Centeno - PS - A Verdade
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A (in)verdade a que temos direito
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Em 10 de Janeiro de 1976, o PCP levava para as bancas o seu
jornal diário, justamente intitulado «o diário». Tinha como director um
ortodoxo comunista, Miguel Urbano Rodrigues, e apresentava como subtítulo “A
Verdade a que temos direito”. Assim mesmo.
A História apresenta exemplares exemplos, do que é a verdade
para o Comunismo, para os comunistas e consequentemente para o PCP, aliás, a
fotografia da primeira página de «o diário», logo no seu primeiro número, é bem
elucidativa.
Mas há alturas, poucas, em que a verdade dita por um
comunista é mesmo verdade, a verdade.
Quando o velho estalinista Gerónimo de Sousa, o patriarca
dos comunistas portugueses, diz que não põe as mãos no fogo pelo ministro das
Finanças Mário Centeno, no caso-CGD, põe a verdade dos factos em verdade.
Mário Centeno mentiu. O PCP sabe que Mário Centeno mentiu. Os
portugueses sempre souberam que havia ‘coelho na moita’. Curiosamente, parece
que apenas quem não sabia que Centeno mentia era o presidente da República! Nesta
República de afectos já tudo é possível.
O ‘culto da verdade’ por parte da Esquerda, PS, e da
Esquerda radical, BE, está à prova, a verdade só é verdade quando a verdade
convém. Daí o esquema montado na Assembleia da República para que a verdade dos
factos não seja a verdade, mas sim a conveniente verdade.
A tudo isto assiste o Povo, essa entidade amorfa em que se
tornaram os Portugueses, que já nem da verdade querem saber ou apurar.
Houve tempo em que quando um político mentia, era punido, a
começar pelos seus pares, e se fosse ministro era de imediato demitido. Hoje, a
mentira e a verdade confundem-se. Mário Centeno, e o PS, que o digam.
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