In Memoriam - Carlos Garcia de Castro
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In
Memoriam
Carlos Garcia de Castro
“O homem cria-se
criando. Quando cria, não só deixa factos para a história. Edifica o seu
interior, irreversível e pessoal.”
in, Loja, Contra-loja e Armazém, pg. 231
Carlos Garcia de Castro nasceu em
Portalegre a 12 de Novembro de 1934 e vem a falecer na sua cidade natal na
madrugada de 13 de Novembro de 2016, no dia seguinte a completar 82 anos de uma
vida plena, como Homem, Cidadão, Professor, Poeta, Romancista e Ensaísta.
Frequentou o ensino primário na escola
pública, o liceal no Liceu Nacional de Portalegre, e licenciou-se em Ciências
Históricas e Filosóficas pela Universidade de Letras de Lisboa. Lecionou
diferentes graus de ensino em diferentes escolas. A Portalegre regressou para
aqui se fixar definitivamente, e nesta cidade produzir a maior parte da sua
obra literária.
Carlos Garcia de Castro é das figuras
mais notáveis da sua geração portalegrense, e de Portalegre Cidade, que cantou
como poucos, ele o «Poeta da Cidade Branca» que tanto amou a ponto de nela viver,
e com ela viver momentos de alegria e de tristeza. Nela amou como só um homem e
um homem-poeta o sabe. Glorificou a Mulher e fez de Sua Mulher musa de poesias
sublimes, de parágrafos de beleza inigualável.
A sua vida foi cheia de acontecimentos
comuns aos comuns mortais, mas que ele soube transformar em momentos de criação
literária, sendo notável prosador e poeta de um tempo que soube acompanhar e viver
em plenitude.
O contributo para a Cultura em
Portalegre é forte, a marca que deixou nos seus Alunos forte foi, cultivou a
Amizade como só gente d’algo o sabe. Carácter firme, nunca vergou aos ditames da
mediocridade, que sempre combateu. Um Homem que soube interpretar o espírito do
tempo.
Carlos Garcia de Castro foi um
extraordinário contador de histórias e de estórias. Além de enriquecedora, a
sua palavra cativava, fazia rir, emocionar, e sobretudo obrigava a pensar. Era
uma Pessoa culta que importava ouvir.
Colaborou nos jornais e revistas do seu
tempo, jornais e revistas locais, regionais e nacionais. A lista é longa, muito
longa, mesmo.
Que pena não ter podido ouvir «Os Sinos
de São Lourenço», quando fisicamente se despediu de nós, pobres mortais, ele
que com a sua Obra será um Imortal das Letras.
Mário
Casa Nova Martins
Obra publicada
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Cio (1955)
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Terceiro Verso do Tempo (1963)
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Portus Alacer (1987)
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Os Lagóias e os Estrangeiros (1992)
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Rato do Campo (1998)
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Fora de Portas (2007)
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Gloria Victis (2007)
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Texto literário de “EntrAbertas”, de Raul Ladeira (2005)
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Texto literário de “O Dia do Outro Lado”, de Raul Ladeira (2011)
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Loja, Contra-loja e Armazém (2011)
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