica portuguesa para a constituição do saber.
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“O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos” vai ser apresentado no dia 5 de Dezembro, pelas 19 horas, na FNAC, do MarShoping, em Leça da Palmeira.
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Joaquim Fernandes
Historiador, professor na Universidade Fernando Pessoa, co-fundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência.
Especialista no estudo do imaginário português, começou por editar «Ovnis em Portugal (1978), seguindo-se «Intervenção Extraterrestre em Fátima» (1982), «As aparições de Fátima e o Fenómeno Ovni» (1995), «Fátima, nos Bastidores do Segredo» (2001), «Heterodoxias para o século XXI: novas fronteiras da Ciência» (2001), «Silenciados e Silenciosos» (2005), «O Cavaleiro da Ilha do Corvo» (2007).

Companhia de Jesus

Pastoralsj.org

Ayúdanos a difundir la página.
Queridos lectores de pastoralsj. En estas próximas semanas llegaremos al millón de visitas. Es una alegría poder seguir compartiendo contenidos, reflexiones, oraciones e inquietudes. Pero nos atrevemos a escribiros para pediros ayuda.
Quisiéramos que intentéis dar a conocer la página en vuestros ambientes, entre familiares, amigos, conocidos, compañeros de trabajo o de pastoral, gente a quien penséis que puede ayudar. (Hay muchas personas a quienes seguramente gustaría un material así, pero no lo conocen).
Animadles a visitarnos, a bucear entre estas palabras, a buscar... Es una manera, entre todos, de seguir caminando y ayudando a que más personas podamos seguir creciendo en la fe. Un abrazo agradecido por vuestra fidelidad y ayuda.
El equipo de pastoralsj.

http://www.pastoralsj.org
Pastoralsj es la página web de pastoral juvenil universitaria promovida por jesuitas de la provincia de Castilla en la que colaboran Jesuitas y laicos de toda españa. Este correo simplemente es un avance de lo que podrás encontrar en la web en esta edición.

APOSTOLADO DEL LIBRO
www.apostoladodellibro.blogspot.com

sexta-feira, novembro 21, 2008

Desabafos

Ainda muito antes do termo “globalização” ter tomado foros de universalidade, já existia algo que era global à escala planetária, o Futebol.
Com pouco mais de cem anos de existência, o Futebol é um desporto que gera todo o tipo de emoções. Conseguiu transformar-se no “desporto-rei” em todo o Mundo. Hoje em dia, os desportos tradicionais convivem lado a lado com o Futebol, mas vão perdendo cada vez mais adeptos e importância face à avassaladora máquina que é o Futebol.
Deporto popular, é ser desporto de massas, e o Futebol preenche todos os requisitos para que assim seja considerado. Negócio que envolve somas astronómicas de dinheiro, ele tem um papel preponderante na sociedade actual. E assim sendo, a Política tenta servir-se do Futebol, tal como este da Política. Troca de favores é moeda corrente entre políticos e dirigentes desportivos. E, claro, a corrupção vai corroendo o Futebol.
Os principais agentes do Futebol são os Clubes, e estes vivem uma crise económica sem paralelo. A busca de vitórias a todo o custo obriga à contratação de jogadores, pagos principescamente.
Mas a par dos Clubes existem os Adeptos, e entre estes formam-se Claques de apoio ao Clube. A mais conhecida do Sport Lisboa e Benfica é a “No Name Boys”.
Soube-se esta semana que elementos dos “No Name Boys” estão envolvidos em ilícitos criminais. Perante tal facto, a Justiça fará jus ao seu nome. Porém, a Claque dos “No Name Boys” não é responsável pelo comportamento de uma minoria dos seus elementos.
Os Benfiquistas, têm pelos “No Name Boys” gratidão. Ao longo dos anos eles têm vivido e lutado pelo Clube. “Umas maçãs podres não matam a Macieira”!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 21/11/08
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, novembro 20, 2008

Blogue

A Definição Perfeita

quarta-feira, novembro 19, 2008

Professores

QUEM MAIS ORDENA
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É muito estranho que a classe profissional que mais avalia seja aquela que mais resiste a ser avaliada

Muitos professores protestam e quase se ofendem quando alguém diz ou escreve, como já aconteceu nesta página, queboa parte da classe, talvez a maioria, anda a reboque do PCP, por interposta Fenprof, nesta guerra interminável com a ministra da Educação. Mas não há dúvida de que os sindicatos comunistas são quem mais ordena e sabe aproveitar o sentimento de insatisfação que reina nas escolas, liderando a contestação, enquadrando-a de forma a capitalizar politicamente e ganhando força para travar as mudanças pretendidas por Maria de Lurdes Rodrigues.
A prova de que a maioria dos professores hoje descontentes vai a reboque ou se deixa conduzir pelo PCP está no processo que desembocou nesta segunda marcha dos 100 mil ou dos 120 mil. Primeiro, apareceram organizações autónomas de professores a convocar uma manifestação para hoje, 15 de Novembro. De imediato a Fenprof se movimentou, desencadeando uma campanha contra os “divisionistas”, usando toda a sua máquina de influência para os desacreditar e organizando outra manifestação, obviamente para uma data anterior, a fim de neutralizar uma iniciativa cujo controlo lhe escapava. Ora, se os manifestantes do último fim-de-semana eram todos professores - e a menos que a manifestação de hoje seja igualmente representativa - isso prova que, podendo escolher entre uma iniciativa independente e outra de organização sindical, a esmagadora maioria dos docentes preferiu, de facto, ir a reboque dos sindicatos do PCP, que são, desde sempre e entre todos, os mais mobilizadores. Não têm, por isso, os docentes nenhuma razão para se ofenderem quando se lhes aponta esta preferência política dominante.
O comportamento dos sindicatos na sua relação com o Ministério da Educação tem sido, no mínimo, de duvidosa seriedade negocial. Em Abril, assinaram um acordo para que as avaliações prosseguissem. Mas decidiram rasgar esse ‘memorando de entendimento’ assim que se aperceberam de que o processo estava a gerar grande incomodidade entre os professores e uma consequente perturbação nas escolas. Com negociadores assim, não há “entendimentos” que resistam nem ministros que possam sentir-se seguros de que os compromissos sindicais são para cumprir.
Não há dúvida de que, como se escreveu aqui em Fevereiro, o processo de avaliação é burocrático, complexo, difícil de aplicar e com todas as condições para ser injusto. Mas, hoje, também é muito claro para toda a gente que, ao recusarem esta avaliação, os sindicatos - e seguramente muitos dos professores que os seguem acriticamente - estão, de facto, a recusar qualquer avaliação. Ou já teriam apresentado publicamente as suas propostas de um sistema mais simples e exequível, em vez de se limitarem a recusar o do Ministério e a reivindicar a sua suspensão.
No ponto em que nos encontramos, a ministra pode render-se ou mesmo cair às mãos dos sindicatos, que obterão com isso uma significativa vitória política. Mas os professores só têm a perder com a imagem que projectam na sociedade. Isto porque é estranho e até um pouco patético que a classe profissional que mais avalia seja aquela que mais resiste a ser avaliada. Não pense que com isso se prestigia - como pretende e como precisa.
FERNANDO MADRINHA
fmadrinha@expresso.pt
Expresso, 15 de Novembro de 2008
PRIMEIRO CADERNO 09

terça-feira, novembro 18, 2008

Nos 80 anos do Mickey Mouse


Mickey Mouse Piano Solo - The Opry House (1929)

I Encontro de Blogues Nacionalistas

I ENCONTRO DE BLOGUES NACIONALISTAS
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Cantanhede
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Sábado, 29 de Novembro de 2008
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Uma oportunidade de convívio e de troca de experiências.
Inscrições abertas
AQUI.
Há leitão e vinho da Bairrada.

Sport Lisboa e Benfica

O meu Clube
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A minha Claque

segunda-feira, novembro 17, 2008

Embaixador Hall Themido


O livro auto-biográfico do Embaixador João Hall Themido, «Uma Autobiografia Disfarçada», é de leitura obrigatória para quem queira conhecer os meandros da Diplomacia, assim como para se conhecer e perceber melhor uma época recente da História de Portugal. E o mesmo se dirá do Livro anterior, «Dez anos em Washington, 1971-1981». Lê-se de um fôlego, e a maior injustiça que se pode fazer à Obra e ao Autor, é dar destaque a um capítulo que, da sua leitura, fica tão somente a ideia de nota de rodapé.
É verdade que a Actual do Expresso #1879 de 1 de Novembro de 2008, página 25, e também o ilustre Cultor de José Agostinho de Macedo e Professor de Ciência Política, também a essa “nota de rodapé” se referem. Mas há muito que se sabia do “mito”, criado em torno do “vazio”.
O Embaixador Hall Themido diz-se Discípulo de Alberto Franco Nogueira
, admira Jaime Gama. Fala de Colegas com uma frontalidade exemplar. Descreve os encontros com Oliveira Salazar e diz o que pensa sobre a Política do Estado Novo. Elogia Mário Soares e é cáustico quanto a Costa Gomes e a outras “figuras menores” do Verão Quente de 1975. Sente Orgulho por Álvaro Cunhal lhe chama “fascista” e ter estado “a soldo dos interesses americanos”.
John Kennedy, Richard Nixon, Henry Kissinger, Margaret Thacher, Isabel II são Personalidades Cimeiras, à excepção do primeiro. Diana de Gales é retratada com conhecimento. Washington, Roma, Londres, cidades Capitais, e capitais para Hall Themido.
Terminada a leitura, como que se fica em dívida para com o Embaixador. A qualidade da Obra é merecedora dos maiores encómios.
Mário Casa Nova Martins
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domingo, novembro 16, 2008

Cadernetas de Cromos



Cadernetas de Cromos
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BANDEIRAS DO UNIVERSO

(Agência Portuguesa de Revistas - 1957)
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Ano da 1ª edição: 1957?.
Origem - Espanha (Catalunha), editorial Bruguera, 1956.
Cromos - 128 guaches originais de E. Vicente Rodriguez (ver nota abaixo)
Notas: Dois dos cromos da edição espanhola foram omitidos e substituídos por outros da autoria de Carlos Alberto Santos (cromos nº 1 “Portugal”, que ilustrava um campino trajado de castanho; e 125 “Fundação da Nacionalidade”, que substitui a bandeira dos conquistadores espanhóis na original). A edição brasileira também usou os cromos executados da edição portuguesa.
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Há oito dias comecei uma série de postais sobre Cadernetas de Cromos. Comecei por dizer como elas surgem na minha vida. Então, tive o prazer de estabelecer Diálogo com o Duarte e com o Pedro. E de recordar a propósito do tema os Textos do Duarte e de Eurico de Barros.
Hoje “trago” as «Bandeiras do Universo».
Se as «Raças humanas» mostram um facto da Natureza. As «Bandeiras do universo» diziam que Portugal era mais um País na multiplicidade de Países que formam a Comunidade Mundial.
Mário

sábado, novembro 15, 2008

Crónica de Nenhures

A queda de um ídolo
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Quando, por mail, recebemos esta fotografia da parte de um Amigo Sportinguista, tivemos de imediato em mente um nome grande do futebol português, que se notabilizou primeiro em Setúbal, no Vitória Futebol Clube, e depois no Sport Lisboa e Benfica, o internacional Vítor Baptista.
Vítor Baptista foi um ídolo na década de setenta de mil e novecentos. À época, a sua ida para Lisboa foi a maior transferência do futebol português. O salário que ia ter no SLB era fabuloso. Mas uma vida desregrada a todos os níveis fez com que terminasse a sua vida cedo e como indigente.
Roger Flores veio do Brasil para o Benfica com a auréola de grande jogador. E de facto era um tecnicista bem acima da média. Todavia, era um péssimo profissional. Não se conseguiu impor no Clube e foi emprestado a clubes brasileiros, acabando por regressar de vez ao Brasil.
Roger continuou uma vida extra-futebol agitada, originando que nunca ter conseguido ser titular indiscutível.
E a tarja que aparece na bancada é o exemplo de que Roger dá mais importância à sua vida privada que à profissão. Ora, o futebol é uma profissão de desgaste rápido, termina pela primeira metade dos trinta anos de um jogador. Roger está perto dessa idade, e o seu futuro pós-futebol não parece risonho.
Mário Casa Nova Martins
Deborah Secco e Roger

sexta-feira, novembro 14, 2008

Desabafos

O título do livro espelha o que um Espanhol pensa em relação a Portugal: _ «A Grande Tentação». Assim sendo, pode-se dizer que o Autor foi feliz na escolha que fez.
A História de Espanha mostra múltiplos momentos em que a anexação de Portugal é “desígnio nacional”. E o livro «
La Gran Tentación» de Manuel Ros Agudo apenas apresenta mais um exemplo.
O livro não é exclusivamente sobre mais uma elaboração teórica acerca de como anexar Portugal á Espanha. Vais mais longe, ao enunciar e demonstrar os objectivos colonialistas do Franquismo, onde a ocupação de Portugal se inseria.
Mas, voltando ao facto principal, é histórico que em 1940 a Espanha não estava em condições de invadir Portugal. Perante os factos da época, se estivesse, dir-se-ia fortíssima a possibilidade de tal acontecer.
Recorrendo apenas a Franco e ao Franquismo, há que lembrar ainda que Franco apresentou na Academia Militar um trabalho no qual desenvolvia em termos teóricos a estratégia para a Espanha invadir Portugal. E já depois da Revolução dos Cravos, a Espanha tentou encontrar pretexto para invadir Portugal.
No século XX, Afonso Costa e António de Oliveira Salazar tiveram sempre presente a dita “grande tentação”. A Segunda República Espanhola apoiava a Oposição ao Estado Novo, como o fizera Afonso XIII em relação aos Monárquicos após o 5 de Outubro de 1910. E Franco imaginou a União Ibérica. Em todos os casos a ideia da invasão de Portugal era facto julgado necessário.
Há que incapacitar os Iberistas de continuarem o seu “sonho”. Uma Castela forte, terá sempre em mente “a grande tentação”.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 14/11/08
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, novembro 13, 2008

Boletim Evoliano


De uma assentada chegaram os números três e quatro do Boletim Evoliano.
Numa apreciação material, constata-se que o número quatro passa das dezasseis páginas dos anteriores para as vinte e quatro, sinal claro de vitalidade da revista.
Sendo a sua temática o estudo e a análise do Pensamento de Julius Evola, consegue-o, quer com traduções de Textos do Mestre, quer com a contribuição de Estudos de personalidades ligadas ao Evolismo.
É sem dúvida ambicioso o número quatro. Os momentos de Doutrina tiveram escolha criteriosa. Representam Temas muito importantes na Obra de Evola. Também Adriano Romualdi não é esquecido, nas palavras de Julius Evola e Enrique Monsonis. Interessante a análise de «As Duas Espanhas», tão diferente da que fez Fidelino de Figueiredo, na Obra com esse nome.
A ler e a guardar.
Mário

Moisés

Moisés e a travessia do Mar Vermelho
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Um exemplo engenhoso do discurso e da política ocorreu recentemente na Assembleia das Nações Unidas, e fez a comunidade do mundo sorrir.
Um representante de Palestina inicia o seu discurso desta forma:
_ Antes de começar a minha intervenção, quero dizer-lhes algo sobre Moisés.
Quando partiu a rocha e inundou tudo de água, pensou, “que oportunidade boa de tomar um banho!”
Tirou a roupa, colocou-a ao lado sobre a rocha e entra na água. Quando saiu e quis vestir-se, a roupa tinha desaparecido. “Um Israelita tinha-a roubado”.
O representante Israelita saltou furioso e disse:
_ Que é que você está a dizer? Os Israelitas não estavam lá nessa altura.
O representante Palestiniano sorriu e disse:
_ E agora que se tornou tudo claro, vou começar o meu discurso.
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By mail, from “Esta Terra do Fim-do-Mundo”

Mandamentos

Moisés com as Tábuas da Lei, por Rembrandt
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Deus perguntou aos Assírios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não matarás!
- Não obrigado. Isso interromperia as nossas conquistas.

Então, Deus perguntou aos Egípcios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não cometerás adultério!
- Não obrigado. Isso arruinaria as nossas festas.

Incomodado, mas não derrotado, Deus perguntou aos Fenícios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não roubarás!
- Não obrigado. Isso arruinaria o nosso comércio.

Deus, por fim, perguntou aos Judeus:
- Vocês querem um mandamento?
- Quanto custa?
- É de graça.
- Então queremos DEZ!
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By mail, from Lisbon

terça-feira, novembro 11, 2008

Na "primeira pessoa"

A palavra anjo deriva do latim, angelu, e do grego, ángelos, com o significado de mensageiro
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«O Sexo dos Anjos» é incontornável. É um projecto de Portugalidade com uma Coerência e Saber inigualáveis.
Manuel Azinhal faz pela História e pela Cultura de Portugal um Trabalho com uma qualidade que merece respeito e agradecimento.
É raro nos tempos que correm tanta abnegação por Portugal, tanto sentir a Pátria, muito comungar o Ideal de uma Nação quase milenar, sempre acreditando que Ele é perene!
A “actual batalha” de «
O Sexo dos Anjos» é dar a conhecer quem na Blogosfera vai no dia-a-dia deixando uma Mensagem de quer continuar a ser Português, algo que também cada vez é menos fácil.
Sentimo-nos privilegiados por
Manuel Azinhal nos incluir nesse Rol de Portugueses.
Respondemos na “primeira pessoa”.
Outros já o tinham feito, outros mais o farão. Ontem destacámos um Deles, um Homem de Cultura que muito prezamos. Mas Todos, sem excepção, merecem ser conhecidos.
Mário Casa Nova Martins

Crónica de Nenhures

Política e Educação
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Desde o tempo do ministro Veiga Simão que o PCP controla a Educação. Engodados os Professores, com benesses e facilitismo, os comunistas conseguiram que eles “adormecessem”. A crise do Ensino é fruto das experiências pedagógicas do Ministério da Educação. Passaram por lá ministros do CDS [Roberto Carneiro, um incompetente!], do PSD e do PS. Nenhum fez frente ao lóbi comunista, que tudo controla. Assim era mais fácil “governar” aquele Ministério… Foi só este Governo, face a tanto insucesso escolar, que teve a coragem de enfrentar o “polvo”. E que “polvo”!
Depois dos comunistas “perderem a rua” com a Intersindical, só lhes resta os Professores como “carne para canhão” para as suas arruaças anti-governamentais, independentemente do Partido que esteja no Governo. Mário Nogueira tem tido um desempenho extraordinário. E é ver gente, das Direitas à Esquerda democrática, “anestesiada” pelo canto comunista, que ao longo dos anos “premiou” a mediocridade, o compadrio e a corrupção dos costumes na Escola.
Nivelando “por baixo”, a pseudo-igualdade da Esquerda!, todos os Professores, trabalhassem na aula com os Alunos ou não, fossem competentes ou não, os seus Alunos obtivessem bons resultados em exames nacionais ou não, progrediam na carreira! Até os Professores que tinham horário zero ou estavam em serviços administrativos progrediam, porque o critério não era o desempenho mas o tempo de serviço. É o igualitarismo no seu máximo!
Claro que nunca o ensino foi tão elitista. Que paradoxo! Os filhos da classe dirigente, os ricos e aqueles que são bons em qualquer sistema, não encontram problemas. Os outros, esses sim!, são as maiores vítimas do sistema que os comunistas implantaram e controlam!
Mas, em paralelo desenrola-se outra guerra, agora entre o PCP e o BE, tendo em vista a “recolha de louros” desta luta dos Professores. Se num fim-de-semana a manifestação é do PCP, a do próximo é do BE. E os Professores, como um ioiô, andam de cá para lá e de lá para cá, excitadíssimos, furibundos com o Governo, sem darem conta que estão a ser manipulados por forças radicais de Esquerda, o PCP e o BE!
Enquanto isso, a opinião pública começa a perceber que no fundo os Professores não querem é ser avaliados. É cada vez mais essa a imagem que passa para o “exterior”. Os Professores querem manter aquilo que a opinião pública considera ser mordomias, e o problema real dos Professores passa ao lado! Quando os Professores se aperceberem de que foram manipulados, já a opinião pública lhe exige a “cabeça”. Então, quer PCP, quer BE, afastar-se-ão, e a classe dos Professores fica na “arena”, sozinha, exposta à vilanagem!
A afirmação por parte do sindicato afecto ao PCP, de que os Professores querem ser avaliados, não é cada vez mais levada a sério pela opinião pública. E no fundo, enquanto individualmente os próprios Professores aceitam ser avaliados porque acham injusto o mau Professor estar ao mesmo nível daquele que é competente e responsável, a “boa moeda” e a “má moeda” são equivalentes, ao se deixarem instrumentalizar pelo PCP e BE, os Professores perdem a razão que lhes assiste!
A moderação com que o CDS e o PSD têm reagido a esta luta da Esquerda radical contra o PS, mostra o maior bom senso. A Educação vive um período difícil. Mas nunca serão as políticas defendidas pelo PCP e BE que resolverão os problemas. Aliás, como poderiam ser, se são exactamente políticas implementadas por estes mesmos dois partidos extremistas?
Os problemas da classe Docente resolvem-se com diálogo, mas um diálogo sério e responsável, no qual participe quem realmente tem o direito de estar presente, os Professores e não os políticos, sejam de que quadrante forem, e que se arvoram em seus defensores e representantes.
Os Professores estão a arriscar o seu Futuro, ao não compreenderem que é contraproducente para os seus interesses transformarem os seus problemas de classe em problemas de natureza política. Ainda estão a tempo de se afastarem dos políticos, que nos Professores apenas vêm uma arma de arremesso para os seus próprios interesses partidários.
Mário Casa Nova Martins

segunda-feira, novembro 10, 2008

Anjos & Sossego

domingo, novembro 09, 2008

Duarte Branquinho (Cadernetas de Cromos)

Espaço: 1999 (1977), uma das minhas colecções e séries de TV favoritas da altura.
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Sábado, 19 de Março de 2005

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O Eurico de Barros faz hoje na sua coluna no
Diário de Notícias a nostalgia dos cromos.
As colecções que ele lembra, conheço-as através do meu pai, como por exemplo a “Raças e Povos do Mundo (ou seria só Raças do Mundo? - todos os nostálgicos são afligidos por lapsos de memória). Estão a imaginar alguém atrever-se a lançar uma colecção de cromos com a palavra “raça” no título, nestes tempos de democracia hipócrita e vigiada?” Concordo com ele, esta hoje seria vista como um manual politicamente incorrecto. Para muitos, esta colecção nos dias que correm devia ser composta por um cromo apenas...
Voltando às colecções, no meu tempo (como muito bem diz o Eurico, todos os nostálgicos gostam muito de escrever “no meu tempo”) os primeiros cromos de que me recordo tinham que ser colados com cola Cisne, aquela da embalagem cilíndrica verde e branca que tinha um compartimento para a pazinha auxiliar. Eu era bastante organizado na gestão do estado e conservação das minhas cadernetas. Cada vez que tinha carteirinhas novas, era habitualmente após o TPC que preparava meticulosamente tudo na minha secretária para actualizar a colecção do momento.
Completar uma colecção era uma tarefa hercúlea e um mérito reconhecido pelos colegas da escola. Para isso, era necessário estar sempre atento às trocas no recreio para conseguir os “difíceis” (seriam mesmo difíceis?) que podiam valer vários repetidos. Aqueles momentos pareciam a Bolsa de Nova Iorque dos pequeninos em alta. Quando estava já na recta final, era necessário pedir à minha paciente avó paterna para me levar aos “homens dos cromos” à entrada da estação do Rossio, com as malas abertas repletas dos tão desejados rectângulos de papel ilustrados, ou convencer o meu pai a preencher o impresso incluso nas cadernetas que permitia encomendar os últimos da colecção.
Os cromos fizeram parte da minha infância e hoje tento revivê-la ao ajudar o meu filho nas suas colecções, apesar de as coisas terem mudado muito...
Duarte Branquinho

Eurico de Barros (Cadernetas de Cromos)

O buracoda agulha
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eurico de barros
e.barros@dn.pt
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Marcello Mathias escreveu no seu livro Diário da Índia "A história de um homem é a história das suas nostalgias." As minhas nostalgias, confesso-o, são todas modestas, algumas mesmo ridículas. Uma delas é a nostalgia das colecções de cromos da infância e início de juventude.
Quando olho para as coisas pífias que hoje passam por colecções de cromos, dá-me vontade de rir. No meu tempo - todos os nostálgicos gostam muito de escrever "no meu tempo" -, as colecções de cromos eram a sério, e fazíamo-las com fervor, aplicação e os dedos pegajosos de cola, entre os trabalhos de casa e os poucos programas que nos autorizavam que víssemos no único canal de televisão existente. Completar uma caderneta de cromos era uma aventura, um gosto, um desafio e também um bocadinho da nossa educação, porque sem repararmos nisso aprendíamos sempre alguma coisa nova.
Como nunca liguei aos cromos da bola, por sempre ter tido pouca estima pelo futebol, as minhas colecções tendiam para o didáctico. Por exemplo, a História de Portugal, com os desenhos de Carlos Alberto e os textos em cápsulas de patriotismo a acompanhar cada rectângulozinho colorido; a Maravilhas do Mundo Animal, com a invulgar caderneta rectangular e a capa "dramática", o tigre a rugir e a cobra em posição de dar o bote; ou a Raças e Povos do Mundo (ou seria só Raças do Mundo? - todos os nostálgicos são afligidos por lapsos de memória). Estão a imaginar alguém atrever--se a lançar uma colecção de cromos com a palavra "raça" no título, nestes tempos de democracia hipócrita e vigiada?
Havia também as colecções de vedetas de cinema e de filmes, a que nunca liguei muita importância, apesar de o meu amor pelas fitas se ter manifestado muito cedo. Mas lembro-me de uma prima andar em desespero à procura do cromo "difícil" de uma star de Hollywood, e tê-lo conseguido de uma amiga à força de ameaças doces, cinco escudos e 80 "repetidos" do seu acervo. (Os cromos também ensinavam a fazer comércio).
Um ex-colega de faculdade, camarada de escrever nos jornais e maluquinho de cromos, disse-me que há no Bairro Alto uma casa onde se vendem carteiras e cadernetas dos bons tempos. Um dia destes, vou lá pôr a nostalgia a pastar.