Desabafos 2022/23 - III
Parece que os portugueses já começam a sentir o preço da
inflação, que galopa, se bem que o poder político faz tudo para que, com
artifícios, pareça que está tudo bem.
Que fique claro que, como diz o povo na sua ancestral
sabedoria, que «a procissão ainda vai no adro».
Enquanto o povo discute a localização do novo aeroporto de
Lisboa, tal como o governo manda, enquanto o povo toma partido na guerra entre
a Rússia e os Estados Unidos nos campos ucranianos, acreditando piamente em
‘avençados’ e outros ditos ‘de aviário’, a verdade é que tudo tem a ver com
economia, mais concretamente com moedas, no caso presente as moedas dólar,
libra e euro.
Nunca se viu tal coisa! O dólar está em alta face à libra e
ao euro. A libra e o euro estão a ser os maiores derrotados da guerra EUA –
Rússia.
Como os principais pagamentos são em dólares, então tudo o
que é comprado em libras e em euros é mais caro. E quem beneficia é os EUA.
Por muito que custe aceitar aos mais ‘distraídos’, a verdade
é que ‘tudo’ é economia.
Desde que foi abandonado o padrão-ouro, o dólar como
moeda-padrão é senhor e actor de tudo o que é economia e finanças.
A dependência dos países face ao dólar significa a
dependência dos mesmos países e seus povos face aos EUA. E as consequências
dessa dependência levam à subserviência de países e continentes ao dólar
americano.
Aquele país que não produz riqueza, que tem que importar
praticamente tudo e que pouco exporta, como é o caso de Portugal, ao ter que
pagar as importações em dólares, compreensivelmente vê todos os produtos mais
caros.
Mais do que qualquer guerra que exista, seja na Europa, seja
noutro Continente, é o dólar americano, a par do Socialismo, quem mais
empobrece Portugal e os portugueses.
10 de Outubro de 2022
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