Desabafos 2018/2019 - XVIII
Nem parece que no próximo mês de Maio vai começar o ciclo
eleitoral com as eleições para o Parlamento Europeu.
Embora haja movimentações partidárias, com os principais
candidatos às europeias a tentarem conquistar votos num eleitorado cada vez
mais distante e crente na política e principalmente nos partidos do sistema, do
CDS ao BE, tudo parece desinteressante, o que prenuncia uma altíssima taxa de
abstenção eleitoral.
Mesmo com o aparecimento de dois novos partidos, ambos ditos
centristas, não de direita, o do ‘dinossauro político’ Pedro Santana Lopes, e o
do ‘novato’ André Ventura, nada consegue entusiasmar o eleitorado, que, se por
um lado continua ‘cativo’ de um complexo de esquerda, por outro, o desencanto
com a classe política é cada dia que passa maior.
A União Europeia é contestada, mesmo em Portugal, país
subsídio-dependente dela própria. Os eurocratas são uma ‘casta’ que decide à
revelia dos Povos, o seu poder nunca foi emanado do voto popular, a eurocracia
é um estado dentro da EU, nada diz ao cidadão comum.
A uma Europa federalista, nunca como hoje é importante
contrapor uma Europa das Nações. O Brexit prova a tirania que domina a UE. A UE
está a humilhar o Reino Unido, esquecendo a lição do também humilhante Tratado
de Versailles.
Mais do que memória curta, a UE tem uma existência tão curta
que a sua memória é uma não-memória.
Do nacionalista PNR ao estalinista PCP, passado pelos
partidos do centrão, a ‘oferta’ é muita e variada. Os portugueses, cansados de
vãs promessas eleitorais, têm a palavra, melhor, o voto. Ao exercer o direito
de votar, fazem escolhas, opções. Para que tudo fique na mesma.
A política já não é o que era!
Rádio Portalegre, 8 de Abril de 2019
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