A VOZ PORTALEGRENSE
terça-feira, março 31, 2009
sexta-feira, março 27, 2009
Desabafos
O Relatório Anual de Segurança Privada de 2008, da responsabilidade do Ministério da Administração Interna (MAI), refere que são mais de 61 mil as pessoas habilitadas a desempenhar a função de Segurança Privada, embora só cerca de 39 mil a tenham exercido no ano passado, ao passo que o somatório de efectivos da PSP e GNR ronda os 48 mil.
O relatório do sector diz que o mesmo movimentou no último ano cerca de 650 milhões de euros, valor que é uma verba equivalente, por exemplo, ao orçamento disponibilizado para a PSP.
A segurança privada, que o MAI afirma estar a ganhar terreno desde 2001, tem vindo a modernizar-se, sobretudo através da utilização de tecnologias avançadas, como sejam os sistemas de alarme e detecção ou a vigilância electrónica e controlo de acessos.
Mas, para além de vigiarem instalações e bens, os seguranças privados têm hoje um mercado ainda emergente: a protecção de pessoas, tarefa para as quais são cada vez mais requisitados.
O crescimento das empresas de segurança privada ficou também a dever-se, de acordo com o MAI, ao acordo firmado para que estas empresas pudessem vigiar um milhar de postos de abastecimento de combustíveis em todo o país.
Toda esta informação acerca da Segurança Privada, vem por a nu o fracasso ou a falência do Estado na segurança de Pessoas e Bens em Portugal.
O crescimento da criminalidade, violenta e não-violenta, em Portugal, independentemente dos factores responsáveis por tal facto, não teve resposta adequada por parte de quem de direito. O Cidadão sente-se inseguro. Há muito que deixou de confiar nas forças de segurança do Estado.
O relatório do sector diz que o mesmo movimentou no último ano cerca de 650 milhões de euros, valor que é uma verba equivalente, por exemplo, ao orçamento disponibilizado para a PSP.
A segurança privada, que o MAI afirma estar a ganhar terreno desde 2001, tem vindo a modernizar-se, sobretudo através da utilização de tecnologias avançadas, como sejam os sistemas de alarme e detecção ou a vigilância electrónica e controlo de acessos.
Mas, para além de vigiarem instalações e bens, os seguranças privados têm hoje um mercado ainda emergente: a protecção de pessoas, tarefa para as quais são cada vez mais requisitados.
O crescimento das empresas de segurança privada ficou também a dever-se, de acordo com o MAI, ao acordo firmado para que estas empresas pudessem vigiar um milhar de postos de abastecimento de combustíveis em todo o país.
Toda esta informação acerca da Segurança Privada, vem por a nu o fracasso ou a falência do Estado na segurança de Pessoas e Bens em Portugal.
O crescimento da criminalidade, violenta e não-violenta, em Portugal, independentemente dos factores responsáveis por tal facto, não teve resposta adequada por parte de quem de direito. O Cidadão sente-se inseguro. Há muito que deixou de confiar nas forças de segurança do Estado.
quarta-feira, março 25, 2009
terça-feira, março 24, 2009
Poesia(s)
Ausência
Num deserto sem água
Num país sem nome
Numa noite sem lua
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner Andersen
Obra Poética I, Caminho, 1996
Terror de te Amar
Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas
Para ti eu criei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andersen
Obra Poética II, Caminho, 1996
segunda-feira, março 23, 2009
Comissão Justiça e Paz
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Diocese de Portalegre-Castelo Branco
Diocese de Portalegre-Castelo Branco
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TEMPO DE ESPERANÇA…
TEMPO DE ESPERANÇA…
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“A busca do bem comum supõe lucidez de discernimento e generosidade de comportamentos. Essa salvaguarda do bem comum sublinha a responsabilidade de todos, na consciência de que a harmonia da sociedade será irremediavelmente comprometida pela defesa de interesses particularistas.” (Documento da Conferência Episcopal de Junho de 2005).
Nesse ano de 2005, em que foi escrito este Documento, e naqueles que se lhe seguiram até Janeiro de 2008, as dificuldades decorrentes da situação económica e social que hoje nos assolam não tinham, ainda, os valores que agora se nos apresentam. Assim, considerando apenas o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego das cidades de Abrantes, Castelo Branco, Portalegre e Ponte de Sôr, de 2005 para 2008, houve uma descida, respectivamente, de 555, 241, 62 e 169. De Janeiro de 2008 para Janeiro de 2009, esses números inverteram-se, apresentando-se no final desse mês, em relação a Janeiro do ano anterior, com os valores de subida, respectivamente, de 378, 516, 123 e 216. Significa isto que num só ano, as cidades de Abrantes, Castelo Branco, Portalegre e Ponte de Sôr juntas, perderam mais emprego do que aquele que ganharam nos três anos precedentes.
Outro indicador da situação que actualmente se vive é o do número de pessoas que estão a ser apoiadas pelos Bancos Alimentares de Abrantes e Portalegre, os únicos instalados na nossa Diocese.
Assim, no que se refere a Abrantes, durante o ano de 2008, foram apoiadas, em média, cerca de 6500 pessoas por mês, vindo crescentemente o número de apoios a alargar-se à medida que o ano decorria. Relativamente a Portalegre, no ano de 2008, assistiu-se em cada mês a um acréscimo do número de pessoas à volta de 100. Actualmente, este apoio abrange 4000 pessoas por mês.
Sem se correr o risco de generalização, a conclusão a retirar destes dados não é difícil: em 2008 e nos primeiros meses de 2009, na zona abrangida pela Diocese de Portalegre-Castelo Branco, aumentou significativamente o desemprego e há um maior número de famílias com carências alimentares do que em anos anteriores.
Parece ter sido uma especulação financeira sem regras em que o lucro a qualquer preço era o lema, com repercussões desastrosas na economia global, que conduziu a este estado em que muitas famílias se vêem atiradas para situações de grande carência. Ora, o Estado, diz-se ainda no Documento citado, “tem, como primeira responsabilidade, administrar com rigor os bens públicos, constituídos pelo contributo de todos nós e deve fazê-lo garantindo bens essenciais, dinamizando e regulando a iniciativa criativa de pessoas e grupos”. Na busca das diferentes soluções que o Estado empreende, há valores que é preciso preservar e, entre estes, ressalta a subsidiariedade.
Esta diz que o Estado ou as grandes instituições se não devam substituir às organizações de menor dimensão que, por natureza, se encontram vocacionadas para o exercício de determinado tipo de tarefas, como sejam a da prática da solidariedade. “O fim natural da sociedade”, diz-se na Encíclica Quadragésimo Anno, “e da sua acção é coadjuvar os seus membros e não destruí-los nem absorvê-los”. São estas organizações menores que conseguem ter serviços mais humanizados; assim o Estado não ceda à tentação de se lhes substituir e não regateie os auxílios de que elas carecem para o exercício pleno das suas funções! Organizações como Caritas, Conferências de S. Vicente de Paulo…, a actuar nas diferentes dioceses, centros sociais, misericórdias e tantas outras de solidariedade social, pertencentes ou não à Igreja, estão, por se situarem mais próximas das pessoas, em melhor posição do que o Estado para prestar auxílio a quem dele precise.
E as empresas terão algum papel a desempenhar para combater esta grave conjuntura? Antes de mais, se elas fizeram todo o possível para manter os empregos dos seus trabalhadores, será já um relevante serviço que prestam à comunidade. O aproveitarem-se da crise para efectuarem despedimentos de conveniência é socialmente grave e condenável. O mecenato social é ainda uma forma de as empresas colocarem à disposição dos que precisam aquilo que retiraram do seu lucro. Ora, “se a busca de um lucro equitativo”, segundo o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (nº341), “é aceitável, o recurso à usura é moralmente condenável.”
E nós, cristãos e não cristãos, que responsabilidades teremos que assumir neste contexto em que agora vivemos? Poderemos manter-nos indiferentes àquilo que está a passar-se à nossa volta? Para uma consciência que tenha um mínimo de responsabilidade social, há que actuar. Desde o voluntariado social em misericórdias, bancos alimentares, centros de apoio social, paróquias… até ao contributo monetário, maneiras de intervir não faltam. Assim se queira!
Se esta crise financeira, económica e social contribuir para
- modificar muitos dos nossos hábitos individuais e familiares, disciplinando o consumo, e nos ensinar a estabelecer uma hierarquia entre o que é verdadeiramente importante;
- reflectir e assumir uma cultura também dos deveres;
- tornar-nos mais atentos aos nossos vizinhos e comunidade mais próxima;
- alterar procedimentos das empresas, visando a racionalização e a criatividade, mas em que a ética seja a realidade sempre presente nas relações que estabelece com os trabalhadores, fornecedores, clientes e Estado;
- revalorizar o nosso tecido agrícola e florestal;
- o Estado prover melhor ao bem comum, sendo exigente para consigo próprio nos compromissos que assume e nas obrigações que lhe compete, erradicando o supérfluo, promovendo a equidade e o desenvolvimento de todos os cidadãos, sem discriminações,
então talvez essa mesma crise seja a precursora de um tempo de esperança, início de uma nova era com mais justiça social e mais paz.
Nesse ano de 2005, em que foi escrito este Documento, e naqueles que se lhe seguiram até Janeiro de 2008, as dificuldades decorrentes da situação económica e social que hoje nos assolam não tinham, ainda, os valores que agora se nos apresentam. Assim, considerando apenas o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego das cidades de Abrantes, Castelo Branco, Portalegre e Ponte de Sôr, de 2005 para 2008, houve uma descida, respectivamente, de 555, 241, 62 e 169. De Janeiro de 2008 para Janeiro de 2009, esses números inverteram-se, apresentando-se no final desse mês, em relação a Janeiro do ano anterior, com os valores de subida, respectivamente, de 378, 516, 123 e 216. Significa isto que num só ano, as cidades de Abrantes, Castelo Branco, Portalegre e Ponte de Sôr juntas, perderam mais emprego do que aquele que ganharam nos três anos precedentes.
Outro indicador da situação que actualmente se vive é o do número de pessoas que estão a ser apoiadas pelos Bancos Alimentares de Abrantes e Portalegre, os únicos instalados na nossa Diocese.
Assim, no que se refere a Abrantes, durante o ano de 2008, foram apoiadas, em média, cerca de 6500 pessoas por mês, vindo crescentemente o número de apoios a alargar-se à medida que o ano decorria. Relativamente a Portalegre, no ano de 2008, assistiu-se em cada mês a um acréscimo do número de pessoas à volta de 100. Actualmente, este apoio abrange 4000 pessoas por mês.
Sem se correr o risco de generalização, a conclusão a retirar destes dados não é difícil: em 2008 e nos primeiros meses de 2009, na zona abrangida pela Diocese de Portalegre-Castelo Branco, aumentou significativamente o desemprego e há um maior número de famílias com carências alimentares do que em anos anteriores.
Parece ter sido uma especulação financeira sem regras em que o lucro a qualquer preço era o lema, com repercussões desastrosas na economia global, que conduziu a este estado em que muitas famílias se vêem atiradas para situações de grande carência. Ora, o Estado, diz-se ainda no Documento citado, “tem, como primeira responsabilidade, administrar com rigor os bens públicos, constituídos pelo contributo de todos nós e deve fazê-lo garantindo bens essenciais, dinamizando e regulando a iniciativa criativa de pessoas e grupos”. Na busca das diferentes soluções que o Estado empreende, há valores que é preciso preservar e, entre estes, ressalta a subsidiariedade.
Esta diz que o Estado ou as grandes instituições se não devam substituir às organizações de menor dimensão que, por natureza, se encontram vocacionadas para o exercício de determinado tipo de tarefas, como sejam a da prática da solidariedade. “O fim natural da sociedade”, diz-se na Encíclica Quadragésimo Anno, “e da sua acção é coadjuvar os seus membros e não destruí-los nem absorvê-los”. São estas organizações menores que conseguem ter serviços mais humanizados; assim o Estado não ceda à tentação de se lhes substituir e não regateie os auxílios de que elas carecem para o exercício pleno das suas funções! Organizações como Caritas, Conferências de S. Vicente de Paulo…, a actuar nas diferentes dioceses, centros sociais, misericórdias e tantas outras de solidariedade social, pertencentes ou não à Igreja, estão, por se situarem mais próximas das pessoas, em melhor posição do que o Estado para prestar auxílio a quem dele precise.
E as empresas terão algum papel a desempenhar para combater esta grave conjuntura? Antes de mais, se elas fizeram todo o possível para manter os empregos dos seus trabalhadores, será já um relevante serviço que prestam à comunidade. O aproveitarem-se da crise para efectuarem despedimentos de conveniência é socialmente grave e condenável. O mecenato social é ainda uma forma de as empresas colocarem à disposição dos que precisam aquilo que retiraram do seu lucro. Ora, “se a busca de um lucro equitativo”, segundo o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (nº341), “é aceitável, o recurso à usura é moralmente condenável.”
E nós, cristãos e não cristãos, que responsabilidades teremos que assumir neste contexto em que agora vivemos? Poderemos manter-nos indiferentes àquilo que está a passar-se à nossa volta? Para uma consciência que tenha um mínimo de responsabilidade social, há que actuar. Desde o voluntariado social em misericórdias, bancos alimentares, centros de apoio social, paróquias… até ao contributo monetário, maneiras de intervir não faltam. Assim se queira!
Se esta crise financeira, económica e social contribuir para
- modificar muitos dos nossos hábitos individuais e familiares, disciplinando o consumo, e nos ensinar a estabelecer uma hierarquia entre o que é verdadeiramente importante;
- reflectir e assumir uma cultura também dos deveres;
- tornar-nos mais atentos aos nossos vizinhos e comunidade mais próxima;
- alterar procedimentos das empresas, visando a racionalização e a criatividade, mas em que a ética seja a realidade sempre presente nas relações que estabelece com os trabalhadores, fornecedores, clientes e Estado;
- revalorizar o nosso tecido agrícola e florestal;
- o Estado prover melhor ao bem comum, sendo exigente para consigo próprio nos compromissos que assume e nas obrigações que lhe compete, erradicando o supérfluo, promovendo a equidade e o desenvolvimento de todos os cidadãos, sem discriminações,
então talvez essa mesma crise seja a precursora de um tempo de esperança, início de uma nova era com mais justiça social e mais paz.
Portalegre, 18 de Março de 2009
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COMISSÃO DIOCESANA JUSTIÇA E PAZ
Diocese de Portalegre-Castelo Branco
COMISSÃO DIOCESANA JUSTIÇA E PAZ
Diocese de Portalegre-Castelo Branco
Presidente: Mário Silva Freire
Secretário: Mário Casa Nova Martins
Vogal: Carlos Juzarte Rôlo
Vogal: Elicídio Dinis Bilé
Assistente Religioso: Padre Marcelino Dias Marques
Secretário: Mário Casa Nova Martins
Vogal: Carlos Juzarte Rôlo
Vogal: Elicídio Dinis Bilé
Assistente Religioso: Padre Marcelino Dias Marques
domingo, março 22, 2009
Crónica de Nenhures
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Figura(s) & ‘figurão’
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Figura(s) & ‘figurão’
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Na sua visita a Angola, Bento XVI pede a Angola que lute contra pobreza e a corrupção. Ao fazê-lo, o papa sabe o que diz e do que fala.
Na revista Sábado da passada quinta-feira, Maria João Avillez denuncia a corrupção, a fome, os pobres, a violação dos Direitos Humanos e uma Democracia de fachada em Angola. E ao escrevê-lo, mostra que acima dos interesses económicos está a Dignidade da Pessoa Humana.
O semanário Expresso foi impedido de entrar em Angola, porque faz a denúncia do regime corrupto e cleptocrata de Angola. E o Expresso é respeitado pela sua isenção.
O jornal Expresso é uma Instituição. Maria João Avillez é uma Jornalista respeitada. O papa é uma referência moral para os Católicos.
Bento XVI, Maria João Avillez, e o Expresso são Figuras.
Mas, sempre ao lado das Figuras, que são uma “marca” pela excelência dos seus Testemunhos, está sempre o ‘figurão’.
Nuno Rogeiro, na última edição da revista Sábado, denomina de “papagaios” aqueles que condenam o regime angolano.
Há muito que Nuno Rogeiro perdeu a aceitação das Direitas, enquanto a Esquerda despreza as suas análises de politólogo. Americanófilo, Bushista, há muito que as suas análises deixaram de ser credíveis. Hoje em dia, Nuno Rogeiro é uma “águia” sem “penas”. Ou as suas “penas” são as mágoas pela sua mediocridade analítica, face ao que se passa em Angola.
Angola é um país onde uma Família controla todas as riquezas, e que distribui “migalhas” pelos capangas que a defendem e pelos sobas que a adulam. E a Família dos Santos, despreza-os a todos. Sem excepção.
Os EUA têm fortes interesses em Angola. Será por esse facto, dada a sua americanofilia, que Nuno Rogeiro “vê” uma Angola “que saiu da guerra para o voto, melhora a olhos vistos, rapidamente, com vigor”, como escreve?
Na revista Sábado da passada quinta-feira, Maria João Avillez denuncia a corrupção, a fome, os pobres, a violação dos Direitos Humanos e uma Democracia de fachada em Angola. E ao escrevê-lo, mostra que acima dos interesses económicos está a Dignidade da Pessoa Humana.
O semanário Expresso foi impedido de entrar em Angola, porque faz a denúncia do regime corrupto e cleptocrata de Angola. E o Expresso é respeitado pela sua isenção.
O jornal Expresso é uma Instituição. Maria João Avillez é uma Jornalista respeitada. O papa é uma referência moral para os Católicos.
Bento XVI, Maria João Avillez, e o Expresso são Figuras.
Mas, sempre ao lado das Figuras, que são uma “marca” pela excelência dos seus Testemunhos, está sempre o ‘figurão’.
Nuno Rogeiro, na última edição da revista Sábado, denomina de “papagaios” aqueles que condenam o regime angolano.
Há muito que Nuno Rogeiro perdeu a aceitação das Direitas, enquanto a Esquerda despreza as suas análises de politólogo. Americanófilo, Bushista, há muito que as suas análises deixaram de ser credíveis. Hoje em dia, Nuno Rogeiro é uma “águia” sem “penas”. Ou as suas “penas” são as mágoas pela sua mediocridade analítica, face ao que se passa em Angola.
Angola é um país onde uma Família controla todas as riquezas, e que distribui “migalhas” pelos capangas que a defendem e pelos sobas que a adulam. E a Família dos Santos, despreza-os a todos. Sem excepção.
Os EUA têm fortes interesses em Angola. Será por esse facto, dada a sua americanofilia, que Nuno Rogeiro “vê” uma Angola “que saiu da guerra para o voto, melhora a olhos vistos, rapidamente, com vigor”, como escreve?
Em Portugal há gente assim. Um ‘figurão’!
Mário Casa Nova Martins
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sábado, março 21, 2009
Dia Mundial da Poesia
Amor que morre
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
FLORBELA ESPANCA
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O Outro
Vão para ti, amor de algum dia,
os gritos rubros da minha alma em sangue;
vives em mim, corres-me nas veias,
andas a vibrar
na minha carne exangue!
Mas, quando nos teus olhos poisa o meu olhar
enoitado e triste,
vejo-te diferente…
Aquele que tu eras, e que eu amo ainda,
perdeu-se de ti
…e só em mim existe!
Agosto, 1924, JUDITH TEIXEIRA
Vão para ti, amor de algum dia,
os gritos rubros da minha alma em sangue;
vives em mim, corres-me nas veias,
andas a vibrar
na minha carne exangue!
Mas, quando nos teus olhos poisa o meu olhar
enoitado e triste,
vejo-te diferente…
Aquele que tu eras, e que eu amo ainda,
perdeu-se de ti
…e só em mim existe!
Agosto, 1924, JUDITH TEIXEIRA
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por último
dia após dia volto às palavras
esgotando o ano as águas
sabendo que a cidade branca
a memória hão-de silenciar-me.
resisto séculos passado
se contra o silêncio escrevo
não temendo a defecção
ou os lugares desabitados.
antes das chuvas sinto a pele
abrindo estiolando na carne
as vinhas desordenadas
apodrecidas já dentro do corpo.
voltarei a lisboa ao poema litoral
cortando a noite o desejo breve
e nada direi da solidão do vento
nem do mar afundado na terra.
do ano que finda anoitece a lua
o fogo das ravinas o abismo cego
dos nomes dezembrinos rindo
esmagados pela violência do betão.
eu ainda não conheço as palavras
e menos sei do rumor emparedado.
Viseu, 2006-12-31, MARTIM DE GOUVEIA E SOUSA
dia após dia volto às palavras
esgotando o ano as águas
sabendo que a cidade branca
a memória hão-de silenciar-me.
resisto séculos passado
se contra o silêncio escrevo
não temendo a defecção
ou os lugares desabitados.
antes das chuvas sinto a pele
abrindo estiolando na carne
as vinhas desordenadas
apodrecidas já dentro do corpo.
voltarei a lisboa ao poema litoral
cortando a noite o desejo breve
e nada direi da solidão do vento
nem do mar afundado na terra.
do ano que finda anoitece a lua
o fogo das ravinas o abismo cego
dos nomes dezembrinos rindo
esmagados pela violência do betão.
eu ainda não conheço as palavras
e menos sei do rumor emparedado.
Viseu, 2006-12-31, MARTIM DE GOUVEIA E SOUSA
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FADO LUSÍADA
Que geração tão sem par
(assunção d’ar, terra e mar)
ao nosso olhar se descerra?
esta floração solar
d’ombros em onda passar
- fez a guerra. Andou na guerra!
E é sem histórico estrondo
que a pátria os contempla e guarda,
no metal que vai impondo
ao peito de cada farda.
Sem o mais leve desdouro
de qualquer outro tesouro
(povo meu!) que idealizes,
vem aqui ouvir o coro:
- todo o coro das raízes!
Que geração tão sem par
(assunção d’ar, terra e mar)
ao nosso olhar se descerra?
esta floração solar
d’ombros em onda passar
- fez a guerra. Andou na guerra!
E é sem histórico estrondo
que a pátria os contempla e guarda,
no metal que vai impondo
ao peito de cada farda.
Sem o mais leve desdouro
de qualquer outro tesouro
(povo meu!) que idealizes,
vem aqui ouvir o coro:
- todo o coro das raízes!
RODRIGO EMÍLIO
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21 de Março de 2009, Dia Mundial da Poesia
sexta-feira, março 20, 2009
Primavera
Composer: Vivaldi
Violinist: Anne-Sophie Mutter
Conductor: Hebert von Karajan
Spring mov1: Allegro
Berlin Philharmonie, 1987
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A Primavera chegou esta sexta-feira às 11:44 horas.
O Equinócio, que marca o início da Primavera, é o instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, corta o equador celeste.
“A palavra de origem latina significa 'noite igual ao dia', pois nestas datas dia e noite têm igual duração”.
A Primavera vai manter-se até às 6:46 horas de 21 de Junho, quando começa o Verão.
O Equinócio, que marca o início da Primavera, é o instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, corta o equador celeste.
“A palavra de origem latina significa 'noite igual ao dia', pois nestas datas dia e noite têm igual duração”.
A Primavera vai manter-se até às 6:46 horas de 21 de Junho, quando começa o Verão.
Desabafos
O “Dia Mundial da Água” foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, através da resolução A/RES/47/193 de 22 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.
Então, no próximo domingo celebra-se uma vez mais esta efeméride. E cada vez mais a celebração do Dia Mundial da Água, deve ser algo de grande importância.
Hoje no Planeta a água potável é cada vez mais um bem escasso. Em algumas regiões é um bem tão precioso ou mais que o “ouro negro”, tanto ou mesmo mais que o ouro do mais fino quilate. A vida humana, vegetal e animal, não pode viver sem água potável, e o Homem vem destruindo aquíferos que são essenciais à vida na Terra. A sua ganância faz com que se destruam as condições que geram esse bem que é a água potável.
A serra de São Mamede é uma “mãe-d’água”. Nela nascem riachos, ribeiros e rios, que vão dar de beber à Vida que à sua volta se desenvolve. Algumas barragens com água que dela brota foram construídas. Sem elas não haveria água potável em quantidade suficiente para que as diferentes populações sobrevivessem. Mas é preciso construir mais barragens, prevendo o Futuro.
Bem perto de Portalegre, fala-se na construção de uma barragem, a barragem do Pisão. Sucessivos Governos têm adiado esta obra, que é hoje motivo de chicana política. Mas a construção da barragem do Pisão é uma necessidade pública.
Então, no próximo domingo celebra-se uma vez mais esta efeméride. E cada vez mais a celebração do Dia Mundial da Água, deve ser algo de grande importância.
Hoje no Planeta a água potável é cada vez mais um bem escasso. Em algumas regiões é um bem tão precioso ou mais que o “ouro negro”, tanto ou mesmo mais que o ouro do mais fino quilate. A vida humana, vegetal e animal, não pode viver sem água potável, e o Homem vem destruindo aquíferos que são essenciais à vida na Terra. A sua ganância faz com que se destruam as condições que geram esse bem que é a água potável.
A serra de São Mamede é uma “mãe-d’água”. Nela nascem riachos, ribeiros e rios, que vão dar de beber à Vida que à sua volta se desenvolve. Algumas barragens com água que dela brota foram construídas. Sem elas não haveria água potável em quantidade suficiente para que as diferentes populações sobrevivessem. Mas é preciso construir mais barragens, prevendo o Futuro.
Bem perto de Portalegre, fala-se na construção de uma barragem, a barragem do Pisão. Sucessivos Governos têm adiado esta obra, que é hoje motivo de chicana política. Mas a construção da barragem do Pisão é uma necessidade pública.
quinta-feira, março 19, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
terça-feira, março 17, 2009
O Mundo de Ontem (III)
**
“A vida é um romance”, podia ser o epitáfio de reis e rainhas, cujas vidas seriam um “conto de fadas”. Mas a realidade não é assim.
As vidas de Luís II, rei da Baviera, de Isabel da Baviera, imperatriz do Império Austro-Húngaro, e de Rudolfo herdeiro do Império Austro-Húngaro, foram tudo menos “vidas normais”, antes, foram vidas vividas ente o drama e a tragédia.
A sétima arte imortalizou Luís, Isabel, com Visconti e Syberberg. Romy Schneider será sempre recordada no papel de Sissi. A literatura encontrou no drama de Mayerling, em Luís e em Isabel, um filão inesgotável.
O mundo de hoje já não se recorda deste tempo de o mundo de ontem. Nem lhe interessa. Mas a Vida de hoje não é diferente de a Vida de ontem.
As vidas de Luís II, rei da Baviera, de Isabel da Baviera, imperatriz do Império Austro-Húngaro, e de Rudolfo herdeiro do Império Austro-Húngaro, foram tudo menos “vidas normais”, antes, foram vidas vividas ente o drama e a tragédia.
A sétima arte imortalizou Luís, Isabel, com Visconti e Syberberg. Romy Schneider será sempre recordada no papel de Sissi. A literatura encontrou no drama de Mayerling, em Luís e em Isabel, um filão inesgotável.
O mundo de hoje já não se recorda deste tempo de o mundo de ontem. Nem lhe interessa. Mas a Vida de hoje não é diferente de a Vida de ontem.
Mário
O Mundo de Ontem (II)
Sissi
Romy Schneider, Karlheinz Böhm, Magda Schneider, Vilma Degischer, Gustav Knuth - Ernst Marischka - 1955
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Ludwig
Silvana Mangano, Gert Frobe, Helmut Berger, Trevor Howard, Romy Schneider - Luchino Visconti – 1972
*
Harry Baer, Balthasar Thomas, Peter Kern, Peter Moland, Gunther Kaufmann, Rudolf Waldemar Brem, Gert Haucke, Eynon Hanfstaengl, Oskar Von Schab, Siggi Graue - Hans-Jürgen Syberberg – 1972
*
Omar Sharif, Catherine Deneuve, James Mason, Ava Gardner, Geneviève Page, James Robertson Justice, Andréa Parisy - Terence Young - 1968
domingo, março 15, 2009
Mário Silva Freire
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(A respeito de uma exposição)
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(A respeito de uma exposição)
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Está patente na Fundação Calouste Gulbenkian uma exposição sobre A Evolução de Darwin. Ela insere-se nas comemorações do bicentenário do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da sua obra A Origem das Espécies.
Estas comemorações retomam o tema da origem da vida e do homem e põem em evidência as relações que os seres vivos, nas suas diferentes formas, têm manifestado ao longo dos tempos. Trata-se de um tema de discussão científica mas em que as concepções filosóficas e religiosas não ficam de fora.
Não tenho formação que me permita falar dos processos de vária ordem que teriam sido necessários conjugarem-se para a ocorrência da vida. No entanto, nesses processos costumam ser referidos, fundamentalmente, os astronómicos, os físicos e os químicos que teriam permitido a que elementos abióticos se organizassem e viessem a gerar seres vivos. Estes, depois, iriam, então, assumindo graus crescentes de complexidade quer nas suas estruturas, quer nas suas funções.
Ora, existe um maior consenso sobre os processos que conduziram à existência da multiplicidade de formas vivas, a partir de um ser primordial de natureza biológica, do que nos diferentes processos que teriam levado ao aparecimento dessa primeira entidade biológica formada a partir da matéria inanimada. E aquele maior consenso deve-se, fundamentalmente, a Darwin.
Ele propôs uma teoria que se manteve actual, mesmo à luz dos novos conhecimentos da Biologia Molecular. A teoria de Darwin (darwinismo) fundamenta-se em dois tipos de mecanismos: o do acaso, que tem lugar através da aleatoriedade das mutações, e o da selecção natural, pelo qual os indivíduos portadores de alguma vantagem genética têm maior possibilidade de sobreviver e procriar. Como pano de fundo, existiria o factor tempo. Significa isto que, pequenas alterações com êxito nos organismos, ao fim de milhões e milhões de anos, poderiam originar outros com características significativamente diferentes e mais complexas do que as dos seus antepassados.
Os fósseis são testemunhos de seres vivos que nos ajudam a construir uma árvore genealógica da vida. Por isso, exceptuando alguns fundamentalistas cristãos que teimam em levar à letra o que se diz na Bíblia sobre a formação do Mundo, hoje ninguém minimamente informado põe em causa a existência da evolução. A Bíblia não é um tratado de ciência mas, apenas, um livro de carácter religioso.
Ora, as ideias evolucionistas impregnaram de tal modo a sociedade contemporânea que muitos prescindem da existência de Deus, uma vez que encontram explicações, no âmbito da Ciência e, em especial, no darwinismo, que lhes permitem ter as respostas para as suas grandes interrogações.
No entanto, estas continuam a colocar-se!
Assim, como explicar que, a partir da grande explosão do Big Bang, em que uma infinidade de mundos se abriram, tivesse aparecido um estreitíssimo carreiro que conduz aquilo que hoje existe, mas se tivessem ocorrido pequenas alterações nas constantes naturais, tais como na gravidade, na inclinação da eclíptica, na temperatura, outros mundos completamente diferentes teriam aparecido?
Como se deu o salto a partir de um conjunto molecular sem vida para um ser capaz de respirar, de se reproduzir, de assimilar, isto é, de transformar as substâncias estranhas na sua própria substância, como o faz qualquer ser vivo?
Que caminhos encontrou o acaso para sintetizar as múltiplas enzimas capazes de presidirem, organizadamente, às infindáveis reacções químicas que têm lugar numa simples célula?
Como é que a selecção natural e o acaso conseguem, a partir dessa entidade longínqua do Pré-câmbrico, que não chega ainda a ser uma bactéria, possa originar alguém capaz de ter consciência de si e dos outros, de possuir sentimentos, de resolver problemas cognitivos complexos, de tomar decisões e de criar?
Tomando como certo o Princípio da Parcimónia de que a explicação de qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias para essa explicação, excluindo todas as outras que se multiplicam para além da necessidade, terá que se ser prudente nas respostas a estas e outras questões. Assim, se no plano científico elas puderem ter uma resposta, esta não deverá ser buscada na filosofia ou na religião.
Penso que a Igreja tem sido prudente em não tentar provar a existência de Deus através de métodos científicos. Deus não é um tapa-buracos para a nossa ignorância. Mas, por outro lado, não se estará a pedir a uma teoria da evolução – o darwinismo (e outras teorias da evolução existem!) que vá além daquilo que ela pode dar, tirando como ilação a prescindibilidade de Deus?
Por mim, estou de acordo com Carlos Fiolhais, professor de Física na Universidade de Coimbra, quando diz: “religião e ciência não jogam uma contra a outra; elas, simplesmente, actuam em campeonatos diferentes!”
Estas comemorações retomam o tema da origem da vida e do homem e põem em evidência as relações que os seres vivos, nas suas diferentes formas, têm manifestado ao longo dos tempos. Trata-se de um tema de discussão científica mas em que as concepções filosóficas e religiosas não ficam de fora.
Não tenho formação que me permita falar dos processos de vária ordem que teriam sido necessários conjugarem-se para a ocorrência da vida. No entanto, nesses processos costumam ser referidos, fundamentalmente, os astronómicos, os físicos e os químicos que teriam permitido a que elementos abióticos se organizassem e viessem a gerar seres vivos. Estes, depois, iriam, então, assumindo graus crescentes de complexidade quer nas suas estruturas, quer nas suas funções.
Ora, existe um maior consenso sobre os processos que conduziram à existência da multiplicidade de formas vivas, a partir de um ser primordial de natureza biológica, do que nos diferentes processos que teriam levado ao aparecimento dessa primeira entidade biológica formada a partir da matéria inanimada. E aquele maior consenso deve-se, fundamentalmente, a Darwin.
Ele propôs uma teoria que se manteve actual, mesmo à luz dos novos conhecimentos da Biologia Molecular. A teoria de Darwin (darwinismo) fundamenta-se em dois tipos de mecanismos: o do acaso, que tem lugar através da aleatoriedade das mutações, e o da selecção natural, pelo qual os indivíduos portadores de alguma vantagem genética têm maior possibilidade de sobreviver e procriar. Como pano de fundo, existiria o factor tempo. Significa isto que, pequenas alterações com êxito nos organismos, ao fim de milhões e milhões de anos, poderiam originar outros com características significativamente diferentes e mais complexas do que as dos seus antepassados.
Os fósseis são testemunhos de seres vivos que nos ajudam a construir uma árvore genealógica da vida. Por isso, exceptuando alguns fundamentalistas cristãos que teimam em levar à letra o que se diz na Bíblia sobre a formação do Mundo, hoje ninguém minimamente informado põe em causa a existência da evolução. A Bíblia não é um tratado de ciência mas, apenas, um livro de carácter religioso.
Ora, as ideias evolucionistas impregnaram de tal modo a sociedade contemporânea que muitos prescindem da existência de Deus, uma vez que encontram explicações, no âmbito da Ciência e, em especial, no darwinismo, que lhes permitem ter as respostas para as suas grandes interrogações.
No entanto, estas continuam a colocar-se!
Assim, como explicar que, a partir da grande explosão do Big Bang, em que uma infinidade de mundos se abriram, tivesse aparecido um estreitíssimo carreiro que conduz aquilo que hoje existe, mas se tivessem ocorrido pequenas alterações nas constantes naturais, tais como na gravidade, na inclinação da eclíptica, na temperatura, outros mundos completamente diferentes teriam aparecido?
Como se deu o salto a partir de um conjunto molecular sem vida para um ser capaz de respirar, de se reproduzir, de assimilar, isto é, de transformar as substâncias estranhas na sua própria substância, como o faz qualquer ser vivo?
Que caminhos encontrou o acaso para sintetizar as múltiplas enzimas capazes de presidirem, organizadamente, às infindáveis reacções químicas que têm lugar numa simples célula?
Como é que a selecção natural e o acaso conseguem, a partir dessa entidade longínqua do Pré-câmbrico, que não chega ainda a ser uma bactéria, possa originar alguém capaz de ter consciência de si e dos outros, de possuir sentimentos, de resolver problemas cognitivos complexos, de tomar decisões e de criar?
Tomando como certo o Princípio da Parcimónia de que a explicação de qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias para essa explicação, excluindo todas as outras que se multiplicam para além da necessidade, terá que se ser prudente nas respostas a estas e outras questões. Assim, se no plano científico elas puderem ter uma resposta, esta não deverá ser buscada na filosofia ou na religião.
Penso que a Igreja tem sido prudente em não tentar provar a existência de Deus através de métodos científicos. Deus não é um tapa-buracos para a nossa ignorância. Mas, por outro lado, não se estará a pedir a uma teoria da evolução – o darwinismo (e outras teorias da evolução existem!) que vá além daquilo que ela pode dar, tirando como ilação a prescindibilidade de Deus?
Por mim, estou de acordo com Carlos Fiolhais, professor de Física na Universidade de Coimbra, quando diz: “religião e ciência não jogam uma contra a outra; elas, simplesmente, actuam em campeonatos diferentes!”
Mário Freire
Charles Darwin
Narra a viagem do H. M. S. Beagle e de Charles Darwin, “vista e vivida” por um ficcionado jovem inglês de nome Dick.
*
Depois de «A Matemática no Ensino Básico», o dr. Mário Freire fala do Darwinismo num tempo de efemérides relacionadas com o fundador da Teoria Evolucionista, Charles Darwin.
A revista “hors-série” de «Le Nouvel Observateur», Dezembro 2005/Janeiro 2006, é um documento com data.
Fala da polémica que persiste fundamentalmente nos EUA, e que envolve muitas igrejas Evangélicas americanas. Estas mesmas igrejas fazem uma leitura fundamentalista da Bíblia, quanto à Criação do Universo e da Vida na Terra. Para elas, a Criação descrita/feita na Bíblia é um dogma.
A revista toma partido claramente pelo Evolucionismo, sem esquecer a Tese do Desenho Inteligente.
Este Debate é tão actual como fundamental para o avanço do Conhecimento Humano e Científico.
A revista “hors-série” de «Le Nouvel Observateur», Dezembro 2005/Janeiro 2006, é um documento com data.
Fala da polémica que persiste fundamentalmente nos EUA, e que envolve muitas igrejas Evangélicas americanas. Estas mesmas igrejas fazem uma leitura fundamentalista da Bíblia, quanto à Criação do Universo e da Vida na Terra. Para elas, a Criação descrita/feita na Bíblia é um dogma.
A revista toma partido claramente pelo Evolucionismo, sem esquecer a Tese do Desenho Inteligente.
Este Debate é tão actual como fundamental para o avanço do Conhecimento Humano e Científico.
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Capa e índice do catálogo da exposição «A Evolução de Darwin»
Fundação Calouste Gulbenkian
sábado, março 14, 2009
José Carvalho
.
.Sinopse
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A presente obra pretende divulgar uma posição dos católicos em geral e dos jesuítas portugueses, da Revista do Novo Mensageiro do Coração de Jesus em particular, sobre a fase final da secular Monarquia portuguesa e as vésperas da República.
Duas das muitas questões que se apresentam neste trabalho são as seguintes: Se Portugal tinha, nas vésperas da República, cerca de 99% de católicos, como foi possível toda a luta anticatólica? Como é possível que aparentemente menos de 1% da população tenha conseguido perseguir e escravizar uma imensa maioria?
A presente obra pretende divulgar uma posição dos católicos em geral e dos jesuítas portugueses, da Revista do Novo Mensageiro do Coração de Jesus em particular, sobre a fase final da secular Monarquia portuguesa e as vésperas da República.
Duas das muitas questões que se apresentam neste trabalho são as seguintes: Se Portugal tinha, nas vésperas da República, cerca de 99% de católicos, como foi possível toda a luta anticatólica? Como é possível que aparentemente menos de 1% da população tenha conseguido perseguir e escravizar uma imensa maioria?
Com a I República abrir-se-ia um novo ciclo histórico, como dizem alguns, ou apenas assistimos, sob o ponto de vista religioso, a uma continuidade? Pergunta que se faz, resposta que se não dá, por agora, embora o presente texto apresente algumas respostas para esta e outras intrigantes e curiosas questões.
O Novo Mensageiro do Coração de Jesus foi publicado ao longo de um período de forte conturbação social, política e ideológica. Pelo papel que desempenhou, esta revista insere-se numa linha de combate contra a modernidade1, contra a sociedade nascida da Revolução Liberal, a qual subtraía o lugar que a Igreja Católica sentia ter por direito. É na confluência das críticas que faz à Sociedade, ao Individualismo, ao Socialismo, à Secularização, à Maçonaria, ao Liberalismo, entre outros aspectos, que podemos incluir a sua atitude.
Esta postura de militância não surpreende pois tratando-se de um órgão de imprensa de uma Ordem Religiosa, pressupõe-se uma forte intervenção apostólica e piedosa, mas o curioso é que o Novo Mensageiro, como se viu, também apresenta um forte carácter de intervenção cultural e ideológica.
Uma ideia-chave que perpassa ao longo de todo o periódico é que o problema não está na força dos adversários da Igreja e nos revolucionários, mas sim na fraqueza dos Católicos e que entre estes se encontram os maiores inimigos da Igreja. Deste modo, os Revolucionários seriam os adversários, e os inimigos os Católicos Liberais por um lado, e os católicos fracos por outro, que não só não combatem mas ainda servem para dividir o “exército católico”.
.
José António Ribeiro de Carvalho nasceu a 17 de Fevereiro de 1979, em Fornos, Marco de Canavezes.
É licenciado em Ciências Históricas, Ramo Educacional, pela Universidade Portucalense – Infante D. Henrique, no Porto (2004).
Obteve Bolsas de Mérito Académico na Universidade Portucalense, nos anos 2002 a 2004, pelas melhores classificações do curso.
Vencedor do Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida, do Porto, atribuído pela melhor média final do curso de Ciências Históricas, do ano de 2004.
Professor de História do Ensino Básico e Secundário.
Pós-graduado em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2005).
Mestre em História Contemporânea, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2007), com a dissertação: Os Jesuítas nas Vésperas da I República: o Novo Mensageiro do Coração de Jesus (1881-1910) e trabalho vencedor do Prémio de História Contemporânea Professor Victor de Sá, do ano de 2007.
Investigador/colaborador do Centro de Estudos Dom Armindo Lopes Coelho, de História da Diocese do Porto, na Universidade Católica da mesma cidade.
Realiza investigações sobre matérias de natureza político-ideológica, religiosa e social Contemporânea em geral, particularmente os fins do século XIX e inícios do século XX.
O Novo Mensageiro do Coração de Jesus foi publicado ao longo de um período de forte conturbação social, política e ideológica. Pelo papel que desempenhou, esta revista insere-se numa linha de combate contra a modernidade1, contra a sociedade nascida da Revolução Liberal, a qual subtraía o lugar que a Igreja Católica sentia ter por direito. É na confluência das críticas que faz à Sociedade, ao Individualismo, ao Socialismo, à Secularização, à Maçonaria, ao Liberalismo, entre outros aspectos, que podemos incluir a sua atitude.
Esta postura de militância não surpreende pois tratando-se de um órgão de imprensa de uma Ordem Religiosa, pressupõe-se uma forte intervenção apostólica e piedosa, mas o curioso é que o Novo Mensageiro, como se viu, também apresenta um forte carácter de intervenção cultural e ideológica.
Uma ideia-chave que perpassa ao longo de todo o periódico é que o problema não está na força dos adversários da Igreja e nos revolucionários, mas sim na fraqueza dos Católicos e que entre estes se encontram os maiores inimigos da Igreja. Deste modo, os Revolucionários seriam os adversários, e os inimigos os Católicos Liberais por um lado, e os católicos fracos por outro, que não só não combatem mas ainda servem para dividir o “exército católico”.
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José António Ribeiro de Carvalho nasceu a 17 de Fevereiro de 1979, em Fornos, Marco de Canavezes.
É licenciado em Ciências Históricas, Ramo Educacional, pela Universidade Portucalense – Infante D. Henrique, no Porto (2004).
Obteve Bolsas de Mérito Académico na Universidade Portucalense, nos anos 2002 a 2004, pelas melhores classificações do curso.
Vencedor do Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida, do Porto, atribuído pela melhor média final do curso de Ciências Históricas, do ano de 2004.
Professor de História do Ensino Básico e Secundário.
Pós-graduado em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2005).
Mestre em História Contemporânea, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2007), com a dissertação: Os Jesuítas nas Vésperas da I República: o Novo Mensageiro do Coração de Jesus (1881-1910) e trabalho vencedor do Prémio de História Contemporânea Professor Victor de Sá, do ano de 2007.
Investigador/colaborador do Centro de Estudos Dom Armindo Lopes Coelho, de História da Diocese do Porto, na Universidade Católica da mesma cidade.
Realiza investigações sobre matérias de natureza político-ideológica, religiosa e social Contemporânea em geral, particularmente os fins do século XIX e inícios do século XX.
sexta-feira, março 13, 2009
Fair play
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“Encomenda” recebida por mail, enviada com o maior fair play por um Amigo, que é simultaneamente um Ilustre Sportinguista de Portalegre.
“Encomenda” recebida por mail, enviada com o maior fair play por um Amigo, que é simultaneamente um Ilustre Sportinguista de Portalegre.
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Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique
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Fotografia recebida por mail, enviada com o maior fair play por um Amigo, que é simultaneamente um Ilustre Sportinguista da Outra Banda.
Desabafos
Diz o ditado popular que “quem com ferros mata, com ferros morre”. Mas a morte de um Ser Humano merece ser sempre motivo de respeito.
João Bernardo Vieira foi assassinado da mesma forma bárbara e cruel, como mandou que assim fosse a morte dos seus principais adversários, tornados inimigos políticos. Condena-se o acto, que não tem justificação pela comparação com o que “Nino” Vieira fez ao Povo da Guiné-Bissau.
É indiscutível que a Guiné-Bissau é um Estado inviável. A sua independência é consequência dos processos de Descolonização encetados após a Segunda Guerra Mundial, principalmente por razões de influência geopolítica das então duas grandes superpotências, EUA e URSS.
Se é justa a independência de um Povo face a uma ocupação por parte de outro, a verdade é que Estados independentes como Açores, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Madeira, São Tomé e Príncipe ou Timor, falado do caso colonial e pós-colonial português, são todos Estados inviáveis. Na prática, todos precisam do apoio de um outro Estado, no caso de Açores, Madeira e Timor de Portugal, e no caso de Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe de Angola.
“Nino” Vieira foi responsável por muitos crimes, durante a luta colonial e depois como Chefe de Estado. Nesta última qualidade, contou sempre com a conivência dos diferentes Governos de Portugal, sempre receosos de serem apelidados de neocolonialistas. Em Portugal foi-lhe, durante os anos de exílio, concedido o estatuto de exilado político. O Estado português nunca permitiu que fosse julgado pelos crimes que até então cometera.
“Nino” Vieira será julgado pela História.
João Bernardo Vieira foi assassinado da mesma forma bárbara e cruel, como mandou que assim fosse a morte dos seus principais adversários, tornados inimigos políticos. Condena-se o acto, que não tem justificação pela comparação com o que “Nino” Vieira fez ao Povo da Guiné-Bissau.
É indiscutível que a Guiné-Bissau é um Estado inviável. A sua independência é consequência dos processos de Descolonização encetados após a Segunda Guerra Mundial, principalmente por razões de influência geopolítica das então duas grandes superpotências, EUA e URSS.
Se é justa a independência de um Povo face a uma ocupação por parte de outro, a verdade é que Estados independentes como Açores, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Madeira, São Tomé e Príncipe ou Timor, falado do caso colonial e pós-colonial português, são todos Estados inviáveis. Na prática, todos precisam do apoio de um outro Estado, no caso de Açores, Madeira e Timor de Portugal, e no caso de Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe de Angola.
“Nino” Vieira foi responsável por muitos crimes, durante a luta colonial e depois como Chefe de Estado. Nesta última qualidade, contou sempre com a conivência dos diferentes Governos de Portugal, sempre receosos de serem apelidados de neocolonialistas. Em Portugal foi-lhe, durante os anos de exílio, concedido o estatuto de exilado político. O Estado português nunca permitiu que fosse julgado pelos crimes que até então cometera.
“Nino” Vieira será julgado pela História.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 13/03/09
Mário Casa Nova Martins
Mário Casa Nova Martins
quinta-feira, março 12, 2009
Queima das Fitas 2009
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Da Semana Académica à Queima
Tempo de luta e vitória
Valeu a pena, valeu a pena!
Momentos de glória!
Vencemos e convencemos,
Conquistámos o Futuro!
Os nossos Filhos preservam
A Tradição Académica!
Por isso hoje dizemos
Coimbra, Coimbra, Saudade
Daquela nossa Idade
Em que tudo sonhámos!
Coimbra, nossa Coimbra
Onde num Outono chegámos,
E que um Verão deixámos
És sempre, és a mais Linda!
Coimbra, Querida Coimbra!
Tempo de luta e vitória
Valeu a pena, valeu a pena!
Momentos de glória!
Vencemos e convencemos,
Conquistámos o Futuro!
Os nossos Filhos preservam
A Tradição Académica!
Por isso hoje dizemos
Coimbra, Coimbra, Saudade
Daquela nossa Idade
Em que tudo sonhámos!
Coimbra, nossa Coimbra
Onde num Outono chegámos,
E que um Verão deixámos
És sempre, és a mais Linda!
Coimbra, Querida Coimbra!
mj
quarta-feira, março 11, 2009
Serviço Público
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“Do Portugal Profundo” - A paixão da verdade e da justiça
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“Eternas Saudades do Futuro” - A serena elegância
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“Eternas Saudades do Futuro” - A serena elegância
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Iremos fazendo a actualização deste Postal, “chamando-o” para datas também elas actuais.
É importante que fique um registo deste conjunto de entrevistas.
É importante que fique um registo deste conjunto de entrevistas.
Mário
terça-feira, março 10, 2009
Crónica de Nenhures
Visto de Direita, a tomada de posição do Bloco de Esquerda quanto à presente visita de José Eduardo dos Santos a Portugal, surpreende. E mais! Fica-se incomodado perante a passividade dos partidos da Direita em Portugal, face ao cleptocrata angolano.
Para a Direita portuguesa são mais importantes os negócios com a cleptocracia liderada pela família dos Santos, do que os Direitos Humanos e a Democracia em Angola.
O BE não estará presente na sessão na Assembleia da República, hoje às 16 horas, ‘por estar em desacordo com o Governo angolano “no que diz respeito aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à própria concepção de democracia”’.
O deputado bloquista Fernando Rosas afirmou que ‘José Eduardo dos Santos “não é bem-vindo a Portugal”, acusando-o de comandar “um regime oligárquico, assente na corrupção e com chocantes desigualdades sociais”’.
Concordamos com o Bloco de Esquerda e com Fernando Rosas. Angola é um País com o qual Portugal tem que ter relações diplomáticas a todos os níveis, mas este considerando não impede que se denuncie as faltas de Direitos, Liberdades e Garantias que qualquer Estado de Direito deve consagrar e desenvolver, e que em Angola são um simulacro e não uma verdade real.
Para a Direita neocolonialista, Angola é uma oportunidade fabulosa para negócios. É conhecido que outrora militantes da Direita dita Nacional são hoje gente da confiança da família dos Santos, que com ela negoceiam em vastas áreas do comércio. E de onde tiram proveitosos lucros, nunca se importando com ideologia ou com a miséria do Povo Angolano.
Angola, a antiga “jóia da coroa” portuguesa, depois da independência do Brasil, é um País rico, que espera um dia vir a ser uma Democracia.
Para a Direita portuguesa são mais importantes os negócios com a cleptocracia liderada pela família dos Santos, do que os Direitos Humanos e a Democracia em Angola.
O BE não estará presente na sessão na Assembleia da República, hoje às 16 horas, ‘por estar em desacordo com o Governo angolano “no que diz respeito aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à própria concepção de democracia”’.
O deputado bloquista Fernando Rosas afirmou que ‘José Eduardo dos Santos “não é bem-vindo a Portugal”, acusando-o de comandar “um regime oligárquico, assente na corrupção e com chocantes desigualdades sociais”’.
Concordamos com o Bloco de Esquerda e com Fernando Rosas. Angola é um País com o qual Portugal tem que ter relações diplomáticas a todos os níveis, mas este considerando não impede que se denuncie as faltas de Direitos, Liberdades e Garantias que qualquer Estado de Direito deve consagrar e desenvolver, e que em Angola são um simulacro e não uma verdade real.
Para a Direita neocolonialista, Angola é uma oportunidade fabulosa para negócios. É conhecido que outrora militantes da Direita dita Nacional são hoje gente da confiança da família dos Santos, que com ela negoceiam em vastas áreas do comércio. E de onde tiram proveitosos lucros, nunca se importando com ideologia ou com a miséria do Povo Angolano.
Angola, a antiga “jóia da coroa” portuguesa, depois da independência do Brasil, é um País rico, que espera um dia vir a ser uma Democracia.
Mário Casa Nova Martins
Do Alfarrabista
Chegaram-nos da Livraria Vieira, Porto, os dois volumes desta obra, de grande importância para a História do reinado do Venturoso.
Obra editada em 1944, faz parta da colecção «Biblioteca Histórica de Portugal e Brasil – Série Régia», da Livraria Civilização.
Todos os volumes desta colecção, que começam a ser raros no mercado do alfarrábio, por que esgotados há muito na Editora, são de grande importância, porque são fontes da época, ou muito próximo.
Num país onde escasseiam obras deste tipo, e onde nem as instituições públicas que as deviam editar, as inéditas, ou reeditar, as outras, o fazem, poder ter acesso «Da Vida e Feitos de El-Rei D. Manuel I», escrita pela pena do renascentista D. Jerónimo Osório, é um privilégio.
Obra editada em 1944, faz parta da colecção «Biblioteca Histórica de Portugal e Brasil – Série Régia», da Livraria Civilização.
Todos os volumes desta colecção, que começam a ser raros no mercado do alfarrábio, por que esgotados há muito na Editora, são de grande importância, porque são fontes da época, ou muito próximo.
Num país onde escasseiam obras deste tipo, e onde nem as instituições públicas que as deviam editar, as inéditas, ou reeditar, as outras, o fazem, poder ter acesso «Da Vida e Feitos de El-Rei D. Manuel I», escrita pela pena do renascentista D. Jerónimo Osório, é um privilégio.
Mário
domingo, março 08, 2009
Mário Silva Freire (II)
Em 26 de Outubro de 2008 falámos do Dr. Mário Freire, nosso Amigo e antigo Professor.
Agora voltamos a fazê-lo, e por uma forte razão. Quis o Dr. Mário Freire editar n’A Voz Portalegrense um Texto. Tal facto mostra Amizade e confiança.
Tempo antes com o Dr. António Martinó de Azevedo Coutinho, agora com o Dr. Mário Silva Freire, sinto-me feliz, porque nos tempos que correm o ter Amigos é uma Bênção!
Também não posso deixar de dizer que o facto de aqui editarem Textos, faz com que a minha responsabilidade perante Eles e os Leitores do Blogue cresça. Os percursos Académicos e Profissionais dos Drs. António Martinó e Mário Freire são tão importantes, que me honra a sua presença nesta Casa.
Bem-Hajam.
Agora voltamos a fazê-lo, e por uma forte razão. Quis o Dr. Mário Freire editar n’A Voz Portalegrense um Texto. Tal facto mostra Amizade e confiança.
Tempo antes com o Dr. António Martinó de Azevedo Coutinho, agora com o Dr. Mário Silva Freire, sinto-me feliz, porque nos tempos que correm o ter Amigos é uma Bênção!
Também não posso deixar de dizer que o facto de aqui editarem Textos, faz com que a minha responsabilidade perante Eles e os Leitores do Blogue cresça. Os percursos Académicos e Profissionais dos Drs. António Martinó e Mário Freire são tão importantes, que me honra a sua presença nesta Casa.
Bem-Hajam.
Mário
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