\ A VOZ PORTALEGRENSE: outubro 2018

terça-feira, outubro 23, 2018

Desabafos 2018/2019 - IV

“O mundo está mudado, sinto-o nas águas, sinto-o na terra, cheiro-o no ar. Muito do que outrora existia está perdido, pois já ninguém vive entre quem podia recordar.”
É com estas palavras que começa o primeiro filme da trilogia «O Senhor dos Anéis» do realizar Peter Jackson.
Em «O Senhor dos Anéis», obra magistral de J.R.R. Tolkien, a luta entre o Bem e o Mal é permanente. No final o Mal é derrotado, e é possível aos Homens tomarem conta do seu Destino.
Hoje os tempos não são muito diferentes dos retratados naquele épico. O Mal tomou conta dos Homens, e o seu principal campo de batalha é a Europa.
Uma sociedade, a europeia, em que o bem-estar material atingiu níveis nunca vistos, tornou-se hedonista. Incapaz de lutar pelo Bem, é campo para todas as distopias, seja na religião, na política, na economia, e principalmente nos costumes.
A Europa é um circo de aberrações. A Europa tornou-se incapaz de reagir à ocupação fundamentalista de novos usos, costumes e crenças. A Europa discute o “sexo dos anjos”, enquanto tem às suas portas hordas de bárbaros. Novos Hunos cercam-na. Átila tomou a forma de Mafoma.
Mas há uma certa Europa que resiste à ocupação, à decadência, à destruição da milenar herança greco-romana-cristã. A Europa de Leste é hoje a barreira às investidas dos radicalismos, extremismos e fundamentalismos que emanam da União Europeia.
É da Europa de Leste que partirá a Reconquista, a Nova Reconquista.
O Mundo está a mudar, os EUA, a Rússia, a Polónia, a República Checa, a Eslováquia, a Hungria, a Itália. Em breve o Brasil. Também, cada dia que passa a Alemanha liberta-se.
Ainda há Esperança para os Europeus.
Rádio Portalegre, 22 de Outubro de 2018

sexta-feira, outubro 12, 2018

Convento de Santo Agostinho de Portalegre

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quarta-feira, outubro 10, 2018

Desabafos 2018/2019 - III

Nas suas cento e oitenta primaveras, quantas gerações de Portalegrenses se abrigaram sob os seus frondosos ramos, do calor, do frio, da chuva, do sol e também da lua, das estrelas. Ouviu conversas, presenciou amores e desamores. Que estórias terá o Plátano para contar! Quantos mercados e feiras aconteceram sob a sua protecção. Sendo a Ágora da Cidade, quanta História guarda na sua Memória.
Hoje, no Outono de 2018, passados que foram 180 que foi plantado, o Plátano caminha para o seu próprio Outono. Sim, o Plátano está doente.
Neste Verão de 2018 já não deu a mesma sombra. É fácil ver como se encontram as suas pernadas, as suas folhas. O Sol que antes não entrava por entre a folhagem, este ano já assim não aconteceu.
Não foi de um dia para o outro que o Plátano adoeceu. Terá quanto muito havido algum desconhecimento da gravidade da situação, e o tratamento que na Primavera deste ano a que foi sujeito, continua sem os desenvolvimentos esperados e desejados.
Salta à vista o estado em que se encontra o Plátano, que é  a mais antiga árvore classificada de interesse público portuguesa, registada em 28 de Agosto de 1938.
É difícil para qualquer Portalegrense imaginar o Rossio sem o belo e frondoso Plátano. Todavia, a crua realidade alerta para que no futuro a imagem do Rossio se altere.
Mas que se lembre que as árvores morrem de pé!
Rádio Portalegre, 8 de Outubro de 2018
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