\ A VOZ PORTALEGRENSE: novembro 2025

sexta-feira, novembro 28, 2025

AA - Apresentação do livro de José Regala

José Regala «Um Tempo que já foi Tempo»

Teve lugar no passado sábado dia 22 de Novembro, no Auditório do Museu de Tapeçaria Guy Fino, a apresentação do segundo livro de poesia de José Joaquim de Oliveira Barbas Regala, «Um Tempo que já foi Tempo».

A apresentação do primeiro, «Para lá do Tempo», ocorrera a 2 de Novembro de 2024, também neste mesmo local.

Começou por falar Amélia Bravo Vadillo, da «Filigrana Editora», que edita a obra, e em breves palavras traçou o perfil do Autor, leu um conto cuja temática e personagem principal se identificava com o Autor nas suas diversas vertentes e leu poemas do livro.

Em seguida tomou a palavra a Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Carvalho, que em breves palavras mostrou o seu apreço e Amizade pelo Autor. Em seguida fez questão de afirmar a continuada disponibilidade da Autarquia para apoiar a Cultura no Concelho, nas suas mais diversas formas e conteúdos, citando casos concretos desse mesmo apoio, reafirmando ao mesmo tempo toda a receptividade em relação a projectos futuros que venham a ser apresentados.

Mário Casa Nova Martins apresentou «Um Tempo que já foi Tempo», referindo-se mais à figura do Autor do que à obra propriamente dita, a qual iria ter todo o destaque nas palavras do próprio Autor. Contudo, não deixou de referir que neste ano de 2025 se celebram os 125 anos do nascimento de dois Portalegrenses ilustres na área da cultura, José Duro e Luzia (Luísa Susana Grande de Freitas Lomelino).

José Regala, feitos os agradecimentos, refere que os prefácios das duas obras são fiéis à sua vida.

Afirma que ‘nada acontece por acaso’, e ‘o Destino sabe o que tem que fazer’. Este é o leitmotiv para a sua intervenção, recordando a sua experiência post mortem ocorrida há mais de cinco décadas. Fala das temáticas que tem ao longo do tempo estudado, numerologia, radiestesia, efeitos dos cristais, iridologia, reflexologia, quiromancia.

Teve consultas com o Astrólogo Professor Hórus após o acidente e frequentou a Escola Esotérica, chegando inclusive ao 5.º Grau. Mas continuava a não conseguir encontrar a explicação para o que lhe tinha acontecido.

É nos anos oitenta do século passado que encontra a resposta num livro de um cientista americano, que tinha criado uma matriz explicativa daquele fenómeno. Referia-se a «A Supraconsciência existe – Vida depois da Vida», de Manuel Sans Cegarra.

A vida não acaba com a morte. A energia vital liberta-se para o Espaço. A vida para além da morte é descrita cientificamente no livro.

Cita Isaac Newton, René Descartes, Albert Einstein e fala da Física Quântica. Faz a ligação da Física Quântica à Espiritualidade. Presente, passado e futuro é o mesmo na Teoria Quântica. O Tempo não é linear, está em espiral.

A investigação entre estes fenómenos relaciona-se com a Poesia.

A Consciência Quântica permite ir a outros estados de consciência.

Tempo, silêncio, ventos, chuva, elementos estruturantes da sua poesia.

A sua próxima obra completa a trilogia. José Regala afirma que esse terceiro livro reflectirá o percurso da sua Alma, o espirito místico, esotérico.

Incide sobre a Alma depois da experiência por que passou, e da qual regressou para cumprir o Karma. Pretende após o Terminus ascender a um Nível Superior.

A terminar a sessão, teve lugar uma leitura de poemas do livro, começando José Regala, que escolheu «Pensamentos de uma Vida», numa forte homenagem à sua cadela Diana, recentemente falecida, seguindo-se a leitura feita por alguns dos presentes.

Também à pergunta, quais os seus autores favoritos, José Regala respondeu que eram Eugénio de Andrade e fundamentalmente Fernando Pessoa, este pelo seu misticismo e esoterismo.


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quinta-feira, novembro 27, 2025

RP - Desabafos - Edifício do Tribunal

Em Portalegre cidade, junto ao Jardim da Avenida da Liberdade, no sentido ascendente do lado direito, está um emblemático edifício, construído nos anos cinquenta do século passado, em pleno Estado Novo.

Como facilmente se identifica, é o edifício do Tribunal.

Em termos arquitectónicos é um edifício de grande beleza e que dignifica a cidade e principalmente a função que representa.

Se bem que excelentemente conservado, quer o seu exterior, quer o seu interior, há mais de uma década que espera obras.

Ao longo destes tempos passaram governos, do PSD e do PS, e a obra ou obras nunca se fizeram, funcionado o tribunal nas instalações cedidas pela antiga Junta Autónoma das Estradas, outro edifício emblemático da cidade, também de construção datada do Estado Novo.

Nas vésperas das eleições, sejam legislativas, sejam autárquicas, lá vêm os políticos dizer que as obras vão ter início muito brevemente. Mas tudo continua como dantes!

Como é possível os portalegrenses continuarem a acreditar nos políticos do Centrão, PSD e PS, que de Lisboa tudo lhes promete em períodos eleitorais, e que depois nada é feito, continuando a dar-lhes o seu voto em sucessivas eleições! Será um ‘case study’, ou talvez não, felizes que ficam com modestas feiras e festas, pelos vistos.

Mário Casa Nova Martins

24 de Novembro e 2025

quarta-feira, novembro 26, 2025

RP - Desabafos - Presidenciais 2026

Terminado mais um ciclo eleitoral, neste caso o autárquico, no qual surpresas, se as houve, só no final do apuramento dos resultados, eis que os portugueses mergulham em nova campanha eleitoral, agora para as eleições presidenciais que terão lugar em 18 de Janeiro de 2026.

Segundo as sondagens realizadas até ao momento, todas sem excepção dão a indicação de que haverá uma segunda volta, dado que de acordo com estes estudos de opinião nenhum candidato alcançará a maioria à primeira.

Embora as sondagens estejam por mais desacreditadas, uma vez que falham cada vez mais, e principalmente pecam por isenção por servirem quem as paga, agora parece não ser difícil acreditar que pela segunda vez nesta Terceira República haverá a dita segunda volta. A anterior foi entre Diogo Feitas do Amaral e Mário Soares.

Até ao momento já se perfilou uma mão-cheia de candidatos das mais variadas cores e feitios, permita-se a expressão.

Não será difícil a escolha, mas desde já se diga que há um que é a ‘fotocópia’ do actual presidente da República, tendo todos os outros, para bem da Nação, diferente postura do candidato-cópia do pior presidente da República, desde que a mesma foi implantada em 5 de Outubro de 1910! É obra!

O candidato Marques Mendes é a cópia perfeita de Marcelo Rebelo de Sousa.

Como diz o reclame publicitário, «o algodão não engana», e Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes, pela negativa, são as duas faces de uma mesma moeda!

Mário Casa Nova Martins

10 de Novembro de 2025

Rádio Portalegre

terça-feira, novembro 25, 2025

José Regala um Ser inquieto - Apresentação

José Regala um Ser inquieto

Foi em 2 de Novembro de 2024 que aqui neste mesmo Auditório do Museu de Tapeçaria Guy Fino estivemos para apresentar o primeiro livro de Poesia de José Regala intitulado «Para além do Tempo».

Hoje reunimo-nos para a apresentação do seu segundo livro de Poesia, um segundo volume de uma trilogia, cujo terceiro tomo o Autor tem já nos prelos.

«Um Tempo que já foi Tempo», que agora com a solenidade devida é formalmente tornado público, é mais uma parte de uma caminhada que José Regala tem percorrido nesta sua epopeia de mais de sete décadas, um Tempo de muitos Tempos, tal como é possível descortinar nos seus poemas.

Escrevemos no último número de semanário portalegrense «Alto Alentejo», quarta-feira passada, que a poesia de José Regala reflecte com precisão e nitidez a sua vida, principalmente aqueles momentos mais íntimos, as suas experiências, angustias, e a sua busca da Eternidade.

Uma vida recheada de momentos muito especiais, acontecimentos marcantes, vitórias e derrotas, mas que José Regala não tem receio de partilhar com os Outros através da sua poesia, quantas vezes alegre, triste, mas sempre sentida.

A trilogia, que em breve será completada, marca indelevelmente três tempos da vida de José Regala, os quais representam o Princípio, o Meio e o Fim, em concertação com o Cosmos, o Universo.

A vida nasce, cresce e morre, acompanhando o Tempo. E a Eternidade prologa a vida para lá do Tempo, rumo ao Infinito.

Antes de terminar esta apresentação, permitam que diga que neste ano de 2025 se celebram os 125 anos do Nascimento de duas Figuras nascidas em Portalegre, cuja obra está para além do Tempo, permanecendo incólumes à própria usura do Tempo.

Falo do poeta José Dura e da escritora Luzia (Luísa Grande).

Passaram esquecidas estas duas efemérides. A Memória das gentes por vezes é madrasta para com alguns dos seus Maiores.

José Regala, homem do Tempo presente, erudito, é enriquecedor lê-lo e ouvi-lo. Após este momento de Cultura, certamente sairemos mais ricos em conhecimento e saber.

Mário Casa Nova Martins

22 de Novembro de 2025

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segunda-feira, novembro 24, 2025

Verdade inconveniente

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sábado, novembro 22, 2025

José Ragal - UM TEMPO QUE JÁ FOI TEMPO

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sexta-feira, novembro 21, 2025

José Regala - UM TEMPO QUE JÁ FOI TEMPO

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quinta-feira, novembro 20, 2025

AA - UM TEMPO QUE JÁ FOI TEMPO

UM TEMPO QUE JÁ FOI TEMPO

No próximo sábado dia 22 de Novembro tem lugar em Portalegre cidade, no Auditório do Museu da Tapeçaria, a apresentação do segundo livro de poesia de José Regala, intitulado «Um Tempo que já foi Tempo».

Esta obra faz parte de uma trilogia, da qual está nos prelos um terceiro volume.

A poesia de José Regala reflecte a sua vida, principalmente os momentos mais íntimos do Autor, os seus sentires, as suas angústias e o seu conhecimento da Eternidade.

Uma vida cheia de acontecimentos que José Regala não tem receio de partilhar com os Outros através da sua poesia, quantas vezes de um intimismo que resulta da sua ligação ao Cosmos.

Sim, o Autor confidenciou que nesse momento da apresentação da obra, aceitando que ‘pesquisas recentes revelam que os átomos que formam o seu corpo um dia foram poeira interestelar, viajando pelo espaço entre as galáxias’, “um tempo que já foi tempo”, ‘Vida para além da Vida’, irá continuar a dissertação sobre esta temática, que iniciou aquando da apresentação do seu primeiro livro «Para lá do Tempo», também naquele Auditório.

A trilogia, que em breve será completada, marca três tempos da vida de José Regala, os quais representam o Principio, o Meio e o Fim.

Tempo, Vida, Eternidade, uma outra trilogia que acompanha a poesia do Autor. O Tempo tem passado, presente e futuro. A Vida nasce, cresce e morre acompanhando o Tempo. E a Eternidade prolonga a Vida no Tempo, rumo ao Infinito.

José Regala, homem do Tempo presente, erudito, é enriquecedor lê-lo e ouvi-lo. Certamente, quem tiver o privilégio de estar presente na apresentação deste seu segundo livro, sairá mais rico em conhecimento e saber.

Mário Casa Nova Martins

 19 de Novembro de 2025, pg. 17

quarta-feira, novembro 05, 2025

AA - José Duro o Poeta Olvidado

José Duro o Poeta Olvidado

Triste o Povo que esquece os Seus Maiores, sinal de decadência, de finitude. Portalegre, povoada de ‘almas mortas’ que vagueiam sem memória, sem futuro.

No passado dia 22 de Outubro celebraram-se os 150 anos do nascimento de José Duro, o poeta de «Fel» e de «Flores».

A data passou esquecida pelas gentes da terra que o viu nascer. Aliás, José Duro é hoje um poeta que Portalegre ignora.

Mas nem todos os portalegrenses o esqueceram. Alguns exemplos.

Na apresentação do livro de poemas de José Regala «Para Lá do Tempo», em 2 de Novembro de 2024, o apresentador lembrou José Duro, junto com outros poetas maiores de Portalegre também hoje votados ao olvido.

Tempos antes, a «Plátano – revista de arte e crítica de Portalegre» n.º 2 outono de 2005, celebrou os 130 anos de José Duro, com dois trabalhos:

Efeméride
07 Recordar José Duro no dia do seu 130.º aniversário

Mário Casa Nova Martins

25 “Escrevo e Choro”: a poesia de José Duro

Martim de Gouveia e Sousa

E novamente, agora na «Plátano – revista de arte e crítica de Portalegre» n.º 7 primavera de 2014, continuação do trabalho sobre o poeta:

34 “Escrevo e choro”: a poesia de José Duro.

Martim de Gouveia e Sousa

Mas há outros dois momentos de grande significado em que José Duro teve o reconhecimento de Portalegre.

Quando a Edilidade resolveu dar o nome ‘Largo José Duro’, ao local fronteiro à casa onde o poeta nasceu, e quando a Academia através de um peditório em 1944 conseguiu que fosse construído um monumento no Jardim da Corredoura, no qual figura um medalhão de bronze com a efígie do poeta, da autoria de Inácio Perdigão.

Diga-se que «Fel», «Flores», e ainda «Textos Dispersos de José Duro», este da responsabilidade de António Ventura, encontram-se esgotados, não se prevendo reedição de qualquer um.

Mário Casa Nova Martins

5 de No0vembro de 2025, pg. 23