Desabafos 2017/2018 - VI
Há
um Portugal dos Pequeninos, e haverá um Portugal dos Grandes?
O
chamado Portugal dos Pequeninos fica em Coimbra, local onde os principais
monumentos portugueses estão representados em escala reduzida.
Mas
não é deste Portugal dos Pequeninos que se fala. É que parece que há dois tipos
de Portugal, o dos grandes e o dos pequenos ou pequeninos.
Grandes
seriam, como escreveu Luís Vaz de Camões, « ... aqueles, que por obras
valerosas / Se vão da lei da morte libertando;», e ou outros, os pequenos ou
pequeninos, mero mortais.
E
desses grandes, do Portugal dos Grandes, estão aqueles que lideram ou lideraram
organismos ou organizações internacionais, lugares que ocupam ou ocuparam não
por valor ou mérito, mas por razões de ordem política e principalmente ideológica.
E sendo Portugal um país pequeno em área e importância geopolítica e
geoeconómica, muito jeito dá aos “países grandes” ter nestes lugares serviçais
oriundos de países pequenos ou pequeninos.
Primeiro
foi Afonso Costa, que em Março de 1926 é eleito presidente da sessão
extraordinária da Sociedade das Nações
Seguiu-se
Freitas do Amaral, eleito presidente da Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas, na 50.ª Sessão, para os anos
de 1995 e 1996.
Depois,
Durão Barroso é presidente da Comissão Europeia entre 2004 e 2014.
Em
2016, António Guterres é eleito secretário-geral da ONU.
E
neste ano de 2017 é eleito Mário Centeno presidente do Eurogrupo.
Quanto
a António Guterres e a Mário Centeno, o tempo dirá se os seus mandatos trarão algo
de positivo para Portugal.
Mas
sem qual dúvida, pode afirmar-se que as presidências de Durão Barroso, Freitas
do Amaral e Afonso Costa nada deram a Portugal, em nada o prestigiaram.
Rádio Portalegre, 18-12-2007