Desabafos 2018/2019 - XIV
Dezanove países da União Europeia reconheceram Juan
Guaidó como Presidente interino da Venezuela e insistiram para que ele
convoque eleições presidenciais justas, livres e independentes o mais cedo
possível.
De entre estes países encontra-se Portugal.
Que se diga antes do mais que o governo de Portugal é do
Partido Socialista. De certeza que se o governo de Portugal fosse do PSD e do
CDS, não teria sido tomada esta decisão.
É que CDS e PSD são, como os definiu Jaime Nogueira Pinto em
recente ensaio no jornal «Observador», uma direita envergonhada. PSD e CDS têm
os votos da direita, votos que usam, mas que desprezam.
Voltando a Jaime Nogueira Pinto, a haver uma verdadeira
direita em Portugal ela teria que assentar neste princípios, «defesa da
independência nacional frente a europeísmos e iberismos; valores de orientação
religiosa e familiar – contestação da imposição da agenda LGBT e de outras
pretensões civilizacionalmente transformistas; valores justicialistas – defesa
de uma economia de mercado, com mercado livre mas temperada por medidas sociais
de equilíbrio, de protecção dos mais débeis e de reequilíbrio da distribuição
de riqueza.»
E este enunciado está na tradição da doutrina social da
igreja.
Portugal vive um tempo em que o presidente da República é um
demagogo, com atitudes circenses. O primeiro-ministro socialista está em
campanha eleitoral permanente. Os radicais de esquerda impõem temas
fracturantes. Os partidos parlamentares à direita do PS parecem adormecidos. O
país galopa no aumento da dívida pública. E parece que nada acontece!
Rádio Portalegre, 11 de Fevereiro de 2019
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