Desabafos 2013/2014 - X
Segundo dados oficiais, sete anos depois de Portugal ter
aprovado em referendo a descriminalização do aborto, num acto cujo número da
participação dos cidadãos não tornava constitucionalmente vinculativo o seu
resultado, a Saúde pública realizou cerca de 100 mil abortos voluntários. E se
a esses abortos se juntar os feitos em clínicas privadas e os clandestinos,
esse valor sobe drasticamente, e assim se compreende o dramático que tal
situação é para um país em acentuada quebra de natalidade e de demografia.
Por outro lado, a Bélgica tornou-se o primeiro país a
permitir a eutanásia infantil sem qualquer limite de idade, em caso de doença
terminal com sofrimento para a criança e sem hipótese de tratamento.
Se se analisar estes dois casos, o aborto e a eutanásia,
pode-se dizer que nesta Europa se cultiva cada vez mais uma Cultura de Morte.
Parece que o abismo moral e ético em que esta Europa
decadente mergulhou não tem fundo!
Os valores consubstanciados nesta hedionda Cultura da Morte,
eles próprios conduzem a Civilização Greco-Judaico-Cristã para um relativismo
que a torna presa fácil de todos os fundamentalismos, sejam eles de cariz
político, religioso, ou outro.
Aborto, eutanásia e eugenismo, são problemas com os quais a
actual sociedade hedonista europeia se confronta, escolhendo sempre a forma
mais radical para os resolver.
Assim, cada passo legislativo é mais um passo para tornar a
Cultura da Morte na própria morte da Europa.
Sob a capa de uma falso Progresso, de um dito progressismo,
a Europa caminha para a sua própria destruição. A Europa está claramente num
caminho sem retorno.
Mário Casa Nova Martins
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