Crónica de Nenhures
Quando se fala em ‘conquistas dos trabalhadores’, uma que é
muito referida é a da existência do “salário mínimo”.
A ‘apropriação’ em Portugal das ‘conquistas dos
trabalhadores’ é feita fundamentalmente pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional [CGTP-IN], correia de
transmissão do Partido Comunista Português, o qual mantém forte implantação no
meio sindical português, para o bem e para o mal.
A influência do PCP na CGTP-IN gera ciclicamente um conjunto
de greves de cariz leninista, com a finalidade de destruir a economia nacional e
criar a insatisfação no povo face aos governos, de que são exemplo as greves no
sector dos transportes, da educação e da saúde, com o objectivo final de criar as condições para a
tomada do poder, leninista, através da revolução. Nada que a História do século
XX já não tenha escrito.
De facto, é importante para a economia de um país a existência
do indicador económico que é o valor do denominado salário mínimo. A sua
aplicação é de grande importância.
Todavia, o salário mínimo cresce à custa do salário médio,
isto é, o salário mínimo cresce em termos reais mais acentuadamente do que o
salário médio.
Esta realidade tem consequências no consumo, na produção e
na oferta de trabalho. E, assim sendo, os riscos do aumento do salário mínimo serão
maiores do que os benefícios que geraria.
É que um aumento do salário mínimo leva as empresas a ajustar
em baixa os seus custos de produção, através da redução do número de empregados
e na correcção em baixa dos salários médios, gerando uma quebra, ou quanto
muito uma estagnação no consumo, o oposto do que se quereria e desejava. Para
se não falar no desincentivo que representa a novos investimentos.
Neste tempo de “vacas magras” em que Portugal vegeta, será
contraproducente qualquer aumento do salário mínimo, por muito que moralmente justa
seja a ideia.
Mário Casa Nova Martins
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home