\ A VOZ PORTALEGRENSE: abril 2020

quarta-feira, abril 29, 2020

Desabafos 2019/2020 - XV

O dia seguinte à pandemia vai ser o dia do ‘abrir dos olhos’ para os portugueses. Vai ser um doloroso acordar, um ‘abrir de olhos’ para a nova realidade que vão encontrar.
A paragem da actividade económica, por culpa do vírus chinês, levou a falências, ao desemprego, além da diminuição dos salários de muitos trabalhadores.
A economia vai demorar meses a recuperar. Pequenas e médias empresas, a maioria delas há muito asfixiadas por empréstimos bancários, e que são o verdadeiro motor da economia portuguesa, demorarão a voltar a facturar o suficiente para poderem gerar mais-valias, e muitas não irão sobreviver.
Enquanto isto, o Estado continua despesista em áreas não produtivas. O mesmo Estado continua a falhar no apoio à Economia. Promessas, retórica, esbarram na crua realidade, a burocracia.
Em vez do governo de Portugal tomar medidas necessárias e urgentes de apoio à economia portuguesa, procura que União Europeia lhe resolva a crise.
A crise em que Portugal mergulhou é, na melhor das hipóteses, semelhante à última bancarrota da responsabilidade do governo do Partido Socialista de José Sócrates.
Novo ‘apertar do cinto’ está a chegar, com aumento da carga fiscal, sejam aumento dos impostos directos, seja aumento dos impostos indirectos.
Haverá quebra no consumo, e também aumento das dívidas das famílias, um flagelo social.
Nuvens negras aproximam-se no horizonte dos portugueses.
Tudo por culpa do vírus chinês!
27 de Abril de 2020

quinta-feira, abril 16, 2020

Desabafos 2019/2020 - XIV

O tempo que se vive é também tempo para um outro tempo. É um novo tempo depois de um tempo que também foi novo para as gerações do presente. A excepcionalidade do tempo que se vive, permite ver a vida de uma forma diferente, neste tempo de recolhimento físico.
A celeridade do tempo como que abrandou.
O tempo passa, e cada dia é um novo dia, um dia diferente que nasce com a esperança de amanhã ser outro dia.
A economia da Europa sofre um fortíssimo abalo, do qual demorará tempo a recuperar.
As ‘três Europas’ sofreram de forma diferente, mas nunca foi tão actual a “história da cigarra e da formiga”.
A Europa do norte tem uma economia forte e está preparada para fazer face ao futuro. A Europa de leste, ainda em reconstrução face à miséria do Socialismo, que a destruiu economicamente e a transformou num totalitarismo, tem meios para acreditar que vencerá a situação. Por último e em último, a Europa do sul que, tal como a cigarra, não tem meios próprios para atacar quanto mais vencer a crise económica em que está mergulhada.
A Europa do sul, com países como a Itália e a Espanha, de governos despesistas e onde a subsidiodependência impera, está numa situação económica e financeira desastrosa, com uma dívida pública enorme. A uma escala menor, mas na mesma situação, encontra-se a Grécia e Portugal.
Mendigos, pedintes, estes países do sul, querem que os outros lhes resolvam a crise.
Como é tão presente a fábula da cigarra e da formiga!
13 de Abril de 2020