\ A VOZ PORTALEGRENSE: dezembro 2018

sexta-feira, dezembro 28, 2018

Desabafos 2018/2029 - X

Em Portugal hoje em dia faz-se a chamada «política de terra queimada». Aprovado que foi o Orçamento de Estado para 2019, os partidos da esquerda radical, PCP e BE, começaram uma brutal onda de greves, convocadas pela central sindical que controlam, a CGTP.
Verdadeiras lutas de trabalhadores na defesa dos seus direitos ou na conquista de mais regalias económicas e sociais, são marginalizadas em nome de uma grande estratégia eleitoralista, tendo em vista as eleições legislativas do outono de 2019.
Para a extrema-esquerda, BE e PCP, não interessa a economia nacional, o que lhe interessa é a, leninista para o PCP e trotskista para o BE, conquista do poder. Desta forma galopam na destruição do tecido produtivo português com continuadas greves que não servem e muito menos defendem os trabalhadores, greves que apenas visam destruir a economia e a curto prazo levar empresas à falência e a despedimentos.
Quanto pior estiver a situação económica do país, melhor para estes radicais, para quem o sentido de Estado nada, de nada significa.
Nos últimos três anos o próprio Estado, através dos órgãos de soberania, Presidência da República, Assembleia da República e Governo, fez sua a agenda radical do PCP e do BE.
As causas mais fracturantes da sociedade, foram bandeira da extrema-esquerda, e tiveram o apoio do presidente da República, do primeiro-ministro e seu governo, e da maioria da Assembleia da República.
Ao mesmo tempo foi esquecido o brutal aumento dos impostos indirectos, dos bens de primeira necessidade, criadas novas taxas e aumentadas as outras. Em suma, os Portugueses sentiram a diminuição do seu poder de compra.
Contudo, a larguíssima maioria dos portugueses não está minimamente preocupada com o ‘dia seguinte’, com o futuro. Os hábitos de poupança deram lugar aos hábitos de consumo. E que interessa que o endividamento das famílias cresça, se também o Estado continua a aumentar a sua dívida pública!

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Desabafos 2018/2019 - IX

Em 19 de Maio passado foi apresentado o livro «A Estrada do Meu Outono» de João da Graça Silva.
No passado 14 de Novembro, foi apresentado o livro «Monumento aos Mortos da Grande Guerra» de Aurélio Bentes Bravo.
Ambos tiveram sessão pública de apresentação no auditório Guy Fino, no Museu da Tapeçaria.
Ambos foram editados e pagos pela Câmara Municipal de Portalegre.
Ambos não se encontram nem à venda, nem à disposição dos Munícipes, que indirectamente com o dinheiro dos seus impostos custearam a edição destas duas obras.
Para se ter os ditos livros, tem que se pedir, por escrito, via carta ou mail, à Presidente da Câmara.
É que os livros, pagos com o dinheiro dos impostos dos Munícipes, são da exclusiva “propriedade” da Presidente da Câmara, pertencentes à sua ‘lista pessoal de ofertas’!
Para o Portalegrense, e não só, que tenha interesse nestas duas obras, ou apenas numa delas, tem que ‘mendigar’ à Presidente da Câmara que as ou a ofereça!
E se Sua Senhoria achar que o ‘pedinte’ não tem ‘nível’ para tamanho ‘pedido’, e tal será sempre arbitrário, o dito fica sem as ou a obra.
Apenas luminárias da Presidente da Câmara, também amigas e amigos, descarados borlistas, têm acesso aos livros que a CMP edita.
Quem tiver interesse cultural e histórico nos livros que a CMP editou, a expensas dos Munícipes, têm que pedinchar à excelsa Presidente da Câmara que se digne ofertar os ditos livros.
Qual a alternativa? Estarem à venda no Posto de Turismo. É que nem todos estão à espera de 'borlas', e muito menos sujeitos à 'caridade' da Senhora.
Assim vai a Cultura em Portalegre, Cidade e Concelho.
Com os dinheiros do Município, são editados livros que depois passam para “propriedade privada” da Presidente da Câmara. Isto é utilizar dinheiros públicos em proveito próprio. E tal é uma forma de corrupção.
DESABAFOS
Rádio Portalegre, 3 de Dezembro de 2018