A VOZ PORTALEGRENSE
sexta-feira, janeiro 30, 2015
terça-feira, janeiro 27, 2015
Desabafos, 2014/2015 - X
Os americanos
desinteressaram-se de certa forma da açoriana Base das Lajes. Nada que espante,
dados os avanços tecnológicos na área do armamento, da aviação e mesmo por
razões de ordem económica e estratégica. Era um abandono, melhor, é uma redução
a prazo em meios humanos e de material, que só os mais ‘distraídos’ podem ter sido apanhados desprevenidos.
Mas esta de certa
forma ‘morte anunciada da galinha dos ovos de ouro’ para quem usufruía da
estada dos militares americanos na Ilha Terceira, levou logo à habitual retórica
da necessidade de uma ‘onda de contrapartidas financeiras’ por parte do Governo
da República, num país que apenas conhece a palavra ‘subsidiodependência’,
recusando-se a olhar em frente, e pelos próprios meios construindo o futuro
através do trabalho, do investimento e da inovação.
É conhecida a
importância geomilitar que esta base aérea teve na parte final da Segunda
Grande Guerra para os Aliados, tal como durante o período que se lhe seguiu da
Guerra Fria.
Por essa utilização
os EUA pagaram generosamente ao Governo português de então, e depois nesta
Terceira República também ao Governo Regional dos Açores.
Para que a memória
seja avivada, recorde-se dois acontecimentos históricos, com forte influência
negativa para Portugal, que tiveram lugar na Base das Lages.
O mais recente tem a
data de 16 de março de 2003, e ficou conhecido como a famigerada “Cimeira das
Lajes”, na qual o americano George W. Bush, e os seus lacaios, o inglês Tony
Blair e o espanhol José Maria Aznar, se encontram para acordarem o ataque ao
soberano Iraque, com as consequências que daí advieram para o mundo.
Sendo Portugal,
através de José Manuel Durão Barroso, o anfitrião daquela ignóbil cimeira, o
país e os portugueses foram colocados na mira do terrorismo internacional.
O outro, anterior,
teve lugar em pleno outubro de 1973. A denominada Guerra do Yom Kippur só foi
ganha por Israel graças à ponte aérea, que passava pela Base das Lages, através
da Operação Nickel Grass, com o mais sofisticado armamento americano.
As represálias
árabes, principalmente do cartel dos produtores de petróleo, de imediato se
fizeram sentir. Primeiro o embargo petrolífero, que se manteve mesmo depois de
levantado aos outros países ocidentais, e depois o brutal aumento do preço do
barril de crude que se seguiu, fragilizou a economia portuguesa.
Que se saiba Israel
nunca ressarciu Portugal das importantes perdas económico-financeiras que o
país sofre por se mostrar do lado judaico, e muito menos se mostrou agradecido
ao Governo português de Marcello Caetano. E nos areópagos internacionais Israel
continuou firme opositor da política de Portugal em África.
Seja qual for o
futuro da Base das Lajes, ela será sempre o ‘porta-aviões’ da Europa atlântica.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 26/01/2015
Mário Casa Nova Martins
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http://www.radioportalegre.pt/index.php/desabafos/mario-casanova-martins.html
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segunda-feira, janeiro 26, 2015
sábado, janeiro 24, 2015
Fernando Correia Pina
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Soneto do S. Martinho
Não sei que há entre o vinho e a cabeça,
paixão antiga ou cumplicidade
que faz a cabeça pensar que há de
mandar que o vinho não a entonteça.
Venha de lá mais um! Assim começa
a cabeça a querer impor autoridade
no vinho, sem olhar à quantidade
quando a língua já nas sílabas tropeça.
E depois vem mais outro. E outro ainda.
Passa o tempo a voar. A tarde finda.
Já alta a noite vem o do caminho.
Paga-se a conta. Reina a confusão
e aos ésses sai da tasca a procissão
dos devotos fiéis de S. Martinho.
dos devotos fiéis de S. Martinho.
sexta-feira, janeiro 23, 2015
quarta-feira, janeiro 21, 2015
Crónica de Nenhures
Quando se fala em ‘conquistas dos trabalhadores’, uma que é
muito referida é a da existência do “salário mínimo”.
A ‘apropriação’ em Portugal das ‘conquistas dos
trabalhadores’ é feita fundamentalmente pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional [CGTP-IN], correia de
transmissão do Partido Comunista Português, o qual mantém forte implantação no
meio sindical português, para o bem e para o mal.
A influência do PCP na CGTP-IN gera ciclicamente um conjunto
de greves de cariz leninista, com a finalidade de destruir a economia nacional e
criar a insatisfação no povo face aos governos, de que são exemplo as greves no
sector dos transportes, da educação e da saúde, com o objectivo final de criar as condições para a
tomada do poder, leninista, através da revolução. Nada que a História do século
XX já não tenha escrito.
De facto, é importante para a economia de um país a existência
do indicador económico que é o valor do denominado salário mínimo. A sua
aplicação é de grande importância.
Todavia, o salário mínimo cresce à custa do salário médio,
isto é, o salário mínimo cresce em termos reais mais acentuadamente do que o
salário médio.
Esta realidade tem consequências no consumo, na produção e
na oferta de trabalho. E, assim sendo, os riscos do aumento do salário mínimo serão
maiores do que os benefícios que geraria.
É que um aumento do salário mínimo leva as empresas a ajustar
em baixa os seus custos de produção, através da redução do número de empregados
e na correcção em baixa dos salários médios, gerando uma quebra, ou quanto
muito uma estagnação no consumo, o oposto do que se quereria e desejava. Para
se não falar no desincentivo que representa a novos investimentos.
Neste tempo de “vacas magras” em que Portugal vegeta, será
contraproducente qualquer aumento do salário mínimo, por muito que moralmente justa
seja a ideia.
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, janeiro 19, 2015
PRAÇA DA REPÚBLICA
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O primeiro programa «PRAÇA DA REPÚBLICA», de José Polainas
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Todas as quartas-feiras, entre as 21 e as 22 horas
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domingo, janeiro 18, 2015
sexta-feira, janeiro 16, 2015
Jorge Mangerona
Apresentação da Revista 'Plátano' em 13/12/2014
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“Raúl Cóias o poeta da Cidade Triste”
Falar sobre o Raúl Cóias é tarefa difícil face à
complexidade do seu carácter, da poética e transcendentalidade que da sua obra
emana. Falar do Raúl no enquadramento da nossa cidade, da Cidade Triste como
lhe chamei, torna-se ainda mais difícil.
As cidades, construções milenares, operaram uma
compressão espacial que acelerou as mudanças temporais, o que nem sempre
percebemos, e são, simultaneamente, uma âncora que nos permite não perder de
vista os laços com o passado mas também perspectivar o futuro.
Não havendo, até ao momento, sinais que nos
garantam raízes no mundo antigo, nem sinais dos bárbaros que o levaram à
derrocada, podemos tentar encontrar indícios da forja da nossa identidade na
baixa Idade Média, não obstante todos os esforços de muitos em nos encontrar
raízes mais vetustas. O Padre Sotto Mayor, por exemplo, embora céptico, refere
um nobre cavaleiro e fidalgo bretão que, ali para os lados de São Cristóvão,
edificou uma fortaleza que teria sido o primeiro edifício que houve na cidade.
Começa assim a nossa história, nebulosa, como os
nevoeiros das manhãs que ocultam a cidade, deixando de fora os pináculos da Sé,
sinais da nossa perenidade…por enquanto.
Saltemos na História, e façamos apenas duas pausas,
uma para referir a construção da Catedral, que o saudoso Padre Patrão tão bem
descreve, e outra, mais tarde, para sublinhar o aparecimento de casas
senhoriais que pareciam augurar um futuro, não florentino ou veneziano, mas de
destaque entre os nossos pares peninsulares.
Entretanto chegámos ao século XX e estarão a pensar
que nem uma vez falei do povo, esse povo que certamente muito suor e sangue
derramou para erigir a cidade, património construído.
A cidade são as pessoas, sejam os aldeãos de Santo
Amaro, que viam passar o filho do Ramalho de sapatos novos, sejam os citadinos
de Portalegre que o viam envolto em capa e batina. As pedras e o património
construído são os ornamentos, as pessoas a Vida, embora às vezes pareça o
contrário, e a História ensina que as cidades, por maior que seja o seu
esplendor, também morrem e nem sempre de pé.
Ainda e mais uma vez a cidade que o Raúl trazia
consigo, cuja imagem não era afectada pelas minudências que a geografia ensina
e a história por vezes distorce. Para situarmos a chegada do Cóias a Portalegre
e os efeitos que teve na sua personalidade, peço-vos um pouco mais de paciência,
para esta divagação pessoal pela história lagóia. Não sofro da nostalgia pelo
passado que muitos portalegrenses professam, porventura iludidos por uma
grandeza que, em minha opinião, nunca existiu. Um emérito académico
portalegrense traçou, um dia destes noutro fórum, um rápido retrato dos ciclos
económicos de depressão e crescimento que afectaram a cidade e que não
permitiram que passássemos de um estado de mediania persistente e desesperante.
Curiosamente, é no final dos anos cinquenta, altura em que o Raúl chega a
Portalegre, que atingimos o máximo de população no concelho (um parêntesis para
referir que o primeiro censo data de 1864) 28384 habitantes em 1960, um aumento
de mais de 50% relativamente ao início do século XX. Este aumento populacional
não foi acompanhado, quanto a mim, por uma melhoria das condições de vida
nomeadamente das populações mais desfavorecidas… A miséria, a doença, a pobreza
e o alcoolismo eram forte marca da época em que o pé descalço era habitual.
Apenas os bandos de gaiatos que enxameavam as ruas mais antigas do burgo,
animavam com risos e gritos, e a ingenuidade que a idade permite, uma cidade,
uma cidade triste. Podemos tentar todo o tipo de explicação para este fado, que
nem o maravilhoso enquadramento paisagístico alegra, muitas vezes parece que
lhe dá só tons menores ou porque limita a amplitude do arco solar que desponta na
Serra de Portalegre e, todos os dias, se esconde na Serra da Penha, ou porque o
estreitamento das ruas o parece aprisionar no Verão e o liberta no Inverno
dando lugar a um vento sibilino e frio que enregela o corpo e enfraquece as
almas, ou será do vento suão… ou ainda por tudo isto; a verdade é que o lagóia
não é dado a grandes entusiasmos ou explosões de alegria. Podem contrapor com
as festas populares e concedo alguma alegria nos santos populares que as ruas
espontaneamente organizavam ou na festa dos aventais. Mas a maior parte das
festas populares eram condicionadas pelo seu cariz religioso e não tenho eco
das risadas espontâneas ou da alegria genuína proveniente, por exemplo, das
tais casas senhoriais de que esperaria festas sumptuosas e, porque não, com
algumas concessões as pagode. Esse, o pagode, tinha os bailes da Robinson, do
Alentejo, etc…um ritual mais socializante do que um exercício de alegria;
faziam, no entanto, parte da memória do Raúl que, com outros amigos, conseguia
ainda aceder a outros círculos atendendo ao seu estatuto e, por vezes, a alguma
malandrice.
O Raúl vinha de uma aldeia não muito diferente, em
termos sociológicos, da cidade que acabo de descrever (outros terão muito
justamente opinião diversa). Talvez com algumas diferenças telúricas, a
planície, a largueza de horizontes e um silêncio feito da miríade de sons que a
natureza entretece. A cidade, que se encerra em horizontes limitados, oferece
outro tipo de silêncio como escreve o Raúl e cito: “ “Portalegre” era um
murmúrio de fonte no silêncio mais oval; na maioria das ruas a quietude era
tal, que lembrava a paz de um monte (…) ” mais adiante “(…) Às vezes havia
lapsos de tempo, sopros de espiritualidade quando o acorde nostálgico de um
sino se desfazia no ar. Ficávamos sem destino no horizonte a boiar” A percepção
deste silêncio, os contactos com os amigos de adolescência e do liceu, com o
saber que nos leva à interrogação de quem somos e… a boémia, formam uma
personalidade complexa, de certa forma misteriosa, que é a do Raúl.
Esta singela evocação do Raúl Cóias Dias, com quem
convivi diariamente quinze anos, é uma evocação pessoal que também mergulha na
minha infância, na minha rua e na cidade de outros tempos, e é fruto de muitas
conversas e vivências conjuntas. Optei, por exemplo, por abordar de forma
superficial a faceta desportiva do poeta e passo ao lado de alguma boémia que
terá feito história. O objectivo deste panegírico e do que a Plátano publica é
dar a conhecer a obra deste portalegrense de adopção, e de excepção, que não
poderá cair no esquecimento.
Qualquer texto do Raúl está imbuído duma força
poética, e revela uma força interior, para muitos impensável, que lhe trazia
incompreensões e, nalguns casos, mesmo desdém. A religiosidade que professava, gerava
inclusive alguns equívocos porque o levava a extremos de grande despojamento
pessoal:” Parece mentira…é verdade/Um príncipe como eu…de mão estendida…/Só
porque nas sombras da cidade/Deixei de tactear a minha vida”. Um homem
despojado mas também sentido e consciente das suas circunstâncias. Podíamos
ainda falar da incompreensão que a admiração por Régio suscitava: imagine-se o
Raúl a declamar Régio e a perorar sobre a sua obra num botequim ou numa tasca,
por exemplo, e sem ofensa para os locais, na Ervideira…Esta admiração não é só
por ele admitida como, no texto “A Casa de José Régio”, que a revista agora
revisita, se refere o momento em que se conheceram, 20 de Maio de 1966. Escreve
o Raúl: “ A memória dessa tarde, que eu passei em sua casa, ainda hoje em mim
arde, viva, como uma brasa, ainda hoje me incendeia a cinza de certos dias e me
serve de conforto nas minhas noites mais frias…Sim, tive esse privilégio. E a
esse encontro furtivo, tudo quanto sou o devo…” Estão definidos o tom, o
compasso, a rima que vão determinar a poética do Raúl Dias. Foi sobre ela que
me debrucei mais atentamente até porque vivi o quotidiano do vate e do
professor Raúl, este ainda mais triste porque se apregoava o “novo professor”,
enredado num labirinto kafkiano de papéis, inconciliável com uma personagem que
nos guardanapos de papel registava pedaços de uma obra em que as constantes são
a procura do absoluto e do transcendente.
A admiração por Régio ia além da obra, admirava a
personagem e a sua solidão. Conciliar a vida familiar e o supremo amor pelas
filhas, a vida profissional, a obra que se projecta e em que se projecta e a
solidão que esta exige são tarefas de gigante em que muitos soçobraram. E o
Raúl agigantava-se se bem que, perto do final prematuro, que parecia prever, a
obra se impusesse bem como a consciência da efemeridade do Ser, da importância
da Vida e da Omnipotência de Quem a concedeu. No Fim volta a Portalegre,
junta-se aos pais, ali à Boavista onde decerto de vez em quando fala com o
Régio.
“Cruzo ambas as mãos sobre o meu peito
E nas mãos de Deus, me entrego docemente
Que este poema seja o poema do meu leito
A Portalegre, cidade, eternamente
Que o Senhor, nas mãos de quem repouso
Me dê, no céu, o gozo
De o escrever na sua luz plena
Como Deus, quis, numa noite amena
Em que estes versos fiz”
Adeus Raúl, Poeta da Cidade ainda triste, adeus…adeus
a todos os que garantiram a perenidade da Cidade que, um dia, acredito, fará jus
ao nome original, Portus Alacer, a Cidade Alegre.
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terça-feira, janeiro 13, 2015
Desabafos, 2014/2015 - IX
CHARLIE HEBDO, capa de 14 de agosto de 1975
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O crime do século!
Assim poderia ser o título da notícia que abalou as consciências de todos os
que acreditam que todos os fundamentalismos, a começar pelo religioso, são
criminosos.
A quarta-feira dia 7
de janeiro de 2015 fica para a História como a maior carnificina perpetrada no
coração da Europa, em França, em Paris, nestes quinze anos que tem o século
XXI. É um crime contra a Liberdade de pensar, de viver, de consciência.
As execuções tiveram
lugar em nome do fanatismo religioso, que não conhece fronteiras e que só é
possível em tempos de decadência moral e cívica.
A barbárie do acto
mostrou quanto esta Europa está decadente. E que impotência para lutar contra
este mal que assola as sociedades europeias, cada vez mais corrompidas pelo
politicamente correcto e pelo multiculturalismo, gerador destes
fundamentalismos.
Não é a altura para
ser dizer que o jornal satírico de Esquerda, “Charlie Hebdo», com o subtítulo
“Journal Irresponsable”, entendia que podia caricaturar as Religiões, à
excepção do Judaísmo, como bem entendia, e que se alguém ficasse chocado com as
caricaturas não passaria de um vulgar reacionário, com as consequências que
estão à vista. Intolerância que gera intolerância.
Que se lembre e respeite a Memória das vítimas.
Que no futuro se tomem
as medidas consideradas necessárias para que de uma vez por todas o
fundamentalismo islâmico não volte a atacar.
E que a falácia do
“integracionismo” não volte a ser a ‘cura’ para o que não tem cura!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 12/01/2015
Mário Casa Nova Martins
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http://www.radioportalegre.pt/index.php/desabafos/mario-casanova-martins.html
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sexta-feira, janeiro 09, 2015
quarta-feira, janeiro 07, 2015
Crónica de Nenhures
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Quem tem o mar, tem o mundo.
A Zona Económica Exclusiva de Portugal, até às 200 milhas
marítimas, é de 1714 Km2, sendo a terceira da União Europeia e a décima
primeira do mundo.
Mas uma pergunta fica desde já:
_ Dada esta vastidão, tem Portugal condições para dela tirar
proveito, melhor, proventos?
É um facto que nos últimos anos navio oceanográfico
português tem feito estudos sobre esta área, e hoje conhecem-se muito melhor os
recursos que contém.
Também se sabe que além dos recursos piscícolas, há também
hidrocarbonetos. Se a exploração dos primeiros é feita por frotas estrangeiras,
uma vez que Portugal recebeu incentivos para o abate e consequente destruição
da sua frota pesqueira, sendo o que resta pouco mais do que artesanal, quanto
aos segundos, continuam inexplorados.
Se hoje não se explora petróleo e gás natural no mar
português é apenas por razões geoestratégicas, e não, como é continuadamente
dito, devido aos custos dessa exploração.
Quando Portugal era ‘senhora dos mares’, era um Império. Hoje, com tão extensa área marítima, não é mais do que um país à deriva, sem visão estratégica de curto, médio ou longo prazo, navegando á bolina, na espreita de bons ventos e marés, que não são mais do que as ‘sobras’ que aquilo que a Europa do Norte lhe dá. Portugal, hoje, está de mão estendida, esmolando a União Europeia, e dela é parente pobre num tempo sem tempo e sem esperança.
Quando Portugal era uma Potência Marítima, cruzava os mares impondo a sua moeda como a moeda-padrão nas trocas comerciais mundiais. Hoje, já sem moeda própria, nada conta nesta economia global e globalizada, onde a sua agricultura, comércio e indústria, mantendo padrões de qualidade, não consegue gerar a riqueza que o país necessita para se livrar dos usurários que o estrangulam.
Quando Portugal era ‘senhora dos mares’, era um Império. Hoje, com tão extensa área marítima, não é mais do que um país à deriva, sem visão estratégica de curto, médio ou longo prazo, navegando á bolina, na espreita de bons ventos e marés, que não são mais do que as ‘sobras’ que aquilo que a Europa do Norte lhe dá. Portugal, hoje, está de mão estendida, esmolando a União Europeia, e dela é parente pobre num tempo sem tempo e sem esperança.
Quando Portugal era uma Potência Marítima, cruzava os mares impondo a sua moeda como a moeda-padrão nas trocas comerciais mundiais. Hoje, já sem moeda própria, nada conta nesta economia global e globalizada, onde a sua agricultura, comércio e indústria, mantendo padrões de qualidade, não consegue gerar a riqueza que o país necessita para se livrar dos usurários que o estrangulam.
Mário Casa Nova Martins