Luís Filipe Meira
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O
Portalegre JazzFest está de regresso depois de um ano de interregno, devido à
crise, dirão uns, devido ao desinvestimento brutal na cultura, dirão outros.
Mas
o que interessa é que amanhã 5ª feira pelas nove e meia da noite, o pianista
Mário Laginha sobe ao palco do CAE acompanhado do contrabaixista Nelson Cascais
e do baterista Alexandre Frazão. No final da atuação do Trio de Mário Laginha
haverá a primeira apresentação de um projeto recém-criado, o CAEP Voices (Grupo Vocal do CAEP) que
irá proporcionar a todo o
auditório uma oportunidade para se deleitarem com vozes de todos os estilos e
gerações.
Para
os notívagos haverá um afterhours no
espaço café-concerto com a Clean
Feed DJ Party, que tanto sucesso
alcançou na anterior edição do festival.
Na
6ª Feira e para manter a tradição segue-se à proposta portuguesa de Mário
Laginha, uma proposta europeia, este ano com os “Fire!”, grupo constituído por Mats Gustafsson (saxofones, Fender
Rhodes, eletrónica), Andreas Werliin (baixo) e Johan Berthling (bateria e
percussões) que nos propõem “uma
alternativa ao entendimento da música improvisada enquanto prática
‘não-idiomática’, segundo o rótulo que lhe deu Derek Bailey”, como nos explicou Joaquim Ribeiro, o diretor
artístico do festival.
No
sábado e para fechar esta 11ª edição do Portalegre JazzFest iremos ter o
quarteto Lean Left, que inclui Ken Vandermark, saxofonista e clarinetista
norte-americano já conhecido do público português e dos portalegrenses,
integrado noutros projetos. Desta feita, o músico norte-americano é acompanhado
por Paal Nilsen-Love e pela dupla Terrie Ex e Andy Moor, do grupo holandês The
Ex.
Projeto
que em quarteto e seguindo ainda as explicações do diretor artístico do evento,
“ representa o cruzamento de duas heranças
musicais desviantes iniciadas nas décadas de 1960 e 70, a do ‘free jazz’ e a do
‘free rock’, na confluência de dois formatos estilísticos, jazz e rock, unidos
pela máxima exploração do princípio da liberdade expressiva”.
Esta edição do Festival de Jazz de Portalegre inclui
ainda oficinas musicais, uma feira do disco, especializada em jazz, a cargo da
discográfica Clean Feed, e sessões de música no café-concerto do CAEP após os
espetáculos no palco principal desta sala.
Os
denominados “espetáculos ‘afterhours’”
contam com Samuel James, em duas sessões, e, no dia da abertura, como atrás
referimos, realiza-se a Clean Feed DJ
Party,
De
20 a 22 de março, entre as 17:00 e as 19:00, também no café-concerto do CAEP,
Samuel Janes orienta “oficinas de música” para guitarra, voz e harmónica.
Cá
estaremos na próxima semana para fazer o balanço deste regresso do Portalegre
JazzFest.
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