O medo
O medo
Há a hipótese de as Esquerdas se unirem, permitindo a
formação de um governo que se pretende de legislatura.
Tal experiência político-ideológica aconteceu nos
Liberalismos e na Primeira República. Sabe-se que os resultados não foram os
melhores, pelo contrário, mas tal estudo há muito que foi feito, pelo que no
momento não importa repetir factos.
Perante a hipótese formal de um governo das Esquerdas,
porque em termos académicos há muito que foi apresentada, a Direita do regime
junto com os eurocratas de serviço, diaboliza a ideia, trazendo fantasmas do
passado, como o PREC.
O PREC foi um período de guerra civil latente, no qual o
Partido Comunista Português, seguindo a táctica leninista, tentou implantar uma
ditadura de tipo soviético. Mas hoje os tempos são outros, tal como são os
diferentes protagonistas e figurantes políticos.
Todavia, ao criar-se a figura do medo face a um governo das
Esquerdas, parece que o tempo parou, quer em Portugal, na Europa e no Mundo. E a
quem convém este clima de medo?
A mentira que a Direita do regime, segundo a qual a crise
económica está vencida, propaga, no fundo ajudá-la-á num futuro próximo, quando
o dito governo das Esquerdas não conseguir implementar as promessas de altos salários
e pensões, baixa de impostos, saúde gratuita e outras promessas utópicas. O futuro
é de penúria, que ninguém tenha ilusões.
Então, o costumado descontentamento popular, perante o fracasso
do governo das Esquerdas, virar-se-á para a Direita. Mas não para a Direita do
regime, só se a Direita extra-parlamentar o deixar.
O tempo é de reajustamentos político-ideológicos. Apenas os
mais fortes terão futuro.
Mário Casa Nova Martins
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