A BANCA ( QUE ERA ) PORTUGUESA
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A BANCA ( QUE ERA ) PORTUGUESA
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Dos quatro maiores bancos que hoje
operam no mercado português, só a Caixa Geral de Depósitos se mantém nacional,
com o seu capital controlado a 100% pelo Estado. O BCP é controlado pelos
chineses da Fosun, o BPI pelos catalães do La Caixa, o Santander Totta pelos
espanhóis do Santander. Quanto a um quinto, o Novo Banco, este aguarda quem o
compre, mas há a certeza, dados os valores em questão, de que não será capital
nacional a mandar no futuro da instituição.
Poder-se-á perguntar como se
chegou a esta situação. Contudo, a verdade é que quando a banca foi
nacionalizada nos idos de Março de 1975, estava saudável. Dai o ‘apetite’ pelo
controlo da banca por parte dos radicais de Esquerda que controlavam o aparelho
de Estado, e principalmente a rua.
Sabe-se que a banca fora
delapidada no período do PREC, dominada que estava pelos sindicatos comunistas
da Intersindical, e por um conjunto de gestores nomeados pelo Estado de
formação marxista. Pior não podia ter acontecido, em termos financeiros e
sobretudo de gestão, à banca portuguesa.
Quando das privatizações, os capitais
portugueses existentes não eram suficientes para a tirar das mãos do Estado,
que fora mau gestor. Não havendo capital português suficiente, foi necessário
recorrer-se a capitais privados estrangeiros.
E chega-se ao presente da maneira
mais natural. Erros de gestão por parte dos portugueses, gestão danosa em
certas instituições, do que são exemplo os ex-BES e ex-BANIF, os maiores e noutros
de menor dimensão, como o ex-BPN, tornaram inviável uma banca, que fora forte,
coesa e portuguesa no período da Segunda República.
Dos muitos problemas que
conduziram à actual situação da banca portuguesa está o denominado “crédito malparado”,
e sabe-se que muito dele tem a ver com negócios entre essa banca e empresas que
por sua vez era ‘contribuintes líquidos’ de partidos políticos. Para não se
falar do facilitismo quanto ao acesso ao crédito por parte de particulares sem
garantias sólidas.
Dada a incompetência dos
portugueses na área bancária, era expectável que os estrangeiros aproveitassem
esta oportunidade de negócio em que se tornou a banca portuguesa.
Porém, a manutenção da CGD no Estado não é um dado adquirido, uma vez que ciclicamente há a tentativa de privatizar uma parte do seu capital. Mas se tal vier a acontecer, logo será a restante parte, e se a CGD sair da esfera pública, será sempre um crime contra o próprio Estado e contra os Portugueses.
Porém, a manutenção da CGD no Estado não é um dado adquirido, uma vez que ciclicamente há a tentativa de privatizar uma parte do seu capital. Mas se tal vier a acontecer, logo será a restante parte, e se a CGD sair da esfera pública, será sempre um crime contra o próprio Estado e contra os Portugueses.
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