Desabafos 2021/2022 - V
Novembro de 2021. Um jovem é ferido a tiro numa escola de
Loures. Aluna agride funcionária numa escola do Porto. Em Torres Vedras, um
aluno de 12 anos é hospitalizado após agressão na escola.
Estas são notícias, não de primeira página, mas que vêm na comunicação
social nacional. Na comunicação social escrita, porque na outra é tema tabu.
Uma notícia de violência na escola não abre noticiários de
telejornais, ou outros. Há uma espécie de censura, não de pudor, em trazer
estas notícias para o primeiro plano noticioso.
E quem julgar que é só na terra ao lado, na escola ao lado,
está muito enganado.
A situação de violência, dos mais variados tipos, tem
aumentado com gravidade nos últimos anos nas escolas.
Insegurança dos alunos, dos funcionários, dos professores.
Mas há que tapar com uma cortina de silêncio o aumento
gradual da violência nas escolas. E principalmente a protecção aos professores
é nula.
Quando se fala que há falta de professores no ensino
público, os bem pensantes atribuem essa carência aos salários que os
professores auferem.
Esse facto é cada vez mais minoritário na opção de se ser
professor. A insegurança física e psíquica do professore é factor muito
determinante para quem quer escolher esta nobre profissão de ensinar.
Os teóricos da Educação, tudo sabem, mas nada sabem da
realidade que se vive no dia-a-dia na escola pública.
Não falando no comportamento de pais e encarregados de
educação.
E por aqui se fica!
29 de Novembro de 2021
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