Crónica de Nenhures
A um Tempo outro Tempo
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Anos atrás, escrevi por altura do aniversário da morte de António de Oliveira Salazar um artigo num semanário desta cidade em que fazia uma análise, breve, do Salazarismo. Então, um Amigo disse-me que concordava com o que escrevera, mas que o texto era um acto de coragem, porque ainda era cedo para falar da Figura de Salazar com aquela abertura.
Nunca mais me esqueci daquele episódio, e hoje ambos rimos pelo facto de que, “o Homem vende!”
Será que Salazar está na moda? Provavelmente sim. Mas a verdade é que hoje surgem na comunicação social referências a Salazar com uma objectividade, impensável até há pouco tempo.
Mas também aparece muita retórica, como é exemplo o editorial de Luís Farinha e o trabalho de José Martinho Gaspar, que dá suporte à capa da revista “História” deste Verão.
Luz e sombras marcaram o consulado Salazarista. O seu único mentor moldou o País à sua imagem e semelhança, tendo como objectivo perpetuar a sua presença como constitucionalmente Presidente do Conselho, mas na realidade como chefe incontestado de Portugal.
E conseguiu-o, até que fisicamente lhe foi possível. António de Oliveira Salazar foi um político profissional, que fez do cargo que desempenhava uma maneira de vida.
É por esse facto que o Regime por ele criado nunca poderia subsistir à sua morte física. O período Marcelista é uma excrescência ao Salazarismo, um corpo estranho que só Marcello Caetano nunca percebeu. A Salazar seguir-se-ia o Vazio. E foi isso mesmo que aconteceu.
Não é por acaso que não há um Pensamento salazarista forte que sirva de alicerce teórico-doutrinário a uma parte da Direita portuguesa, porque Salazar não fez Doutrina. Os seus Discursos são textos da mais alta qualidade literária, mas não são textos doutrinários.
O Pensamento de Salazar não consegue sair do 'Portugal do Minho a Timor' que era a forma de unir à sua volta a Nação. Hoje, com uma realidade totalmente diferente, torna-se difícil aplicar aquilo que Salazar defendia no seu, dele, Tempo.
Nunca mais me esqueci daquele episódio, e hoje ambos rimos pelo facto de que, “o Homem vende!”
Será que Salazar está na moda? Provavelmente sim. Mas a verdade é que hoje surgem na comunicação social referências a Salazar com uma objectividade, impensável até há pouco tempo.
Mas também aparece muita retórica, como é exemplo o editorial de Luís Farinha e o trabalho de José Martinho Gaspar, que dá suporte à capa da revista “História” deste Verão.
Luz e sombras marcaram o consulado Salazarista. O seu único mentor moldou o País à sua imagem e semelhança, tendo como objectivo perpetuar a sua presença como constitucionalmente Presidente do Conselho, mas na realidade como chefe incontestado de Portugal.
E conseguiu-o, até que fisicamente lhe foi possível. António de Oliveira Salazar foi um político profissional, que fez do cargo que desempenhava uma maneira de vida.
É por esse facto que o Regime por ele criado nunca poderia subsistir à sua morte física. O período Marcelista é uma excrescência ao Salazarismo, um corpo estranho que só Marcello Caetano nunca percebeu. A Salazar seguir-se-ia o Vazio. E foi isso mesmo que aconteceu.
Não é por acaso que não há um Pensamento salazarista forte que sirva de alicerce teórico-doutrinário a uma parte da Direita portuguesa, porque Salazar não fez Doutrina. Os seus Discursos são textos da mais alta qualidade literária, mas não são textos doutrinários.
O Pensamento de Salazar não consegue sair do 'Portugal do Minho a Timor' que era a forma de unir à sua volta a Nação. Hoje, com uma realidade totalmente diferente, torna-se difícil aplicar aquilo que Salazar defendia no seu, dele, Tempo.
MM
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