\ A VOZ PORTALEGRENSE: Embaixador Hall Themido

segunda-feira, novembro 17, 2008

Embaixador Hall Themido


O livro auto-biográfico do Embaixador João Hall Themido, «Uma Autobiografia Disfarçada», é de leitura obrigatória para quem queira conhecer os meandros da Diplomacia, assim como para se conhecer e perceber melhor uma época recente da História de Portugal. E o mesmo se dirá do Livro anterior, «Dez anos em Washington, 1971-1981». Lê-se de um fôlego, e a maior injustiça que se pode fazer à Obra e ao Autor, é dar destaque a um capítulo que, da sua leitura, fica tão somente a ideia de nota de rodapé.
É verdade que a Actual do Expresso #1879 de 1 de Novembro de 2008, página 25, e também o ilustre Cultor de José Agostinho de Macedo e Professor de Ciência Política, também a essa “nota de rodapé” se referem. Mas há muito que se sabia do “mito”, criado em torno do “vazio”.
O Embaixador Hall Themido diz-se Discípulo de Alberto Franco Nogueira
, admira Jaime Gama. Fala de Colegas com uma frontalidade exemplar. Descreve os encontros com Oliveira Salazar e diz o que pensa sobre a Política do Estado Novo. Elogia Mário Soares e é cáustico quanto a Costa Gomes e a outras “figuras menores” do Verão Quente de 1975. Sente Orgulho por Álvaro Cunhal lhe chama “fascista” e ter estado “a soldo dos interesses americanos”.
John Kennedy, Richard Nixon, Henry Kissinger, Margaret Thacher, Isabel II são Personalidades Cimeiras, à excepção do primeiro. Diana de Gales é retratada com conhecimento. Washington, Roma, Londres, cidades Capitais, e capitais para Hall Themido.
Terminada a leitura, como que se fica em dívida para com o Embaixador. A qualidade da Obra é merecedora dos maiores encómios.
Mário Casa Nova Martins
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