A VOZ PORTALEGRENSE
quinta-feira, outubro 29, 2015
terça-feira, outubro 27, 2015
Desabafos, 2015/2016 - II
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Banda Desenhada
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Este tempo está a ser
fértil no surgimento de novos álbuns de banda desenhada.
Se não será pela
quantidade, é, indiscutivelmente pela qualidade.
Foi na passada
quinta-feira dia 22 de outubro que saiu, com lançamento simultâneo em todo o
mundo, a novíssima aventura de Asterix, Obelix e ‘companhia’, com tradução
portuguesa e também em mirandês.
O novo álbum das
aventuras de Astérix, o 36.º, intitulado «O papiro de César”, é assinado pela
nova dupla de autores que já foi responsável pelo álbum anterior, «Astérix
entre os Pictos», Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, e nele, uma vez mais, a
história de Roma e dos Gauleses é ‘reescrita’.
Menos conhecidas são
«As Aventuras de Philip e Francis», um pastiche
de «As Aventuras de Blake e Mortimer» de Edgar P. Jacobs.
No passado 11 de
setembro saiu o 3.º volume, intitulado «S.O.S. Météo». Os dois anteriores têm
tradução portuguese, esperando-se, e desejando-se que este também a venha a
ter.
Pelo título, lembra
«S.O.S. Meteoros», e nele o humor britânico está sempre presente. Os seus autores
são Pierre Veys e Nicolas Barral.
Por fim, Corto
Maltese.
«Sous le soliel de
minuit», «Sob o sol da meia noite» é o primeiro álbum sem a assinatura de Hugo
Pratt. Ruben Pellejero e Juan Díaz Canales são os responsáveis, e foi
editada uma edição a preto e branco e outra a cores. Saiu a 30 de setembro
passado.
Ainda sem tradução
portuguesa, esta aventura de Corto Maltese passa-se em 1915. Corto está em São
Francisco quando recebe uma carta do seu amigo Jack London. Este, sentindo-se a
morrer, confia-lhe a sua última vontade: encontrar uma mulher, o seu amor de
juventude, para lhe entregar uma carta de despedida. Em troca deste serviço, Jack
London promete a Corto um incrível tesouro, que vai levar o marinheiro de Malta
ao grande norte do continente americano.
Apenas, boas
leituras!
Mário Casa Nova
Martins
26 de outubro de 2025, Rádio Portalegre
quarta-feira, outubro 14, 2015
O medo
O medo
Há a hipótese de as Esquerdas se unirem, permitindo a
formação de um governo que se pretende de legislatura.
Tal experiência político-ideológica aconteceu nos
Liberalismos e na Primeira República. Sabe-se que os resultados não foram os
melhores, pelo contrário, mas tal estudo há muito que foi feito, pelo que no
momento não importa repetir factos.
Perante a hipótese formal de um governo das Esquerdas,
porque em termos académicos há muito que foi apresentada, a Direita do regime
junto com os eurocratas de serviço, diaboliza a ideia, trazendo fantasmas do
passado, como o PREC.
O PREC foi um período de guerra civil latente, no qual o
Partido Comunista Português, seguindo a táctica leninista, tentou implantar uma
ditadura de tipo soviético. Mas hoje os tempos são outros, tal como são os
diferentes protagonistas e figurantes políticos.
Todavia, ao criar-se a figura do medo face a um governo das
Esquerdas, parece que o tempo parou, quer em Portugal, na Europa e no Mundo. E a
quem convém este clima de medo?
A mentira que a Direita do regime, segundo a qual a crise
económica está vencida, propaga, no fundo ajudá-la-á num futuro próximo, quando
o dito governo das Esquerdas não conseguir implementar as promessas de altos salários
e pensões, baixa de impostos, saúde gratuita e outras promessas utópicas. O futuro
é de penúria, que ninguém tenha ilusões.
Então, o costumado descontentamento popular, perante o fracasso
do governo das Esquerdas, virar-se-á para a Direita. Mas não para a Direita do
regime, só se a Direita extra-parlamentar o deixar.
O tempo é de reajustamentos político-ideológicos. Apenas os
mais fortes terão futuro.
Mário Casa Nova Martins
terça-feira, outubro 13, 2015
Desabafos, 2015/2016 - I
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Portalegre Capital do
«Migrante»
Vivem-se tempos
esquisitos. Quando se defende a paridade entre os animais ditos irracionais e
os animais ditos racionais, o aborto é livre e aos costumes nada se diz, que
Sociedade é esta em que se vive?
Valores como Pátria,
Religião e Família são anacronismos. Hoje falar em Nação ou em Pátria,
conceitos distintos, é ser-se excomungado pelos ditos bem-pensantes do
politicamente correcto. Numa Europa que renega a sua Matriz Cristã, que defende
o Ateísmo, ganha espaço, cresce o Islamismo. E são os não-europeus que hoje
falam e defendem a Instituição Família, mas uma Família Muçulmana, na qual a
Mulher não tem os mesmos direitos que o Homem, ou pura e simplesmente não tem
direitos.
No tempo em que a
Europa recebe milhares de emigrantes vindos de outros continentes, com outros
hábitos, costumes e religião, e cria quotas para a sua distribuição pelos
diferentes países e respectivas cidades europeias, no caso português,
Portalegre pode tornar-se na “Capital do «Migrante»”, utilizando uma
terminologia dentro do modismo do politicamente correcto.
Casas devolutas não
faltam, como é exemplo o Seminário Maior, o ex-Colégio Diocesano de Santo
António, ou o ex-Colégio do Sagrado Coração de Maria. E como o papa jesuíta
quer que os católicos acolham os ditos «migrantes», que melhor local poderá ser
encontrado em Portugal?
Há muito que as
gentes de Portalegre tudo consentem, como se prova pela aceitação passiva da
perda da sua indústria, do seu comércio e de serviços, facto que paulatinamente
vem acontecendo nas últimas quatro décadas. E agora passivos estão, face aos
aumentos para os valores máximos permitidos de impostos autárquicos.
Desta forma, para que
os ditos «migrantes» se sintam em Portalegre como em sua própria terra, os
Portalegrenses não se importarão, até apoiarão o derrube da denominada «Cruz da
Penha», que abençoa a cidade, mas que é um símbolo cristão que ofende a crença
e as consciências dos muçulmanos «migrantes» que esta hospitaleira terra tem
que acolher! Que assim seja.
Mário Casa Nova
Martins
12 de outubro de 2015, Rádio Portalegre
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