AA Medos e Demónios
Medos e Demónios
‘Os amanhãs que cantam’ há muito que ‘emudeceram’.
Simbolicamente, a sua derrota data de 9 de Novembro de 1989, com a queda do
Muro de Berlim. Mas nunca deixaram de manter viva na Europa a sua dominação
seja na cultura, seja na comunicação social.
Eleitoralmente de imediato desaparecem. Contudo, resistiram décadas
em Portugal, se bem que hoje no parlamento sejam apenas 9 em 230 deputados (4
Estalinistas e 5 Trotskistas), uma minoria de 3,9 %.
A última campanha eleitoral para as eleições europeias de 9
de Junho passado, mostrou a sua preponderância na comunicação social nacional,
onde conseguiram marcar a agenda, não política mas uma agenda de ódio a tudo o
que não está na sua cartilha ideológica totalitária.
Em Portugal, durante décadas ameaçaram com “o regresso do
fascismo”, frase que se traduzia na criação de um medo na forma de condicionar
o voto, de ameaça a quem em público tinha uma opinião diferente, de intimidação
a quem saísse fora do cânone dito progressista. E isto acontecia no Ensino, com
grande intensidade na Universidade, nos meios intelectuais, mas também nos
empregos e na vida social.
Desmontada esta perfídia de “o regresso do fascismo”, nova
frase surgiu na tentativa de cerceamento, de intimidação, de demonização, que é
“a ascensão da extrema-direita”.
Formatação de mentes ao longo do último meio século marca o
processo de despotismo imposto pelo radicalismo de esquerda.
Quando a Europa está em guerra, que está para durar,
sabendo-se que não vai haver vencedores mas sim vencidos; quando a economia europeia
está em crise, pela guerra e pela desindustrialização acelerada que erradamente
teve; uma Europa sem as matérias-primas que hoje são as mais importantes para as
novas indústrias e tecnologias; uma Europa com excesso de burocracia, fraca
produtividade, problemas de competitividade, corrupção; e toda a campanha
eleitoral teve apenas um denominador, “a ascensão da extrema-direita”.
Dominou debates, noticiários, comentários, momentos de
campanha dos partidos, “a ascensão da extrema-direita”.
Partidos do arco da governação e radicais de esquerda com
assento parlamentar, ocuparam o tempo não a discutir o presente e o futuro da
Europa e da União Europeia, mas sim a criar um clima persecutório,
claustrofóbico. Tudo se resumia ao tema, “a ascensão da extrema-direita”!
E o que é “a ascensão da extrema-direita”? Uma frase que
nada diz, porque a extrema-direita, que realmente existe em Portugal, nada tem
a ver com os ‘alvos’ que se pretendiam atacar.
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