A VOZ PORTALEGRENSE
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Desabafos 2024/2025 - X
Barragem de Póvoa e Meadas em ruinas
A Barragem de Póvoa e Meadas está em ruinas. Quem o diz é
Pedro Cunha Serra, ex-presidente das Águias de Portugal e do Instituto da Água.
A afirmação de Pedro Cunha Serra vem no semanário ‘Expresso’ do dia 14 de Março
passado, na página 6 do ‘Primeiro Caderno’ do jornal.
Este facto devia alarmar pela perigosidade que encerra. A
fractura do paredão da barragem e consequente avalancha de água inundando tudo
por onde essa mesma água passar, traria consequências inimagináveis para terras
e gentes.
Mas da ruina da Barragem de Póvoa e Meadas ninguém fala, e
se uma tragédia acontecer, como é usual em Portugal, “a culpa morrerá
solteira”, como diz o povo.
É público o estado em que se encontra o paredão da barragem,
daí esta nunca atingir o nível máximo de capacidade de armazenamento de água.
Também é público, e Pedro Cunha Serra também o diz, que a Barragem de Póvoa e
Meadas poderia ser substituída pela futura Barragem do Pisão, a que ele chama
barragem do Crato.
Ora nem a Barragem do Pisão será construída, pese embora
afirmações de políticos em que o será, nem a Barragem de Póvoas e Meadas será
desactivada. É assim o Portugal português.
A Barragem de Povoa e Meadas é a mais antiga do país, data
de 1927, e é obra do Estado Novo. Passados quase cem anos, quando houve a
hipótese de o seu paredão ser recuperado, nada se fez. E hoje é considerada em
ruinas.
Espera-se e ardentemente se deseja, que a Barragem de Póvoa
e Meadas nunca venha a colapsar.
Mário Casa Nova Martins
24 de Março de 2025
Rádio Portalegre
terça-feira, março 25, 2025
'Impresa' falida
A notícia é do próprio semanário 'Expresso' do passado dia 14 de Março.
Outrora jornal de referência, é hoje controladao pela esquerda wokista.
Quebra de vendas e de publicidade, vivendo de subsídios estatais, é triste ver definhar, morrer um jornal que no passado marcou o jornalismo português.
E o mesmo se diga da SIC.
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, março 24, 2025
sexta-feira, março 21, 2025
quinta-feira, março 20, 2025
quarta-feira, março 19, 2025
terça-feira, março 18, 2025
segunda-feira, março 17, 2025
sexta-feira, março 14, 2025
quarta-feira, março 12, 2025
Desabafos 2024/2025 - IX
Não havia necessidade! Dir-se-á e com razão.
O actual primeiro-ministro é o principal responsável pela
presente crise política que o país enfrenta.
É bem certo que «à mulher de César não basta ser séria, tem
também que parecer». E este ditado popular assenta que nem uma luva ao
primeiro-ministro Luís Montenegro.
Embora casos totalmente distintos, e não há comparação entre
a estaleca moral e cívica de Montenegro e Sócrates, este último um delinquente,
a verdade é que mais um primeiro-ministro a estar nas bocas do povo, por motivos
que nada tem a ver com a Ética República.
Esta dita Ética Republica é muito apregoada pelo Centrão que
tem sido ‘dono e senhor’ da governação desta Terceira República. Muito apregoam
PS e PSD em Ética Republicana, mas os casos e casinhos que desvirtuam essa
mesma Ética, somam-se cada dia que passa e a uma velocidade de cruzeiro.
Para agravar a situação, no Palácio de Belém está uma
personagem que não merece credibilidade. Já cognominado como “O Dissolvente”,
será que mesmo quase no final de um segundo mandato turbulento irá novamente
dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas?
Neste momento tudo é possível, e nada é bom para o país e
para os portugueses.
Num tempo conturbado na Europa, liderada pela classe
dirigente mais medíocre, quiçá, da sua História, belicista e destruidora da
Identidade das Nações, e onde Portugal pouco ou mesmo nada conta nas decisões
da União Europeia, o espectáculo de mais uma crise política ‘à portuguesa’ só
pode entristecer os portugueses que ainda sentem Portugal.
Mário Casa Nova Martins
10 de Março de 2025
Rádio Portalegre
sexta-feira, fevereiro 28, 2025
quarta-feira, fevereiro 26, 2025
Desabafo 2024/2025 - VIII
Agora a construção da Barragem do Pisão passou para um
segundo plano. Pouco ou mesmo nada se fala da dita construção, que ficou para
as ‘calendas gregas’.
No momento a grande notícia é a conclusão do IC 13, que liga
a fronteira dos Galegos à Ponte Vasco da Gama, e a construção da auto-estrada que
liga a A23, no Rio Tejo, à A6, em Estremoz, e que segundo os estudos conhecidos
segue a antiga EN2, passando a cerca de 20 quilómetros a oeste de Portalegre.
Bem diz o povo que “quando a esmola é grande até o santo desconfia”.
Acredite quem quiser na palavra do político que na passada
quarta-feira dia 19 de Fevereiro deste ano de 2025 na vila de Campo Maior disse
que o IC13 iria ser concluído e que a auto-estrada que liga A23 e a A6 iria ser
construída.
Uma coisa é verdade, a ligação entre a Barragem do Fratel e
Estremoz tem o nome de IP2, Itinerário Principal Número 2.
Ora este troço de IP2 não tem perfil de IP, apenas
aproveitaram a estrada antiga e alargaram-na, continuando a passar por povoações
e sem cruzamentos desnivelados. Mentira pegada esta parte do IP2, como mentira
é a construção da auto-estrada que, recorde-se, passaria a cerca de 20 quilómetros
a oeste de Portalegre, assim como mentira é a conclusão do IC13! E tudo isto para
não se falar da não construção da Barragem do Pisão.
Deveria haver um pouco de vergonha da parte da classe
política do PS e do PSD, que alternadamente governam o país há meio século, e
não virem com falsas promessas de investimento público em Portalegre cidade,
concelho e distrito.
Mário Casa Nova Martins
24 de Fevereiro de 2025
Rádio Portalegre
segunda-feira, fevereiro 24, 2025
sexta-feira, fevereiro 21, 2025
quarta-feira, fevereiro 19, 2025
segunda-feira, fevereiro 17, 2025
sexta-feira, fevereiro 14, 2025
quarta-feira, fevereiro 12, 2025
Desabafos 2024/ 2025 - VII
Como em tudo na vida há os cépticos e os não cépticos. Esta
afirmação vem a propósito da Barragem do Pisão, melhor da não Barragem do
Pisão.
Reconhecendo a importância da construção desta Barragem para
os concelhos limítrofes e também para os concelhos que dela viriam a
beneficiar, sempre fomos cépticos quanto à sua construção.
Dito de outra forma, nunca acreditámos e hoje continuamos a
não acreditar que a Barragem do Pisão será construída. E quanto gostaríamos de
estar errados!
A existência da Barragem do Pisão seria, será sempre uma
mais-valia. Num século XXI em que a escassez de água potável é cada vez mais
uma realidade, ter um armazenamento deste bem tão precioso, será sempre uma
‘dádiva dos deuses’!
Há muito que não se acredita em promessas de políticos. O ‘Centrão’,
PSD e PS, que há meio século governa o país, tem ao longo do tempo prometido a
sua construção, que é sempre adiada por uma razão ou outra.
Agora uns radicais de Esquerda, travestidos de
‘ambientalistas’, conseguiram a proeza de que um tribunal impedisse a
construção da Barragem do Pisão.
No fundo, estes autodenominados ‘ambientalistas’ não fizeram
mais do que um ‘favor’ aos políticos. Agora a ‘culpa’ da não construção da
Barragem do Pisão é dos ‘ambientalistas’, e assim os políticos, tal como
Pilatos, ‘lavam as mãos’!
Com a chuva que caiu desde o passado Outono até hoje, a
Barragem do Pisão estaria cheia.
Talvez um dia a Barragem do Pisão venha a ser construída.
Mas de certeza que não será no tempo desta mediocridade em que Portugal mergulhou.
Mário Casa Nova Martins
11 de Fevereiro de 2025
Rádio Portalegre
quinta-feira, fevereiro 06, 2025
quarta-feira, fevereiro 05, 2025
Ludomila, a Radical 'Chic' de Esquerda
Das ‘coisas engraçadas’ que actualmente fazem notícia, é a
escolha do PS para candidato às próximas eleições autárquicas para a autarquia
de Lisboa, da radical de esquerda Alexandra Ludomila Leitão.
Tempo houve em que o PS era um partido de centro-esquerda. Hoje
está ideologicamente na extrema-esquerda, fazendo companhia aos trotskistas e
estalinistas, personificados no Livre, BE e PCP.
PS + Livre + BE + PCP, a Quadrupla Aliança de Extrema-Esquerda
portuguesa!
E Ludomila, que é chic,
encarna bem o papel de radical wokista.
Mário Casa Nova Martins
segunda-feira, fevereiro 03, 2025
Alemanha e a 'liberdade de expressão'
Neste mês de Fevereiro, a 23, a Alemanha vai a votos para o
Parlamento, o Bundestag.
Depois de longa letargia originada por aquele famigerado “sentimento
de culpa” inculcado pelos Vencedores no Povo Alemão, esse “sentimento” está
finalmente a acabar e a ser possível aos Alemães ‘fazerem o luto’ da Guerra Civil
Europeia de 1914 – 1945.
Assim se compreende as palavras do ainda chanceler alemão
datadas de 21 de Janeiro passado.
O Medo da História aflige. Para o atormentado Scholz só há
Esquerda. E o seu contrário é a Extrema-Direita.
É ‘esta’ a liberdade de expressão que vigora na Alemanha. E também
em Portugal!
Mário Casa Nova Martins
sexta-feira, janeiro 31, 2025
A 'face' da miséria do jornalismo
Esta personagem, 'alimentada' pela globalista SIC, destila o mais feroz ódio à América Republicana, na pessoa de Donald Trump.
Faccioso, é o protótipo da Esquerda que domina a comunicação social em Portugal.
As suas análises mais do que enviesadas, são verdadeiras FAKE NEWS!
Hoje em dia faz comentário, faccioso como sempre, na CNN.
Mário Casa Nova Martins
quarta-feira, janeiro 29, 2025
Desabafos 2024/2025 - VI
Final de Janeiro e já está na ordem do dia as próximas
eleições autárquicas, cuja data ainda nem é conhecida, mas que será
provavelmente nos inícios do próximo Outono.
Fala-se no nome de candidatos, curiosamente os três nomes que
até ao momento estão nas ‘bocas do mundo’ são três damas, uma que é presentemente
a presidente da autarquia, outra que é presidente num concelho vizinho, e a
terceira que já foi presidente da autarquia.
Claro que ainda surgirão mais candidatos, seja da
extrema-esquerda, seja da direita.
Os três nomes das distintas senhoras representam uma o PSD,
outra o PS, e a terceira uma área nublosa que nunca se percebeu se de direita,
centro ou esquerda, mas que albergava no seu seio gente de todas as áreas
políticas, um verdadeiro ‘albergue espanhol’ que privilegiava interesses e que
gerou a inércia de uma década, nome, aliás, pelo qual esse período de gestão
autárquica ficou conhecido.
‘Ainda a procissão vai no adro’, e já se discute na praça
pública as virtudes e os defeitos das putativas candidatas, uma vez que nenhuma
ainda anunciou ou recandidatura, ou candidatura.
Também o ‘palanque’ já está montado para se assistir aos
duelos, que serão os debates que por certo se irão fazer com todos os
candidatos.
E a tudo isto o concelho de Portalegre assistirá, com os
seus munícipes não esperança de que algo venha a mudar, para melhor!
Mário Casa Nova Martins
27 de Janeiro de 2025
Rádio Portalegre
segunda-feira, janeiro 27, 2025
Chapéus há muitos!
Esta é mais uma. Se o ridículo falasse muito haveria a dizer de e sobre Marcelo Rebelo de Sousa, para muitos o pior Presidente da Repúblicas desde 5 de Outubro de 1910!
Saudade do Actor Vasco Santana e da sua famosa frase no Jardim Zoológico, no inesquecível filme «A Canção de Lisboa»:
_ "CHAPÉUS HÀ MUITOS, SEU PALERMA!!!"
Mário Casa Nova Martins
sexta-feira, janeiro 24, 2025
AA - No Centenário da Morte de António Sardinha
No Centenário da
Morte de António Sardinha
António Maria de Sousa Sardinha
nasce em Monforte a 9 de Setembro de 1888, e vem a falecer em Elvas em 10 de
Janeiro de 1925. Celebra-se este mês o centenário da sua morte.
Inicia-se nas letras,
concretamente na poesia. Na qualidade de poeta, é o autor da poesia «Lyrica de
outubro», que pelo próprio é recitada nos jogos florais luso-espanhóis de
Salamanca em 1909, conquistando a «Flor natural», prémio reservado aos poetas
portugueses.
Porém, desde muito novo que António
Sardinha também se interessa pela coisa pública, sendo nos seus tempos de
estudante em Coimbra um adversário da monarquia constitucional, defendendo como
regime a república. Todavia, pouco tempo depois, desgostoso com o rumo que
seguia a república implantada em 5 de Outubro de 1910, renega o seu
republicanismo, e no final do ano de 1912 torna pública a sua conversão à monarquia
e também ao catolicismo.
Em 1911 licencia-se em Direito
pela Universidade de Coimbra, e em 1914 funda com Hipólito Raposo e Alberto
Monsaraz a revista «Nação Portuguesa», que dois anos mais tarde dava origem ao
movimento político-social Integralismo Lusitano, e do qual foi um dos chefes
mais activos e prestigiados.
Influenciado por Maurice Barrès e
por outros nacionalistas franceses, o Integralismo Lusitano é a base do
nacionalismo. Inseriu-se no movimento de contestação anti-oitocentista. Os seus
doutrinadores citavam Paul Bourget e Charles Maurras, a escola contra-revolucionária
francesa, e também as correntes do socialismo e sindicalismo anti-parlamentar
representados por George Sorel, Édouard Berth e Georges Valois.
António Sardinha evolui da utopia
republicana para o ideário católico e monárquico. Formado no ambiente da crise
monárquica finissecular, encontra o antídoto contra o decadentismo do tempo na
promessa republicana de regeneração, democracia e progresso. Contudo, após a
implantação da república, mergulha num desencanto face ao rumo seguido pelo
novo regime, que reproduzia, nas fraudes eleitorais, no parlamentarismo estéril,
na guerra religiosa ou na impossibilidade de reformas de fundo, os vícios de
que a monarquia finda padecera. Faz então uma autêntica conversão mental,
redescobre o catolicismo e o ideal de organização política tradicional,
municipalista e corporativa, com um rei.
Como monárquico, entende ser
anti-maçon e anti-iberista. A influência da maçonaria nos destinos da Primeira
República, e o facto de muitos proeminentes maçons e intelectuais republicanos
serem iberistas, conduzem António Sardinha a uma violência verbal e escrita
contra estres dois pilares do pensamento republicano dominante, se bem que o
receio de uma intervenção espanhola em Portugal de cariz monárquico-restauracionista,
leve os republicanos portugueses a afastarem-se progressivamente do iberismo e
a acolherem-se na ‘pérfida Albion’ que outrora tanto atacaram.
O Sidonismo marcou um tempo de
maior liberdade para os ideais monárquicos, permitindo a apresentação de uma
lista monárquica ao Parlamento da República, lista essa onde está e pela qual
António Sardinha foi eleito.
Algum tempo depois do assassinato
do Presidente-Rei, os monárquicos lançam-se na aventura restauracionista
quixotesca denominada Monarquia do Norte, condenada pelo próprio rei-deposto, e
no seguimento desta, António Sardinha refugia-se em Espanha.
Regressa a Portugal vinte e sete
meses depois e torna-se director do diário «A Monarquia», onde desenvolve
intenso combate em defesa da filosofia e sociologia política tomista,
rejeitando a tese da decadência de Oswald Spengler, em defesa do catolicismo
como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente. E assim doutrinalmente
permanecerá até ao final da vida.
Rebelde com causa, deste modo se
pode definir a curta vida de António Sardinha. Republicano na monarquia e monárquico
na república, de indiferente a tradicionalista na religião, foi um homem que
viveu a contra-corrente. Deixou obra como historiador, poeta e sobretudo
doutrinador de uma Ideia que hoje é vista como utópica, a restauração
monárquica.
António Sardinha deixou
continuadores, os Neo-Integralistas.
Continua a ser alvo de estudos,
como «António Sardinha (1887-1925) – Um Intelectual no Século» de Ana Isabel
Sardinha Desvignes, editado pelo ICS em 2006. A Editora Contra-Corrente em 2020
edita «Antologia – O Pensamento de António Sardinha», da responsabilidade de
Alberto Araújo Lima, em 2023 reedita uma obra fundamental do Autor «O Valor da
Raça», e neste ano de 2025 a obra «O Território e a Raça». E a Editora
E-Imprimatur edita a sua poesia completa «António Sardinha – Poesia», com
organização e fixação do texto por José Manuel Quintas e Manuel Vieira da Cruz,
acompanhado de um estudo académico de José Carlos Seabra Pereira, tendo saído
dos prelos em Setembro de 2024.
Passou no dia 10 deste Janeiro de
2025 o centenário da sua morte. Nas páginas do «Alto Alentejo» fica esta
Memória de uma figura ímpar da Política e da Cultura portuguesa do primeiro
quartel do século XX, quiçá, um pouco esquecida, mas que continua a ser uma
referência do Pensamento de Direita em Portugal.
Mário Casa Nova Martins
*
PS – A propósito do livro «Tronco Reverdecido» e do volume
da E-Imprimatur, diga-se que em nenhum deles consta um poema editado no jornal
«O Distrito de Portalegre», nem em nenhuma outra obra de António Sardinha, facto
merecedor de ser novamente publicado.
CRÍTICA E ARTE
O SENHOR PRIOR
_______
«… O nosso bom Prior
entregou
ontem a alma a Deus.»
D’uma carta
Morreste, bom velhinho e essa quimera,
que sempre me embalava docemente
e bem maior que tantas outras era,
vejo-a desfeita agora de repente!
Quando sorri em todo a primavera,
eu sinto a mesma dor que o outono sente,
que a árvore da desilusão se desespera
e esperança já não acho que a avivente.
Alastra-se o pomar de frutos de oiro,
e, enquanto os seca um vento mau de agoiro,
o sonho que incarnaste evoco ainda…
Se entrei por tua mão na Madre-Igreja,
quisera que ela um dia, benfazeja,
também me unisse à minha noiva linda.
Coimbra, abril, 1908.
Do livro, para breve: –
Tronco reverdecido
António Sardinha
in, O Distrito de Portalegre
Ano 25.º, Domingo, 12
de Abril de 1908. N.º 1546, pg. 3
segunda-feira, janeiro 20, 2025
segunda-feira, janeiro 13, 2025
Desabafos 2024/2025 - V
«E aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da morte
libertando», é das estrofes mais conhecidas d’Os Lusíadas. E elas podem
aplicar-se a António Miguel Martinó de Azevedo Coutinho.
António Martinó celebrou os seus noventa anos no seio da
Família. Mas quis mais tarde reunir à sua volta Familiares e Amigos.
Assim, no passado sábado dia 11, o salão da Associação
Cultural, Recreativa e Desportiva Reinaldense, em Atouguia da Baleia, foi o ponto
de encontro de gentes de Peniche, onde actualmente reside, de Lisboa, também de
Portalegre, para em comum se celebrar nove décadas de uma Vida dedicada à
Família, ao Ensino e à Causa Pública.
Tivemos o privilégio de estar presentes e de nos unir em Amizade
com o Aniversariante, neste momento importante para António Martinó.
Ao longo da vida tem primado pelo Serviço Público na Escola
e na Cidadania.
Estivemos juntos nos momentos culturais onde tem obra de
vulto, em campos opostos na política, mas sempre com enorme respeito e
consideração.
António Martinó nunca foi consensual. Também nunca o quis
ser. É uma virtude que cultiva e que o honra. Por isso tem a sua ‘marca’ na
Cultura de Portalegre.
Ao longo destas décadas quis sempre construir uma identidade
própria, mas sempre pondo em primeiro lugar a Cidade que o viu nascer. Longe, continua
‘perto’ de Portalegre. Não esquece as suas Raízes, lembra-as sempre nos seus
Escritos e no seu dia-a-dia. É e será lembrado como um Portalegrense Ilustre.
Mário Casa Nova Martins
13 de Janeiro de 2025
Rádio Portalegre