Em Portalegre há muito que a coragem desapareceu.
Coragem é
uma palavra vã.
Fala-se em surdina com medo de desagradar aos ‘poderosos’.
Às claras, bajula-se os que têm poder, mas nas costas diz-se mal deles. A
inveja é lei.
Em Portalegre não há coragem de dizer que o PCP tem uma
agenda política, cujo objectivo final é a sovietização de Portalegre.
Os comunistas de Portalegre, discípulos de Gramsci, mas
também de Estaline e do seu discípulo dilecto Álvaro Cunhal, têm um programa de
conquista de poder que começa pela Cultura.
Assim, dominam as principais colectividades culturais de Portalegre,
ocupam instituições centenárias como a Cooperativa Operária. E só lhes tem
corrido mal, até ver, o assalto à Fundação Robinson, quiçá, por este assalto
estar a ser da responsabilidade do seu satélite, o denominado ‘Partido
Ecologista “Os Verdes”’.
Em tudo o resto, a sovietização de Portalegre, corre bem,
sendo a última batalha ganha a atribuição do nome de Álvaro Cunhal a uma
rotunda.
Com uma implantação diminuta, nas últimas eleições
legislativas de 2015 obteve 831 votos a que corresponde 6,51%, consegue
protagonizar a agenda política do concelho.
O PCP de Portalegre é quem gere, quem domina a agenda
política do concelho.
Minoritário em mandatos, mas com influência maioritária, é o único partido que
prepara as Assembleias Municipais, a ponto de as propostas que apresenta, por
falta de preparação dos outros deputados municipais, tomarem o tempo das ditas
Assembleias Municipais e consequente aprovação, com foi o caso da «Rotunda
Álvaro Cunhal».
E quando a proposta está em vias de não ser aprovada, “acontece”
que um dos deputados municipais de outra bancada que ia votar contra, se ausenta
temporariamente, para que a proposta comunista tenha os votos necessários para
ser aprovada.
Sim! É assim que acontece. E basta ir ver às actas das sessões para se saber
quem protagoniza este acto espúrio.
Portalegre é um ‘fenómeno’, politicamente falando.
Que se diga que “compagnons de route”, ou “tolos úteis” do
PCP, há em Portalegre em todos os quadrantes políticos, CDS, PSD, PS.
Quanto ao PS, cada vez que se coliga em votações com o PCP,
Portalegre e o seu concelho ficam a perder.
Portalegre regrediu no tempo. Mas tem o que merece!
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Post-scriptum - Que se diga que se os comunistas não tivessem tomado conta das
tais associações culturais, há muito que tinham acabado.