\ A VOZ PORTALEGRENSE: José Carvalho

sábado, março 14, 2009

José Carvalho

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Sinopse
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A presente obra pretende divulgar uma posição dos católicos em geral e dos jesuítas portugueses, da Revista do Novo Mensageiro do Coração de Jesus em particular, sobre a fase final da secular Monarquia portuguesa e as vésperas da República.
Duas das muitas questões que se apresentam neste trabalho são as seguintes: Se Portugal tinha, nas vésperas da República, cerca de 99% de católicos, como foi possível toda a luta anticatólica? Como é possível que aparentemente menos de 1% da população tenha conseguido perseguir e escravizar uma imensa maioria?
Com a I República abrir-se-ia um novo ciclo histórico, como dizem alguns, ou apenas assistimos, sob o ponto de vista religioso, a uma continuidade? Pergunta que se faz, resposta que se não dá, por agora, embora o presente texto apresente algumas respostas para esta e outras intrigantes e curiosas questões.
O Novo Mensageiro do Coração de Jesus foi publicado ao longo de um período de forte conturbação social, política e ideológica. Pelo papel que desempenhou, esta revista insere-se numa linha de combate contra a modernidade1, contra a sociedade nascida da Revolução Liberal, a qual subtraía o lugar que a Igreja Católica sentia ter por direito. É na confluência das críticas que faz à Sociedade, ao Individualismo, ao Socialismo, à Secularização, à Maçonaria, ao Liberalismo, entre outros aspectos, que podemos incluir a sua atitude.
Esta postura de militância não surpreende pois tratando-se de um órgão de imprensa de uma Ordem Religiosa, pressupõe-se uma forte intervenção apostólica e piedosa, mas o curioso é que o Novo Mensageiro, como se viu, também apresenta um forte carácter de intervenção cultural e ideológica.
Uma ideia-chave que perpassa ao longo de todo o periódico é que o problema não está na força dos adversários da Igreja e nos revolucionários, mas sim na fraqueza dos Católicos e que entre estes se encontram os maiores inimigos da Igreja. Deste modo, os Revolucionários seriam os adversários, e os inimigos os Católicos Liberais por um lado, e os católicos fracos por outro, que não só não combatem mas ainda servem para dividir o “exército católico”.
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José António Ribeiro de Carvalho nasceu a 17 de Fevereiro de 1979, em Fornos, Marco de Canavezes.
É licenciado em Ciências Históricas, Ramo Educacional, pela Universidade Portucalense – Infante D. Henrique, no Porto (2004).
Obteve Bolsas de Mérito Académico na Universidade Portucalense, nos anos 2002 a 2004, pelas melhores classificações do curso.
Vencedor do Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida, do Porto, atribuído pela melhor média final do curso de Ciências Históricas, do ano de 2004.
Professor de História do Ensino Básico e Secundário.
Pós-graduado em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2005).
Mestre em História Contemporânea, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2007), com a dissertação: Os Jesuítas nas Vésperas da I República: o Novo Mensageiro do Coração de Jesus (1881-1910) e trabalho vencedor do Prémio de História Contemporânea Professor Victor de Sá, do ano de 2007.
Investigador/colaborador do Centro de Estudos Dom Armindo Lopes Coelho, de História da Diocese do Porto, na Universidade Católica da mesma cidade.
Realiza investigações sobre matérias de natureza político-ideológica, religiosa e social Contemporânea em geral, particularmente os fins do século XIX e inícios do século XX.