Desabafos, 2015/2016 - XV
Em recente conselho nacional (sábado, 16/04/2015), o CDS
aprovou o novo regulamento para as eleições autárquicas de outono de 2017, o
qual, em linhas gerias, define que os candidatos do partido sejam
"idóneos" e "competentes".
É evidente que qualquer candidato a uma qualquer eleição,
seja de que partido for, tem, ou terá que ser competente e idóneo, o que leva a
questionar se no passado e no CDS tal ou tais requisitos não foram cumpridos.
Verdade se diga que a actual presidente do CDS tem toda a
razão em exigir idoneidade e competência aos futuros candidatos do partido. Ela
conhece bem o partido.
Recorde-se que em sucessivas eleições o CDS apareceu
coligado com o PSD, coligações que sempre são o chamado ‘abraço de urso’ do PSD
ao CDS.
Hoje, fruto dessa ligação ao PSD, o CDS quase desapareceu
nas sondagens que ultimamente têm sido tornadas públicas, pelo que as eleições
autárquicas de 2017 serão um ‘começar de novo’ do CDS.
Claro que nos concelhos em que o PSD precisar da ‘muleta’ do
CDS, irá de mansinho procurar a coligação, enquanto nos outros concelhos, onde
dispensa o CDS, apelará ao voto útil, e tal tem sempre conseguido.
Na região de Portalegre, por muito que os responsáveis
políticos digam o contrário, o CDS não tem implantação, já teve, pelo que o trabalho
será árduo e tem que começar muito tempo antes do que os outros partidos
políticos. E não pode estar à espera de que o PSD o venha aliciar para uma
coligação.
O CDS até tem gente idónea e competente. Contudo, ela está
há muito afastada do partido pelas mais variadas razões. O recente apoio do CDS
à cleptocracia angolana veio afastar muitos que começavam a acreditar de novo
no partido.
O CDS faz falta, assim a sua líder o perceba e o entenda.
O CDS faz falta, assim a sua líder o perceba e o entenda.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 25 de Abril de 2016