\ A VOZ PORTALEGRENSE: PORTUGAL PRESENTE

terça-feira, janeiro 31, 2017

PORTUGAL PRESENTE

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Será que o poder das redes sociais marca de facto a ordem do dia? Mas que tipo de poder é esse?
É um poder muito perigoso porque não obedece a leis ou a princípios, é uma força totalitária que ameaça a Liberdade, seja ela de pensar, seja de agir. Ao querer atingir objectivos nem sempre lícitos e muito menos lineares, chega às massas e sabe-se a sua irracionalidade, justamente no pensar e principalmente no agir.
Cada vez é mais ouvido ou lido que uma frase, uma opinião, uma imagem, tornou-se viral. E depois o que acontece?
É simples, a espuma dos dias leva-a para o baú do esquecimento. O viral torna-se rapidamente obsoleto. Antes, enquanto é viral, são produzidos comentários nas denominadas “caixas de comentários”, uns sérios e documentados, outros sem a preocupação de contextualização, mas a grande maioria é o insulto, a ameaça, a calúnia.
Hoje em dias assiste-se ao alastrar da ignorância, da incultura, em suma, a tal maioria do comentadores jamais se preocupa com o detalhe, com o contexto ou sequer em perceber o assunto que comenta. Todos percebem de tudo, comentam tudo, e acima de tudo, consideram-se os detentores únicos da verdade.
Uma dos flagelos do tempo presente são as redes socais, que manipulam a informação, que deformam a informação, que fazem a mais descarada censura, tudo em nome do antidemocrático politicamente correcto, que não é mais do que uma forma, viral, do pensamento único, que a mentirosa imprensa de referência quer inculcar nos seus leitores ou ouvintes.
Assim, torna-se necessário a criação de canais alternativos a essa mentirosa imprensa de referência, a esse pensamento único, daí a necessidade sentida da criação de um espaço plural de informação, que é esta Casa, multidisciplinar nos saberes e nos conteúdos.
Este processo há muito que era sentido, mas a recente censura e saneamentos no único espaço de liberdade na área da comunicação social escrita, levou ao acelerar do processo que terminou com a fundação do «Portugal Presente».
Mário Casa Nova Martins
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