A VOZ PORTALEGRENSE
segunda-feira, julho 28, 2008
Miguel Castro Caldas
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BABEL
“Chega um rapaz à próspera Europa vindo de um país que foi engolido pelo mar. Sem conseguir asilo, arranja trabalho na construção civil. O rapaz faz tudo por tudo para conseguir a documentação que lhe permita uma situação legal.
Os actores movimentam-se num palco cheio de andaimes.
Abordando as questões dos direitos humanos e da agonia da economia europeia, conferindo contornos políticos ao teatro físico e ao inglês macarrónico, esta produção funde a linguagem circense, acrobática e poética, numa história criada por Jesper Halle e Miguel Castro Caldas.”
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Texto: Miguel Castro Caldas e Jesper Hall
Dramaturgia: Ragnhild Maerli e Jorge Silva Melo
Intérpretes: Pedro Carraca, Sérgio Conceição, Ricardo Batista, Lenka Rozenahl e Idun Losnegård
Compositor e músico ao vivo: Morten Halle
Cenografia: Franzisca Aarflot e Rita Lopes Alves
Figurinos: Rita Lopes Alves
Luz: Pedro Domingos
Encenação: Franzisca Aarflot
Apoio ao texto: Cristina Guerra
Produção: Artistas Unidos / Det Åpne Teater
Co-produção: Citemor
domingo, julho 27, 2008
António de Oliveira Salazar
Passa mais um aniversário do falecimento de António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889 — Lisboa, 27 de Julho de 1970).
Pretendemos recordar esse facto histórico com a publicação de um texto, certamente há muito esquecido, do então Lente da Faculdade de Direito e sócio da Academia de Ciências de Lisboa, Fernando Emygdio da Silva, incluído no seu livro ‘Cousas de Portugal’, páginas 133 a 136, datado de 1919 e editado em Coimbra pela Editora França & Amado.
Este capítulo é intitulado ‘Um Livro’, e é a crítica a um trabalho do professor Oliveira Salazar, impresso no Boletim da Faculdade de Direito, e que o Autor publicou em separata, tendo depois oferecido um exemplar da mesma ao dito professor.
Datado de 1918, no volume VI do Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, o título daquele trabalho é ‘Alguns aspectos da crise das subsistências’.
Pode ser lido em ‘António de Oliveira Salazar – Inéditos e Dispersos – II – Estudos Económico-Financeiros (1916-1928) – Tomo 1’, da Bertrand Editora, páginas 321 a 389.
Recorde-se que a organização dos cinco volumes de ‘Inéditos e Dispersos’, é de Manuel Braga da Cruz.
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Biografia:
Silva, Fernando Emygdio da (1886-1972) - Professor da Faculdade de Direito de Lisboa. Licenciado por Coimbra em 1907, doutor em 1911, logo se transfere para a nova escola jurídica de Lisboa, onde funda o grupo de Ciências Económicas. Destaca-se como regente da cadeira de Finanças. Colunista no Diário de Notícias desde 1902. Administrador do Banco de Portugal a partir de 1919, assumindo o cargo de Vice-Governador da instituição em 1931. Procurador à Câmara Corporativa desde 1935, é o relator do II Plano de Fomento, em 1954. Director da Faculdade de Direito de Lisboa em 1950-1953. Ligado à fundação do Jardim Zoológico de Lisboa. Autor de: O Operariado Português, 1905; O Regime Tributário das Colónias Portuguesas, 1906; As Greves, 1913; O Problema Financeiro Português, 1920.
António de Oliveira Salazar
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Decididamente, já não falta tudo em matéria de subsistências. E isto sem nos referir ao indigitado comissário e nosso ilustre amigo sr. Oliveira Bello – que esse falta ainda... nomeá-lo. A nossa referência põe simplesmente em foco um livro. Verdade seja, porém que é um bom livro e neste caso pôde talvez repetir-se com rara propriedade que nem só de pão vive o homem...
O livro em questão é a separata do Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra que dessa revista acaba de ser destacado e que tem por autor o professor de economia política daquela Universidade, sr. dr. Oliveira Salazar. O assunto, como dissemos, é o problema das subsistências - ou antes, alguns aspectos desse problema, segundo o enunciado do autor.
Antes de mais, seja-nos permitido que felicitemos o professor Salazar pela sua inteligente iniciativa. Em um país cuja administração pouco mais é do que uma atrabiliária mistura de arbítrios e de acasos, urge que os homens de ciência, sob pena de ás suas responsabilidades no desastre colectivo, indiquem pelo menos aos homens de acção quais são as regras para aquém ou para além das quais um governo só pode encontrar a falência como solução que tem apenas como duvidosa a demora.
Mas vejamos o livro.
O professor Salazar começa por estabelecer as condições económicas criadas pela guerra e que vêem a ser as de as nações, em vez de se abastecerem pela troca internacional e se limitarem a produzir segundo as suas aptidões mais pronunciadas, procurarem pelo contrario formar estados económicos independentes, isto é, tanto quanto possível, bastar-se a si próprias.
Define depois o ilustre professor a crise das subsistências como um dos aspectos que tem revestido a crise económica geral, a qual se resolve entre nós na deficiência de algumas substâncias alimentícias e numa alta pavorosa de preços, mesmo quanto aos géneros cuja produção é suficiente para o consumo. Neste capítulo, tanto quanto permitem os dados estatísticos publicados, fixam-se alguns algarismos que ficarão sendo de interessante e elucidativa consulta.
O autor procura ainda, para acabar de caracterizar a crise presente, a qual é directamente provocada por defeitos na produção, distribuição e consumo dos géneros alimentícios, dizer quais são os vícios da organização social portuguesa que se opõem à sua regular solução, e que por isso devem considerar-se também causa da crise.
Assim fica posto, a bem dizer, o problema.
O sr. dr. Oliveira Salazar compendia depois as três ordens de soluções que comporta a crise das subsistências;
a) Mais rápida e equitativa distribuição dos produtos.
b) Aumento de produção nacional.
c) Restrições do consumo.
Em todos estes aspectos o sr. dr. Salazar constata a falência da política económica portuguesa.
Quanto à distribuição é indispensável com efeito, que os poderes públicos se substituam ao comércio, incapaz de, por si só, assegurar a sua regularidade em tempo de crise. Mas a falta de estatísticas, a falta de estabilidade governamental, a falte de pessoal habilitado, a falta de transportes, a arbitraria centralização dos serviços sem conhecimento do único agregado coesivo que, segundo o autor, é a freguesia - aí estão outras tantas causas da falência do Estado neste primeiro aspecto da questão.
Quanto ao aumento da produção nacional, recorda-se no livro que estamos examinando todo um programa… que infelizmente não tem passado dos livros. É neste particular que reside a salvação de Portugal. O sr. dr. Salazar nunca o deixará suficientemente ponderado.
Quanto ás restrições do consumo o autor examina sucessivamente a sua obtenção pelo sacrifício das necessidades, pela sua satisfação com sucedâneos mais económicos e pelo melhor aproveitamento das riquezas consumidas.
O prof. Salazar pergunta ao terminar o seu livro: «Terá ainda solução esta crise?»
Não é fácil, talvez, responder. O que é certo, como diz o autor, é que «a nossa preparação para o futuro tem já neste momento todos os defeitos contrários ás qualidades exigidas: precisava-se uma baixa remuneração de trabalho, os salários sobem em proporções incríveis; urgia dispor de uma maior força produtiva, a capacidade de trabalho é diminuída por greves incessantes e numerosas; necessitavam-se as subsistências baratas, a alta dos seus preços parece não ter limites... Provavelmente nós sofreremos a guerra - quando começar a Paz».
Pelo seu interesse, pela sua elevação, pela sua oportunidade procurámos dar uma ideia de como o professor Oliveira Salazar encara o problema das subsistências.
Resta nos juntar à nossa homenagem - a expressão do nosso agradecimento pela gentileza da oferta. E se nos é permitido ainda manifestar um voto - aqui deixamos consignado o desejo de que o sr. dr. Oliveira Salazar, descendo ainda mais ao campo das instantes realidades económicas deste a um tempo tão rico e tão desgraçado país, traga para a sua resolução o ensinamento do seu estudo e o prestígio do seu talento.
in, Cousas de Portugal (Durante a guerra; depois da guerra), p. 133 a 136
FERNANDO EMYGDIO DA SILVA
sexta-feira, julho 25, 2008
Corrupção no Futebol em Portugal
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PS – De referir que o Parecer Jurídico de Diogo Freitas do Amaral é totalmente contrário ao que Marcelo Rebelo de Sousa, o “Professor Pardal da política portuguesa”, vulgo “ouve o que ele diz mas não faças o que ele diz ou faz”…, papagueou na RPT1…
PS – De referir que o Parecer Jurídico de Diogo Freitas do Amaral é totalmente contrário ao que Marcelo Rebelo de Sousa, o “Professor Pardal da política portuguesa”, vulgo “ouve o que ele diz mas não faças o que ele diz ou faz”…, papagueou na RPT1…
Mário
quarta-feira, julho 23, 2008
Alentejo
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Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o seu carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.
O alemão pergunta:
-*'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'*
Os dois alentejanos ficaram mudos. Mas tentou de novo:
- *'Excusez-moi, parlez vous français?'*
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- *'Prego signori, parlate italiano?’*
Nada por parte dos alentejanos!
- *'Hablan ustedes español?'*
Nenhuma resposta.
- *'Please, do you speak english?’*
Nada. Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora...
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez divêssemos aprenderi uma língua estrangêra.
- Mas p'rá quê, compadri? Aqueli idiota sábia cinco... e adiantou-lhi alguma coisa?
O alemão pergunta:
-*'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'*
Os dois alentejanos ficaram mudos. Mas tentou de novo:
- *'Excusez-moi, parlez vous français?'*
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- *'Prego signori, parlate italiano?’*
Nada por parte dos alentejanos!
- *'Hablan ustedes español?'*
Nenhuma resposta.
- *'Please, do you speak english?’*
Nada. Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora...
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez divêssemos aprenderi uma língua estrangêra.
- Mas p'rá quê, compadri? Aqueli idiota sábia cinco... e adiantou-lhi alguma coisa?
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By mail, From Lisbon
By mail, From Lisbon
segunda-feira, julho 21, 2008
Comissão Nacional Justiça e Paz
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Observatório Permanente sobre a Produção,
Observatório Permanente sobre a Produção,
Comércio e Proliferação de Armas Ligeiras
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A Quinta da Fonte em Julho de 2008
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O tiroteio na Quinta da Fonte, em Loures, entrou-nos casa dentro, na tarde da sexta feira 11 de Julho de 2008, por obra da televisão, para despertar, brutalmente, a sociedade portuguesa para a realidade da proliferação das armas e para o triste cortejo de fenómenos na sua origem ou a ela associados que, de uma vez por todas, urge encarar de frente, com coragem, para que sejam erradicados.
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A proliferação das armas
Em primeiro lugar, a proliferação das armas, legais ou ilegais.
As primeiras são um milhão e quatrocentas mil, pelas últimas contagens, oitenta por cento das quais de caça, as segundas não se sabe quantas, por definição, mas não serão menos de cinquenta a sessenta mil, número absolutamente preocupante.
A Nova Lei que disciplina o uso e porte de armas dirige-se, quer a umas, quer a outras. Publicada há pouco mais de dois anos, tem de ser cumprida em toda a sua extensão, e as forças de segurança têm que estar dotadas dos meios humanos e técnicos necessários para o cumprimento das suas novas e acrescidas responsabilidades.
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As actividades ilícitas
As actividades ilícitas associadas à utilização das armas ilegais e de muitas armas legais retiradas a seus donos – em muitos casos por incúria ou distracção – têm de ser combatidas, com toda a severidade, pelas forças de segurança e pela Lei em todos os domínios da sua aplicação.
Também não se admite que apenas se constate ser o nosso país plataforma de passagem ou de destino de tráficos ilícitos e inqualificáveis. Importa dar um claro sinal e completa informação de que tudo o que é humana e tecnicamente necessário para os combater está disponível, e que todos os esforços estão a ser feitos e a produzir resultados, em particular os que envolvem cooperação internacional, por exemplo no âmbito da União Europeia.
No caso da Quinta da Fonte espera-se que os autores do tiroteio, de um lado e doutro, sejam identificados, sem excepções, e punidos com a severidade que a Lei recomenda. É igualmente indispensável que as actividades a que se dedicam sejam devidamente escrutinadas para que se esclareça se elas, mais do que questões étnicas ou de má vizinhança, estariam por trás da tensão crescente ao longo de tantos anos e que acabou por eclodir a 11 de Julho de 2008.
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A proliferação das armas
Em primeiro lugar, a proliferação das armas, legais ou ilegais.
As primeiras são um milhão e quatrocentas mil, pelas últimas contagens, oitenta por cento das quais de caça, as segundas não se sabe quantas, por definição, mas não serão menos de cinquenta a sessenta mil, número absolutamente preocupante.
A Nova Lei que disciplina o uso e porte de armas dirige-se, quer a umas, quer a outras. Publicada há pouco mais de dois anos, tem de ser cumprida em toda a sua extensão, e as forças de segurança têm que estar dotadas dos meios humanos e técnicos necessários para o cumprimento das suas novas e acrescidas responsabilidades.
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As actividades ilícitas
As actividades ilícitas associadas à utilização das armas ilegais e de muitas armas legais retiradas a seus donos – em muitos casos por incúria ou distracção – têm de ser combatidas, com toda a severidade, pelas forças de segurança e pela Lei em todos os domínios da sua aplicação.
Também não se admite que apenas se constate ser o nosso país plataforma de passagem ou de destino de tráficos ilícitos e inqualificáveis. Importa dar um claro sinal e completa informação de que tudo o que é humana e tecnicamente necessário para os combater está disponível, e que todos os esforços estão a ser feitos e a produzir resultados, em particular os que envolvem cooperação internacional, por exemplo no âmbito da União Europeia.
No caso da Quinta da Fonte espera-se que os autores do tiroteio, de um lado e doutro, sejam identificados, sem excepções, e punidos com a severidade que a Lei recomenda. É igualmente indispensável que as actividades a que se dedicam sejam devidamente escrutinadas para que se esclareça se elas, mais do que questões étnicas ou de má vizinhança, estariam por trás da tensão crescente ao longo de tantos anos e que acabou por eclodir a 11 de Julho de 2008.
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A sociedade e a insegurança
O combate à proliferação das armas não cabe, em exclusivo, às forças de segurança. Estende-se a toda a sociedade.
Armas a mais e o seu uso incontrolado conduzem a uma elevada percepção de insegurança que é tanto maior quando factores de ordem económica e social como o desemprego crescente, as grandes desigualdades na distribuição do rendimento, a precariedade do emprego, elevadas taxas de pobreza, etc., fragilizam segmentos importantes da população perante os agentes das actividades ilícitas tornando-os seus reféns ou encobridores involuntários.
O combate à proliferação das armas não cabe, em exclusivo, às forças de segurança. Estende-se a toda a sociedade.
Armas a mais e o seu uso incontrolado conduzem a uma elevada percepção de insegurança que é tanto maior quando factores de ordem económica e social como o desemprego crescente, as grandes desigualdades na distribuição do rendimento, a precariedade do emprego, elevadas taxas de pobreza, etc., fragilizam segmentos importantes da população perante os agentes das actividades ilícitas tornando-os seus reféns ou encobridores involuntários.
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A política de alojamento
Se a tudo isto se adicionar uma política de alojamento das classes mais desfavorecidas executada com inúmeras e graves deficiências ao longo dos últimos 30 anos, isolando-as em territórios críticos à margem da malha urbana, estamos perante uma situação extremamente grave e preocupante que só poderá ser resolvida se a sociedade, no seu todo, agir responsavelmente.
A política de alojamento
Se a tudo isto se adicionar uma política de alojamento das classes mais desfavorecidas executada com inúmeras e graves deficiências ao longo dos últimos 30 anos, isolando-as em territórios críticos à margem da malha urbana, estamos perante uma situação extremamente grave e preocupante que só poderá ser resolvida se a sociedade, no seu todo, agir responsavelmente.
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O Estado, a Sociedade Civil e as Redes Sociais
Esta tarefa importante e urgentíssima está facilitada porque, melhor ou pior, os instrumentos já existem.
Por exemplo, há uma forma de organização estabelecida que passa pelas Redes Sociais, nos municípios, e pelas Comissões Sociais, nas freguesias. Agrupam em cada malha da administração local os serviços públicos e as entidades da sociedade civil que aí operam e que, em princípio, estão aptas, em cada caso, para defrontar os problemas sociais com que se deparam, e resolvê-los. Completa ou incompletamente, têm meios técnicos e financeiros das suas dotações correntes, reforçadas por inúmeros Programas, alguns com suporte Comunitário.
Há que promover e eficiência de todas estas Redes a partir dos meios já existentes, coordenando os seus esforços de modo determinado por quem é politicamente responsável em cada caso, e assumir, ao nível do Poder Central e do Poder Local um compromisso de dar prioridade absoluta a este combate. Os conflitos entre Poder Local e Poder Central têm de ser postas de lado e os partidos, em particular os que contam autarcas entre os seus militantes e dirigentes, têm de conferir a esta acção uma prioridade nos seus programas eleitorais.
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A nova política de alojamento
Por último queremos saudar a alteração, que se desenha, e que deverá ser aprovada e posta em pratica rapidamente, na política de atribuição de alojamento aos mais desfavorecidos, acabando com a construção de bairros sociais de raiz e procurando, na malha urbana já existente, pela reabilitação, pelo aluguer, ou pela compra, locais de mais fácil inserção na sociedade. Este é um caminho mais seguro para a inclusão que tem a ver com a vontade de quem a procura assim como com a disponibilidade e saber de quem a acolhe.
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O Observatório tem vindo a levantar toda esta problemática desde a Audição que organizou a partir de Novembro de 2005 até Maio de 2006 e, no ano passado, após um percurso por três bairros críticos, sociais ou clandestinos, alertou o Governo, os restantes poderes políticos e as autarquias para os sinais claros de insegurança em muitas áreas do nosso território.
As medidas que então se impunham tardam em ser concretizadas. Não desprezemos agora, e uma vez mais, os claros sinais para o muito que tem de ser feito, pelo Estado e pela Sociedade Civil, para pôr cobro aos malefícios da proliferação incontrolada das armas em Portugal e para lutar denodadamente contra tudo o que de ilícito se esconde por trás do seu uso.
O Estado, a Sociedade Civil e as Redes Sociais
Esta tarefa importante e urgentíssima está facilitada porque, melhor ou pior, os instrumentos já existem.
Por exemplo, há uma forma de organização estabelecida que passa pelas Redes Sociais, nos municípios, e pelas Comissões Sociais, nas freguesias. Agrupam em cada malha da administração local os serviços públicos e as entidades da sociedade civil que aí operam e que, em princípio, estão aptas, em cada caso, para defrontar os problemas sociais com que se deparam, e resolvê-los. Completa ou incompletamente, têm meios técnicos e financeiros das suas dotações correntes, reforçadas por inúmeros Programas, alguns com suporte Comunitário.
Há que promover e eficiência de todas estas Redes a partir dos meios já existentes, coordenando os seus esforços de modo determinado por quem é politicamente responsável em cada caso, e assumir, ao nível do Poder Central e do Poder Local um compromisso de dar prioridade absoluta a este combate. Os conflitos entre Poder Local e Poder Central têm de ser postas de lado e os partidos, em particular os que contam autarcas entre os seus militantes e dirigentes, têm de conferir a esta acção uma prioridade nos seus programas eleitorais.
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A nova política de alojamento
Por último queremos saudar a alteração, que se desenha, e que deverá ser aprovada e posta em pratica rapidamente, na política de atribuição de alojamento aos mais desfavorecidos, acabando com a construção de bairros sociais de raiz e procurando, na malha urbana já existente, pela reabilitação, pelo aluguer, ou pela compra, locais de mais fácil inserção na sociedade. Este é um caminho mais seguro para a inclusão que tem a ver com a vontade de quem a procura assim como com a disponibilidade e saber de quem a acolhe.
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O Observatório tem vindo a levantar toda esta problemática desde a Audição que organizou a partir de Novembro de 2005 até Maio de 2006 e, no ano passado, após um percurso por três bairros críticos, sociais ou clandestinos, alertou o Governo, os restantes poderes políticos e as autarquias para os sinais claros de insegurança em muitas áreas do nosso território.
As medidas que então se impunham tardam em ser concretizadas. Não desprezemos agora, e uma vez mais, os claros sinais para o muito que tem de ser feito, pelo Estado e pela Sociedade Civil, para pôr cobro aos malefícios da proliferação incontrolada das armas em Portugal e para lutar denodadamente contra tudo o que de ilícito se esconde por trás do seu uso.
17.07.2008
A Vida Quotidiana na Palestina
Uma “frase feita” diz que «uma fotografia vale mais do que mil palavras». E assim é. O jovem alvejado é mais um Mártir da Causa Palestiniana. A Barbárie do acto mostra a que ponto chegou a Consciência de Israel face à Palestina.
O acto do Soldado Israelita não é isolado. Naquele momento é Israel que descarrega a munição sobre o indefeso Povo Palestiniano, porque vendado e amarrado! A Consciência de Israel mostra-se perante o Inimigo despojado da sua Arma, a Bandeira da sua Pátria. Aquele Jovem Palestiniano, como se vê no vídeo, carrega como Arma perante os Soldados de Israel a Bandeira da Palestina, que agita ao vento, em sinal de Amor à sua Terra, ao seu Povo, à Pátria Palestiniana.
É fácil perceber que o Soldado Israelita não agiu por mote próprio. Ele está rodeado de outros Soldados que preparam a Vítima para o Holocausto. Todos são actores desta Cena, não de Guerra mas de Barbárie!
Israel mostrou ao Mundo que não está interessado na Paz. Num momento em que vigora uma Trégua entre Judeus e Palestinianos, são já inúmeros os acontecimentos que conduzem a que os Palestinianos, perante tanta provocação, façam um gesto contra Israel, para este poder “justificar” o fim da Trégua e continuar o Genocídio do Povo Palestiniano.
O Mal tomou conta daquela Terra e daquelas Gentes. Tornou-se uma banalidade
O acto do Soldado Israelita não é isolado. Naquele momento é Israel que descarrega a munição sobre o indefeso Povo Palestiniano, porque vendado e amarrado! A Consciência de Israel mostra-se perante o Inimigo despojado da sua Arma, a Bandeira da sua Pátria. Aquele Jovem Palestiniano, como se vê no vídeo, carrega como Arma perante os Soldados de Israel a Bandeira da Palestina, que agita ao vento, em sinal de Amor à sua Terra, ao seu Povo, à Pátria Palestiniana.
É fácil perceber que o Soldado Israelita não agiu por mote próprio. Ele está rodeado de outros Soldados que preparam a Vítima para o Holocausto. Todos são actores desta Cena, não de Guerra mas de Barbárie!
Israel mostrou ao Mundo que não está interessado na Paz. Num momento em que vigora uma Trégua entre Judeus e Palestinianos, são já inúmeros os acontecimentos que conduzem a que os Palestinianos, perante tanta provocação, façam um gesto contra Israel, para este poder “justificar” o fim da Trégua e continuar o Genocídio do Povo Palestiniano.
O Mal tomou conta daquela Terra e daquelas Gentes. Tornou-se uma banalidade
Mário Casa Nova Martins
sexta-feira, julho 18, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
quarta-feira, julho 16, 2008
Portalegre no seu melhor
Como por mais de uma vez se disse, esta Casa tem o nome «A Voz Portalegrense» em homenagem a um semanário que a cidade teve. Não queremos, ou evitamos falar de Portalegre, porque por aqui, como também mais de uma vez afirmámos, principalmente nos «Desabafos» na Rádio Portalegre, a mediocridade reina. Cidade “condenada”, sem ideias ou gentes, é o espelho do que de pior o País “produz”.
Já nos tinham dito, mas não quisemos acreditar. Parecia impossível tamanha ignorância. Porém, não seria de estranhar se fosse realmente verdade. E é!
Uma delegação da Assembleia Municipal de Portalegre foi ao concelho vizinho de Alter do Chão fazer um “estranho” pedido ao Presidente da República, que por lá estava em visita.
Já nos tinham dito, mas não quisemos acreditar. Parecia impossível tamanha ignorância. Porém, não seria de estranhar se fosse realmente verdade. E é!
Uma delegação da Assembleia Municipal de Portalegre foi ao concelho vizinho de Alter do Chão fazer um “estranho” pedido ao Presidente da República, que por lá estava em visita.
Na edição de hoje, o semanário «Alto Alentejo» confirma que a capital de Distrito não quer uma auto-estrada, “contentando-se” com duas estradinhas centenárias melhoradas!
Pobre gente, que desconhece a importância de boas acessibilidades para o desenvolvimento de uma Região. A mentalidade destes políticos de Portalegre, no fundo, reconhece que o concelho não tem futuro, “servindo” apenas umas estradas de segunda categoria.
Mas estes políticos desconhecem que a auto-estrada tem que ser feita. Ela é parte do denominado IP2 que liga o interior do País de norte para sul. E vai ligar o Fratel (A23) a Estremoz (A6), que é a ligação mais perto, por exemplo, da Europa para o Algarve, via Vilar Formoso. Mas estes políticos não sabem!
Nos últimos ante-projectos conhecidos, a dita auto-estrada passava a cerca de dez quilómetros de Portalegre, e mesmo assim fazendo um ligeiro desvio para se aproximar da capital de Distrito. Com a inteligente demanda da delegação da Assembleia Municipal de Portalegre, nada impede que a auto-estrada se desvie, se afaste ainda mais de Portalegre.
E por aqui ficamos. Com políticos como estes, pode Portalegre estar descansada. O seu declínio é certo. Alguém lucrará com a miséria de Portalegre. Nós, há muito que o sabemos.
Mas estes políticos desconhecem que a auto-estrada tem que ser feita. Ela é parte do denominado IP2 que liga o interior do País de norte para sul. E vai ligar o Fratel (A23) a Estremoz (A6), que é a ligação mais perto, por exemplo, da Europa para o Algarve, via Vilar Formoso. Mas estes políticos não sabem!
Nos últimos ante-projectos conhecidos, a dita auto-estrada passava a cerca de dez quilómetros de Portalegre, e mesmo assim fazendo um ligeiro desvio para se aproximar da capital de Distrito. Com a inteligente demanda da delegação da Assembleia Municipal de Portalegre, nada impede que a auto-estrada se desvie, se afaste ainda mais de Portalegre.
E por aqui ficamos. Com políticos como estes, pode Portalegre estar descansada. O seu declínio é certo. Alguém lucrará com a miséria de Portalegre. Nós, há muito que o sabemos.
E quem ficar, que feche a porta!
Mário Casa Nova Martins
terça-feira, julho 15, 2008
SOU CANDIDATO
-
Sim, SOU CANDIDATO!!!
Sim, SOU CANDIDATO!!!
-
E para que não restem dúvidas:
E para que não restem dúvidas:
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PS – Caro JV, não tenho palavras…
Abraço.
Mário
PS – Caro JV, não tenho palavras…
Abraço.
Mário
Crónica de Nenhures
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O Lado Negro da Humanidade
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Não há a menor dúvida quanto às violações do Direitos Humanos no Sudão. Mas também não as há quanto ao Iraque.
É sabido que o Sudão não reconhece o Tribunal Penal Internacional. Mas os Estados Unidos da América também não o reconhecem.
Com estes dois anteriores parágrafos pretendemos dizer que não só o Presidente, mas toda a nomenclatura governativa do Sudão tem que ser responsabilizada pelo genocídio naquele país. E, dado que não se verificaram os pressupostos que a Administração Bush apresentou para os EUA invadirem o Iraque, que também George W. Bush e os “falcões” que decidiram aquele acto de guerra ao arrepio da Comunidade Internacional e até da maioria do Povo Americano, devem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional.
É claro que Bush&Companhia jamais serão julgados. Mas que fique para a História a iniquidade da invasão do Iraque. Talvez a Humanidade, da próxima vez que actos como este se repetirem, não deixe ficar impunes os responsáveis.
Quanto ao Presidente do Sudão, acreditamos que um dia será julgado. Ele é um criminoso. Mas será julgado apenas porque está do Lado Errado da História.
A História é sempre madrasta para os derrotados. O que se passou nos Tribunais de Tóquio e Nuremberga, não se devia repetir. Mas repete-se continuamente.
É sabido que o Sudão não reconhece o Tribunal Penal Internacional. Mas os Estados Unidos da América também não o reconhecem.
Com estes dois anteriores parágrafos pretendemos dizer que não só o Presidente, mas toda a nomenclatura governativa do Sudão tem que ser responsabilizada pelo genocídio naquele país. E, dado que não se verificaram os pressupostos que a Administração Bush apresentou para os EUA invadirem o Iraque, que também George W. Bush e os “falcões” que decidiram aquele acto de guerra ao arrepio da Comunidade Internacional e até da maioria do Povo Americano, devem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional.
É claro que Bush&Companhia jamais serão julgados. Mas que fique para a História a iniquidade da invasão do Iraque. Talvez a Humanidade, da próxima vez que actos como este se repetirem, não deixe ficar impunes os responsáveis.
Quanto ao Presidente do Sudão, acreditamos que um dia será julgado. Ele é um criminoso. Mas será julgado apenas porque está do Lado Errado da História.
A História é sempre madrasta para os derrotados. O que se passou nos Tribunais de Tóquio e Nuremberga, não se devia repetir. Mas repete-se continuamente.
Robert Mugabe é outro criminoso que tem que ser julgado pelo que faz no Zimbabué. Nem que esse julgamento seja feito depois da sua morte.
Mas, e José Eduardo dos Santos? Também não é tão criminoso quanto Mugabe? Pois é, mas Angola é um país muito rico, e os interesses americanos, mais do que os europeus, não permitem que Angola entre em Democracia. Tal é um “luxo” a que os Angolano não têm direito!...
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, julho 14, 2008
Martim de Gouveia e Sousa
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nem a parte de dentro
do fundo tempo sabe
que vidas existem
assim suspensas
para além vendo...
do fundo tempo sabe
que vidas existem
assim suspensas
para além vendo...
13/7/2008
Martim de Gouveia e Sousa
Martim de Gouveia e Sousa
domingo, julho 13, 2008
sexta-feira, julho 11, 2008
Infinito
Queria,
Beijar a tua boca
Tocar nos teus seios
Entrar nos teus segredos
Sem medos o prazer crescia,
Em nós.
Sós,
Deixar o tempo correr
Poder nos teus lábios ler
Que não é sonho mas realidade
Em que a palavra saudade,
Não existe.
Viver,
Onde o sol nunca se ponha
O horizonte infinito
E num grito
Que o amor se revele,
Belo.
Desejar,
De rosas te rodear
Onde quer que estejas
Poder dizer
Nos teus olhos ver,
Que também me desejas!
m
quinta-feira, julho 10, 2008
SLB
Tendo em conta a fotografia, afinal os extremos não eram treinadores… Dito de outra forma, Diamantino e Chalana afinal não faziam parte da equipa técnica do Sport Lisboa e Benfica… Mas toda a comunicação social afirmava que as duas “glórias” do Glorioso o eram, nunca tendo havido desmentido por quem de direito!...
Continua a “palhaçada” no SLB neste início de época. Cada dia sua “novidade”. É caso para perguntar o que irá acontecer hoje.
E não é que há “novidades” para hoje! À “novela" do jogador Pablo Aimar do Saragoça junta-se o início do “novelo” Luís Garcia do Espanhol de Barcelona. Os dois jogadores estão interessadíssimos (será???) em jogar no Benfica, existindo acordo total com o SLB. Porém, há sempre um “porém”..., não há acordo entre o SLB e os clubes dos jogadores. Há sempre uma areiazinha na engrenagem. Noutros casos há acordo com os clubes e não há com os jogadores…
“Pobre” Sport Lisboa e Benfica. Ao que chegaste!
Entretanto Luís Filipe Vieira continua sem dar um ar da sua graça (desgraça!!!), e Rui Costa continua realmente o “fado da desgraça”, fragilizando-se enquanto dirigente desportivo.
Continua a “palhaçada” no SLB neste início de época. Cada dia sua “novidade”. É caso para perguntar o que irá acontecer hoje.
E não é que há “novidades” para hoje! À “novela" do jogador Pablo Aimar do Saragoça junta-se o início do “novelo” Luís Garcia do Espanhol de Barcelona. Os dois jogadores estão interessadíssimos (será???) em jogar no Benfica, existindo acordo total com o SLB. Porém, há sempre um “porém”..., não há acordo entre o SLB e os clubes dos jogadores. Há sempre uma areiazinha na engrenagem. Noutros casos há acordo com os clubes e não há com os jogadores…
“Pobre” Sport Lisboa e Benfica. Ao que chegaste!
Entretanto Luís Filipe Vieira continua sem dar um ar da sua graça (desgraça!!!), e Rui Costa continua realmente o “fado da desgraça”, fragilizando-se enquanto dirigente desportivo.
Mário
quarta-feira, julho 09, 2008
SLB
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Palavras para quê
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Palavras para quê
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Fizemos ontem de manhã eco da aberração que era dois dias para testes médicos. À hora do almoço, nos telejornais ficámos a saber que os ditos tinham corrido bem (???) e assim sendo havia o primeiro treino de tarde.
Este modesto pormenor, mostra à saciedade como funciona em termos de planificação o Sport Lisboa e Benfica nos dias de hoje. Logo no primeiro dia de trabalhos e as ordens e as contra-ordens são já visíveis.
Entretanto, também no campo das aquisições de jogadores, continua a “novela” argentina. Tendo sido dito pelo principal responsável que era uma negócio acima das possibilidades financeiras do clube, mesmo assim continua a especulação jornalística, alimentando a esperança dos adeptos, que depois, caindo na realidade, entram em mais um desespero, só ultrapassado com a pseudo-contratação de um “nome sonante”.
Assim “vive” a Nação Benfiquista, liderada por Luís Filipe Vieira, um indivíduo que não não é o “homem certo para o lugar certo”.
Este modesto pormenor, mostra à saciedade como funciona em termos de planificação o Sport Lisboa e Benfica nos dias de hoje. Logo no primeiro dia de trabalhos e as ordens e as contra-ordens são já visíveis.
Entretanto, também no campo das aquisições de jogadores, continua a “novela” argentina. Tendo sido dito pelo principal responsável que era uma negócio acima das possibilidades financeiras do clube, mesmo assim continua a especulação jornalística, alimentando a esperança dos adeptos, que depois, caindo na realidade, entram em mais um desespero, só ultrapassado com a pseudo-contratação de um “nome sonante”.
Assim “vive” a Nação Benfiquista, liderada por Luís Filipe Vieira, um indivíduo que não não é o “homem certo para o lugar certo”.
Mário
terça-feira, julho 08, 2008
Crónica de Nenhures
Tem início hoje oficialmente a época 2008/2009 para o Sport Lisboa e Benfica. Dois dias consecutivos de exames médicos mostram a preocupação dos dirigentes pela saúde dos atletas profissionais da equipa de futebol.
Começa aqui a incompreensão do funcionamento da estrutura do futebol profissional do SLB. Com a ausência de um conjunto de atletas que continuam de férias devido a compromissos pelas selecções dos respectivos países, comparado com outras equipas de top, apenas o Benfica necessita de tanto tempo para fazer os necessários quanto obrigatórios testes médicos.
Mas será esta excepção a única? Pode-se dizer que o SLB começa a época na pior situação dos últimos anos em relação a reforços. Uma mão meia vazia de jogadores de secundaríssimo plano, fazem as delícias da comunicação social, a par de uma mão cheia de fracassos de contratação de jogadores que fariam a diferença, para melhor. Longe vai o tempo em que o SLB conseguia comprar bom e barato, como no tempo de José Veiga por exemplo.
Rui Costa começa, como se costuma dizer, com o pé esquerdo na nova função de administrador da SAD do SLB. O seu primeiro erro foi prolongar as conversações com um jogador sul-americano que há muito a comunicação social dava como certo noutro clube. Só por ingenuidade, ou estupidez, é que não percebeu que havia algo que fazia protelar um desfecho que continuadamente se dizia estar por horas. O mesmo acontece com outro jogador, agora argentino, que sabendo-se da incapacidade financeira para ser contratado, se anda em conversações infrutíferas.
Rui Costa, no pouco tempo que leva como responsável máximo do futebol, acumula erros de principiante. Contudo, a imagem do presidente, Luís Filipe Vieira, está a cobro destas trapalhadas. Como lhe convém!
Luís Filipe Vieira joga a última cartada, antes das próximas eleições, com a escolha de Rui Costa. Se este continuar a não conseguir dar conta do recado, Vieira dirá que fez a vontade aos Benfiquistas, que queriam o ex-jogador naquelas funções. Como Pilatos, lavará as mãos perante o desastre que se avizinha. Que os benfiquistas não deixem que a Memória se perca. Que Luís Filipe Vieira se vá embora do Sport Lisboa e Benfica é o nosso maior desejo para a época 2008/2009.
Começa aqui a incompreensão do funcionamento da estrutura do futebol profissional do SLB. Com a ausência de um conjunto de atletas que continuam de férias devido a compromissos pelas selecções dos respectivos países, comparado com outras equipas de top, apenas o Benfica necessita de tanto tempo para fazer os necessários quanto obrigatórios testes médicos.
Mas será esta excepção a única? Pode-se dizer que o SLB começa a época na pior situação dos últimos anos em relação a reforços. Uma mão meia vazia de jogadores de secundaríssimo plano, fazem as delícias da comunicação social, a par de uma mão cheia de fracassos de contratação de jogadores que fariam a diferença, para melhor. Longe vai o tempo em que o SLB conseguia comprar bom e barato, como no tempo de José Veiga por exemplo.
Rui Costa começa, como se costuma dizer, com o pé esquerdo na nova função de administrador da SAD do SLB. O seu primeiro erro foi prolongar as conversações com um jogador sul-americano que há muito a comunicação social dava como certo noutro clube. Só por ingenuidade, ou estupidez, é que não percebeu que havia algo que fazia protelar um desfecho que continuadamente se dizia estar por horas. O mesmo acontece com outro jogador, agora argentino, que sabendo-se da incapacidade financeira para ser contratado, se anda em conversações infrutíferas.
Rui Costa, no pouco tempo que leva como responsável máximo do futebol, acumula erros de principiante. Contudo, a imagem do presidente, Luís Filipe Vieira, está a cobro destas trapalhadas. Como lhe convém!
Luís Filipe Vieira joga a última cartada, antes das próximas eleições, com a escolha de Rui Costa. Se este continuar a não conseguir dar conta do recado, Vieira dirá que fez a vontade aos Benfiquistas, que queriam o ex-jogador naquelas funções. Como Pilatos, lavará as mãos perante o desastre que se avizinha. Que os benfiquistas não deixem que a Memória se perca. Que Luís Filipe Vieira se vá embora do Sport Lisboa e Benfica é o nosso maior desejo para a época 2008/2009.
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, julho 07, 2008
Richard Wagner
Modernizar-se é o lema. Pela primeira vez vai ser possível assistir em directo a uma das óperas do Festival de Bayreuth via Internet, anunciou a organização, que assumiu uma estratégia de maior proximidade com o público melómano espalhado pelo mundo, mas não necessariamente «habituée» do Festival dedicado a Wagner.
A produção escolhida é Die Meistersinger von Nürnberg, que sobe ao palco a 27 deste mês, às l6h.
Os «bilhetes» online custam 77 dólares, mas quem adquirir um (www1.bayreuther-festspiele.de) poderá ver a ópera quantas vezes quiser até 2 de Agosto.
8 actual 05 Julho 2008 Expresso
'Festspielhaus'