A Miséria do Socialismo
O reino da abundância, que os socialistas haviam prometido, foi trazido pelos capitalistas. E contra o capitalismo da abundância desenvolveu-se o programa de um socialismo da miséria.
Esta parábola, que recebi via mail, é disso exemplo do que hoje se passa em Portugal.
Mário Casa Nova Martins
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A Cigarra e a Formiga -
versões Alemã e Portuguesa
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A cigarra acha que a formiga
é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o
tempo passar.
Quando chega o Inverno a
formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem
casa nem comida e morre de fome.
FIM
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Versão portuguesa
A formiga trabalha durante
todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o
Inverno.
A cigarra acha que a formiga
é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o
tempo passar.
Quando chega o Inverno a
formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio,
organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o
direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que
não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões
em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo
que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com
uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.
A opinião pública portuguesa
escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no
bem bom. As associações anti-pobreza manifestam-se diante da casa da formiga.
Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de
comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da
cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir
para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os
Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados, a ILGA e a ala esquerda do PS, com a Helena
Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares, organizam
manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os
transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os
transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um
livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens, o
Governo CDS/PSD faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti-descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão).
Os impostos da formiga são
aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à
cigarra. A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem
dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.
A formiga abandona Portugal e
vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o
desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma
reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os
bens que aquela teve de deixar para trás.
Embora a Primavera ainda
venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas
"parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e
escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a
canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista"
A antiga casa da formiga
deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se nas tintas para a sua
conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a
casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as
causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária
mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros
por ano.
Enquanto a comissão prepara a
primeira reunião para daí a três meses, a cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no
Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade
social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao
abandono, é ocupada por um bando de baratas, imigrantes ilegais, que há já dois
anos que foram intimadas a sair do País mas que decidiram cá ficar,
dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar a vizinhança.
Ana Gomes um pouco a
despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos
submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os
voos da CIA, e aproveita para insultar Paulo Portas.
Entretanto o Governo
CDS/PSD felicita-se pela diversidade cultural do País e pela sua aptidão para integrar
harmoniosamente as diferenças sociais e as contribuições das diversas
comunidades que nele encontraram uma vida melhor.
A formiga, entretanto, refez
a vida na Suíça e está quase milionária!
FIM
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