\ A VOZ PORTALEGRENSE: Desabafos, 2016/2017 - V

terça-feira, novembro 08, 2016

Desabafos, 2016/2017 - V

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, INE, a taxa de poupança das famílias portuguesas, e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam, representou 4,4% do rendimento disponível em 2015, o quem representa uma descida face a 2014, quando as famílias conseguiam poupar 5,2% do seu rendimento. Os números referentes a 2016, ainda trimestrais, indicam que este indicador continuou a cair este ano, atingindo os 3,9% do rendimento das famílias.
Por sua vez, o Banco de Portugal, BdP, apresenta dados para os níveis de poupança das famílias, que são semelhantes aos do INE, apontando para uma taxa de poupança dos particulares de 4,3% do rendimento disponível em Dezembro de 2015 e de 3,5% em Março deste ano.
Duas entidades distintas, com valores que diferem em décimas. Mas o facto é que se está perante um novo mínimo dos últimos 20 anos.
É preocupante para uma economia quando se atingem valores tão baixos como estes. E mais grave se torna quando essa economia tem uma dimensão como a portuguesa. E torna-se dramático, quando a economia portuguesa está num estado de debilidade extrema.
Todavia, estes dados, quer do BdP, quer do INE, parecem não afligir o governo do Partido Socialista, que conta com o apoio dos trotskistas do BE e dos estalinistas do PCP. E não afligem e muito menos preocupam, porque esse é um dos principais objectivos político-ideológicos desta coligação radical de esquerda, no sentido da destruição da classe média portuguesa e consequentemente a sua proletarização.
A classe média portuguesa está sufocada pelos impostos directos e indirectos, pela quebra do poder de compra, a ponto de cada vez mais lhe ser difícil cumprir as suas obrigações sejam elas bancárias ou fiscais.
O garrote imposto à classe média portuguesa por este governo das esquerdas empobrece o país, mas o Socialismo é isto mesmo, pobreza e mais pobreza!
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 7 de Novembro de 2016