Desabafos 2000/2001 - XIX
A pouco mais de quatro meses, em Outubro, terão lugar
eleições autárquicas.
Portalegre cidade e concelho têm a oportunidade de decidir
entre ‘o mesmo’, ou a mudança.
Um inquérito de opinião, hoje, dirá que o PS, finalmente com
um candidato credível, ganha com maioria relativa.
O segundo lugar é disputado até ao último voto entre CLIP e
PSD, que tem, por uma vez, uma candidata que é mais-valia.
O PSD ganha um vereador ao CLIP, cuja imagem se desgastou ao
longo de mandatos sucessivos.
O PCP perde o voto útil à esquerda, dada a figura do
candidato socialista, e também perde o voto de protesto que irá para o Chega,
mas mantém o vereador.
O Chega tem como candidato uma pessoa que há quatro anos
teve papel de relevo nas listas do CDS. O descontentamento face ao declínio de
Portalegre, cidade capital de distrito, pode ser a grande força do Chega, se
conseguir capitalizá-lo.
O BE é residual, o concelho de Portalegre não é radical, não
apoia extremismos e muito menos as políticas fracturantes que caracterizam esta
força de extrema-esquerda.
Por fim o CDS. Há quatro anos, o CDS vivia momentos de
grande entusiasmo e união em torno da candidatura de Nuno Figueiredo Moniz.
Hoje, «aos costumes nada diz».
Como se lamenta o ‘desaparecimento’ do CDS!
A diluição do CDS no concelho de Portalegre, quer no PSD,
quer no Chega, acontece porque os actuais dirigentes assim o quiseram. Houve tempo
para o CDS construir uma equipa forte para este acto eleitoral. Tristeza!
24 de Maio de 2021
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