Avelino Bento e os 'putos'
«Era uma vez…», assim começavam as histórias lidas num tempo
de uma infância feliz. Eram histórias de princesas e de príncipes, de reis e
rainhas, histórias de encantar que faziam sonhar e acreditar que as pessoas
eram felizes e o mundo o paraíso.
«Os últimos putos neo-realistas» é, até ao momento, a mais
recente obra de Avelino Bento, um Autor cada vez mais prolífero.
O neo-realismo foi uma corrente artística de
meados do século XX, com um carácter ideológico marcadamente de esquerda
marxista, que teve ramificações em várias formas de arte (literatura, pintura,
música), mas atingiu o seu expoente máximo no cinema neo-realista,
sobretudo no realismo poético francês e no neo-realismo
italiano.
Esta definição mostra que a realidade não é homogénea,
outras formas interpretativas das artes coexistiram, e hoje o neo-realismo faz
parte de um tempo, e esse tempo é aquele no qual o Autor situa a sua infância e
as histórias que narra na Obra.
O livro é um conjunto de histórias vividas por Avelino
Bento, que deixaram no seu imaginário uma saudade saudável, a ponto de querer
partilhá-las com terceiros, os seus Leitores.
A felicidade que mostra na escrita, é acompanha por desenhos
do próprio, que de alguma forma complementam o texto.
Por certos, muitos dos Leitores identificar-se-ão, de uma
forma ou outra, com muitas das histórias deliciosamente contados pelo Autor.
Essa uma, entre outras mais, mais-valias d’«Os últimos putos neo-realistas». A
ler!
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