Fernando Correia Pina
*
Soneto do S. Martinho
Não sei que há entre o vinho e a cabeça,
paixão antiga ou cumplicidade
que faz a cabeça pensar que há de
mandar que o vinho não a entonteça.
Venha de lá mais um! Assim começa
a cabeça a querer impor autoridade
no vinho, sem olhar à quantidade
quando a língua já nas sílabas tropeça.
E depois vem mais outro. E outro ainda.
Passa o tempo a voar. A tarde finda.
Já alta a noite vem o do caminho.
Paga-se a conta. Reina a confusão
e aos ésses sai da tasca a procissão
dos devotos fiéis de S. Martinho.
dos devotos fiéis de S. Martinho.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home