Desabafos 2018/2019 - XII
O ano de 2019 irá ser até às eleições legislativas de
Outubro um fartar de promessas aos portugueses por parte da classe política,
com o fim último e único de ganhar o seu voto. Depois, no dia seguinte, a crua
realidade fará o seu caminho. O ontem das promessas, maioritariamente
irrealistas, dá lugar ao amanhã da apagada e vil tristeza que é, no fundo, o
dia-a-dia da grande maioria dos portugueses.
Se não fosse o populismo, as chamadas ‘marcelices’ do
circense presidente da República, o que restaria de consolo para o povo que o
vê como personagem principal de um reality
show, ou da versão mais popularucha de uma telenovela mexicana.
Até Outubro muita água irá correr por debaixo das pontes,
mas uma coisa é certa, a extrema-esquerda irá subir em votos e mandatos, a
direita não conseguirá maioria, longe disso, pelo que tudo vai ficar como está,
mais radicalismo, mais causas fracturantes, mais estado, menos liberdade
individual, acentuação da ditadura do politicamente correcto.
Mas será que há verdadeira direita em Portugal? Um regime
fruto de uma revolução à esquerda, não consegue construir uma verdadeira
alternativa à direita e de direita, papel que caberia no campo nacionalista ao
PNR e na área social-cristã e liberal ao CDS.
Portugal tem estado sempre contraciclo desde 1974. Enquanto
a Europa rompe com o totalitarismo comunista, em Portugal o leninismo, o
trotskismo e o estalinismo, além de ocuparem a universidade são moda e colhem o
apoio da comunicação social, a começar por aquela que envergonhada e muito a
custo se diz, em voz muito baixa, de direita. Salva-se, honrosamente, o
semanário O Diabo.
2019 vai ser um ano, mais um, perdido para Portugal e para
os portugueses.
Rádio Portalegre, 14 de Janeiro de 2019
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home