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Ortodoxias
A Guerra dos Trinta Anos estendeu-se de 1618 a 1648, sendo
um dos maiores conflitos da História europeia. Compreendeu uma série de conflitos
que envolveram boa parte dos países da Europa Ocidental.
A ‘segunda’ Guerra dos Trinta Anos, também conhecida por
Guerra Civil Europeia, decorreu entre 1914 e 1945. O seu palco principal voltou
a ser a Europa Central, e ainda hoje há na Europa resquícios das suas
consequências.
O actual conflito entre uma certa Europa e a Rússia, que
decorre em solo ucraniano, não deixa de ser uma das consequências da partilha
desta mesma Europa pelos vencedores de 1945, a então União Soviética, os EUA e
a Inglaterra.
Países retalhados, novas fronteiras, deslocações de
populações inteiras. Em suma, a Europa Central viu-se redefinida humana e geograficamente.
E o conflito na Ucrânia retracta o que foi então feito.
Hoje cerca de um terço da Ucrânia está controlada pela
Rússia, que anexou esses territórios e que continua a avançar para oeste.
Por outro lado, a Ucrânia está ameaçada por vizinhos
dispostos a recuperarem territórios que Estaline entregou no pós-1945 a Kiev. A
Polónia revindica os territórios da Galícia, a Hungria quer de volta a
Transcarpácia, a Roménia reclama os territórios da Bessarabia, Bukovina do
Norte, Hertsa e a Transcarpácia.
E se tal viesse a acontecer, a Ucrânia ficaria reduzida a
metade do seu território.
Estas temáticas, num ‘Portugal com as fronteiras mais
antigas do mundo’, como é dito, não têm sido debatidas, continuando a ser
veiculada apenas parte do problema.
A Europa de Lisboa a Vladivostok, a Europa do Atlântico aos
Urais, é a Europa primeva que urge preservar na sua História, nos seus usos e
costumes, na sua Matriz Greco-Cristã. As guerras que a têm flagelado, o sangue
derramado dos Europeus, têm forjado a razão de ser de uma Europa una, livre,
face a todos os inimigos, internos e externos, que a querem dividir para a
controlar e dominar.
O solo ucraniano e os Balcãs são hoje, como já o foram no
passado, o ‘calcanhar de Aquiles’ da Europa. E a Europa tem que ser forte para
conseguir um tempo de Paz.
A Europa no tempo presente necessita de líderes como no
passado recente teve, tais como Konrad Adenauer, Alcidi de Gasperi, Charles de
Gaulle, Helmut Khol, Margaret Thatcher, e em Roma gente d’algo como João Paulo
II e Bento XVI.
Mas os tempos não estão a ser propícios a que a Europa
renasça desta tão grave crise em que mergulhou.
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