\ A VOZ PORTALEGRENSE: Clint e a Redenção

sexta-feira, outubro 08, 2021

Clint e a Redenção

Ainda se fazem filmes assim. Tão simples, tão profundo, tão grande!

A história conta-se em meia dúzia de palavras, mas os gestos são tão fortes que não se fica indiferente. O retracto de um tempo que é passado, mas não é nostálgico porque estava cheio de Princípios e Valores que hoje se perderam. Passado que não pode passar.

A América que foi grande, o México sempre na rota da América profunda. Aquela que perdeu uma guerra mas que nunca se vergou aos vencedores.

A memória dos Pioneiros, a pradaria, o deserto, os cavalos. E um animal pequeno, que é enorme na luta, um vencedor!

A Fronteira separa dois mundos, um que foi e o que é. O Deus Regiano, aquele que ‘fere e consola com o próprio mal que faz’. O Bem e o Mal. A Providência. E o tempo que tudo traz e tudo cura. A Redenção.

Houve um tempo em que os Homens e as Mulheres construíam a Família, que tinha Fé, que se redimia pelo Trabalho, pela doação ao Outro. Dar sem esperar o retorno. Mas o final é o retorno a casa, ao lar, à Família. Sublime.

O Rapaz e o Velho. Eu também já sou Velho.

Que banda sonora! Que canções! Que Viva o México. Que viva a América!

Honra a Clint Eastwood.

Mário Casa Nova Martins