Desabafos, 2014/2015 - VII
Milton Friedman
afirmou que “dinheiro público é o dinheiro que o estado tira dos que não podem
escapar e dá aos que escapam sempre”.
A crueza desta frase,
atribuída ao Nobel da Economia, mostra a realidade do presente.
Mais do que uma
constactação da fuga aos impostos por quem os devia pagar, e que tempos depois
através da figura do ‘perdão fiscal’ os pagam de uma forma lesiva para o
próprio estado e que não deixa de ser imoral para quem é cumpridor, prova
quanto a sociedade vive tempos de baixeza cívica.
E a par dessa
incivilidade, vinga a hipocrisia.
Todavia, esta não é
referida na quadra que já se vive. O Natal é hoje vivido sob o signo do
material, esquecendo-se a importância do Sagrado.
O Presépio deu lugar
à árvore, a celebração da Vida através do nascimento do Menino não é mais do
que a glória do consumismo, a união da Família não passa de um jogo de sombras,
na qual a hipocrisia é rainha.
No tempo de todas as
maravilhas da ciência e da tecnologia, o homem continua a procurar o seu
bem-estar, esquecendo o semelhante.
Os denominados males
do mundo, a começar pela fome, pela discriminação, pelo autismo dos
governantes, pelo egoísmo, pela inveja, pela perfídia, prevalecem sobre o
Bem-Comum.
Mas há que continuar
a não ceder nos Valores e nos Princípios.
Viver o Nascimento do
Menino com o pensamento na Memória dos que já partiram, e com a Alegria de
estar em Família e com a Família.
Um Santo e Feliz Natal!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 15/12/2014
Mário Casa Nova Martins
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