Exposição Hergé
George Prosper Remi (22-05-1907 / 03-03-1983) é um espectador atento do século XX. Escritor, artista e desenhador de banda desenhada, adoptou o pseudónimo de Hergé, e tornou-se conhecido pela criação da personagem “Tintin”. Vinte e três álbuns completos e um inacabado (A Alph-Art) de Tintin, histórias de “Totor”, “Popol e Virginie”, em português, “Joana, Joana e o macaco Simão”, “Quim e Filipe”, constituem um acervo de qualidade extraordinária, que tem atravessado gerações de leitores e cultores de Hergé.
A exposição na Fundação Gulbenkian tem sido um sucesso de visitas. O catálogo «Hergé em Portugal», que acompanha a exposição, é interessante. Para admiradores de Hergé, é a oportunidade de conhecer e ver ao vivo ‘pedaços’ da vida e obra de Georges Remi. Para todos, momentos de cultura.
A vida de Hergé, principal centro da exposição, tem ‘claros’ e ‘escuros’. Mas o importante é ter-se sempre em mente o espírito do tempo. Nada é neutro, e a obra de George Remi reflecte os seus princípios e valores, as suas crenças, a maneira de ver e interpretar a realidade que o cercava. Em complemento da exposição, e em português, aconselha-se a leitura da obra de Benoît Peeters «Hergé filho de Tintin».
George Remi nunca esteve em Portugal, mas é em Portugal que Tintin é editado pela primeira vez fora da Bélgica, e a cores também pela primeira vez.
Mas existem personagens ‘portuguesas’ nas aventuras de Tintin, com destaque para o Senhor Oliveira da Figueira, mas também um jornalista do ‘Diário de Lisboa’, em «Tintin no Congo», e o professor da Universidade de Coimbra Pedro João dos Santos em «A Estrela Misteriosa». O Senhor Oliveira da Figueira surge em vários álbuns, sempre ao lado de Tintin e do Capitão Haddock.~
A exposição foi organizada em colaboração com o Museu Hergé. Como se escreve na apresentação, é uma oportunidade única para os visitantes descobrirem alguns dos tesouros do Museu Hergé, pranchas originais, pinturas, fotografias e documentos de arquivo. E também a ocasião para revelar uma faceta menos conhecida, a carreira como designer gráfico publicitário.
Mário Casa Nova Martins
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_ Núcleos: Grandeza da arte menor; Hergé, o amante de arte; O
romancista da imagem; O êxito e a tormenta; Uma família de papel; Hergé e a
revista Coeurs Vaillants; A arte do reclame; A lição do Oriente; O nascimento
de um mito
_ De referir a apresentação do livro «Tintin no país dos
Sovietes», versão colorida, pelas Edições Asa, no dia 6 de Dezembro, pelas 18
horas.
_ Hergé (Catálogo de exposição), Moulinsart/Fundação Calouste
Gulbenkian, 48 + separata "Hergé em Portugal", cor, capa dura, 15€
_ Edifício Sede – Galeria Principal, Av. de Berna, 45A,
Lisboa
_ Preço 5 €. Horário, seg, qua, qui, sáb, dom 10:00 –
18:00, sex 10:00 – 21:00
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