A VOZ PORTALEGRENSE
quarta-feira, dezembro 31, 2014
terça-feira, dezembro 30, 2014
Desabafos, 2014/2015 - VIII
Que ano o de 2014! O
balanço do ano levará anos a ser feito, mas nele há acontecimentos que já são
História.
A prisão de um
ex-primeiro ministro indígena, não passa de um fait-divers, face às convulsões económicas e sociais, e
geopolíticas, que o abaixamento do preço do barril de petróleo gera.
Com uma energia
barata, a economia ganha força face à estagnação que acontece na União
Europeia, da qual Portugal é parceiro ultraperiférico.
Nesta terra que há
muito deixou de ter Voz no concerto das Nações, grave é o que se passou com o
desmoronamento do ‘império Espírito Santo’, provando-se quanto os impérios têm
pés-de-barro! A História está cheia de exemplos, enquanto os Cemitérios estão
cheios de insubstituíveis. Mas, será que ‘a culpa morre solteira’?
O ‘abraço de urso’
que os EUA estão a fazer à Rússia, com a conivência da EU, deixa os europeus
numa situação de maior dependência dos americanos, sem que ganhem algo no
tabuleiro do xadrez político mundial.
Cada vez mais países
reconhecem o Estado da Palestina, enquanto o Estado Islâmico continua a existir
porque há interesses regionais que assim o determinam.
A falência do
famigerado multiculturalismo abre caminho ao regresso dos Nacionalismos.
Roma cada vez é mais
um Estado onde os interesses florentinos se sobrepõem à busca da Paz e da
Liberdade dos Povos, como é exemplo a recente recusa do Papa jesuíta em receber
o Dalai Lama.
Os vindouros muito
terão para descobrir no ano de 2014, um tempo atípico para Portugal e para os
Portugueses de Boa-Vontade, onde quer que estejam!
Cada vez mais, há que
ter Saudades do Futuro!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 28/12/2014
Mário Casa Nova Martins
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http://www.radioportalegre.pt/index.php/desabafos/mario-casanova-martins.html
quarta-feira, dezembro 24, 2014
segunda-feira, dezembro 22, 2014
quarta-feira, dezembro 17, 2014
PLÁTANO - Revista de Arte e Crítica de Portalegre/8
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A «Plátano - Revista de Arte e Crítica de Portalegre» está à venda em:
A «Plátano - Revista de Arte e Crítica de Portalegre» está à venda em:
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Papelaria Sarita, na rua Nuno Álvares Pereira, ao Rossio
https://www.facebook.com/papelaria.sarita
e
Livraria Papelaria Tavares, na rua do Comércio, junto ao Café Alentejano.
e
Livraria Papelaria Tavares, na rua do Comércio, junto ao Café Alentejano.
NÚMEROS ANTERIORES DISPONÍVEIS
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Pedidos para:
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Papelaria Sarita [ Rua Nuno Álvares Pereira, 25 - 245 328 028 ]
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Papelaria Sarita [ Rua Nuno Álvares Pereira, 25 - 245 328 028 ]
e
Livraria Papelaria Tavares [ Rua do Comércio 90/92 - 245 201 626 ]
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N.º 1 - 0 exemplares [em 2015 será reeditada, num pequeno número de exemplares]
.N.º 2 - 5 exemplares
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N.º 3 - 6 exemplares
.
N.º 4 - 12 exemplares
.
N.º 5 - 2 exemplares
.
N.º 6 - 1 exemplares
.
N.º 7 - 4 exemplares
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N.º 8 - à venda
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terça-feira, dezembro 16, 2014
Desabafos, 2014/2015 - VII
Milton Friedman
afirmou que “dinheiro público é o dinheiro que o estado tira dos que não podem
escapar e dá aos que escapam sempre”.
A crueza desta frase,
atribuída ao Nobel da Economia, mostra a realidade do presente.
Mais do que uma
constactação da fuga aos impostos por quem os devia pagar, e que tempos depois
através da figura do ‘perdão fiscal’ os pagam de uma forma lesiva para o
próprio estado e que não deixa de ser imoral para quem é cumpridor, prova
quanto a sociedade vive tempos de baixeza cívica.
E a par dessa
incivilidade, vinga a hipocrisia.
Todavia, esta não é
referida na quadra que já se vive. O Natal é hoje vivido sob o signo do
material, esquecendo-se a importância do Sagrado.
O Presépio deu lugar
à árvore, a celebração da Vida através do nascimento do Menino não é mais do
que a glória do consumismo, a união da Família não passa de um jogo de sombras,
na qual a hipocrisia é rainha.
No tempo de todas as
maravilhas da ciência e da tecnologia, o homem continua a procurar o seu
bem-estar, esquecendo o semelhante.
Os denominados males
do mundo, a começar pela fome, pela discriminação, pelo autismo dos
governantes, pelo egoísmo, pela inveja, pela perfídia, prevalecem sobre o
Bem-Comum.
Mas há que continuar
a não ceder nos Valores e nos Princípios.
Viver o Nascimento do
Menino com o pensamento na Memória dos que já partiram, e com a Alegria de
estar em Família e com a Família.
Um Santo e Feliz Natal!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 15/12/2014
Mário Casa Nova Martins
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segunda-feira, dezembro 15, 2014
PLÁTANO - Revista de Arte e Crítica de Portalegre
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A «Plátano - revista de arte e crítica de portalegre» está à venda na Papelaria Sarita e na Livraria Papelaria Tavares.
sábado, dezembro 13, 2014
sexta-feira, dezembro 12, 2014
Homenagem a Raúl Cóias Dias
Os quatro pontos cardeais
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Raúl Cóias Dias vem residir para Portalegre na véspera de fazer doze anos. Anos depois, descreve a cidade de Portalegre num parágrafo poético, que à luz de hoje é uma memória passada:
_ “Portalegre” era um tear, cidade branca a fiar, de pulseira e avental, uma tasca em cada esquina e um brilho a senhora fina na ternura do olhar, silêncio de rua antiga, bêcos, roupa a secar, restos de “Duro”, vinho escuro, vestígios de “Bernardim”, écloga de sombra, jardim, “Nossa Senhora da Penha”, “Portalegre, contra sanha: o suor, o vinho, o pão… “Bonfim”, “Santana”, “S. Cristóvão”…” (só mais tarde Atalaião). (1)
Raul Cóias vive os anos sessenta em Portalegre. Estes anos são dos mais importantes para Portalegre, que viu um surto de desenvolvimento e progresso nunca vistos. E também em termos sociológicos é uma década de grandes transformações de mentalidades e costumes.
Com a sua inteligência, Cóias foi percebendo os sinais do tempo e da época, e dela, com forte entusiasmo, diz:
_ “Anos sessenta”. Que ano? “Portalegre”! Que postal! (1)
A memória daquele tempo vivido em Portalegre cidade está no seu magistral poema, justamente intitulado «Poema a Portalegre».
Editado em três parte pelo então bissemanário Fonte Nova, em 22 e 26 de julho e em 19 de agosto de 2000, é dos mais belos textos escritos sobre Portalegre.
De uma pureza, de uma verdade e profundidade, emociona quem o lê.
O retrato que faz das gentes, dos locais, das coisas é admirável, único!
Neste singela homenagem ao Homem, há quatro locais de Portalegre que a ela e à Memória que deixou, lhe estão intimamente ligados. Todos são lugares de culto dos portalegrense que naquela década viveram a cidade.
O Liceu, a Piscina, o Alentejano, a Fontedeira, não necessariamente por esta ordem, são quatro espaços que frequentou e nos quais brilhou. O excelente guarda-redes do Grupo Desportivo Portalegrense, o cliente assíduo do Café Alentejano, o exímio praticante de saltos para a água e o bom aluno, deixaram em quem o conheceu o respeito por uma alma nobre e generosa.
Passados anos após o seu desaparecimento físico, nas gerações que o conheceram, ficou sempre uma recordação forte e permanece viva a sua poesia. Também a figura do desportista é por tantos lembrada, ele que nela tudo poderia ter alcançado. Discreto, cultivou a amizade e recebeu-a dos seus amigos.
Sobre a sua obra, ele próprio diz:
_ É claro que escrevo versos (tenho mesmo vários dispersos por revistas e jornais; fragmentos de sensações, pequenos fados, canções, escritos ocasionais). (1)
Que se faça a recolha dos escritos do Cóias!
Mário Casa Nova Martins
_______(1) Fonte Nova, números 788, 789, 791, páginas. 11, 15, 23
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Amanhã, sábado dia 13 de dezembro, Jorge Mangerona, na apresentação da «PLÁTANO - Revista de Arte e Crítica de Portalegre», faz um elogio que é uma Homenagem a Raúl Cóias Dias.
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quarta-feira, dezembro 10, 2014
terça-feira, dezembro 02, 2014
Desabafos, 2014/2015 - VI
Quanto menos
necessidade se tem dos outros mais forte se é!
Oswald Spengler
Mais do que se ter a
ideia, há mesmo a certeza na Europa e nos europeus de que os governos eleitos pelas democracias liberais
europeias deixaram há muito de ter a capacidade de gerir ou resolver os problemas
das pessoas, quanto mais defender os interesses dos estados que governam.
A denominada zona
euro tem um crescimento económico baixo. Desemprego e deflação são grandes, e
não há coragem política para os atacar, através da sua adequação à realidade do
presente e do futuro.
O chamado estado
social tem que ser reavaliado, a educação e a saúde têm que ser objectivos
prioritários, mas dentro de padrões consonantes com as possibilidades de cada
país.
Hoje em Portugal o
estado transformou-se em misericórdia, confunde-se com uma grande misericórdia,
daí a sua falência social, que apenas não é total porque continuam a chegar
subsídios da União Europeia. As receitas do estado, vindas sempre dos mesmos
sectores e principalmente da classe média, são escassas face a tamanha despesa.
A sociedade
portuguesa vive um tempo em que julga apenas ter direitos. Os deveres são
pertença do estado. O estado transformou-se num estado providência que a todos
deve proteger, sem lhes pedir contrapartidas de qualquer espécie.
Vive-se uma espécie
de socialismo real, uma variante menos tenebrosa do comunismo, porque ainda é
permitida a propriedade privada, se bem que com uma carga fiscal que torna os
possidentes como financiadores desse estado providência e simultaneamente
vistos como delinquentes ou criminosos pelos radicais esquerdistas.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 01/12/2014
Mário Casa Nova Martins
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