\ A VOZ PORTALEGRENSE: dezembro 2024

terça-feira, dezembro 17, 2024

Desabafos 2024/2025 - III

Portalegre vai ter câmaras de videovigilância em determinados locais da cidade. Nada de extraordinário, tal acontece na maioria das cidades por esse mundo fora. É mesmo de saudar tal iniciativa, uma vez que vai proporcionar segurança em espaços que a não têm e que há muito estavam identificados.

A falência da autoridade é por demais evidente. Contudo, multiplicam-se os casos em que a mera prevenção impediria a insegurança e o crime.

Pode-se dizer que em termos de insegurança e criminalidade, Portalegre cidade e concelho terão índices baixos em comparação com as grandes e médias cidades portuguesas e seus subúrbios.

Mas longe vai o tempo em que se passeava nas ruas da cidade em total pacatez. Há partes onde de dia, e principalmente de noite, se pensa duas vezes passar. As causas são conhecidas, e a sabida falta de autoridade, de prevenção, acentuam esse medo que se apoderou das pessoas, que assim evitam o mais possível esses sítios.

Agora com as tais câmaras de videovigilância esse medo, essa insegurança vai acabar?

Primeiro é necessário que elas funcionem sempre. E quando danificadas, que o vão ser!, que sejam rapidamente recuperadas. Só a presença delas não trará a tal paz segura que se pretende. Aliás, um dos grandes problemas é que, como diz o povo, «passados os três dias da lei», deixarão de funcionar. Será que tal irá acontecer?

Curiosamente houve um tempo em que a cidade de Portalegre tinha semáforos. Porém, nunca funcionaram por uma razão ou outra!

Em nome da segurança e bem-estar dos cidadãos portalegrenses, que as tais câmaras de videovigilância que estão para chegar funcionem realmente, é o que se deseja.

Mário Casa Nova Martins

16 de Dezembro de 2024

Rádio Portalegre

sexta-feira, dezembro 13, 2024

AA - Orwell tinha razão

Orwell tinha razão

Numa sessão cultural, um dos intervenientes no painel começou por saudar «todas» e «todos». Nada de anormal nos tempos que correm, tempos estes da “linguagem neutra”, da “linguagem inclusiva”, por outras palavras e lembrando o «1984» de George Orwell, vive-se o tempo de uma «novilíngua».

Contudo, esta nova-língua é um linguajar não de um politicamente correcto mas do Wokismo, da famigerada Religião Woke.

Este palavreado define-se como o modo de falar característico de um indivíduo ou de um grupo. E quem ou grupo será esse que utiliza «todos», «todas» e também «todes»?

Vive-se o ocaso da civilização europeia. Hoje o Europeu tem vergonha de ser Europeu, tem vergonha da sua Civilização, da sua Cultura, tem vergonha de si próprio, tudo fruto da nova ideologia dominante. Germinou a cultura do ódio contra o Europeu.

O indivíduo que saudou «todas» e «todos» é o protótipo, o exemplo perfeito dessa nova ideologia. Militância na Extrema-Esquerda, Marxista, filiação num partido Estalinista ou Trotskista, difusor e divulgador das doutrinas radicais de Esquerda que hoje coincidem com o Wokismo mais extremado, amálgama de fanatismo e intolerância.

Este ‘melting pot’ nasceu em Portugal no ISCTE, tem divulgação privilegiada na RTP e na RDP, ambos ditos ‘canais de serviço público’, e em editoras, jornais e revistas de Esquerda.

Os apregoadores da ‘linguagem neutra’ são os mais comprometidos, ideologicamente falando. Os propagandistas da ‘linguagem inclusiva’ são os mais selectivos, socialmente falando. São déspotas de um novo Totalitarismo.

Jocosamente circula a associação do «todas» à ginecologia, de «todos» à urologia, e «todes» à psiquiatria! Felizmente a ‘maré’ começa a mudar.

Mas que os problemas em Portugal fossem a nova-língua, o novo linguajar.

Grave é hoje em Portugal glorificar-se o criminoso e acusar-se o defensor.

O traficante, o assaltante, quase tem honra de estado. A vítima é para desprezar. À cobertura laudatória dada ao criminoso, ao gangue, contrapõe-se o libelo acusatório contra o lesado. O medo instalou-se, a impunidade está aí. Cumplicidades estatais são por demais evidentes.

Mário Casa Nova Martins

terça-feira, dezembro 03, 2024

Desabafos 2024/2025 - II

O IMI no concelho de Portalegre vai ter o seu valor mais baixo que é permitido por lei.

A taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis que era de 0,34% passa agora para 0,30%.

Em simultâneo, mantem-se a minoração da taxa em 30% nos prédios urbanos localizados na Zona Industrial, nas Zonas Históricas de Portalegre e Alegrete e na Área da Reabilitação Urbana das Carreiras.

Quanto ao IRS, haverá redução da participação variável de 3,50% para 3,25%.

Os portalegrenses vão sentir em 2025 os efeitos destas baixas, o que é um factor positivo num ano que não vai ser fácil para todos.

Por fim, a dívida do Município continua, ano após ano, a ser reduzida.

A leitura destes três factos, que ocorrem no concelho de Portalegre, mostram que descendo a receita também é possível reduzir a dívida, divida essa que foi criada por uma gestão anterior do PSD, que em dez anos destruiu o então futuro próximo do concelho.

O individuo que liderou a autarquia nesses anos nunca foi responsabilizado pelo descalabro que provocou e do qual é o único responsável. E ao décimo ano, de doze que tinha que cumprir, borregou. Como diz o povo ‘abandonou o barco’, num acto condenável.

Nos últimos cinquenta anos, aqueles dez representam o momento mais negro da História recente do concelho de Portalegre, que só agora, passados 13 anos do fim daquele pesadelo, começa a recuperar de uma inércia prolongada.

Com uma gestão séria e responsável, o concelho de Portalegre começa a encontrar o futuro que todos os portalegrenses desejam para a sua terra.

Mário Casa Nova Martins

2 de Dezembro de 2024

Rádio Portalegre