Desabafos, 2014/2015 - VI
Quanto menos
necessidade se tem dos outros mais forte se é!
Oswald Spengler
Mais do que se ter a
ideia, há mesmo a certeza na Europa e nos europeus de que os governos eleitos pelas democracias liberais
europeias deixaram há muito de ter a capacidade de gerir ou resolver os problemas
das pessoas, quanto mais defender os interesses dos estados que governam.
A denominada zona
euro tem um crescimento económico baixo. Desemprego e deflação são grandes, e
não há coragem política para os atacar, através da sua adequação à realidade do
presente e do futuro.
O chamado estado
social tem que ser reavaliado, a educação e a saúde têm que ser objectivos
prioritários, mas dentro de padrões consonantes com as possibilidades de cada
país.
Hoje em Portugal o
estado transformou-se em misericórdia, confunde-se com uma grande misericórdia,
daí a sua falência social, que apenas não é total porque continuam a chegar
subsídios da União Europeia. As receitas do estado, vindas sempre dos mesmos
sectores e principalmente da classe média, são escassas face a tamanha despesa.
A sociedade
portuguesa vive um tempo em que julga apenas ter direitos. Os deveres são
pertença do estado. O estado transformou-se num estado providência que a todos
deve proteger, sem lhes pedir contrapartidas de qualquer espécie.
Vive-se uma espécie
de socialismo real, uma variante menos tenebrosa do comunismo, porque ainda é
permitida a propriedade privada, se bem que com uma carga fiscal que torna os
possidentes como financiadores desse estado providência e simultaneamente
vistos como delinquentes ou criminosos pelos radicais esquerdistas.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 01/12/2014
Mário Casa Nova Martins
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