A VOZ PORTALEGRENSE
segunda-feira, julho 30, 2007
Crónica de Nenhures
Há muito que a indústria militar americana não rejubilava tanto como agora. Quase de abalada, “fuga”…, do Iraque, a nova estratégia dos EUA de George W. Bush para a região consiste no armamento de Israel e de outros países árabes ditos moderados, mas na prática na órbita americana e cujos exemplos maiores são a Arábia Saudita, o Egipto e a Jordânia.
Lucros astronómicos irão obter as componentes desta indústria americana, graças ao “perigo nuclear iraniano”, como se apresenta a justificação para o negócio.
Anos depois, lá voltarão à mesma região as legiões americanas para destruir este arsenal bélico que agora vendem aos seus “aliados” contra o Irão, porque então estará em “mãos perigosas”…
O Kosovo quer ser independente. Os EUA estão de acordo, tal como os seus aliados europeus. Embora se saiba que como país o Kosovo é uma impossibilidade, que a sua “independência” é uma farsa porque em seguida dar-se-á a sua integração na Albânia, o importante é “apoiar” o “independentismo kosovar”, até por tal serve de arma de arremesso contra a Rússia, a grande aliada da Sérvia, que é contrária a esta secessão de parte do seu Território Pátrio.
“Cercar” a Rússia é uma paranóia da Administração de Bush, e tudo o que puder enfurecer o “Urso das Estepes” é bom. Será?
Lucros astronómicos irão obter as componentes desta indústria americana, graças ao “perigo nuclear iraniano”, como se apresenta a justificação para o negócio.
Anos depois, lá voltarão à mesma região as legiões americanas para destruir este arsenal bélico que agora vendem aos seus “aliados” contra o Irão, porque então estará em “mãos perigosas”…
O Kosovo quer ser independente. Os EUA estão de acordo, tal como os seus aliados europeus. Embora se saiba que como país o Kosovo é uma impossibilidade, que a sua “independência” é uma farsa porque em seguida dar-se-á a sua integração na Albânia, o importante é “apoiar” o “independentismo kosovar”, até por tal serve de arma de arremesso contra a Rússia, a grande aliada da Sérvia, que é contrária a esta secessão de parte do seu Território Pátrio.
“Cercar” a Rússia é uma paranóia da Administração de Bush, e tudo o que puder enfurecer o “Urso das Estepes” é bom. Será?
MM
Livro
Nunca aqui falámos de um género literário que é a Ficção Científica.
Para muitos é uma arte menor, mas desde que uma vez o nosso Saudoso Mestre e Amigo Dr. Francisco Barrocas, numas férias grandes, nos ofereceu vários livros da Colecção Argonauta, nunca mais deixámos de a cultivar.
Tempos mais tarde, artigos publicados em diferentes revistas, mas principalmente na Futuro Presente, pelo Professor António Marques Bessa, reacenderam-nos o gosto.Mas será no Cinema que mais nos empolga a Ficção Científica, figurando «Blade Runner» e «Dune» como expoentes maiores.
Com leitura de férias não levamos muitos livros, pelo contrário. A “experiência” diz-nos que depois não os lemos, até porque entretanto sempre se encontra uma ou outra “novidade”. Mas, pelo sim, pelo não, este clássico, em dois volumes, de Robert A. Heinlein irá connosco.
Mário
Para muitos é uma arte menor, mas desde que uma vez o nosso Saudoso Mestre e Amigo Dr. Francisco Barrocas, numas férias grandes, nos ofereceu vários livros da Colecção Argonauta, nunca mais deixámos de a cultivar.
Tempos mais tarde, artigos publicados em diferentes revistas, mas principalmente na Futuro Presente, pelo Professor António Marques Bessa, reacenderam-nos o gosto.Mas será no Cinema que mais nos empolga a Ficção Científica, figurando «Blade Runner» e «Dune» como expoentes maiores.
Com leitura de férias não levamos muitos livros, pelo contrário. A “experiência” diz-nos que depois não os lemos, até porque entretanto sempre se encontra uma ou outra “novidade”. Mas, pelo sim, pelo não, este clássico, em dois volumes, de Robert A. Heinlein irá connosco.
Mário
In Memoriam
Ernst Ingmar Bergman
(Uppsala, 14 de Julho de 1918 — Fårö, 30 de Julho de 2007)
(Uppsala, 14 de Julho de 1918 — Fårö, 30 de Julho de 2007)
Ingmar Bergman - Saraband
domingo, julho 29, 2007
SLB
Dois treinadores. Um falhou e foi despedido, o outro continua no Clube mas sem conseguir que a Equipa jogue bom futebol, ou que pelo menos ganhe.
*
O Sport Lisboa e Benfica perde pela primeira vez esta época. Nada a dizer. Superior tecnicamente, inferior tacticamente.
O SLB apenas no início da segunda parte controlou o jogo, até empatar. Antes e depois não conseguiu ter posse de bola, e muitas vezes era notório que os jogadores encarnados se baralhavam nas posições. Exemplo maior foi o segundo golo egípcio, quando no seguimento do passe infeliz de Nelson, quer Luisão, quer Zoro não estavam nos seus lugares.
Manuel Fernandes falhou na marcação de cantos e livros, enquanto Petit exagerou na virilidade.
Diga-se, no entanto, que as jogadas mais vistosas e as melhores oportunidades de golo pertenceram ao Benfica.
Por fim, que no próximo fim-de-semana, no Torneio do Guadiana, o SLB já apresente um futebol mais em equipa e que principalmente seja uma boa jornada de preparação para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
O SLB apenas no início da segunda parte controlou o jogo, até empatar. Antes e depois não conseguiu ter posse de bola, e muitas vezes era notório que os jogadores encarnados se baralhavam nas posições. Exemplo maior foi o segundo golo egípcio, quando no seguimento do passe infeliz de Nelson, quer Luisão, quer Zoro não estavam nos seus lugares.
Manuel Fernandes falhou na marcação de cantos e livros, enquanto Petit exagerou na virilidade.
Diga-se, no entanto, que as jogadas mais vistosas e as melhores oportunidades de golo pertenceram ao Benfica.
Por fim, que no próximo fim-de-semana, no Torneio do Guadiana, o SLB já apresente um futebol mais em equipa e que principalmente seja uma boa jornada de preparação para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
MM
Jornal
Recebemos o jornal «La Lettre de l’Indépendance».
Editado pelo grupo do Parlamento Europeu Independência e Democracia, nele se defende o Referendo sobre o novo Tratado Europeu, facto político que também defendemos em Portugal.
Editado pelo grupo do Parlamento Europeu Independência e Democracia, nele se defende o Referendo sobre o novo Tratado Europeu, facto político que também defendemos em Portugal.
MM
sábado, julho 28, 2007
SLB
O Palco de muitas e Grandes Vitórias
.
O futebol é uma indústria, e como tal, os melhores funcionários são disputados a preço de oiro pelas melhores empresas, ou dito talvez de forma mais correcta, pelas que mais podem pagar.
Simão Sabrosa foi para um clube da primeira metade do principal campeonato espanhol, porque a sua anterior empresa não tinha capacidade financeira para competir no salário que a nova entidade patronal lhe oferecia.
O anterior empregador foi ressarcido pela perda do seu empregado e no final todos ficaram felizes, como convém.
Os Benfiquistas estão agradecidos ao seu ex-jogador Simão, que ao longo dos anos que vestiu a Camisola Encarnada foi de um exemplar desportivismo e profissionalismo.
José Veiga, sempre disse que é um adepto do Futebol Clube do Porto. Durante um certo período de tempo esteve ligado ao Sport Lisboa e Benfica.
Enquanto trabalhou para o Clube foi de um empenho inexcedível e de um profissionalismo exemplar.
Nunca a negando o a sua preferência clubista, fez neste tempo mais pelo SLB que muitos ditos Benfiquistas.
Saudamos o regresso de João Alves, o “Luvas Pretas”, aos quadros técnicos do Sport Lisboa e Benfica, na qualidade de treinador da equipa Júnior. Temos a certeza que porá toda a sua competência, a par do Benfiquismo, no trabalho diário.
A campanha 2007/2008 vai ser “longa”. Todos não são de mais para ajudar o Glorioso a ser novamente aquilo que os Benfiquistas sonham!
Simão Sabrosa foi para um clube da primeira metade do principal campeonato espanhol, porque a sua anterior empresa não tinha capacidade financeira para competir no salário que a nova entidade patronal lhe oferecia.
O anterior empregador foi ressarcido pela perda do seu empregado e no final todos ficaram felizes, como convém.
Os Benfiquistas estão agradecidos ao seu ex-jogador Simão, que ao longo dos anos que vestiu a Camisola Encarnada foi de um exemplar desportivismo e profissionalismo.
José Veiga, sempre disse que é um adepto do Futebol Clube do Porto. Durante um certo período de tempo esteve ligado ao Sport Lisboa e Benfica.
Enquanto trabalhou para o Clube foi de um empenho inexcedível e de um profissionalismo exemplar.
Nunca a negando o a sua preferência clubista, fez neste tempo mais pelo SLB que muitos ditos Benfiquistas.
Saudamos o regresso de João Alves, o “Luvas Pretas”, aos quadros técnicos do Sport Lisboa e Benfica, na qualidade de treinador da equipa Júnior. Temos a certeza que porá toda a sua competência, a par do Benfiquismo, no trabalho diário.
A campanha 2007/2008 vai ser “longa”. Todos não são de mais para ajudar o Glorioso a ser novamente aquilo que os Benfiquistas sonham!
Mário
Nova Frente
Passa hoje o quarto Aniversário do Nova Frente.
Ao Bruno Oliveira Santos damos os Parabéns, na certeza que o Seu Trabalho na defesa de Valores que também defendemos continuará sem desfalecimentos.
Fui apresentado ao Bruno pelo Nonas, na Conferência da Causa Identitária, e logo falámos de um Autor que nos é querido, José Agostinho de Macedo.
É sempre um prazer falar com Gente d’Algo, Culta e Inteligente.
Cumprimentos ao BOS.
Ao Bruno Oliveira Santos damos os Parabéns, na certeza que o Seu Trabalho na defesa de Valores que também defendemos continuará sem desfalecimentos.
Fui apresentado ao Bruno pelo Nonas, na Conferência da Causa Identitária, e logo falámos de um Autor que nos é querido, José Agostinho de Macedo.
É sempre um prazer falar com Gente d’Algo, Culta e Inteligente.
Cumprimentos ao BOS.
Mário
sexta-feira, julho 27, 2007
Los Persas
«Los Persas» é uma peça de teatro que dividiu a assistência.
Contra a presença de Tropas Espanholas no Afeganistão, era também um libelo anti-americano e pacifista.
Manifestámo-nos de forma a mantermos a coerência.
Somos contra a presença de Tropas Portuguesas no Afeganistão, mesmo com o consentimento da ONU. Somos contra a estada de Tropas Portuguesas nos Balcãs, mesmo que inseridas na NATO. Somos contra a presença de Tropas Portuguesas no Iraque, uma guerra injusta por que injustificável.
Não somos anti-americanos, mas sim totalmente contra a política externa da Presidência americana de George W. Bush, na Palestina, no Iraque e no Afeganistão. Consideramos que com aquela política se têm praticado Crimes contra a Humanidade e como tal Bush deve ser julgado.
Não somos pacifistas, defendemos que a luta pela Independência de um Povo, de uma Nação é justa. Em 1640 estaríamos ao lado daqueles que expulsaram a Duquesa de Mântua.
Contra a presença de Tropas Espanholas no Afeganistão, era também um libelo anti-americano e pacifista.
Manifestámo-nos de forma a mantermos a coerência.
Somos contra a presença de Tropas Portuguesas no Afeganistão, mesmo com o consentimento da ONU. Somos contra a estada de Tropas Portuguesas nos Balcãs, mesmo que inseridas na NATO. Somos contra a presença de Tropas Portuguesas no Iraque, uma guerra injusta por que injustificável.
Não somos anti-americanos, mas sim totalmente contra a política externa da Presidência americana de George W. Bush, na Palestina, no Iraque e no Afeganistão. Consideramos que com aquela política se têm praticado Crimes contra a Humanidade e como tal Bush deve ser julgado.
Não somos pacifistas, defendemos que a luta pela Independência de um Povo, de uma Nação é justa. Em 1640 estaríamos ao lado daqueles que expulsaram a Duquesa de Mântua.
Futsal
Vai decorrer em Avis, hoje 27, amanhã 28 e domimgo 29 de Julho, a primeira edição do «Torneio de Futsal dos Campeões» - o Torneio dos torneios
Este torneio, que conta com o apoio oficial de 12 órgãos de comunicação social do Alentejo, reune sete equipas que disputaram este ano sete torneios em todo o Alentejo e uma selecção de jogadores do concelho de Avis.
Toda a informação em:
*
distrito / torneioDistrito de Beja
I - Torneio Cidade de Moura
II - Maratona de Futsal - Beja
Distrito de Évora
III - Torneio de Futsal Grupo União Sport - Montemor-o-Novo
IV - 6º Torneio Anual de Futsal - Évora
Distrito de Portalegre
V - V Campeonato de Futsal Cidade de Elvas
VI - 1ª Grande Maratona de Futsal - Portalegre
Litoral Alentejano
VII - Sines Futsal 2007 - Torneio de Verão
Concelho de Avis
VIII - Selecção de jogares que representarão o Concelho de Avis
quinta-feira, julho 26, 2007
Festival de Teatro Clásico de Mérida
Réquiem por un soldado (teatro)
Teatro Romano. 23 horas
Días 26, 27, 28, 29 y 31 de julio y 1, 2 , 3, 4 y 5 de agosto
Autores de la versión: Pau Miró y Calixto Bieito
Director escénico: Calixto Bieito
Protagonizada por Natalia Dicenta, Rafa Castejón y Roberto Quintana
Una producción de Festival de Teatro Clásico de Mérida y Focus Con la colaboración de Sagunt a Escena
quarta-feira, julho 25, 2007
Wagner
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Foi o próprio Richard Wagner quem pensou um certame para apresentar a sua música
Em 1870, Richard Wagner visitou a cidade de Bayreuth, no Norte da Baviera.
Em 1870, Richard Wagner visitou a cidade de Bayreuth, no Norte da Baviera.
O facto de quase não ter vida cultural pesou na sua decisão: aquele seria o lugar para instalar um festival de música destinado a mostrara sua música.
As actuações decorrem num teatro especialmente desenhado para o efeito, o Festspielhaus, financiado pelo rei Luís II da Baviera, um dos maiores admiradores da música de Wagner.
O festival teve a sua primeira edição em 1876, contando entre a sua lista de convidados com nomes como os do Kaiser Guilherme, o imperador D. Pedro II do Brasil, Luís H, o filósofo Nietzsche e os compositores Bruckner, Grieg, Tchaikovsky e Liszt.
Entre as regras do festival conta-se a estreia, todos os cinco a sete anos, de uma nova produção de O Anel do Nibelungo.
in, Diário de Notícias, 25/7/2007, p.44
Wagner
A 96.ª edição do Festival de Bayreuth, certame musical integralmente dedicado à música de Richard Wagner, abre hoje com uma primeira encenação, da jovem Katharina Wagner, da ópera Os Mestres Cantores de Nuremberga. O evidente protagonismo que assim terá a bisneta do compositor, filha única do segundo casamento do actual director do festival, Wolfgang Wagner, coloca-a com solidez na corrida à sucessão do pai.
Katharina é uma das três descendentes do compositor em luta pelo mesmo lugar. A disputa envolve ainda a sua meia-irmã Eva Wagner-Pasquier (que há seis anos, então sem evidente concorrência da irmã, era dada como favorita pelos patronos do festival com direito a voto) e a prima Nike Wagner. Assim, apesar da elogiada programação que se anuncia até 28 de Agosto nesta pequena cidade no Norte da Baviera (que inclui, além dos Mestres Cantores três representações completas da tetralogia O Anel do Nibelungo), é esta verdadeira a guerra de sucessão quem faz a notícia.
Aos 87 anos, Wolfgang Wagner sabe que não terá muitos mais anos à frente do certame pensado pelo próprio Richard Wagner para apresentar a sua música.
Katharina, aos 29 anos de idade, é quem este ano chama as atenções. A mais jovem encenadora a alguma vez apresentar um trabalho seu na colina "sagrada" da música wagneriana é filha de Wolfgang e da segunda mulher, Gudrun. Em criança, já ajudava o pai na organização do festival depois das horas passadas na escola. Estudou em Berlim e estreou-se em 2002 como encenadora, aos 24 anos de idade, com o O Holandês Voador, de Wagner, em Wurzburgo. Um ano depois, em Budapeste, apresentou um Lohengrin. Na sua ainda curta carreira, Katharina já encenou óperas de outros compositores, nomeadamente de Puccini e Lortzing. E gosta tanto da música de Shakira quanto dos discos dos Rammstein. Hoje à noite estará na berlinda, muitos vendo esta produção como um eventual teste às suas capacidades. E entre a plateia que verá os seus Mestres Cantores encontrará Angela Merkel.
A concorrência a enfrentar pela jovem Katharina chega da própria família. Eva, a sua meia-irmã e Nike, prima, têm ambas 62 anos, a primeira sendo há anos dada como favorita pelos patronos do festival. Eva colaborou com o pai nos anos 70 e tem apresentado produções de ópera pelo mundo. Nike Wagner, a actual responsável pelo festival de Weimar, é filha de Wileland Wagner, antigo director de Bayreuth (até à data da sua morte, em 1966) e representa há muito uma voz crítica da actual direcção do certame.
- N.G. e AP-ECKEHARD SCHULZ
in, Diário de Notícias, 25/7/2007, p.44
terça-feira, julho 24, 2007
Cristóvão Falcão
A écloga, que narra os amores e as desventuras do pastor Crisfal e da pastora Maria, aparece publicada pela primeira vez na edição de 1554 da Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, saída em Ferrara, e acompanhada da seguinte epígrafe: «Écloga de Cristóvão Falcão chamada Crisfal». A escrita de Crisfal poderá estar ligada, conforme vem referido numa carta em verso escrita muito provavelmente pelo autor da écloga, à sua paixão por Maria Brandão. As Trovas de um Pastor por Nome Crisfal, misto de narrativa e poema lírico, são ainda hoje das mais belas páginas bucólicas que a literatura portuguesa produziu.
*
Cristóvão Falcão de Sousa terá nascido em Portalegre entre 1515 e 1518 de uma família nobre. Seu pai era cavaleiro, tendo servido como capitão na Mina. Foi educado a partir dos nove anos no Paço, onde aprendeu as belas-artes. Por ter casado com uma menor em segredo, foi condenado e preso no castelo de Lisboa. Saído da prisão cinco anos depois, procurou a sua amada em Lorvão, começando entretanto a escrever o poema Crisfal, onde canta a arrebatadora paixão que o tomara. Em 1542, o rei D. João III, para evitar mais escândalos, enviou-o a Roma como seu agente particular. Regressado ao reino, é despachado em 1545 como capitão da fortaleza de Arguim, na África. Regressou a Portugal em 1547, tendo sido novamente preso devido à agressão a um fidalgo. Em 1551 obtém uma carta de perdão. Terá casado em 1553 com Isabel Caldeira, não se conhecendo mais nada sobre o que depois lhe sucedeu. [mj]
segunda-feira, julho 23, 2007
Livros & Revista
Mas também começou hoje com o Diário de Notícias a oferta do primeiro de vinte e quatro livros. Esta oferta é nas segundas, quartas, sextas e sábados, o que corresponde a seis semanas de literatura ao preço do jornal.
O primeiro livro da colecção é «O Cão dos Barkervilles» de Conan Doyle.
Dos primeiros treze livros que o jornal mostra, temos cinco, mas tal não nos fará “desistir” de os adquirir todos.
Em relação ao de hoje, temo-lo numa edição do Circulo de Leitores, de Novembro de 1981, que é o número quatro das «Aventuras de Sherlock Holmes», num conjunto de sete volumes, lidos vezes sem conta.
Quanto ao correio, o livro mais importante que chegou é uma tese de mestrado versando um aspecto particular da nossa Primeira República.
Sem termos recebido o habitual mail a informar que mais um número da Revista estava para sair, recebemos o «éléments - N.º 125 - Été 2007».
Por fim, chegou o “último” Harry Potter. Escrevemos a palavra ‘último’ entre aspas, porque ainda não lemos uma linha, mas tal como aconteceu com Sherlock Holmes, se Harry Potter “morre” neste sétimo livro, a Autora fá-lo-á “ressuscitar” num futuro próximo…
MM
Salamanca
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O Ilustre Don Çamorano, voltou a enviar uma Fotografia.
Desta vez não é para partilharmos a Beleza de uma “Bela ‘Piquena’”, mas sim compartilharmos o desgosto dos Salamantinos pela ida de parte do Arquivo da Guerra Civil de Espanha, que a Bela Salamanca tinha à sua guarda, para Barcelona.
Na sacada principal da Plaza Mayor vê-se a tarja que dolorosamente recorda este episódio recente da História daquela Cidade, que também amamos.
Salud, Don Çamorano.
Desta vez não é para partilharmos a Beleza de uma “Bela ‘Piquena’”, mas sim compartilharmos o desgosto dos Salamantinos pela ida de parte do Arquivo da Guerra Civil de Espanha, que a Bela Salamanca tinha à sua guarda, para Barcelona.
Na sacada principal da Plaza Mayor vê-se a tarja que dolorosamente recorda este episódio recente da História daquela Cidade, que também amamos.
Salud, Don Çamorano.
Mário
domingo, julho 22, 2007
Carta de Espanha
'El Jueves' con un precio de salida de 50€
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LA WEB DE LA REVISTA, CLAUSURADA
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LA WEB DE LA REVISTA, CLAUSURADA
El ejemplar secuestrado de 'El Jueves' ya se paga a 2.500 euros en Internet
EFE
BARCELONA.- El secuestro judicial de la revista satírica 'El Jueves' por supuestas injurias al sucesor de la Corona ha hecho disparar el interés por la publicación, por la que ya se llega a pedir hasta 2.500 euros en Internet.
Si el viernes por la tarde, tras conocerse la noticia de que el juez Juan del Olmo había ordenado el secuestro de la revista por la caricatura de su portada, ya era difícil encontrar algún ejemplar en los quioscos porque la edición estaba prácticamente agotada, ahora la compra-venta del número retirado prosigue a través de la Red.
En la página web de 'eBay', uno de los mayores centros de compra, venta y subasta de artículos en Internet, se ofertan decenas de ejemplares del polémico número 1.573, con la portada en la que aparecen los Príncipes caricaturizados manteniendo relaciones sexuales.
Si bien el precio de mercado de la revista es de 2,50 euros, las pujas en este portal multiplican de forma exponencial su coste real. La mayoría de las pujas se sitúan entre los 10 y los 100 euros, aunque en algunos casos se vende un ejemplar por no menos de 200, 300, 500, 1.000 o hasta 2.500 euros.
BARCELONA.- El secuestro judicial de la revista satírica 'El Jueves' por supuestas injurias al sucesor de la Corona ha hecho disparar el interés por la publicación, por la que ya se llega a pedir hasta 2.500 euros en Internet.
Si el viernes por la tarde, tras conocerse la noticia de que el juez Juan del Olmo había ordenado el secuestro de la revista por la caricatura de su portada, ya era difícil encontrar algún ejemplar en los quioscos porque la edición estaba prácticamente agotada, ahora la compra-venta del número retirado prosigue a través de la Red.
En la página web de 'eBay', uno de los mayores centros de compra, venta y subasta de artículos en Internet, se ofertan decenas de ejemplares del polémico número 1.573, con la portada en la que aparecen los Príncipes caricaturizados manteniendo relaciones sexuales.
Si bien el precio de mercado de la revista es de 2,50 euros, las pujas en este portal multiplican de forma exponencial su coste real. La mayoría de las pujas se sitúan entre los 10 y los 100 euros, aunque en algunos casos se vende un ejemplar por no menos de 200, 300, 500, 1.000 o hasta 2.500 euros.
La página web, clausurada
Tal y como requería el fiscal Miguel Ángel Carballo, que solicitó el viernes al juez del Olmo que adoptase las medidas oportunas para cerrar la página en Internet de 'El Jueves' (www.eljueves.es), el acceso a dicha página ya no es posible.
Nada más conocerse la decisión judicial, la página web de 'El Jueves' quedó colapsada por las visitas recibidas y, si bien a media tarde del viernes ya se podía acceder a ella con normalidad, el sábado la web volvía a estar inaccesible. El domingo ya era imposible visitarla, pues al intentar acceder aparecía el mensaje 'Bad Request (Invalid Hostname)'
sábado, julho 21, 2007
Musa
Don Çamorano teve a gentileza de nos enviar uma belíssima fotografia a preto e branco de uma Sua Musa, Orchidea de Santis.
Partilhá-La é um Prazer.
Gracias Don Çamorano.
Partilhá-La é um Prazer.
Gracias Don Çamorano.
Mário
SLB
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A primeira impressão que nos ocorre do jogo particular na Roménia do Sport Lisboa e Benfica contra o Cluj, é que há “matéria-prima” suficiente para construir uma equipa que honra o passado.
Com o equipamento alternativo, razões de marketing, o Benfica não foi propriamente uma equipa.
O SLB realizou uma primeira parte muito lenta, sem garra, a qual surgiu apenas depois do primeiro golo dos romenos. Depois assistiu-se ao melhor período do Benfica com a particularidade de ter marcado dois excelentes golos.
O golo do empate surge de um lance infeliz em que provavelmente não funcionou o diálogo entre o guarda-redes e a defesa encarnada.
Manuel Fernandes, Rui Costa e Cardozo foram os melhores.
Com o equipamento alternativo, razões de marketing, o Benfica não foi propriamente uma equipa.
O SLB realizou uma primeira parte muito lenta, sem garra, a qual surgiu apenas depois do primeiro golo dos romenos. Depois assistiu-se ao melhor período do Benfica com a particularidade de ter marcado dois excelentes golos.
O golo do empate surge de um lance infeliz em que provavelmente não funcionou o diálogo entre o guarda-redes e a defesa encarnada.
Manuel Fernandes, Rui Costa e Cardozo foram os melhores.
MM
Opinião
Quando começou a crise da “direita” portuguesa?
Com o fim do Antigo Regime e o começo da República laica, nas ruas de Lisboa?
Com as unanimidades, sociais primeiro, administrativas depois, do Estado Novo?
Com as ambiguidades da abertura Marcelista?
Com o 25 de Abril, e o exílio das duzentas famílias?
Com a morte de Sá Carneiro, que deixara de ter inimigo à direita?
Com a ascensão desenvolvimentista de Cavaco, esse grande eucalipto assexuado, que secou, ou obrigou a engolir, as diferenças entre lojas?
Com o tabu do mesmo Cavaco, que deixou órfãos muitos crentes?
Com o triunfo dos “pós-políticos”, que, vistos da “direita”, pareciam de “esquerda”, e vistos de “esquerda”, pareciam de “direita”?
Com a queda grave, a desilusão, a conspiração, o caos, que envolveu os últimos dias do governo de Santana Lopes?
Certamente que não foi a eleição lisboeta, tristonha e desoladora, que obrigou à “reflexão” de Portas, e à convocação de “directas” por Mendes. O voto esquálido e embaraçoso, traçado nos astros e na parede, foi uma consequência, não uma causa.
A verdade é que PSD e CDS/PP partiram para as intercalares com homens excelentes, mas que não eram candidatos à altura da prova.
A verdade é que partiram com ideias certas, mas propaganda confusa e errada. Um bom trocadilho de salão não é, forçosamente, um bom slôgane de campanha.
A verdade é que partiram com aplicação, mas sem convicção.
A verdade é que partiram num estado de atrapalhamento táctico e estratégico, esquecendo-se de compreender o “fenómeno” Carmona, de analisar os erros do passado, de estudar os riscos, de ouvir as várias famílias (políticas) envolvidas.
Dir-se-á que os líderes não tinham paz de espírito. Mas o problema era deles, como foi dos antecessores. Estes lidaram de formas diferentes com os seus fantasmas, reais ou imaginários.
Dir-se-á que não tiveram tempo. Mas o bom político produz o tempo certo.
As “direitas” não possuem só um problema de generais. A verdade é que já não dispõem de exércitos (eleitorais) permanentes. E os profissionais e contratados não chegam, numa guerra a sério.
Por onde andam as tropas?
A vida política faz-se hoje de maneiras atípicas e arrítmicas, em sítios imprevisíveis e com imensidades variáveis. Não é forçoso que as decisões essenciais residam em S. Bento e Belém. Nas associações e clubes, nos média e na academia, no mundo dos negócios e do desespero, nas redes sociais “marginais”, no suposto lazer, no activismo por causas únicas, passa “política” a rodos.
Quem continua a pensar em “ciclos”, esperando pelo calendário eleitoral como pela liturgia, contando os próximos votos como o terço, está perdido.
Por outro lado, não é certo que uma boa peça de gabinete, um bom pensador, um decisor de génio, um escritor com alma, seja o comandante ideal numa batalha.
E as “direitas” não contam, hoje, com esse chefe, vindo do povo e capaz de o entender.
Com o fim do Antigo Regime e o começo da República laica, nas ruas de Lisboa?
Com as unanimidades, sociais primeiro, administrativas depois, do Estado Novo?
Com as ambiguidades da abertura Marcelista?
Com o 25 de Abril, e o exílio das duzentas famílias?
Com a morte de Sá Carneiro, que deixara de ter inimigo à direita?
Com a ascensão desenvolvimentista de Cavaco, esse grande eucalipto assexuado, que secou, ou obrigou a engolir, as diferenças entre lojas?
Com o tabu do mesmo Cavaco, que deixou órfãos muitos crentes?
Com o triunfo dos “pós-políticos”, que, vistos da “direita”, pareciam de “esquerda”, e vistos de “esquerda”, pareciam de “direita”?
Com a queda grave, a desilusão, a conspiração, o caos, que envolveu os últimos dias do governo de Santana Lopes?
Certamente que não foi a eleição lisboeta, tristonha e desoladora, que obrigou à “reflexão” de Portas, e à convocação de “directas” por Mendes. O voto esquálido e embaraçoso, traçado nos astros e na parede, foi uma consequência, não uma causa.
A verdade é que PSD e CDS/PP partiram para as intercalares com homens excelentes, mas que não eram candidatos à altura da prova.
A verdade é que partiram com ideias certas, mas propaganda confusa e errada. Um bom trocadilho de salão não é, forçosamente, um bom slôgane de campanha.
A verdade é que partiram com aplicação, mas sem convicção.
A verdade é que partiram num estado de atrapalhamento táctico e estratégico, esquecendo-se de compreender o “fenómeno” Carmona, de analisar os erros do passado, de estudar os riscos, de ouvir as várias famílias (políticas) envolvidas.
Dir-se-á que os líderes não tinham paz de espírito. Mas o problema era deles, como foi dos antecessores. Estes lidaram de formas diferentes com os seus fantasmas, reais ou imaginários.
Dir-se-á que não tiveram tempo. Mas o bom político produz o tempo certo.
As “direitas” não possuem só um problema de generais. A verdade é que já não dispõem de exércitos (eleitorais) permanentes. E os profissionais e contratados não chegam, numa guerra a sério.
Por onde andam as tropas?
A vida política faz-se hoje de maneiras atípicas e arrítmicas, em sítios imprevisíveis e com imensidades variáveis. Não é forçoso que as decisões essenciais residam em S. Bento e Belém. Nas associações e clubes, nos média e na academia, no mundo dos negócios e do desespero, nas redes sociais “marginais”, no suposto lazer, no activismo por causas únicas, passa “política” a rodos.
Quem continua a pensar em “ciclos”, esperando pelo calendário eleitoral como pela liturgia, contando os próximos votos como o terço, está perdido.
Por outro lado, não é certo que uma boa peça de gabinete, um bom pensador, um decisor de génio, um escritor com alma, seja o comandante ideal numa batalha.
E as “direitas” não contam, hoje, com esse chefe, vindo do povo e capaz de o entender.
Nuno Rogeiro
in, SÁBADO N.º 168 – 19 A 25 DE JULHO DE 2007, p.60
in, SÁBADO N.º 168 – 19 A 25 DE JULHO DE 2007, p.60
sexta-feira, julho 20, 2007
Guapa
Liliana Queiroz (nascida a 1985) é uma modelo/manequim portuguesa, vencedora da edição de 2005 do concurso Miss Playboy TV.
Desde os 13 que se dedica à passagem de modelos/manequim.
Trabalhou também em 2003 como apresentadora no canal SMS.
Gracias, Don Çamorano. ¡Muy Guapa!
Gracias, Don Çamorano. ¡Muy Guapa!
Mário
quinta-feira, julho 19, 2007
Farsa
Abbas said that he had told Bush
that the Palestinian question had to be negotiated now [AP]
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that the Palestinian question had to be negotiated now [AP]
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O Mundo já perdeu a conta ao número de “Cimeiras para a Paz no Médio Oriente”. Já ninguém acredita que é possível alcançar a Paz para aquela região.
É por tal facto que os sorrisos “amarelos” regressaram quando o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou nova Conferência.
Para a apresentar faz um discurso em que à partida exclui a maioria das vítimas deste processo, os Palestinianos que deram a vitória eleitoral a um Partido, o Hamas.
Tudo vai ficar como antes, depois da terminada a Cimeira que se vai realizar em Lisboa. Sorrisos de circunstância, palavras de retórica, acompanharão o comunicado final. Mas o Povo Palestiniano verá a sua Pátria mutilada, ocupada, asfixiada.
As “boas consciências” regressarão aos seus países, e a fome, os assassinatos de civis, a corrupção da Fatah continuarão a ser o dia-a-dia na Palestina.
É por tal facto que os sorrisos “amarelos” regressaram quando o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou nova Conferência.
Para a apresentar faz um discurso em que à partida exclui a maioria das vítimas deste processo, os Palestinianos que deram a vitória eleitoral a um Partido, o Hamas.
Tudo vai ficar como antes, depois da terminada a Cimeira que se vai realizar em Lisboa. Sorrisos de circunstância, palavras de retórica, acompanharão o comunicado final. Mas o Povo Palestiniano verá a sua Pátria mutilada, ocupada, asfixiada.
As “boas consciências” regressarão aos seus países, e a fome, os assassinatos de civis, a corrupção da Fatah continuarão a ser o dia-a-dia na Palestina.
MM
quarta-feira, julho 18, 2007
Crónica de Nenhures
A um Tempo outro Tempo
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Anos atrás, escrevi por altura do aniversário da morte de António de Oliveira Salazar um artigo num semanário desta cidade em que fazia uma análise, breve, do Salazarismo. Então, um Amigo disse-me que concordava com o que escrevera, mas que o texto era um acto de coragem, porque ainda era cedo para falar da Figura de Salazar com aquela abertura.
Nunca mais me esqueci daquele episódio, e hoje ambos rimos pelo facto de que, “o Homem vende!”
Será que Salazar está na moda? Provavelmente sim. Mas a verdade é que hoje surgem na comunicação social referências a Salazar com uma objectividade, impensável até há pouco tempo.
Mas também aparece muita retórica, como é exemplo o editorial de Luís Farinha e o trabalho de José Martinho Gaspar, que dá suporte à capa da revista “História” deste Verão.
Luz e sombras marcaram o consulado Salazarista. O seu único mentor moldou o País à sua imagem e semelhança, tendo como objectivo perpetuar a sua presença como constitucionalmente Presidente do Conselho, mas na realidade como chefe incontestado de Portugal.
E conseguiu-o, até que fisicamente lhe foi possível. António de Oliveira Salazar foi um político profissional, que fez do cargo que desempenhava uma maneira de vida.
É por esse facto que o Regime por ele criado nunca poderia subsistir à sua morte física. O período Marcelista é uma excrescência ao Salazarismo, um corpo estranho que só Marcello Caetano nunca percebeu. A Salazar seguir-se-ia o Vazio. E foi isso mesmo que aconteceu.
Não é por acaso que não há um Pensamento salazarista forte que sirva de alicerce teórico-doutrinário a uma parte da Direita portuguesa, porque Salazar não fez Doutrina. Os seus Discursos são textos da mais alta qualidade literária, mas não são textos doutrinários.
O Pensamento de Salazar não consegue sair do 'Portugal do Minho a Timor' que era a forma de unir à sua volta a Nação. Hoje, com uma realidade totalmente diferente, torna-se difícil aplicar aquilo que Salazar defendia no seu, dele, Tempo.
Nunca mais me esqueci daquele episódio, e hoje ambos rimos pelo facto de que, “o Homem vende!”
Será que Salazar está na moda? Provavelmente sim. Mas a verdade é que hoje surgem na comunicação social referências a Salazar com uma objectividade, impensável até há pouco tempo.
Mas também aparece muita retórica, como é exemplo o editorial de Luís Farinha e o trabalho de José Martinho Gaspar, que dá suporte à capa da revista “História” deste Verão.
Luz e sombras marcaram o consulado Salazarista. O seu único mentor moldou o País à sua imagem e semelhança, tendo como objectivo perpetuar a sua presença como constitucionalmente Presidente do Conselho, mas na realidade como chefe incontestado de Portugal.
E conseguiu-o, até que fisicamente lhe foi possível. António de Oliveira Salazar foi um político profissional, que fez do cargo que desempenhava uma maneira de vida.
É por esse facto que o Regime por ele criado nunca poderia subsistir à sua morte física. O período Marcelista é uma excrescência ao Salazarismo, um corpo estranho que só Marcello Caetano nunca percebeu. A Salazar seguir-se-ia o Vazio. E foi isso mesmo que aconteceu.
Não é por acaso que não há um Pensamento salazarista forte que sirva de alicerce teórico-doutrinário a uma parte da Direita portuguesa, porque Salazar não fez Doutrina. Os seus Discursos são textos da mais alta qualidade literária, mas não são textos doutrinários.
O Pensamento de Salazar não consegue sair do 'Portugal do Minho a Timor' que era a forma de unir à sua volta a Nação. Hoje, com uma realidade totalmente diferente, torna-se difícil aplicar aquilo que Salazar defendia no seu, dele, Tempo.
MM
terça-feira, julho 17, 2007
Cantigas de Amor
45
Senhor, cuitad’é o meu coraçom
por vós, e moiro, se Deus mi perdom,
porque sabede que des que entom
vos vi, desi
nunca coita perdi.
Tanto me coita e trax mal Amor
que me mata, seed’em sabedor;
e tod’aquesto é des que, senhor,
vos vi, desi
nunca coita perdi
Ca de me matar Amor nom m’é greu,
tanto mal sofro já em poder seu;
e tod’aquest’é, senhora, des quand’eu
vos vi, desi
nunca coita perdi
(B 523b V 126)
v. 11 nom m’é greu: não me importa
Senhor, cuitad’é o meu coraçom
por vós, e moiro, se Deus mi perdom,
porque sabede que des que entom
vos vi, desi
nunca coita perdi.
Tanto me coita e trax mal Amor
que me mata, seed’em sabedor;
e tod’aquesto é des que, senhor,
vos vi, desi
nunca coita perdi
Ca de me matar Amor nom m’é greu,
tanto mal sofro já em poder seu;
e tod’aquest’é, senhora, des quand’eu
vos vi, desi
nunca coita perdi
(B 523b V 126)
v. 11 nom m’é greu: não me importa
p.121
Do Alfarrabista
Do último Catálogo da Livraria Académica, do Porto, chegou um livro que é uma obra de referência para a segunda metade do nosso século XIII e primeiro quartel do século XIV.
O tempo do Rey-Poeta é descrito com um pormenor que incentiva ao conhecimento da vida e obra do neto de Alfonso X, el Sabio.
O tempo do Rey-Poeta é descrito com um pormenor que incentiva ao conhecimento da vida e obra do neto de Alfonso X, el Sabio.
MM