\ A VOZ PORTALEGRENSE: Cadernetas de Cromos

domingo, novembro 09, 2008

Cadernetas de Cromos



Cadernetas de cromos
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RAÇAS HUMANAS (1ª Série)
(Agência Portuguesa de Revistas - 1956)
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Ano da 1ª edição: 1956 (Março).
Origem: Espanha (Catalunha), editorial Bruguera, 1955.
Cromos: 128 guaches de E. Vicente Rodriguez.
Notas: Os 6 primeiros cromos da edição portuguesa são diferentes dos da espanhola, que ilustram tipos do País Vizinho. Houve pelo menos três edições diferentes dos cromos e duas dos álbuns das quais a última, em meados dos anos 60, estava marcada “5ª Edição” e tinha uma contracapa (publicidade “Milo”) diferente das anteriores (publicidade a cromos).
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Parece que foi “ontem”! A minha Mãe comprava os envelopes de cromos na Papelaria Tapadinhas, mesmo em frente à nossa casa, na Rua 5 de Outubro.
A Papelaria Tapadinhas tinha anexa a Tipografia, onde era editado o semanário «A Voz Portalegrense». Ainda tenho na memória o barulho ritmado das máquinas tipográficas.
Manuel Tapadinhas vivia no andar superior da Loja, e era uma Filha sua, a Judite, que estava na Papelaria, onde também se comprava os livros e todo o outro material escolar.
E era também lá que comprava os “livros de cowboys”, que iam do Condor, Guerra, O Falcão até ao Mundo de Aventuras e Selecções do Mundo de Aventuras, passando por todas as novidades deste género literário que iam aparecendo e desaparecendo. A primeira década da minha vida deve muito àquela “Casa de Sonhos”, que era a Papelaria Tapadinhas.
Como conhecidos e amigos da Família Tapadinhas, fazia-se uma “batota”. Abriam-se os envelopes com o maior cuidado. Depois retiravam-se os cromos, e quanto aos repetidos, estes eram reagrupados de acordo com o número que cada envelope trazia e este era novamente colado. Assim evitavam-se os repetidos. Outros tempos!
Esta colecção foi muito importante no meu imaginário. A cor dos cromos, e a “novidade” do tema, ensinavam-me que o Mundo era feito de diferenças.
É um facto que as Cadernetas de Cromos, e delas irei falando, me deram Cultura e me despertaram para outras vivências.
Mário